José20(versículo de Gênesis 39) ficou
na prisão, mas21
o SENHOR estava com ele e o tratou com bondade, concedendo-lhe a
simpatia do carcereiro. Por22 isso o carcereiro encarregou José de todos
os que estavam na prisão, e ele se tornou responsável por tudo o que lá
sucedia. O23 carcereiro não se preocupava com nada do que estava a
cargo de José, porque o SENHOR estava com José e lhe concedia bom êxito em tudo o que
realizava.
Algum1(versículo de Gênesis
40) tempo depois, o copeiro e o
padeiro do rei do Egito fizeram uma ofensa ao seu senhor, o rei do Egito. O2
faraó irou-se com os dois oficiais, o chefe dos copeiros e o chefe dos
padeiros, e3 mandou prendê-los na casa do capitão da guarda, na
prisão em que José estava. O4 capitão da guarda os deixou aos
cuidados de José, que os servia.
Certa noite, os dois
oficiais tiveram sonhos proféticos, e José os interpretou. José disse que o
copeiro voltaria a servir o faraó, dentro de três dias, e que o padeiro
morreria dentro de três dias. José pediu ao copeiro que mencionasse o seu nome
ao faraó, quando ele o libertasse.
Três20
dias depois era o aniversário do faraó, e ele ofereceu um banquete a todos os
seus conselheiros. Na presença deles reapresentou o chefe dos copeiros e o
chefe dos padeiros; restaurou21 à sua posição o chefe dos copeiros,
de modo que ele voltou a ser aquele que servia a taça do faraó, mas22
ao chefe dos padeiros mandou enforcar I,
como José lhes dissera em sua interpretação.
O23
chefe dos copeiros, porém, não se lembrou de José; ao contrário, esqueceu-se
dele.
Dois anos depois, o
faraó teve sonhos perturbadores. No primeiro sonho, viu sete vacas gordas e
saudáveis saindo do rio Nilo para pastar. A elas se seguiram sete vacas magras,
que devoraram as sete vacas gordas. No segundo sonho, sete graúdas espigas de
trigo saíam de um mesmo caule. Em seguida, sete espigas murchas e ressequidas
brotaram e engoliram as sete espigas saudáveis.
Pela8(versículo de Gênesis
41) manhã, perturbado, mandou chamar todos os magos e sábios do Egito II
e lhes contou os sonhos, mas ninguém foi capaz de interpretá-los.
Então9
o chefe dos copeiros disse ao faraó: “Hoje me lembro de minhas faltas”.
E contou ao faraó sobre
a experiência que tivera com José na prisão, e de como ele interpretara os
sonhos.
O14
faraó mandou chamar José, que foi trazido depressa do calabouço. Depois de se barbear III e
trocar de roupa, apresentou-se ao faraó.
O15
faraó disse a José: “Tive um sonho que ninguém consegue interpretar. Mas ouvi falar
que você, ao ouvir um sonho, é capaz de interpretá-lo”.
Respondeu-lhe16
José: “Isso não depende de mim, mas Deus dará ao faraó uma resposta favorável. Deus28
mostrou ao faraó aquilo que ele vai fazer. Sete29 anos de muita
fartura estão para vir sobre toda a terra do Egito, mas30 depois
virão sete anos de fome IV.
Então todo o tempo de fartura será esquecido, pois a fome arruinará a terra”.
José mandou que o faraó estocasse grãos, a fim de que
houvesse o suficiente para sustentar o Egito durante a fome. O faraó ficou tão
impressionado, que fez de José o seu ministro-chefe.
v
Para
entender a história
As previsões de José
sobre o padeiro e o copeiro se realizaram. Mas ele teve que esperar,
pacientemente, que fosse revelado o significado do seu próprio sonho. Deus continuou
com ele e, após muitos anos de escravidão e prisão no Egito, José é indicado
para o cargo mais importante, sendo o segundo em poder em todo o país, atrás
apenas do faraó.
v
Curiosidades
I. “Ao chefe dos padeiros mandou enforcar” – Há versões da
Bíblia que usam o termo “enforcar”, como também “pendurar”. Ambos podem também
representar “empalar”, exibindo o cadáver em público. Não fica claro qual o
método usado, neste caso. No Egito, alguns cadáveres eram empalados, após serem
degolados. Os egípcios acreditavam que, degolando uma pessoa, evitavam que sua
alma seguisse para uma outra vida.
II. “Todos os magos e
sábios do Egito” – Os egípcios acreditavam em magia.
Usavam amuletos e recitavam encantos para afastar o mal. A magia também era
usada para ajudar a evitar os perigos do parto. A consulta a feiticeiros e
intérpretes de sonhos era uma prática comum.
III. “Depois de se barbear” – A maioria dos israelitas usava barba. Posteriormente, isso
se tornou uma exigência da Lei de Moisés: “Não cortem o cabelo dos lados da
cabeça, nem aparem as extremidades da barba” (Levítico 19:27). Os egípcios,
entretanto, usavam raspar a barba. Sacerdotes raspavam inteiramente a cabeça, o
que era necessário para assegurar a sua limpeza.
IV. “Sete anos de fome” – Fontes antigas registram graves ondas de fome no Egito,
nessa época. O Nilo era vital para a vida no Egito. As enchentes anuais do rio
fertilizavam o solo necessário às plantações. Se a água ficasse baixa demais ou
alta demais, o resultado era desastroso para a agricultura.
-
Sonhos: No Oriente Médio antigo, acreditava-se que os
sonhos tinham significados específicos, que poderiam determinar o futuro, se
fossem interpretados de maneira correta. No Egito, os sonhos do faraó eram
considerados particularmente importantes, pois ele era cultuado como a forma
terrestre de Hórus, o deus do sol. Os egípcios acreditavam que o destino do
Egito dependia do destino do faraó.
-
As Sete Vacas: O cenário do sonho do faraó era uma paisagem
familiar para os egípcios, pois o gado mergulhava no rio Nilo para se proteger
dos insetos e do calor. Hátor, uma das deusas egípcias, costumava ser
reproduzida como uma vaca emergindo do Nilo. Ela era considerada a fonte da
fertilidade do Egito.
Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.
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