Me deparei com este texto de um amigo, companheiro de caminhada na fé
cristã, há alguns dias no “Gramado Magazine” – http://gramadomagazine.com.br – e
achei bem apropriado neste momento de baderna política/moral pela qual nossa “terrae
Brasilis” passa. Eu sei que parece utopia crer que possa ser assim como
descrito, como deveria ser, mas, se não tivermos nossos sonhos e nossos ideais,
é melhor que vegetemos. Aproveite a leitura e reflitamos um bocadinho.
Abraço,
Kurt
A máxima do evangelho que Jesus
nos deixou foi uma lição de ouro e que, ao mesmo tempo, desconcertou todo um
conceito de poder e liderança vigente na época de quem tinha poder, dinheiro e
exercia o domínio absoluto sobre os outros. Jesus fragmenta em “cacos” tais
conceitos ao dizer: “Dou-vos um novo
mandamento: Que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei, amai-vos também uns
aos outros. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor
uns pelos outros” (João 13:34-35).
Nesse contexto entra a realidade
de nosso tempo, que mais do que nunca precisa de uma reciclagem, mormente os
cristãos, ao buscarem um mandato político na sociedade. Partindo do pressuposto
acima colocado por Jesus, emerge uma ética que vai contra o espírito de
dominação e de prepotência. A lição para os candidatos a gestar a “coisa pública”
e do qual precisam espelhar é: “Jesus não veio a este mundo com a pretensão de
que, na confrontação política dos impérios e partidos, uns ganhem e outros
percam, uns subam e outros desçam. Nem Jesus, nem religiões em geral, estão
nesta vida para oferecer um projeto político, por mais que isso tenha sido
muito frequente na história da humanidade e por mais que a tentação constante
de muitos profissionais da religião seja envolver-se em política até o extremo”
(CASTILLO, José M – A Ética de Cristo – Loyola-2010 – p.114).
Do ponto de vista da ética de Cristo
isso sempre foi, para Ele, insuportável, tanto que Ele chamou a atenção dos
discípulos quando alguns deles expressaram desejos de ocupar os primeiros
lugares (Marcos 21:31-45), quando discutiam entre si sobre quem era mais
importante (Marcos 9:33-37). Jesus é taxativo ao dizer: “Aqueles que passam
pela vida tentando subir, elevar-se e se colocar nos primeiros postos ou, pelo
menos, em cargos e cátedras de importância, acima dos outros, o que pretendem,
na realidade, é fazer exatamente o mesmo que fazem os chefes das nações e os
grandes deste mundo, e que não é outra coisa senão tiranizar e oprimir” (Marcos
10:43). Daí inferimos a ética de Cristo para os candidatos aos cargos públicos:
Pautar sua conduta por uma ética da solidariedade humana, da justiça, da
equidade e da idoneidade para dar cidadania e identidade a todos.
Um texto do Pe. Antônio Ari da
Silva padreari.blogspot.com
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