Gálatas
5:22-23
Mas
o fruto do Espírito é amor, alegria,
paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.
Existem os dons do Espírito e o fruto do
Espírito.
Os dons – também chamados de manifestações do
Espírito – são dados a quem o Espírito de Deus quer, como quer e são dados para
a edificação mútua: A
cada um, porém, é dada a manifestação
do Espírito, visando ao bem comum.
Pelo Espírito, a um é dada a palavra de
sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de curar, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento
de espíritos; a outro, variedade de
línguas; e ainda a outro, interpretação
de línguas. Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as
distribui individualmente, a cada
um, como quer
(1º Coríntios 12:7-11).
Já o fruto do Espírito pode ser desenvolvido
pela prática diária. São características que vamos aprendendo e desenvolvendo e
que vão se perenizando em nós conforme nós os vamos vivendo.
Mesmo sendo chamado de “fruto”, no singular, são
várias as características, como se fossem gomos desse fruto. A Palavra cita
pontualmente nove.
Há o fruto chamado amor – que também aparece como um dom/manifestação. O amor é a
principal virtude do Espírito e pode ser considerado o cerne do Evangelho.
Jesus ensinou que toda Lei se resume no amor a Deus e ao próximo: “‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu
coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e
maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si
mesmo’. Destes dois mandamentos dependem
toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:37-40).
Há o fruto chamado alegria, que não é um estado alienante,
mas um estado de espírito onde há a leveza do ser em se saber envolto pelo amor
de Deus, que reflete no próximo. Verdadeira alegria na vida de alguém é também
gratidão, contentamento, otimismo, senso de liberdade. Sobre a alegria em Deus,
há vários ensinamentos e exortações: Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! Seja a
amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não andem
ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de
graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus
(Filipenses 4:4-7).
Há o fruto chamado paz. Jesus diz que aqueles que O seguem
seriam chamados de pacificadores: “Bem-aventurados
os pacificadores, pois serão
chamados filhos de Deus” (Mateus
5:9). Paz é uma necessidade! A paz de Cristo vem na nossa harmonização com Deus
e entre nós, quando construímos nossa caminhada de vida segundo os ensinamentos
de Jesus.
Há o fruto chamado paciência, que é a junção da paz com o
saber. Ter paciência é crer na Palavra de Deus e perseverar no caminho. A
paciência é um suporte para o amor fraternal: Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando
uns aos outros com amor. Façam todo o esforço para conservar a unidade do
Espírito pelo vínculo da paz (Efésios 4:2-3).
Há o fruto chamado amabilidade, que é o tratamento que se
dá a todos com amor. A pessoa amável é também amada pelo seu modo de ser. Seja
a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor
(Filipenses 4:5). A amabilidade reflete a Cristo, que dá ao nosso próximo a
sensação da Sua proximidade, seja em Sua segunda vinda, seja em Sua presença em
nós e entre nós aqui e agora.
Há o fruto chamado bondade, que é o exercitar-se no modo
de ser de Deus. Meus irmãos, eu mesmo
estou convencido de que vocês estão cheios
de bondade e plenamente instruídos, sendo
capazes de aconselhar-se uns aos outros (Romanos 15:14). O próprio
aconselhamento só tem eficácia quando exercido com bondade.
Há o fruto chamado fidelidade, que é ser também fiel
àquilo que se crê, e ser fiel conosco mesmos, além da fidelidade para com Deus
e o próximo. Devemos considerar sempre que “Deus é fiel” (2º Coríntios 1:18).
Nossa fidelidade apenas reflete a fidelidade de Deus, e somente podemos ser
fiéis se essa fidelidade estiver condicionada à obediência a Cristo.
Há o fruto chamado mansidão, ou serenidade, que é a forma
de ser de quem se sabe absorvido pelo cuidado de Deus. É muito significativo
que Jesus nos deu também o exemplo de mansidão: “Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam
de mim, pois sou manso e humilde de
coração, e vocês encontrarão
descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”
(Mateus 11:29-30). Somente alguém manso e humilde se torna um ser ensinável
pelo Evangelho de Cristo.
E há o fruto chamado domínio próprio, que é a faculdade de
termos controle sobre nós mesmos, sobre nossas ações e reações, em todos os
momentos. É um fruto que precisa ser trabalhando cotidianamente, pois é muito
fácil perdermos o autocontrole. Escrevendo a Tito, o apóstolo Paulo aconselha: Tenha
domínio próprio e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da
maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina (Tito 1:8-9).
Podemos ver que contra
esse “pomar divino” plantado em nosso ser não há lei!
É isso, pessoal. Que a liberdade e o
amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert