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domingo, 29 de junho de 2025

Traçando um Paralelo


 

Abordando o décimo sétimo capítulo do segundo livro dos Reis, no Antigo Testamento, podemos traçar um paralelo com a situação do cristianismo praticado pela cristandade nos dias de hoje.

Chamo de “cristianismo” a religião institucionalizada que temos na atualidade, subdividida em múltiplas denominações eclesiásticas. E chamo de “cristandade” aqueles que seguem as instituições e seus líderes, não sendo necessariamente seguidores de Cristo ou, de forma mais objetiva, cristãos no mais puro significado da palavra. Ainda que Cristo seja a grife ou o estandarte nas portas, portfólios e apresentações de muitas denominações, isso não garante que seja a Cristo que se siga lá; muitas vezes se segue veladamente o próprio líder denominacional ou uma doutrina fechada, quase sectária. E o pior é que a maioria dos adeptos destas igrejas/denominações não percebe isso!

Pois bem... Se observarmos os porquês do exílio de Israel – cujos motivos são descritos no capítulo que menciono no primeiro parágrafo – vamos ver inúmeros paralelos com as práticas do cristianismo que vemos por aí, guardadas, obviamente, as devidas diferenciações de costumes e de épocas. O que quero dizer é que, se formos olhar com uma perspectiva metafórica, vemos práticas similares.

Passo abaixo alguns trechos deste capítulo e, posteriormente, desejo retomar a discussão desse paralelismo que observo. Leia buscando ver um paralelo entre os israelitas de então e o cristianismo atual, enxergando um no outro.

 

2º Reis 17:5-23

O rei da Assíria invadiu todo o país, marchou contra Samaria e a sitiou por três anos. No nono ano do reinado de Oséias, o rei assírio conquistou Samaria e deportou os israelitas para a Assíria. Ele os colocou em Hala, em Gozã do rio Habor e nas cidades dos medos.

Tudo isso aconteceu porque os israelitas haviam pecado contra o SENHOR, o seu Deus, que os tirara do Egito, de sob o poder do faraó, rei do Egito. Eles prestaram culto a outros deuses e seguiram os costumes das nações que o SENHOR havia expulsado de diante deles, bem como os costumes que os reis de Israel haviam introduzido. Os israelitas praticaram o mal secretamente contra o SENHOR, o seu Deus. Em todas as suas cidades, desde as torres das sentinelas até as cidades fortificadas, eles construíram altares idólatras. Ergueram colunas sagradas e postes sagrados em todo monte alto e debaixo de toda árvore frondosa. Em todos os altares idólatras queimavam incenso, como faziam as nações que o SENHOR havia expulsado de diante deles. Fizeram males que provocaram o SENHOR à ira. Prestaram culto a ídolos, embora o SENHOR houvesse dito: “Não façam isso”. O SENHOR advertiu Israel e Judá por meio de todos os seus profetas e videntes: “Desviem-se de seus maus caminhos. Obedeçam às minhas ordenanças e aos meus decretos, de acordo com toda a Lei que ordenei aos seus antepassados que obedecessem e que lhes entreguei por meio de meus servos, os profetas”.

Mas eles não quiseram ouvir e foram obstinados como seus antepassados, que não confiaram no SENHOR, o seu Deus. Rejeitaram os seus decretos, a aliança que ele tinha feito com os seus antepassados e as suas advertências. Seguiram ídolos inúteis, tornando-se eles mesmos inúteis. Imitaram as nações ao seu redor, embora o SENHOR lhes tivesse ordenado: “Não as imitem”.

Abandonaram todos os mandamentos do SENHOR, o seu Deus, e fizeram para si dois ídolos de metal na forma de bezerros e um poste sagrado de Aserá. Inclinaram-se diante de todos os exércitos celestiais e prestaram culto a Baal. Queimaram seus filhos e filhas em sacrifício. Praticaram adivinhação e feitiçaria e venderam-se para fazer o que o SENHOR reprova, provocando-o à ira.

Então o SENHOR indignou-se muito contra Israel e os expulsou da sua presença. Só a tribo de Judá escapou, mas nem ela obedeceu aos mandamentos do SENHOR, o seu Deus. Seguiram os costumes que Israel havia introduzido. Por isso o SENHOR rejeitou todo o povo de Israel; ele o afligiu e o entregou nas mãos de saqueadores, até expulsá-lo da sua presença.

Quando o SENHOR separou Israel da dinastia de Davi, os israelitas escolheram como rei Jeroboão, filho de Nebate, que induziu Israel a deixar de seguir o SENHOR e o levou a cometer grande pecado. Os israelitas permaneceram em todos os pecados de Jeroboão e não se desviaram deles, até que o SENHOR os afastou de sua presença, conforme os havia advertido por meio de todos os seus servos, os profetas. Assim, o povo de Israel foi tirado de sua terra e levado para o exílio na Assíria.

 

2º Reis 17:24

O rei da Assíria trouxe gente da Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefarvaim e os estabeleceu nas cidades de Samaria para substituir os israelitas. Eles ocuparam Samaria e habitaram em suas cidades.

 

2º Reis 17:27-29

Então o rei da Assíria deu esta ordem: “Façam um dos sacerdotes de Samaria que vocês levaram prisioneiros retornar e viver ali para ensinar as exigências do deus da terra”. Então um dos sacerdotes exilados de Samaria veio morar em Betel e lhes ensinou a adorar o SENHOR.

No entanto, cada grupo fez seus próprios deuses nas diversas cidades em que moravam e os puseram nos altares idólatras que o povo de Samaria havia feito.

 

2º Reis 17:32-33

Eles adoravam o SENHOR, mas também nomeavam qualquer pessoa para lhes servir como sacerdote nos altares idólatras. Adoravam o SENHOR, mas também prestavam culto aos seus próprios deuses, conforme os costumes das nações de onde haviam sido trazidos.

 

2º Reis 17:35-41

Quando o SENHOR fez uma aliança com os israelitas, ele lhes ordenou: “Não adorem outros deuses, não se inclinem diante deles, não lhes prestem culto nem lhes ofereçam sacrifício. Mas o SENHOR, que os tirou do Egito com grande poder e com braço forte, é quem vocês adorarão. Diante dele vocês se inclinarão e lhe oferecerão sacrifícios. Vocês sempre tomarão o cuidado de obedecer aos decretos, às ordenanças, às leis e aos mandamentos que lhes prescreveu. Não adorem outros deuses. Não esqueçam a aliança que fiz com vocês e não adorem outros deuses. Antes, adorem o SENHOR, o seu Deus; ele os livrará das mãos de todos os seus inimigos”.

Contudo, eles não lhe deram atenção, mas continuaram em suas antigas práticas. Mesmo quando esses povos adoravam o SENHOR, também prestavam culto aos seus ídolos.

 

Podemos perceber que os israelitas pecaram contra o Senhor, pois rejeitaram Suas leis, decretos, mandamentos e princípios, para seguirem os usos e costumes religiosos dos povos em cujas terras estavam adentrando.

Estes povos haviam sido desalojados de suas terras justamente por praticarem caminhos espirituais contrários à vontade de Deus – a ponto de oferecerem até mesmo sacrifícios humanos, sacrificando seus filhos aos ídolos.

O que acontece é que, depois de muito tempo de desobediência, Israel – e depois Judá também – estaria sendo desalojado da mesma “terra prometida” por desobedecerem a Deus, como que sendo um déjà-vu. A História, como podemos comprovar outra vez, é cíclica, isto é, ela se repete.

Se diz no texto que os israelitas praticaram o mal secretamente contra o SENHOR, significado dizer que, na aparência, seguiam cultuando a Deus, mas que, secretamente, cultuavam também às divindades locais.

Deus havia enviado pregadores – os profetas da antiguidade – para denunciar as más práticas e trazê-los de volta à consciência, mas todos os avisos e admoestações sofreram rejeição. Inclusive houve casos em que estes servos profetas enviados foram mortos porque a mensagem divina que transmitiam desagradava aos influentes e poderosos de então.

Interessante mencionar o fato de ser sempre possível evitar o erro e o pecado quando este é detectado e se torna consciente. Mas, para isso, é necessária uma ação de perceber o erro e desviar-se dele, coisa que os israelitas não fizeram, pois é dito que não se desviaram deles. Hoje a cristandade também pode perceber seus erros, e a pergunta é: Querem desviar-se deles, isto é, tomar uma decisão e uma atitude?

Quando o povo foi reassentado na Samaria – já não mais apenas israelitas, mas muitos povos juntamente com eles –, houve até mesmo um movimento em direção a uma pureza religiosa, mas que logo caiu por terra, pois a cultura religiosa dos povos estrangeiros predominou sobre a doutrina ensinada por Deus.

Somente um Caminho é possível ser seguido integralmente; não é possível seguir dois simultaneamente. Preste atenção a esta passagem citada acima: Adoravam o SENHOR, mas também prestavam culto aos seus próprios deuses. Isso se chama sincretismo religioso, onde se misturam várias coisas, mas não se está com inteireza em nenhuma. Isso sobeja no cristianismo de hoje, infelizmente!

Quando Deus faz uma aliança conosco – como fez em definitivo por meio de Cristo –, ainda é preciso estar-se ciente de que não há vários caminhos simultâneos: somente um Caminho é possível.

Adoram-se, no entanto, vários deuses nos altares do cristianismo: dinheiro, poder, influência, status, domínio e manipulação, entre outros – e até mesmo líderes humanos, seguidos com reverência idólatra.

Os israelitas viveram um revés terrível em função destas distorções!

Mas, como falei acima, há um déjà-vu e a História, mais uma vez, se mostra cíclica; tudo muito parecido com o que acontece no mercado religioso cristão de hoje.

E há também muitos denunciando esses absurdos, procurando despertar as pessoas para a Verdade... mas serão ouvidos?

O que posso dizer? Siga sinceramente a Cristo Jesus, faça a sua parte, e confie que Deus sempre sabe de tudo!

E também: Leia a Bíblia, especialmente o Novo Testamento, para aprender diretamente na fonte sobre o que significa ser cristão e seguir e Jesus.

 

Por ora é isso.

Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 22 de junho de 2025

173 – A Fornalha de Nabucodonosor (Daniel 3)


 

O1(versículo de Daniel 3) rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro de vinte e sete metros de altura e dois metros e setenta centímetros de largura, e a ergueu na planície de Dura, na província da Babilônia. Depois2 convocou os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os magistrados e todas as autoridades provinciais para assistirem à dedicação da imagem que mandara erguer.

Nesse8 momento alguns astrólogos se aproximaram e denunciaram os judeus, dizendo9 ao rei Nabucodonosor: “Ó rei, vive para sempre! Há12 alguns judeus que nomeaste para administrar a província da Babilônia, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que não te dão ouvidos, ó rei. Não prestam culto aos teus deuses nem adoram a imagem de ouro que mandaste erguer”.

Furioso13, Nabucodonosor mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.

Nabucodonosor14 lhes disse: “É verdade, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que vocês não prestam culto aos meus deuses nem adoram a imagem de ouro que mandei erguer? Agora15, porém, quando vocês ouvirem o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da flauta dupla e de toda espécie de música, se vocês se dispuserem a prostrar-se em terra e a adorar a imagem que eu fiz, será melhor para vocês. Mas, se não a adorarem, serão imediatamente atirados numa fornalha em chamas I. E que deus poderá livrá-los das minhas mãos?”

Sadraque16, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: “Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se17 formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei”.

Nabucodonosor19 ficou tão furioso com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que o seu semblante mudou. Deu ordens para que a fornalha fosse aquecida sete vezes mais do que de costume e20 ordenou que alguns dos soldados mais fortes do seu exército amarrassem Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e os atirassem na fornalha em chamas. E21 os três homens, vestidos com seus mantos, calções, turbantes e outras roupas, foram amarrados e atirados na fornalha extraordinariamente quente.

Mas24 logo depois o rei Nabucodonosor, alarmado, levantou-se e perguntou aos seus conselheiros: “Não foram três homens amarrados que nós atiramos no fogo?”

Eles responderam: “Sim, ó rei”.

E25 o rei exclamou: “Olhem! Estou vendo quatro homens, desamarrados e ilesos, andando pelo fogo, e o quarto se parece com um filho dos deuses”.

Então26 Nabucodonosor aproximou-se da entrada da fornalha em chamas e gritou: “Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saiam! Venham aqui!”

E Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram do fogo. Os27 sátrapas, os prefeitos, os governadores e os conselheiros do rei se ajuntaram em torno deles e comprovaram que o fogo não tinha ferido o corpo deles. Nem um só fio do cabelo tinha sido chamuscado, os seus mantos não estavam queimados, e não havia cheiro de fogo neles.

Disse28 então Nabucodonosor: “Louvado seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos!”

 

v     Para entender a história

Deus providencia salvação àqueles que desejaram manter-se fieis à sua fé, independentemente do tamanho do desafio, ainda que, aos olhos humanos, pudesse parecer algo sobrenatural.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Fornalha em chamas” – Enormes fornalhas coziam os tijolos usados nos prédios da Babilônia. A temperatura era elevada com o uso de foles. Na Bíblia, fogo e fornalha estão associados ao castigo divino (Salmo 21:9) e à salvação (Isaías 43:2).

 

- Construções de Nabucodonosor: Nabucodonosor era famoso pelas suas obras ambiciosas, que incluíam um vasto sistema de irrigação e suntuosos templos para os seus deuses. Quando a sua mulher passou a sentir saudades das colinas de sua terra natal, ele escolheu as planícies da Babilônia para construir o seu famoso “jardim suspenso”, uma das sete maravilhas do mundo antigo.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 15 de junho de 2025

A Angústia da Alma Que Não Escolhe Confiar


 

Jesus disse em João 7:17 que todo e qualquer ser humano só pode saber se o Seu ensino é Verdade ou não, se o praticar em fé. E assim dizendo Ele encerrou todos os debates infrutíferos acerca da “verdade”, pois disse que a Verdade só pode ser “experimentada”, e só então se fará atestar como tal. Portanto, sem a experiência da Verdade na vida, nenhuma Verdade de Deus é Verdade para mim, e não se manifestará como fruto de libertação e liberdade, e conforme o reino de Deus, que é justiça, paz e alegria no Espírito Santo.

Sim, eu serei cristão, mas não saberei o que é ser discípulo de Jesus!

A questão é que neste ponto somos colocados diante de uma escolha, ainda que com muitas caras, e que é a seguinte: Tenho eu coragem de reduzir minha existência a uma só coisa, a uma única certeza?

Ora, nossa natureza adoecida pela insegurança que a experiência da Queda nos causou, é incapaz de tal simplificação, pois nos parece loucura, e suicídio existencial.

Só um louco a praticaria, mesmo que fosse pela fé.

Todavia, Jesus disse que essa é a boa parte que de ninguém é tirada. Jesus também disse que isto só aconteceria se o ser fizesse sua síntese em Deus, ao invés de ficar servindo a dois senhores, ou, às vezes, a muitos senhores.

Assim aprendemos que é essa tentativa de bigamia da alma, ora amando a um e aborrecendo ao(s) outro(s) (e outras vezes invertendo o processo), de fato, o centro da angústia do ser.

É como a alma que tenta ter dois amores e que se devota a um na mesma medida em que despreza o outro. E assim vai, sempre existindo na alternância deste mesmo processo, e sempre sem paz. Ora, ela só terá paz em Deus, pois, se escolher qualquer outro amor, lhe será angústia, posto que, por mais que me devote a ele, mesmo assim clama em mim o lugar essencial do único amor, do amor do Autor da Vida.

No mundo visível o Dinheiro expressa bem essa paixão e essa devoção. É o culto ao imediato e ao Poder nas mãos. É o altar do sucesso recebendo o holocausto da ambição que foi gerada pela insegurança de quem não consegue confiar. O Dinheiro é confiança na própria mão. Por isto ele se expressa um terrível senhor. Pois quem pensa que o tem nas mãos, já há muito está nas mãos dele.

Enfim, Jesus disse que tenho que reduzir minha existência a uma só coisa, a fim de que a boa parte não me seja tirada. E disse que somente a entrega à vontade do Pai é que poderia pacificar a alma e dar a ela sentido de significação eterna. No entanto, Ele também disse que, a fim de poder saber se Ele é a Verdade ou não, a pessoa tem que decidir antes, e pular de cabeça. Tem que escolher, e mergulhar sem medo. Pois, assim que o fizer, experimentará a graça do contentamento e da paz. O ser terá se unificado, e o contentamento tomará na alma o lugar das angústias antes geradas pelos serviços prestados aos muitos senhores; e prevalecerá a paz.

Ora, quando chegamos aqui, neste chão, onde de nós se demanda uma decisão, uma tomada de consciência, a pessoa tem que saber para onde olhar e como haverá de ponderar suas escolha e decisões de fé. Muitas vezes, e de modos muito diferentes, todos nós, durante a viagem no caminho, temos que escolher quem é o nosso Senhor. Na maioria das vezes, O negamos; razão pela qual nossos seres vão apagando em sua luz interior, e o coração quase só amadurece como ente amargurado.

Paulo disse que atentava não nas coisas que se viam, mas nas que se não viam, pois as coisas que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.

Essa era a maneira dele olhar e ver nas muitas vezes em que tinha que escolher. E o sentido da escolha é o seguinte: temos que eleger nesta vida as coisas que se preservam para a vida eterna – como amor, misericórdia, justiça, alegria e paz –, pois o nosso corpo envelhece e morre, mas há escolhas feitas durante essa jornada que são eleições que nós fazemos acerca de nós mesmos para a eternidade.

Assim, se alguém se dispuser a pular e praticar a Palavra de Jesus, simplificando a sua própria existência, saberá o que é a Verdade e experimentará a libertação – não antes. Ele ensinou que esta é uma decisão da fé que segue, que se lança, que não sabe mais como voltar.

No entanto, a maneira de se preservar isto é não dividindo o ser entre dois ou muitos senhores. A alma só deixa de existir nesse movimento de angústia de devoções pendulares – Deus ou riquezas, por exemplo – se for pacificada diante de um único e supremo Senhor. Fazendo, desse modo, pela fé, todas as coisas serem fruto de amor a Ele. E o coração caminha em paz.

E isto só acontece se vamos ganhando coragem de interpretar a vida não privilegiando como cenário as coisas que se veem, pois são temporais, mas sim atentando nas coisas que não se veem, e que são permanentes. Isto é galardão na terra. É glória no ser. É Cristo em nós.

Mas ninguém saberá se não tiver a coragem de pular...

“Vem, e segue-me...”

“Para onde iremos nós, Senhor? Só tu tens as palavras da vida eterna!”

 

(um texto de Caio Fábio D´Araújo Filho)

domingo, 8 de junho de 2025

172 – Daniel na Babilônia (Daniel 1 – 2)


 

Nabucodonosor1(versículo de Daniel 1), rei da Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou.

Então3 o rei ordenou que Aspenaz, o chefe dos oficiais da sua corte, trouxesse alguns dos israelitas da família real e da nobreza; jovens4 sem defeito físico, de boa aparência, cultos, inteligentes, que dominassem os vários campos do conhecimento e fossem capacitados para servir I no palácio do rei. Ele devia ensinar-lhes a língua e a literatura dos babilônios.

Entre6 esses estavam alguns que vieram de Judá: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. O7 chefe dos oficiais deu-lhes novos nomes: a Daniel deu o nome de Beltessazar; a Hananias, Sadraque; a Misael, Mesaque; e a Azarias, Abede-Nego.

A17 esses quatro jovens Deus deu sabedoria e inteligência para conhecerem todos os aspectos da cultura e da ciência. E Daniel, além disso, sabia interpretar todo tipo de visões e sonhos.

No1(versículo de Daniel 2) segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor teve sonhos; sua mente ficou tão perturbada que ele não conseguia dormir. Por2 isso o rei convocou os magos, os encantadores, os feiticeiros e os astrólogos para que lhe dissessem o que ele havia sonhado.

Então4 os astrólogos responderam em aramaico II ao rei: “Ó rei, vive para sempre! Conta o sonho aos teus servos, e nós o interpretaremos”.

O5 rei respondeu aos astrólogos: “Esta é a minha decisão: Se vocês não me disserem qual foi o meu sonho e não o interpretarem, farei que vocês sejam cortados em pedaços e que as suas casas se tornem montes de entulho. Mas6, se me revelarem o sonho e o interpretarem, eu lhes darei presentes e recompensas e grandes honrarias”.

Os10 astrólogos responderam ao rei: “Não há homem na terra que possa fazer o que o rei está pedindo!”

Isso12 deixou o rei tão irritado e furioso que ele ordenou a execução de todos os sábios da Babilônia. E13 assim foi emitido o decreto para que fossem mortos os sábios; os encarregados saíram à procura de Daniel e dos seus amigos, para que também fossem mortos.

Então19 o mistério foi revelado a Daniel de noite, numa visão.

Daniel24 foi falar com Arioque, a quem o rei tinha nomeado para executar os sábios da Babilônia, e lhe disse: “Não execute os sábios. Leve-me ao rei, e eu interpretarei para ele o sonho que teve”.

O26 rei perguntou a Daniel, também chamado Beltessazar: “Você é capaz de contar-me o que vi no meu sonho e interpretá-lo?”

Daniel27 respondeu: “Nenhum sábio, encantador, mago ou adivinho é capaz de revelar ao rei o mistério sobre o qual ele perguntou, mas28 existe um Deus nos céus que revela os mistérios. Tu31 olhaste, ó rei, e diante de ti estava uma grande estátua: uma estátua enorme, impressionante, e sua aparência era terrível. A32 cabeça da estátua era feita de ouro puro, o peito e o braço eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze, as33 pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro. Enquanto34 estavas observando, uma pedra soltou-se, sem auxílio de mãos, atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmigalhou. Então35 o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados, viraram pó, como o pó da debulha do trigo na eira durante o verão. O vento os levou sem deixar vestígio. Mas a pedra que atingiu a estátua tornou-se uma montanha e encheu a terra toda. Foi36 esse o sonho, e nós o interpretaremos para o rei. Tu37, ó rei, és rei de reis. O Deus dos céus te tem dado domínio, poder, força e glória; nas38 tuas mãos ele colocou a humanidade, os animais selvagens e as aves do céu. Onde quer que vivam, ele fez de ti o governante deles todos. Tu és a cabeça de ouro. Depois39 de ti surgirá um outro reino, inferior ao teu. Em seguida surgirá um terceiro reino, reino de bronze, que governará sobre toda a terra. Finalmente40, haverá um quarto reino, forte como o ferro, pois o ferro quebra e destrói tudo; e assim como o ferro a tudo despedaça, também ele destruirá e quebrará todos os outros. Na44 época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos esses reinos e os exterminará, mas esse reino durará para sempre”.

Então46 o rei Nabucodonosor caiu prostrado diante de Daniel, prestou-lhe honra e ordenou que lhe fosse apresentada uma oferta de cereal e incenso. O47 rei disse a Daniel: “Não há dúvida de que o seu Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos reis e aquele que revela os mistérios, pois você conseguiu revelar esse mistério”.

Então48 o rei colocou Daniel num alto cargo e o cobriu de presentes. Ele o designou governante de toda a província da Babilônia e o encarregou de todos os sábios da província. Além49 disso, a pedido de Daniel, o rei nomeou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego administradores da província da Babilônia, enquanto o próprio Daniel permanecia na corte do rei.

 

v     Para entender a história

Daniel, na Babilônia, lembra José no Egito. Ambos viveram no exílio sob as ordens de soberanos estrangeiros, e ambos permaneceram fieis ao Deus de Israel. Como José, Daniel interpreta os sonhos do rei e conquista um alto posto numa terra estrangeira. Nenhum dos dois procurou a grandeza, mas levou glória a Deus diante dos olhos de soberanos pagãos.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Capacitados para servir” – Nabucodonosor escolhe os jovens mais dotados das mais importantes famílias de Judá para serem funcionários da corte. Essa política eficaz eliminou a ameaça de um governante em potencial liderar uma revolução judaica.

                                   II.      Responderam em aramaico” O aramaico, uma língua próxima do hebraico, originou-se em Aram (Síria). Tornou-se a língua diplomática dos assírios, após eles conquistarem a Síria. Na época de Nabucodonosor, o aramaico era a língua comum do império babilônio.

 

- O portão da Babilônia: A imponente cidade da Babilônia foi construída por Ninrode, no rio Eufrates (Gênesis 10:10). Nabucodonosor a tornou a capital do seu império, construindo o maciço portão de Istar. Decorado com tijolos vitrificados, dava ingresso aos séquitos que se dirigiam à cidade.

- Novos nomes: Os nomes hebraicos de Daniel e de seus amigos continham todos a palavra “Deus”. Um deus babilônio diferente passou a fazer parte de cada um dos seus novos nomes. A troca de nomes e o treinamento especial foram uma tentativa de afastá-los de sua herança judaica.

- O sonho de Nabucodonosor: Tradicionalmente, os quatro reinos representados pela estátua são identificados como os da Babilônia (ouro), Pérsia (prata), Grécia (bronze) e Roma (ferro). A duração cada vez maior desses impérios é simbolizada pelo aumento da resistência dos metais. A pedra que cresceu até se tornar uma montanha representa o reino de Deus, que durará para sempre.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 1 de junho de 2025

A Manifestação do Espírito


1º Coríntios 12:7

A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum.

 

Neste capítulo da primeira carta à igreja em Corinto, o apóstolo Paulo cita os dons do Espírito Santo e, nesta passagem, também os chama de “manifestação do Espírito”, pois cada dom é também uma manifestação pontual.

Na íntegra, esta passagem diz assim: A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum. Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, , pelo mesmo Espírito; a outro, dons de curar, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas. Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, como quer (1º Coríntios 12:7-11).

Quero ressaltar, uma vez mais, quais são estes dons/manifestações, citados nesta passagem: palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, dons de curar, poder para operar milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedades de línguas e interpretação de línguas.

Há teólogos que defendem que estes dons cessaram – são os chamados “cessacionistas”. E há teólogos que defendem que estes dons não cessaram – são os chamados “continuístas”. E há ainda um “grupo do meio”, que são teólogos que defendem a ideia de que os dons não cessaram totalmente, mas que desvaneceram com o passar do tempo.

Bem, como eu não surfo na onda da Teologia, vou pela posição bíblica, e esta não nos diz em parte alguma que os dons e as manifestações do Espírito cessariam. Ao contrário, o apóstolo Pedro, em sua pregação no início da formação da Igreja, nos dá seguras indicações sobre isso: “Isto é o que foi predito pelo profeta Joel: ‘Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão. Mostrarei maravilhas em cima, no céu, e sinais em baixo, na terra: sangue, fogo e nuvens de fumaça. O sol se tornará em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo!’” (Atos 2:16-21). Ora, como o sol ainda não se tornou em trevas, nem a lua em sangue, e o grande e glorioso dia do Senhor – a Sua volta – ainda não se deu, os dons e as manifestações do Espírito continuam válidos e operantes.

Mas não é este o ponto central deste texto – até porque ele pode suscitar, para muitos, mais discussões do que conclusões.

O ponto central deste texto é justamente a validade e a atualidade da manifestação do Espírito, tanto em revelação para compreender a Palavra, como em inspiração para pregar a Palavra e também em atuação para os efeitos da Palavra em nós. Sobre isto, temos a fala de Jesus: Não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizê-lo. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês” (Mateus 10:19-20). Assim, se aqui, neste espaço, podemos escrever, ler e compreender sobre a Palavra e suas implicações, isto nos é dado a dizer e a entender pela atuação do Espírito em nós.

Se, dentre os dons/manifestações do Espírito, temos a “palavra de sabedoria” e a “palavra de conhecimento”, esta sabedoria e conhecimento vêm do Senhor, por Seu Espírito, manifesto em nós. Sim, manifesto em nós!

O apóstolo Paulo ainda fala que cada um destes dons se manifesta conforme a vontade divina, para a edificação da Igreja: Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja (1º Coríntios 14:26). E ele fala ainda que o Espírito dá estes dons e estas manifestações conforme Ele quer: Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, como quer (1º Coríntios 12:11).

Ou seja, tanto os dons como a manifestação destes dons não são méritos nossos nem dependem diretamente de nós, mas são méritos de Deus. Nós somos apenas ferramentas usadas nestes processos.

Outra coisa muito importante: os dons do Espírito, uma vez manifestados nalguma pessoa, não passam a ser propriedade nem característica distintiva daquela pessoa. Por exemplo, se através da oração de um pessoa, alguém alcança a cura, o dom de cura, naquele momento manifestado, não passa a ser uma distinção da pessoa que orou. Esta pessoa não passará, a partir daquele momento, a curar indistintamente as pessoas orando sobre elas, mas foi uma manifestação pontual. Pode ocorrer noutro momento, sim, mas não será regra pétrea. Afinal, o Espírito distribui individualmente, a cada um, como quer – e quando quer e onde quer. Ninguém, por ter orado sobre alguém e este alguém ser curado, tornou-se um “curandeiro evangélico ou espiritual”. Tudo é pontual e circunstancial.

Desta forma acontece nos demais casos também, pois as manifestações dos dons do Espírito se dão visando ao bem comum.

 Assim, quando é a vontade de Deus que se manifeste em nós uma palavra de sabedoria ou uma palavra de conhecimento, estas são para aquelas pessoas com quem estamos em contato naquele momento, para que elas e nós possamos usufruir deste benefício.

Da mesma forma acontece com a , pois Jesus mesmo diz que ninguém pode vir a Ele se o Pai não operar esta atração: Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair (João 6:44). A fé, no entanto, junto com o amor e a esperança, permanece continuamente: Assim, permanecem agora estes três: a , a esperança e o amor (1º Coríntios 13:13).

Portanto, se você estiver em dúvida com relação à sua fé, relaxe! A fé é um dom que você recebe, não é um mérito seu nem é por esforço próprio! Se você está lendo aqui com sincero interesse, por exemplo, saiba que a fé já está incutida em você. Você pode ainda ser um homem – ou uma mulher – de pequena fé, mas já tem fé, ainda que a mesma seja do tamanho de um grão de mostarda!

Agora, o que “fazer” com a fé que lampeja em você é com você, é uma decisão sua. Você pode dizer “sim” a Deus e seguir a Jesus, dia a dia, reafirmando a sua fé... ou não, deixando tudo isso para lá. Qual sua resposta?

 

Por ora é isso.

Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 25 de maio de 2025

171 – A Queda de Jerusalém (2⁰ Crônicas 36 e 2⁰ Reis 25)

 

O15(versículo de 2⁰ Crônicas 36) SENHOR, o Deus dos seus antepassados, advertiu-os várias vezes por meio de seus mensageiros, pois ele tinha compaixão de seu povo e do lugar de sua habitação. Mas16 eles zombaram dos mensageiros de Deus, desprezaram as palavras dele e expuseram ao ridículo os seus profetas I, até que a ira do SENHOR se levantou contra o seu povo, e já não houve remédio. Ele17 enviou contra eles o rei dos babilônios.

Então1(versículo de 2⁰ Reis 25), no nono ano do reinado de Zedequias, no décimo dia do décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, marchou contra Jerusalém com todo o seu exército. Ele acampou em frente da cidade e construiu rampas de ataque ao redor dela. A2 cidade foi mantida sob cerco até o décimo primeiro ano do reinado de Zedequias. No3 nono dia do quarto mês, a fome na cidade havia se tornado tão severa que não havia nada para o povo comer. Então4 o muro da cidade foi rompido, e todos os soldados fugiram de noite pela porta entre os dois muros próximos ao jardim do rei, embora os babilônios estivessem em torno da cidade. Fugiram na direção da Arabá, mas5 o exército babilônio perseguiu o rei II e o alcançou nas planícies de Jericó. Todos os seus soldados o abandonaram, e6 ele foi capturado. Foi levado até o rei da Babilônia, em Ribla, onde pronunciaram a sentença contra ele. Executaram7 os filhos de Zedequias na sua frente; depois furaram seus olhos, prenderam-no com algemas de bronze e o levaram para a Babilônia.

No8 sétimo dia do quinto mês do décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, comandante da guarda imperial, conselheiro do rei da Babilônia, foi a Jerusalém. Incendiou9 o templo do SENHOR, o palácio real, todas as casas de Jerusalém e todos os edifícios importantes. Todo10 o exército babilônio que acompanhava Nebuzaradã derrubou os muros de Jerusalém. E11 ele levou para o exílio o povo que sobrou na cidade, os que passaram para o lado do rei da Babilônia e o restante da população. Mas12 alguns dos mais pobres do país o comandante deixou para trás, para trabalharem nas vinhas e nos campos.

Os soldados babilônios saquearam o templo e levaram tudo o que havia de valor. Destruíram até mesmo as maciças colunas e levaram o bronze para a Babilônia.

Assim21(versículo de 2⁰ Reis 25), Judá foi para o exílio, para longe de sua terra.

A21(versículo de 2⁰ Crônicas 36) terra desfrutou os seus descansos sabáticos III; descansou durante todo o tempo de sua desolação, até que os setenta anos se completaram, em cumprimento da palavra do SENHOR anunciada por Jeremias.

 

v     Para entender a história

O exílio de Judá e a destruição de Jerusalém e de seu Templo são castigos de Deus para um povo rebelde. Mas, por intermédio do profeta Jeremias, Deus oferece esperança no futuro. O exílio de Judá da “terra prometida” não será permanente. Após setenta anos, Deus trará o seu povo de volta da Babilônia.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Expuseram ao ridículo os seus profetas” – Os profetas incluíam Isaías, Amós, Oséias e Miquéias. Todos eles escreveram livros proféticos, alertando os reis do século VIII a.C. para as consequências de sua falta de fé. Apesar das lições aprendidas com a queda do reino do norte em 722 a.C. e da reforma religiosa levada a efeito por Josias, os últimos reis de Judá retornaram ao culto pagão.

                                   II.      O rei” – Os reis que seguiram a orientação de Jeremias se tornaram vassalos do Egito e, depois, da Babilônia. O rei Zedequias foi colocado no trono de Judá por Nabucodonosor em 597 a.C., após uma rebelião liderada pelo rei Joaquim, sobrinho de Zedequias. Posteriormente, Zedequias ingressou em uma aliança contra os babilônios, juntamente com Edom, Moabe, Amon, Tiro e Sidom. Nabucodonosor revidou, atacando Judá e sitiando Jerusalém.

                                III.     “Desfrutou os seus descansos sabáticos” – Este trecho, com base na Lei de Moisés (Levítico cap. 26), descreve o destino de Israel se o povo ignorar Deus e suas ordens: “A terra ficará deserta deles e guardará os sábados, enquanto permanecer desolada sem eles. Eles pagarão pelos seus pecados, pois rejeitaram minhas leis e abandonaram os meus decretos”.

                                                       

- O império babilônio: O rei caldeu Nabopolassar derrotou a Assíria em 612 a.C. O novo império babilônio atingiu o auge por volta de 600 a.C., com o seu filho Nabucodonosor, e continha a maior parte dos territórios assírios.

- O rei Nabucodonosor: Nabucodonosor (605 – 562 a.C.) foi um soberano cruel, porém habilidoso. Derrotou o Egito e formou uma aliança com a Média, seus dois principais adversários. O profeta Jeremias o viu como um instrumento da ira de Deus e aconselhou os reis de Judá a se submeterem a ele, em vez de enfrentarem a destruição.

- O profeta Jeremias e os últimos reis de Judá: Jeremias foi sacerdote e profeta. Profetizou para os cinco últimos reis de Judá, durante um período de quarenta anos – de 626 a.C. até a queda de Jerusalém (586 a.C.). Ele apoiou Josias na tentativa de reformar e renovar a religião de Judá, mas enfrentou oposição, perseguição e prisão por parte dos sucessores de Josias. Jeremias previu a ruína e as deportações desses reis, como também a queda de Jerusalém e a duração do exílio de Judá na Babilônia.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.