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domingo, 26 de maio de 2024

146 – Davi e Golias (1º Samuel 17)


 

 Os1(versículo de 1º Samuel 17) filisteus juntaram suas forças para a guerra e reuniram-se em Socó de Judá. E acamparam em Efes-Damim, entre Socó e Azeca. Saul2 e os israelitas reuniram-se e acamparam no vale de Elá I, posicionando-se em linha de batalha para enfrentar os filisteus. Os3 filisteus ocuparam uma colina e os israelitas outra, estando o vale entre eles.

Um4 guerreiro chamado Golias II, que era de Gate, veio do acampamento filisteu. Tinha dois metros e noventa centímetros de altura. Ele5 usava um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas de bronze que pesava sessenta quilos; nas6 pernas usava caneleiras de bronze e tinha um dardo de bronze pendurado nas costas. A7 haste de sua lança era parecida com uma lançadeira de tecelão, e sua ponta de ferro pesava sete quilos e duzentos gramas. Seu escudeiro ia à frente dele.

Golias8 parou e gritou às tropas de Israel: “Por que vocês estão se posicionando para a batalha? Não sou eu um filisteu, e vocês os servos de Saul? Escolham um homem para lutar comigo. Se9 ele puder lutar e matar-me, nós seremos seus escravos; todavia, se eu o vencer e o matar, vocês serão nossos escravos e nos servirão”. E10 acrescentou: “Eu desafio hoje as tropas de Israel! Mandem-me um homem para lutar sozinho comigo”. Ao11 ouvirem as palavras do filisteu, Saul e todos os israelitas ficaram atônitos e apavorados.

Golias repetiu o desafio todas as manhãs e todas as tardes, durante quarenta dias. Certa manhã, Davi, um jovem pastor de Belém, chegou ao acampamento com comida para os seus irmãos. Davi viu Golias e perguntou aos israelitas a respeito dele. Então, procurou Saul e convenceu o rei a deixar que lutasse com o gigante.

Saul37 disse a Davi: “Vá, e que o SENHOR esteja com você”.

Então38 Saul vestiu Davi com sua própria túnica. Colocou-lhe uma armadura III e um capacete de bronze na cabeça.  Davi39 prendeu sua espada sobre a túnica e tentou andar, pois não estava acostumado àquilo.

E disse a Saul: “Não consigo andar com isto, pois não estou acostumado”. Assim tirou tudo aquilo, e40 em seguida pegou seu cajado, escolheu no riacho cinco pedras lisas, colocou-as na bolsa, isto é, no seu alforje de pastor e, com sua atiradeira na mão IV, aproximou-se do filisteu.

Enquanto41 isso, o filisteu, com seu escudeiro à frente, vinha se aproximando de Davi. Olhou42 para Davi com desprezo, viu que era só um rapaz, ruivo e de boa aparência, e fez pouco caso dele. E43 disse a Davi: “Por acaso sou um cão para que você venha contra mim com pedaços de pau?” E o filisteu amaldiçoou Davi invocando seus deuses, e44 disse: “Venha aqui, e darei sua carne às aves do céu e aos animais do campo!”

E45 Davi disse ao filisteu: “Você vem contra mim com espada, com lança e com dardo, mas eu vou contra você em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem você desafiou. Hoje46 mesmo o SENHOR o entregará nas minhas mãos, e eu o matarei e cortarei a sua cabeça. Hoje mesmo darei os cadáveres do exército filisteu às aves do céu e aos animais selvagens, e toda a terra saberá que há Deus em Israel. Todos47 que estão aqui saberão que não é por espada ou por lança que o SENHOR concede vitória; pois a batalha é do SENHOR, e ele entregará todos vocês em nossas mãos”.

Quando48 o filisteu começou a vir na direção de Davi, este correu depressa na direção da linha de batalha para enfrentá-lo. Retirando49 uma pedra de seu alforje ele a arremessou com a atiradeira e atingiu o filisteu na testa, de tal modo que ela ficou encravada, e ele caiu com o rosto no chão.

Assim50 Davi venceu o filisteu com uma atiradeira e uma pedra; sem espada na mão ele derrubou o filisteu e o matou.

Davi51 correu e se pôs de pé sobre ele; e desembainhando a espada do filisteu acabou de matá-lo, cortando-lhe a cabeça com ela.

Quando os filisteus viram que seu guerreiro estava morto, recuaram e fugiram. Então52 os homens de Israel e de Judá deram o grito de guerra e perseguiram os filisteus.

 

v     Para entender a história

Saul não é mais digno da realeza. O medo que teve de Golias mostra falta de fé e de liderança. Os israelitas encontram um novo líder em Davi, que aceita o desafio em nome de Deus. A coragem de Davi pode não significar nada diante de um gigante bem armado e protegido com uma armadura, mas ele confia totalmente em Deus. Sua vitória é uma clara demonstração para os israelitas de que Deus recompensa aqueles que mantêm a fé nele.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Vale de Elá – O nome Elá significa “terebinto”, uma árvore alta e esparramada, muito comum nas colinas secas e quentes da Palestina. A terebintina é feita de sua seiva. Provavelmente havia árvores de terebinto acima desse vale, que ia de leste para oeste, entre Judá e a Filisteia. Os filisteus costumavam marchar através do vale para atacar os israelitas.

                                   II.      “Um guerreiro chamado Golias – Na antiguidade as guerras, às vezes, eram decididas por um combate individual. Cada lado escolhia um campeão para representá-lo. Essa prática evitava grande perda de soldados. O resultado da luta era aceito como sendo a vontade dos deuses.

                                III.     Uma armadura – Essa é a primeira vez que a Bíblia menciona o uso de armaduras pelos israelitas. As mais antigas evidências do uso de armaduras são encontradas em entalhes de murais egípcios de cerca de 3000 a.C. A realeza costumava usar o bronze. Armaduras eram feitas unindo-se as chapas de metal com laços. Armas e armaduras de ferro eram superiores às de bronze e, aos poucos, as substituíram. Os filisteus era hábeis ferreiros.

                                IV.     “Sua atiradeira na mão” – Pastores carregavam atiradeiras (também chamadas de fundas) para proteger os seus rebanhos dos animais selvagens. A atiradeira também era uma arma de guerra comum no antigo Oriente Médio, e muitos exércitos tinham pelotões de arremessadores de atiradeiras. A atiradeira era composta de uma bolsinha larga com um cordão amarrado de cada lado. O arremessador colocava uma pedra dentro da bolsa, segurava as duas cordas com uma das mãos, girava a atiradeira no ar e soltava uma das cordas, para disparar o petardo.

 

                Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 19 de maio de 2024

O Dia de Pentecostes


 

“Pentecostes” é muito importante tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Pentecostes é, na verdade, o nome grego para um festival conhecido no Antigo Testamento como a Festa das Semanas (Levítico 23:15Deuteronômio 16:9). A palavra grega significa “cinquenta” e refere-se aos 50 dias que se passaram desde a oferta de Páscoa. A Festa das Semanas comemorava o fim da safra de grãos. Mais interessante, contudo, é a sua utilização em Joel e Atos. Ao olhar para trás à profecia de Joel (Joel 2:8-32) e para frente à promessa do Espírito Santo nas últimas palavras de Cristo na terra antes da Sua ascensão ao céu (Atos 1:8), Pentecostes marca o início da era da Igreja.

A única referência bíblica aos eventos reais de Pentecostes é Atos 2:1-3. Pentecostes é uma reminiscência da Santa Ceia; em ambos os casos, os discípulos estão juntos em uma casa para o que vem a ser um evento importante. Na última ceia, os discípulos testemunham o fim do ministério terreno do Messias quando Ele pede que se lembrem d’Ele após a Sua morte até o Seu retorno. No dia de Pentecostes, os discípulos testemunham o nascimento da Igreja do Novo Testamento com a vinda do Espírito Santo para habitar todos os crentes. Assim, a cena dos discípulos nos aposentos no dia de Pentecostes une o início da obra do Espírito Santo na Igreja com a conclusão do ministério terreno de Cristo no Cenáculo, antes da crucificação.

A descrição do fogo e vento mencionados no relato de Pentecostes ressoa por todo o Antigo e o Novo Testamento. O som do vento no dia de Pentecostes foi “impetuoso”. Referências bíblicas ao poder do vento (sempre entendido como estando sob o controle de Deus) não faltam. Êxodo 10:13Salmo 18:42 e Isaías 11:15 no Antigo Testamento e Mateus 14:23-32 no Novo Testamento são apenas alguns exemplos. Mais significativo do que o vento como poder é o vento como vida no Antigo Testamento (Jó 12:10) e como espírito no Novo (João 3:8). Assim como o primeiro Adão recebeu o sopro da vida física (Gênesis 2:7), do mesmo modo o segundo Adão, Jesus, traz o sopro da vida espiritual. A ideia da vida espiritual gerada pelo Espírito Santo é certamente implícita no vento no dia de Pentecostes.

O fogo é muitas vezes associado no Antigo Testamento com a presença de Deus (Êxodo 3:213:21-2224:17Isaías 10:17) e Sua santidade (Salmo 97:3Malaquias 3:2). Da mesma forma, no Novo Testamento, o fogo está associado à presença de Deus (Hebreus 12:29) e à purificação que Ele pode trazer à vida humana (Apocalipse 3:18). A presença e santidade de Deus estão implícitas nas línguas de fogo durante o Pentecostes. Na verdade, o fogo se identifica com o próprio Cristo (Apocalipse 1:1419:12); esta associação é naturalmente subjacente ao presente do Espírito Santo em Pentecostes, o qual iria ensinar aos discípulos as coisas de Cristo (João 16:14).

Um outro aspecto do dia de Pentecostes é o milagroso falar em línguas estrangeiras que permitiu que pessoas de vários grupos linguísticos compreendessem a mensagem dos apóstolos. Além disso, temos a pregação corajosa e incisiva de Pedro a um público judeu. O efeito do sermão foi poderoso, pois aos ouvintes “compungiu-se-lhes o coração” (Atos 2:37) e foram instruídos por Pedro: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado” (Atos 2:38). A narrativa termina com três mil almas sendo adicionadas à comunhão, com o partir do pão e orações, com sinais apostólicos e maravilhas e com uma comunidade formada na qual as necessidades de todos eram atendidas.

 

Fonte: https://www.gotquestions.org/Portugues/dia-de-Pentecostes.html

domingo, 12 de maio de 2024

Permissões e Conveniências


1º Coríntios 10:23

“Tudo é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo é permitido”, mas nem tudo edifica.

 

Vivemos numa época e num país de liberdade e democracia.

Numa época psicodélica, nos idos das décadas de 1960/70, entre hippies e aficionados, havia um ditado que dizia “faz o que tu queres, pois é tudo da lei”. Esta frase constava em uma música do Raul Seixas, chamada “Sociedade Alternativa”, e poucos sabem que a frase é de autoria do inglês Aleister Crowley (1875 – 1647). Escritos de Crowley encontram referência em letras de outros ícones da música, como as bandas Led Zeppelin, Rolling Stones, Iron Maden, The Beatles e Black Sabbath, e de cantores como Bruce Dickinson, Ozzy Osbourne, David Bowie – além do próprio Raulzito, como mencionei há pouco.

Mas, voltando à liberdade e democracia da qual falava, o outro lado da história é que o Brasil também é um país do vale-tudo, onde a “lei de Gérson” (aquele famoso jogador da Seleção de 1970), aquela de “levar vantagem em tudo”, ainda impera. Mesmo numa época da chatice do “politicamente correto”, há tanta incorreção no meio político (vejam que trocadilho!), que nos transforma em nauseabundos ao olharmos o que se passa nas câmaras, nos senados e nos plenários brasilienses.

Ainda temos que lavar em conta que, em época de virtualidades internéticas (inventei esse termo agora), muitas vezes defecam-se coisas abjetas pelos teclados.

(Bem, da minha parte, tento semear um pouco de bem...).

Mas o que quero dizer é que, olhando para esta Palavra que serve de mote para este texto, escrita aos irmãos da igreja em Corinto, percebe-se que o “tudo é permitido” da cultura greco-romana, onde os irmãos desta igreja estavam inseridos, é confirmado, mas com uma ressalva: “nem tudo convém”. Ainda que tudo permitido fosse, nem tudo lhes convinha fazer ou viver. E mais do que isso: a eles é dito que, mesmo sendo tudo permitido, “nem tudo edifica”.

Poderíamos muito bem pensar nisso hoje em dia, fazendo-nos algumas perguntas pertinentes:

Ainda que tudo me seja permitido, o que me convém?

Ainda que tudo me seja permitido, o que me edifica e edifica a quem comigo convive e comigo se relaciona, virtual ou presencialmente?

Lembro que a palavra “convém” desemboca na palavra “conveniência”.

Assim, o que é conveniente a mim e aos outros comigo?

O Evangelho nos ensina que tudo o que quisermos fazer, o analisemos à luz de Cristo. Nos ensina que, ainda que tudo nos seja permitido, devemos buscar fazer aquilo que gostaríamos que conosco fizessem. E também ensina que aquilo que formos falar ou fazer, deve ser baseado no amor, aquele amor que “ama ao próximo como a si mesmo”.

Devo me lembrar de que tudo o que faço ou deixo de fazer, tem reflexo à minha volta, junto às pessoas que meus atos alcançam.

Devo me lembrar de que tudo o que faço ou deixo de fazer, deve edificar ao meu próximo – e eu sei que é mais difícil edificar do que fazer ruir.

Da minha parte, vou me esforçar para aplicar em minha vida aquilo que hoje aqui compartilho: “Tudo é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo é permitido”, mas nem tudo edifica.

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 5 de maio de 2024

145 – Davi é Escolhido Rei (1º Samuel 15 – 16)


Samuel1(versículo de Samuel 15) disse a Saul: “Assim2 diz o SENHOR dos Exércitos: ‘Castigarei os amalequitas I pelo que fizeram a Israel, atacando-os quando saíam do Egito. Agora3 vão, ataquem os amalequitas e consagrem ao SENHOR para destruição tudo o que lhes pertence. Não os poupem II”.

E7 Saul atacou os amalequitas por todo caminho desde Havilá até Sur, a leste do Egito. Capturou8 vivo Agague, rei dos amalequitas, e exterminou o seu povo. Mas9 Saul e o exército pouparam Agague e o melhor das ovelhas e dos bois, os bezerros gordos e os cordeiros. Pouparam tudo que era bom, mas a tudo que era desprezível e inútil destruíram por completo.

Então10 o SENHOR falou a Samuel: “Arrependo-me11 (*) de ter constituído a Saul rei, pois ele me abandonou e não seguiu as minhas instruções”. Samuel ficou irado e clamou ao SENHOR toda aquela noite.

De12 madrugada Samuel foi ao encontro de Saul, mas lhe disseram: “Saul foi para o Carmelo, onde ergueu um monumento em sua própria honra e depois foi para Gilgal”.

Quando13 Samuel o encontrou, Saul disse: “O SENHOR o abençoe! Segui as instruções do SENHOR”.

Samuel14, porém, perguntou: “Então que balido de ovelhas é esse que ouço com meus próprios ouvidos? Que mugido de bois é esse que estou ouvindo?”

“Pequei”24, disse Saul. “Violei a ordem do SENHOR e as instruções que você me deu. Tive medo dos soldados e lhes atendi. Agora25 eu lhe imploro, perdoe o meu pecado e volte comigo, para que eu adore o SENHOR”.

Samuel26, contudo, lhe disse: “Não voltarei com você. Você rejeitou a palavra do SENHOR, e o SENHOR o rejeitou como rei de Israel!”

Quando27 Samuel se virou para sair, Saul agarrou-se à barra do manto dele, e o manto se rasgou. E28 Samuel lhe disse: “O SENHOR rasgou de você, hoje, o reino de Israel, e o entregou a alguém que é melhor que você. Aquele29 que é a Glória de Israel não mente nem se arrepende, pois não é homem para se arrepender (*)”.

Samuel33 matou Agague perante o SENHOR, em Gilgal.

Então34 Samuel partiu para Ramá, e Saul foi para sua casa, em Gibeá de Saul. Nunca35 mais Samuel viu a Saul, até o dia de sua morte, embora se entristecesse por causa dele porque o SENHOR arrependeu-se de ter estabelecido Saul como rei de Israel.

O1(versículo de Samuel 16) SENHOR disse a Samuel: “Até quando você irá se entristecer por causa de Saul? Eu o rejeitei como rei de Israel. Encha um chifre com óleo III e vá a Belém; eu o enviarei a Jessé IV. Escolhi um de seus filhos para ser rei”.

Samuel4 fez o que o SENHOR disse. Quando chegou a Belém, as autoridades da cidade foram encontrar-se com ele tremendo e perguntaram: “Você vem em paz?”

Respondeu5 Samuel: “Sim, venho em paz; vim sacrificar ao SENHOR. Consagrem-se e venham ao sacrifício comigo”. Então ele consagrou Jessé e os filhos dele e os convidou para o sacrifício.

Quando6 chegaram, Samuel viu Eliabe e pensou: “Com certeza este aqui é o que o SENHOR quer ungir”.

O7 SENHOR, contudo, disse a Samuel: “Não considere a sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O SENHOR não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o SENHOR vê o coração”.

Jessé10 levou a Samuel sete de seus filhos, mas Samuel lhe disse: “O SENHOR não escolheu nenhum destes”. Então11 perguntou a Jessé: “Estes são todos os filhos que você tem?”

Jessé respondeu: “Ainda tenho o caçula, mas ele está cuidando das ovelhas V”.

Samuel disse: “Traga-o aqui; não nos sentaremos para comer até que ele chegue”.

Então12 Jessé mandou chamá-lo e ele veio. Ele era ruivo, de belos olhos e boa aparência.

Então o SENHOR disse a Samuel: “É este! Levante-se e unja-o”.

Samuel13 então apanhou o chifre cheio de óleo e o ungiu na presença de seus irmãos, e a partir daquele dia o Espírito do SENHOR apoderou-se de Davi. E Samuel voltou para Ramá.

 

v     Para entender a história

Deus rejeita Saul e escolhe Davi para sucedê-lo. A desobediência de Saul significa que uma tribo hostil continua representando um perigo para os israelitas e que a sua vaidade é um mau exemplo para eles. Um humilde menino pastor parece ser um candidato improvável para se tornar rei de Israel. Mas Deus escolhe um líder que guiará e protegerá o seu povo.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Castigarei os amalequitas – Os amalequitas lançaram um ataque contra os fatigados israelitas, pouco depois do êxodo do Egito. Após a vitória de Josué, Deus disse a Moisés: “Farei que os amalequitas sejam esquecidos para sempre debaixo do céu” (Êxodo 17:14). Poucos séculos depois, os amalequitas foram derrotados por Gideão, mas continuaram sendo uma ameaça aos israelitas.

                                   II.      “Não os poupem” – Essa ordem lembra o destino de Jericó, quando os israelitas destruíram a cidade e mataram tudo o que havia de vivo nela (Josué 6:21). Da mesma forma que Jericó, os amalequitas deviam ser sacrificados a Deus. A obediência às instruções de Deus faria com que os israelitas eliminassem de vez futuros ataques ou ameaças a seus povoamentos.

                                III.     “Encha um chifre com óleo” – Não se tratava de um azeite de oliva comum, mas de um óleo de unção sagrado, contendo especiarias como canela e mirra. Deus deu a Moisés a receita exata do óleo e proibiu o seu uso para qualquer outro propósito (Êxodo 30:22-25).

                                IV.     “Jessé” – No livro de Rute, Jessé é apresentado como o neto de Rute e Boaz (Rute 4:17). Como os pais, Jessé vivia em Belém, uma cidade na região montanhosa de Judá. No século VIII a.C., o profeta Miquéias previu que o Messias (o Cristo) sairia de Belém.

                                   V.     “Ele está cuidando das ovelhas” – O trabalho de Davi era humilde, mas de grande responsabilidade. Um pastor conhecia cada animal do seu rebanho. Providenciava seu alimento, evitava que se perdesse e o protegia de animais selvagens. O “bom pastor” tornou-se o modelo ideal para a monarquia de Israel. Jesus disse sobre si mesmo: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10:11).

 

          - Descendentes de Esaú: Os amalequitas descenderam de Amaleque, o neto de Esaú.

          (*) Deus se arrepende ou não? É necessário interpretação e discernimento neste ponto. Quando a Bíblia, nalguns lugares, diz que “Deus se arrependeu”, está dizendo que Deus se entristeceu devido a algum fato, e não que Deus se frustrou com algum de seus planos e mudaria de ideia se tivesse outra oportunidade. Por isso também diz que “Deus não é homem, para se arrepender”, significando que ele não mudaria seus planos.


          Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.