Uma data importante. Pelo menos para quem escreve estas linhas.
O dia 06 de outubro marca o início de
uma atividade instituída em função da destituição de outra. Explico logo mais,
mas, antes, quero falar sobre uma definição, a definição de uma palavra: evangelista.
Segundo uma pesquisa bem simplesinha, destas retiradas da
internet, evangelista é aquele que proclama as Boas Novas – o Evangelho.
Fala ainda que evangelista é aquele que, obedecendo a ordem de Jesus
Cristo, anuncia a Palavra de Deus, apresentando o Caminho para a salvação
eterna. É aquele que, como Timóteo, aceita as instruções que dizem para que
se “...faça o trabalho de um
evangelista...” (II Timóteo 4:5).
Portanto, um evangelista
não é um cargo, mas um dom e um
chamado. O que faz um evangelista ser
um evangelista não é uma instituição
formal feita por um cargo
supostamente superior, mas um chamado do Senhor que é ouvido e aceito. Ainda:
ninguém pode instituir ou destituir um evangelista,
a não ser o Senhor. Ou ainda: ser um evangelista
é um dom – não uma condição superior de quem recebe – mas um dom de graça e
dado por graça. E mais ainda: “... os
dons e o chamado de Deus são irrevogáveis” (Romanos 11:29). Em suma: é um evangelista quem é um evangelista. Ponto.
Feita essa definição da palavra e das atribuições de um evangelista, quero agora falar daquilo
que quero falar desde o início: da especialidade que há na data de 06 de outubro – como disse antes, pelo
menos para quem escreve estas linhas.
Este dia, há 4 anos, marcou o início de uma atividade:
compartilhar o Evangelho do Senhor usando meios virtuais, como um blog e um e-mail.
Assim, foi criado um blog chamado Livres
Discípulos de Cristo, onde são publicados textos que versam sobre a Palavra
do Senhor; e iniciou-se a distribuição destes – e outros textos – usando-se o
e-mail como veículo.
Hoje, amplia-se o âmbito, não apenas como uma ferramenta virtual
para evangelizar – que é o que faz um evangelista,
ele evangeliza –, mas criando-se um conceito segundo o qual “não somos uma igreja – no sentido de
instituição formal –, um clube, uma
religião ou uma filosofia; ser um livre discípulo de Cristo é um modo de vida”.
E este “modo de vida” é compartilhado a cada e-mail que é lido, ou a cada clique que o blog recebe. Ainda, saímos
da virtualidade para a concretude, pois os frutos desta atividade podem ser
percebidos presencialmente, nos encontros de e com pessoas e nas palavras que
trocamos.
O que se quer é simples. Quer-se viver o cerne da doutrina de
Cristo: o amor a Deus e ao próximo como a si mesmo (Mateus 22:37-40). Quer-se
permanecer firme na Palavra de Cristo, sendo um discípulo livre por conhecer a
Verdade e por ela ser sempre liberto (João 8:31-32). Quer-se ler, estudar e
divulgar a Palavra (Mateus 22:29; Provérbios 2:1-5). Quer-se praticar a oração,
como Ele ensinou e viveu em Seu dia a dia (Lucas 6:12; I Tessalonicenses 5:17).
Quer-se demonstrar no dia a dia, com quem quer que seja, o fruto do Espírito
Santo (Gálatas 5:22-23). Quer-se desenvolver os dons do Espírito (I Coríntios
12:7-10). Quer-se produzir obras da fé (I Coríntios 15:58; Tiago 2:26). Quer-se
incentivar as pessoas a congregarem na igreja a qual pertencem (Hebreus 10:25).
Quer-se promover a integração das pessoas, independentemente da denominação eclesiástica
(Romanos 12:4-5). Quer-se, sempre, respeitar as diferenças de pensamento em
todos os assuntos (Filipenses 3:15-16). Pode até parecer muita coisa, mas, em
essência, é simples e leve.
Foi dito lá em cima, no primeiro parágrafo, que esta atividade
foi instituída em função da destituição de outra. Explico agora: iniciou-se
esse movimento porque quem aqui escreve exercia o assim chamado cargo – ou
ministério – de evangelista – de forma
voluntária – numa instituição/igreja formal, mas que, por questões de
discordâncias administrativas/doutrinárias foi desabilitado – essa foi a palavra utilizada por quem o fez – do
ministério. Algum tempo depois, recebeu-se o convite insistente para que
houvesse o retorno à formalidade do cargo, mas o mesmo já se tornara inviável
porque a discordância permanecia – ainda que latente e sempre respeitosa.
Aqui é importante que uma coisa fique bem clara: apesar da mágoa
e da dor inicial, com o passar do tempo ficou claro a quem aqui escreve que
todo esse processo foi uma bênção, pois, só assim, foi possível crescer na
percepção da verdade e do Evangelho em si. Só por meio desse processo, foi
possível deixar de ser um “cumpridor de agenda eclesiástica” para passar a ser
um evangelista na essência.
Ainda mais uma coisa que é importante frisar: todos os
envolvidos nesse processo de ruptura estão perdoados – perdoamos e fomos
perdoados –, são amados e presentes nas orações, pois, afinal, somos todos
irmãos em Cristo a caminho da mesma meta: a eternidade com Deus, já desde aqui
e agora e para sempre!
Pois bem. Contado um bocadinho da história, fica aqui o agradecimento
a você, que tem recebido os e-mails ou clicado em nosso blog, que tem dado a
alegria de trocar impressões sobre o Evangelho e compartilhar sentimentos e
pensamentos, a você que, mesmo que não saiba, tornou-se um irmão ou uma irmã em
Cristo, a você que permite caminharmos juntos nesse caminho. Muito obrigado!
Há 4 anos que compartilhamos o que é ser um evangelista, o que é ser um irmão na imensidão da humanidade, o que
é ser um livre discípulo de Cristo,
muito além de denominações eclesiásticas ou teologias religiosas, muito além de
formalidades, agendas ou o que quer que seja.
Andamos juntos na existência, às vezes tropeçamos, caímos,
levantamos e seguimos, pois assim é a vida. Lembremos: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que
o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Romanos 8:28).
De novo e sempre: Obrigado a você que nos lê! Obrigado a Deus
por isso e por tudo! De novo! E sempre! Amém!
Kurt Hilbert