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sábado, 20 de maio de 2017

Jesus, o Poder e a Política


Me deparei com este texto de um amigo, companheiro de caminhada na fé cristã, há alguns dias no “Gramado Magazine” – http://gramadomagazine.com.br – e achei bem apropriado neste momento de baderna política/moral pela qual nossa “terrae Brasilis” passa. Eu sei que parece utopia crer que possa ser assim como descrito, como deveria ser, mas, se não tivermos nossos sonhos e nossos ideais, é melhor que vegetemos. Aproveite a leitura e reflitamos um bocadinho.
Abraço,
Kurt 


A máxima do evangelho que Jesus nos deixou foi uma lição de ouro e que, ao mesmo tempo, desconcertou todo um conceito de poder e liderança vigente na época de quem tinha poder, dinheiro e exercia o domínio absoluto sobre os outros. Jesus fragmenta em “cacos” tais conceitos ao dizer: “Dou-vos um novo mandamento: Que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (João 13:34-35).
Nesse contexto entra a realidade de nosso tempo, que mais do que nunca precisa de uma reciclagem, mormente os cristãos, ao buscarem um mandato político na sociedade. Partindo do pressuposto acima colocado por Jesus, emerge uma ética que vai contra o espírito de dominação e de prepotência. A lição para os candidatos a gestar a “coisa pública” e do qual precisam espelhar é: “Jesus não veio a este mundo com a pretensão de que, na confrontação política dos impérios e partidos, uns ganhem e outros percam, uns subam e outros desçam. Nem Jesus, nem religiões em geral, estão nesta vida para oferecer um projeto político, por mais que isso tenha sido muito frequente na história da humanidade e por mais que a tentação constante de muitos profissionais da religião seja envolver-se em política até o extremo” (CASTILLO, José M – A Ética de Cristo – Loyola-2010 – p.114).
Do ponto de vista da ética de Cristo isso sempre foi, para Ele, insuportável, tanto que Ele chamou a atenção dos discípulos quando alguns deles expressaram desejos de ocupar os primeiros lugares (Marcos 21:31-45), quando discutiam entre si sobre quem era mais importante (Marcos 9:33-37). Jesus é taxativo ao dizer: “Aqueles que passam pela vida tentando subir, elevar-se e se colocar nos primeiros postos ou, pelo menos, em cargos e cátedras de importância, acima dos outros, o que pretendem, na realidade, é fazer exatamente o mesmo que fazem os chefes das nações e os grandes deste mundo, e que não é outra coisa senão tiranizar e oprimir” (Marcos 10:43). Daí inferimos a ética de Cristo para os candidatos aos cargos públicos: Pautar sua conduta por uma ética da solidariedade humana, da justiça, da equidade e da idoneidade para dar cidadania e identidade a todos.

Um texto do Pe. Antônio Ari da Silva    padreari.blogspot.com

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