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domingo, 4 de maio de 2025

Justiça, Paz e Alegria


 

Romanos 14:17

Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.

 

O Reino de Deus não é algo somente para o além, para a “eternidade”, somente para quando “formos para o céu”, como creem alguns, mas é também para o aqui e agora.

Jesus ensina dizendo que o Reino está no interior da pessoa – “O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: ‘Aqui está ele’, ou ‘Lá está’; porque o Reino de Deus está dentro de vocês (Lucas 17:21) –, significando dizer que é algo objetivamente subjetivo e que habita todo aquele que crê. O Reino de Deus está em nós quando decidimos crer e recebemos por fé aquilo que a graça de Deus nos oferece.

Quando a Palavra nos diz que não é comida nem bebida, fica claro que o Reino de Deus, que está em nós, não prioriza as materialidades.

Infelizmente, o que “falsos profetas” e “falsos pastores” prometem é um “falso Cristo” e um “falso Evangelho” – tudo conforme Jesus já previa: “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos (Mateus 7:15-16). “Naquele tempo muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos (Mateus 24:10-11). “Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos. Vejam que eu os avisei antecipadamente (Mateus 24:24-25). Sim, Jesus nos avisou antecipadamente!

Disso falava também o apóstolo Paulo aos irmãos das igrejas em Corinto e na Galácia: O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo. Pois, se alguém lhes vem pregando um Jesus que não é aquele que pregamos, ou se vocês acolhem um espírito diferente do que acolheram ou um evangelho diferente do que aceitaram, vocês o toleram com facilidade (2º Coríntios 11:3-4). Admiro-me que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo (Gálatas 1:6-7).

Agora, repare se as advertências de Jesus e essas duas reprimendas de Paulo também não se aplicam hoje em dia a tantas e tantas “igrejas” lideradas por quem somente visa o lucro financeiro! Estas palavras de Jesus e do apóstolo se aplicam tanto aos líderes destas instituições quanto àqueles que aderem a elas como membros, buscando não as bênçãos espirituais, mas as promessas materiais, como dinheiro na conta, negócios bem-sucedidos e carros nas garagens de suas lindas casas.

Não preciso nem dizer que isso é ludíbrio para enganar quem quer ser enganado, pois não se dá de graça. Não, são negociatas e pretensas barganhas com Deus, mediante dízimos, ofertas e sacrifícios em falsos púlpitos, que mais são palcos para neles fazerem as suas mágicas.

Fico me perguntando onde fica, para essas pessoas, esta Palavra de Jesus: Vocês receberam de graça; deem também de graça (Mateus 10:8).

Mas não é disso que quero falar hoje!

Quero falar aqui daquilo que o Reino de Deus verdadeiramente é, segundo a Palavra usada como mote para este texto: justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Isto é o Reino de Deus que está em todo aquele que crê, em todo aquele que decide, dia a dia, orientar a sua vida segundo os ensinamentos de Jesus.

Vamos analisar um pouco o significado destas três palavras apresentadas como características do Reino de Deus:

 - Justiça – é a forma como Deus age com relação aos Seus, manifestando a Sua fidelidade e amor. Deus é misericordioso, pois disciplina a quem ama, não dispensando a vara da correção quando necessária, mas perdoando a quem se arrepende e curando as enfermidades da alma. “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho” (Hebreus 12:5-6). Assim como Ele é justo e perdoador conosco, assim também nos ensina a sermos com o próximo: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6:12). A justiça divina é, ainda, uma justiça que nos justifica pela fé: Assim, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo (Gálatas 2:16).

- Paz – o Senhor nos concede a Sua paz: E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus (Filipenses 4:7). “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo (João 14:27). E Ele nos ensina a compartilharmos a Sua paz, uma paz que verdadeiramente pacifica: “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus (Mateus 5:9).

- Alegria – esta alegria é do e pelo Espírito Santo, é um fruto do mesmo: Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei (Gálatas 5:22-23). E sobre esta alegria divina que frutifica em nós, temos o seguinte conselho: Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! (Filipenses 4:4). Esta não é uma alegria abobalhada, mas um estado de alma de quem sabe-se em gratidão eterna com o Senhor e, assim, não tem por que não estar alegre em todo tempo!

Ora, tudo isso não é pouca coisa!

Assim, diante de tantos absurdos praticados no cristianismo midiático tendo Jesus apenas como slogan, bandeira e chamariz, mas que de Jesus não tem nada, fique consciente e pacificado em Deus, sabendo que Ele sabe e que Jesus nos ensinou sobre tudo isso antecipadamente.

Em Cristo, siga justificado, pacificado e irradiando serena alegria!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

sábado, 26 de abril de 2025

169 – Jerusalém Sobrevive ao Cerco (2⁰ Reis 18 – 20)


 

No1(versículo de 2⁰ Reis 18) terceiro ano do reinado de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, Ezequias, filho de Acaz I, rei de Judá, começou a reinar.

Ezequias5 confiava no SENHOR, o Deus de Israel.

E7 o SENHOR estava com ele; era bem sucedido em tudo o que fazia. Rebelou-se contra o rei da Assíria e deixou de submeter-se a ele. Desde8 as torres das sentinelas até a cidade fortificada, ele derrotou os filisteus II, até Gaza e o seu território.

No13 décimo quarto ano do reinado do rei Ezequias, Senaqueribe, rei da Assíria, atacou todas as cidades fortificadas de Judá e as conquistou.

Então, o rei assírio sitiou a cidade de Jerusalém. Os seus comandantes zombaram dos oficiais israelitas, dizendo que nem Deus conseguiria salvá-los do exército assírio. Quando Ezequias ouviu isso, ficou com medo e mandou alguns dos seus oficiais procurarem o profeta Isaías.

Quando5(versículo de 2⁰ Reis 19) os oficiais do rei Ezequias chegaram a Isaías, este6 lhes disse: “Digam a seu senhor que assim diz o SENHOR: ‘Não tenha medo das palavras que você ouviu, das blasfêmias que os servos do rei da Assíria lançaram contra mim. Ouça!7 Eu o farei tomar a decisão de retornar ao seu próprio país, quando ele ouvir certa notícia. E lá o farei morrer à espada’. Portanto32, assim diz o SENHOR acerca do rei da Assíria: ‘Ele não invadirá esta cidade III nem disparará contra ela uma só flecha IV. Não a enfrentará com escudo nem construirá rampas de cerco contra ela. Pelo33 caminho por onde veio voltará; não invadirá esta cidade’, declara o SENHOR. ‘Eu34 a defenderei e a salvarei, por amor de mim mesmo e do meu servo Davi’”.

Naquela35 noite o anjo do SENHOR saiu e matou cento e oitenta e cinco mil homens no acampamento assírio. Quando o povo se levantou na manhã seguinte, o lugar estava repleto de cadáveres! Então36 Senaqueribe, rei da Assíria, desmontou o acampamento e foi embora V. Voltou para Nínive e lá ficou.

Certo37 dia, enquanto ele estava adorando no templo de seu deus Nisroque, seus filhos Adrameleque e Sarezer mataram-no à espada e fugiram para a terra de Ararate. Seu filho Esar-Hadom foi o seu sucessor.

Naquele1(versículo de 2⁰ Reis 20) tempo Ezequias ficou doente, e quase morreu. O profeta Isaías, filho de Amoz, foi visitá-lo e lhe disse: “Assim diz o SENHOR: ‘Ponha em ordem a sua casa, pois você vai morrer; não se recuperará’”.

Ezequias2 virou o rosto para a parede e orou ao SENHOR: “Lembra-te3, SENHOR, como tenho te servido com fidelidade e com devoção sincera. Tenho feito o que tu aprovas”. E Ezequias chorou amargamente.

Antes4 de Isaías deixar o pátio intermediário, a palavra do SENHOR veio a ele: “Volte5 e diga a Ezequias, líder do meu povo: Assim diz o SENHOR, Deus de Davi, seu predecessor: Ouvi sua oração e vi suas lágrimas; eu o curarei”.

Então7 disse Isaías: “Preparem um emplastro de figos”. Eles o fizeram e o aplicaram na úlcera; e ele se recuperou.

Então16 Isaías disse a Ezequias: “Ouça a palavra do SENHOR: ‘Um17 dia tudo o que se encontra em seu palácio, bem como tudo o que os seus antepassados acumularam até hoje, será levado para a Babilônia. Nada restará’, diz o SENHOR”.

Respondeu19 Ezequias ao profeta: “Boa é a palavra do SENHOR que você anunciou”, pois ele entendeu que durante sua vida haveria paz e segurança.

 

v     Para entender a história

Judá enfrenta o mesmo destino do reino do norte, Israel. Jerusalém é sitiada pelo exército assírio; mas, ao contrário de Samaria, a cidade não é conquistada. Os assírios são o instrumento do castigo de Deus. Jerusalém é salva porque Ezequias segue as leis da aliança e restaura o verdadeiro culto.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Ezequias, filho de Acaz” – Ao contrário do pai, Ezequias foi um rei devotado e deu início a várias reformas religiosas. Reabriu o Templo e destruiu os altares pagãos. Quando o reino do norte caiu diante dos assírios em 722 a.C., Ezequias convidou os israelitas que restaram para irem a Jerusalém, para a Páscoa. Após a sua morte, foi enterrado nos túmulos altos dos filhos de Davi, um lugar de honra.

                                   II.      Ele derrotou os filisteus” – Os filisteus haviam conquistado partes de Judá, durante o reinado de Acaz. Em seus anais, o rei Senaqueribe recorda que forçou Ezequias a lhe entregar o rei filisteu de Eglom, que estava sendo mantido prisioneiro em Jerusalém.

                                III.     “Ele não invadirá esta cidade” – Ezequias preparou-se para o inevitável cerco, fortificando as muralhas de Jerusalém e cavando um túnel para levar água da fonte de Giom para a cidade. Ezequias havia construído o Tanque de Siloé, um reservatório para armazenar a água canalizada para a cidade.

                                IV.     “Nem disparará contra ela uma só flecha” – As palavras de Deus significavam que o cerco não terminaria em ataque à cidade. Normalmente, nas etapas finais de um cerco, os assírios avançavam com aríetes, enquanto arqueiros faziam proteção com os seus disparos.

                                   V.     “Senaqueribe, rei da Assíria, desmontou o acampamento e foi embora” – O historiador grego Heródoto atribui a retirada a camundongos que roíam as cordas dos arcos dos assírios. Outros estudiosos sugerem que o exército foi atacado por uma peste transmitida por ratos. Uma outra versão comemora o sucesso da campanha do rei Senaqueribe, sugerindo que o cerco terminou porque Ezequias concordou em pagar tributo ao rei assírio.

 

- Senaqueribe: Este rei assírio subiu ao trono em 705 a.C., após a morte de seu pai Sargão II em uma batalha. A morte de Sargão II desencadeou rebeliões por todo o império assírio. Ezequias juntou-se a uma revolta que incluiu Sidom e duas cidades filisteias. Em 701 a.C. Senaqueribe desencadeou uma campanha militar para esmagar essas revoltas.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

sábado, 19 de abril de 2025

Qual o Significado da Páscoa?


 

A Páscoa é a celebração anual da ressurreição de Cristo à vida após a Sua crucificação e morte. O dia também é chamado de Domingo da Ressurreição. A origem da palavra “Páscoa” vem do hebraico “Pesa” (פֶּסַח), que significa “passagem”. No contexto judaico, refere-se à celebração da libertação dos israelitas do Egito. No cristianismo, a Páscoa representa a ressurreição de Jesus Cristo.

Para alguns, a Páscoa carece de todo significado, exceto o secular. Para eles, a Páscoa é tempo de colorir os ovos, escondê-los e fazer com que as crianças os procurem. É tempo de declamar o mito do coelhinho da Páscoa e aludir às suas contínuas escapadelas. É hora de distribuir doces, tirar fotos e comemorar na mesa da família. É um dia para marcar o início de uma nova estação e celebrar o rejuvenescimento da natureza e o esverdeamento da vegetação, especialmente no hemisfério norte. Estas celebrações da Páscoa, se não vão além disso, são uma tênue sombra de seu verdadeiro significado; são tão vazias quanto um ovo de casca colorida, tão vazias quanto um coelhinho de chocolate.

A Páscoa é um feriado cristão e as celebrações cristãs se concentram no seu verdadeiro significado: a ressurreição de Jesus Cristo. Dois mil anos atrás, um homem morreu em uma cruz, foi sepultado e, três dias depois, ressuscitou. Este fato – que um homem morto voltou à vida e vive para sempre – é o motivo pelo qual celebramos a Páscoa. O significado da Páscoa é que o Filho de Deus pagou o preço por nossos pecados e ressuscitou para nos reconciliar com Deus: Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação (Romanos 4:25).

A Páscoa significa que o nosso maior inimigo, a morte, foi conquistado.

A Páscoa significa que nossos pecados foram perdoados e que fomos reconciliados com Deus.

A Páscoa significa que Cristo é verdadeiramente o Rei e o Vencedor, sentado nas regiões celestiais, muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se possa mencionar, não apenas nesta era, mas também na que há de vir (Efésios 1:21).

A Páscoa significa que Jesus é o Senhor de novos começos, novos dias e novas vidas.

A Páscoa significa que o poder incompreensivelmente grande de Deus estava em plena exibição no Jardim do Túmulo onde Cristo jazia. Esse mesmo grande poder que ressuscitou Cristo dentre os mortos agora opera em nós, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força (Efésios 1:19).

A Páscoa significa que Deus pode mover montanhas, dividir mares, restaurar a vida e remover a pedra.

A Páscoa significa que os pobres de espírito possuirão o reino dos céus, os enlutados serão consolados, os mansos herdarão a terra, os que buscam a justiça serão satisfeitos, os misericordiosos encontrarão misericórdia e os puros de coração verão a Deus (veja Mateus 5:3-8).

A Páscoa significa que as promessas de Deus se cumprem em Cristo.

A Páscoa significa que podemos proclamar boas novas aos pobres, liberdade aos prisioneiros e recuperação da visão aos cegos; podemos libertar os oprimidos e anunciar o ano da graça do Senhor (veja Lucas 4:18-19).

A Páscoa significa que o Evangelho deve ser anunciado em toda parte. Boas notícias são para serem compartilhadas.

A Páscoa significa que o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são veementes labaredas. As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo (Cânticos 8:6–7). Foi por amor que Deus deu o Seu único Filho (João 3:16); foi por amor que Cristo morreu na cruz (João 15:13). É por amor que o Senhor ressuscitado intercede por nós (Romanos 8:34). A Páscoa é repleta de amor.

Afinal, a Páscoa significa que há esperança. Como Jesus disse: Porque eu vivo, vocês também viverão (João 14:19).


Fonte: www.gotquestions.org/portugues

sábado, 12 de abril de 2025

168 – A Queda de Israel (2⁰ Reis 17)


 

No1(versículo de 2⁰ Reis 17) décimo segundo ano do reinado de Acaz, rei de Judá, Oséias, filho de Elá, tornou-se rei de Israel em Samaria, e reinou nove anos.

Salmaneser3, rei da Assíria I, foi atacar Oséias, que fora seu vassalo e lhe pagara tributo. Mas4 o rei da Assíria descobriu que Oséias era um traidor, pois havia mandado emissários a Sô, rei do Egito, e já não pagava mais o tributo, como costumava fazer a cada ano. Por isso, Salmaneser mandou lançá-lo na prisão. O5 rei da Assíria invadiu todo o país, marchou contra Samaria e a sitiou por três anos II. No6 nono ano do reinado de Oséias, o rei assírio conquistou Samaria e deportou os israelitas III para a Assíria. Ele os colocou em Hala, em Gozã do rio Habor e nas cidades dos medos.

Tudo7 isso aconteceu porque os israelitas haviam pecado contra o SENHOR seu Deus, que os tirara do Egito, de sob o poder do faraó, rei do Egito. Os9 israelitas praticaram o mal secretamente contra o SENHOR seu Deus. 

Abandonaram16 todos os mandamentos do SENHOR, do seu Deus e fizeram para si dois ídolos de metal na forma de bezerros e um poste sagrado. Inclinaram-se diante de todos os exércitos celestiais e prestaram culto a Baal. Queimaram17 seus filhos e filhas em sacrifício. Praticaram adivinhação e feitiçaria e venderam-se para fazer o que o SENHOR reprova, provocando-o à ira.

Então18 o SENHOR indignou-se muito contra Israel e os expulsou da sua presença. Só a tribo de Judá escapou, mas19 nem ela obedeceu aos mandamentos do SENHOR seu Deus. Seguiram os costumes que Israel havia introduzido.

O24 rei da Assíria trouxe gente da Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefarvaim e os estabeleceu nas cidades de Samaria para substituir os israelitas. Eles ocuparam Samaria e habitaram em suas cidades. Quando25 começaram a viver ali, não adoravam o SENHOR; por isso ele enviou leões para o meio deles, que mataram alguns dentre o povo. Então26 informaram o rei da Assíria: “Os povos que deportaste e fizeste morar nas cidades de Samaria não sabem o que o Deus daquela terra exige. Ele enviou leões para matá-los, pois desconhecem suas exigências”.

Então27 o rei da Assíria deu esta ordem: “Façam um dos sacerdotes de Samaria que vocês levaram prisioneiro retornar e viver ali para ensinar as exigências do Deus da terra”. Então28 um dos sacerdotes exilados de Samaria veio morar em Betel e lhes ensinou a adorar o SENHOR.

No29 entanto, cada grupo fez seus próprios deuses nas diversas cidades em que moravam e os puseram nos altares idólatras que o povo de Samaria IV havia feito. Os30 de Babilônia fizeram Sucote-Benote, os de Cuta fizeram Nergal e os de Hamate fizeram Asima; os31 aveus fizeram Nibaz e Tartaque; os sefarvitas queimavam seus filhos em sacrifício a Adrameleque e Anameleque, deuses de Sefarvaim. Eles32 adoravam o SENHOR, mas também nomeavam qualquer pessoa para lhes servir como sacerdote nos altares idólatras. Adoravam33 o SENHOR, mas também prestavam culto aos seus próprios deuses, conforme os costumes das nações de onde haviam sido trazidos.

 

v     Para entender a história

Gerações de reis ignoraram os profetas de Deus e deixaram de cumprir as leis da aliança. O exílio de Israel, sendo retirado da “terra prometida”, é a consequência de seus atos. Para representar o povo de Deus, agora só restava o reino do Sul, Judá.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Salmaneser, rei da Assíria” – Salmaneser V sucedeu Tiglate-Pileser e governou entre 727 e 722 a.C.

                                   II.      E a sitiou por três anos” – A cidade real de Samaria era maciçamente fortificada e ficava situada no alto de uma colina, motivo pelo qual demorava tanto para ser capturada. O cerco durou de 724 a 721 a.C. Por ocasião da queda da cidade, Sargão II havia sucedido Salmaneser como rei da Assíria.

                                III.     “Deportou os israelitas” – A política de deportação dos assírios era uma tentativa para evitar rebeliões nas terras recém conquistadas. Os anais de Sargão II registram que 27.290 israelitas foram reassentados em cidades por todo o império assírio em expansão.

                                IV.     “O povo de Samaria” – Tratava-se da população mista do reino do norte. Aos israelitas que permaneceram juntaram-se babilônios, arameus e outros que os conquistadores assírios haviam deportado de sua terra natal. Essas pessoas passaram a ser conhecidas como samaritanos. Posteriormente, rejeitaram as crenças pagãs e abraçaram a fé israelita, mantendo estrita obediência à Lei de Moisés.

 

- O rei Oséias: Oséias foi o vigésimo e último rei de Israel. Seu antecessor, o rei Peca, havia lutado contra Tiglate-Pileser, rei da Assíria. Como resultado, Israel perdeu parte do seu território. Oséias assassinou Peca em 732 a.C., e Tiglate-Pileser o recompensou, tornando-o seu rei vassalo no território que restara de Israel.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 6 de abril de 2025

O Evangelho é o Nome – Se Puder Ler, Leia!

 

Foi porque os “cristãos” não entenderam que o Evangelho é Jesus que, separadamente de Jesus, criaram uma outra coisa que deveria ser vista por todos como “o Evangelho”.

Assim, Jesus seria o Cordeiro da Cruz e da Ressurreição, mas, à parte d’Ele, deveria surgir uma “doutrina de salvação” conforme o conceito de “doutrina” dos homens — tendo nos gregos os artífices filosóficos e metodológicos desse “ídolo de pensamentos” patrocinado pelo Império Romano.

Ora, o Evangelho que se vê anunciado por Paulo, por exemplo, não é uma “doutrina” conforme o termo se faz entender por nós, mas apenas uma explanação dos significados salvíficos do que Jesus fez; e, além disso, uma aplicação de natureza individual, existencial e também comunitária do significado de se ter crido e aprendido em e de Jesus.

Entretanto, tal explanação não obedece às lógicas humanas nem se reveste de nada que se assemelhe a um “sistema”, posto que, para Paulo, não havia nada a ser sistematizado no Evangelho, mas apenas crido. E o fato de o apóstolo não ficar citando palavras de Jesus, conforme ditas e registradas nos quatro evangelhos (que já existiam como informação oral) apenas prova que até mesmo o que Jesus disse não era material para ser “decorado”; antes, era algo para ser entendido como espírito e como consciência aplicada à vida.

Foi a esquizofrenia produzida entre Jesus-Evangelho, de um lado e, de outro, um corpo de doutrinas chamada de “Evangelho” (o qual é feito da sistematização de tudo o que na Bíblia se pode usar para fundamentar um pressuposto “lógico” acerca de um “plano da salvação”) justamente aquilo que tornou Jesus tão diferente daquilo que a “igreja” chama de “Evangelho” e, ao mesmo tempo, tornou a “igreja” tão díspar em relação à Pessoa de Jesus.

Muita gente diz “o evangelho está crescendo...” ou “o evangelho está enfrentando resistências...” ou, ainda, “o evangelho progrediu muito...” — sempre em referência ao crescimento de adesões religiosas à “igreja”, mas quase nunca pensando que o Evangelho só cresce para dentro do ser; e qualquer coisa que carregue o seu nome do lado de fora tem que ser um mero reflexo do que ele gerou no coração.

Todavia, para a “igreja”, Jesus salva, mas o que o salvo se torna não tem nada a ver com Ele! Aliás, se ficar parecido com Ele, não serve para a “igreja”. Pois nada incomoda mais a “igreja” do que alguém que busque ser, radicalmente, como Jesus.

Andar como Ele andou, para a “igreja”, significa outra coisa. De fato significa comportar-se como a “igreja” determina, mesmo que isso venha a ser equivalente a negar o modo como Jesus Se mostrou a todos os seres humanos conforme o registro dos quatro evangelhos.

Na verdade, Jesus é o Evangelho, pois é somente n’Ele e na fé que converge de modo exclusivo para Ele que surge o entendimento do Evangelho.

O Evangelho é Jesus, em todas as Suas histórias, ações, visões, ensinos, interpretações da realidade e, sobretudo, Sua entrega voluntária, como Cordeiro; e, para além disso, Sua ressurreição!

Para se entender o Evangelho tem-se que olhar a vida com o mesmo tipo e qualidade de amor que Jesus demonstrou em Sua existência no tempo e no espaço, ou seja: na Sua encarnação.

O Evangelho só cresce em nós quando a consciência de Jesus se torna crescente em nós. Isto é ter a mente de Cristo, segundo Paulo. Portanto, isto é Evangelho.

O Evangelho é o entendimento segundo Jesus que se torna vida e alegria para quem crê.

Sem tal olhar e sem tal sentir e pensar, conforme Jesus, não há nada que seja Evangelho. Sim, sem isto podemos ter quatro evangelhos, mas não temos ainda O Evangelho.

Isto porque O Evangelho não existe nos quatro evangelhos. Neles temos registros verdadeiros de quem é Jesus e de tudo o que, sendo essencial, Ele fez e ensinou. Sim, não há nada além de letras nos registros dos evangelhos, até nos mais originais de todos eles, posto que o Evangelho não é uma informação, mas sempre uma encarnação da Palavra.

Por essa razão, do ponto de vista de Jesus, conforme os evangelhos, o Evangelho tinha a ver com gestos. Afinal, uma mulher O unge com óleo e Ele diz que aquilo era Evangelho.

Na Bíblia há quatro evangelhos, mas nenhum deles é Evangelho enquanto não é crido e praticado!

Quando Paulo diz que o Evangelho é poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, ele não se refere a nenhuma sorte de adesão à “religião da salvação”, mas exclusivamente a ter crido e obtido, pela fé, o entendimento para provar a salvação como benefício espiritual já na Terra.

Afinal, Evangelho é Boa Nova. E que Boa Nova há em quatro evangelhos que não se tornam Evangelho (produtor de vida e paz) na vida dos papagaios que o decoram?

Há papagaios capazes de desenvolver inteligência de resolução de problemas de uma criança normal de seis anos. E com a memória que esses pássaros possuem, se ensinados, decorariam os evangelhos como uma criança é capaz de fazer quando treinada. Neles, porém, não haveria nenhum Evangelho.

Evangelho é vir e aprender com Aquele que é manso e humilde de coração, achar descanso para a alma n’Ele e trocar a canga da angústia pelo peso-leve de Seu fardo de alegrias.

Evangelho é achar o tesouro que nos evangelhos é uma parábola!

Evangelho é a chance de nascer de novo e de ter no coração o reino de Deus!

Evangelho é certeza de perdão, mas que traz consigo o compromisso com o perdão ao próximo; o que, no Evangelho, não é um sacrifício, mas algo agradável como um grande privilégio!

Evangelho é ser forte contra a mentira e doce ante qualquer que seja a confissão de verdade!

Evangelho é a alegria de dar a vida pelos amigos e até pelos inimigos!

Evangelho é, portanto, andar como Ele andou; e isto para total benefício de quem O segue em fé!

Evangelho é assim... igualzinho a Jesus!

E para eu dizer o que é Evangelho, com minhas imensas limitações, teria que escrever tudo o que vejo, sinto, percebo e recebo de Jesus todos os dias; além de tudo o que de Sua Graça vejo nos evangelhos e enxergo como Evangelho de salvação, na minha vida, e na de todo aquele que crê e busca andar conforme a Sua mente.

Assim, ao invés de buscar decorar os evangelhos, busque entender o espírito deles, pois Jesus disse: “As minhas palavras são espírito e vida”.

Enquanto o Evangelho não se torna um entendimento em fé que nos concede cada vez mais ver, sentir e decidir conforme Jesus, nenhum benefício do Evangelho chegou até nós.

O Evangelho é Caminho, Verdade e Vida — e Caminho, Verdade e Vida só estão em Jesus. Portanto, o Evangelho é Jesus e Jesus é o Evangelho; e tudo o que não for assim e conforme o espírito de Cristo, pode até ganhar o apelido de “evangelho”, mas não é Evangelho.

Ora, é apenas por crer que os quatro evangelhos só se tornam Evangelho se cridos e praticados como entendimento e consciência; e também é somente por ter o testemunho de toda a História da Igreja quanto ao fato de que sem Bíblias o povo fica nas trevas, mas também que com Bíblias, porém sem ter Jesus como a “chave hermenêutica” da leitura, o povo fica “evangélico” — que ouso dizer que nem mesmo a Bíblia ajuda se a pessoa não tiver entendido que Jesus é o Evangelho; e que até na Bíblia muitas coisas deixam de ser Evangelho pelo simples fato de não terem sido encarnadas por Jesus como vida.

O local físico onde posso ler os quatro evangelhos é a Bíblia. Porém, se na leitura eu não olhar tudo a partir da certeza de que Jesus é o Evangelho, a Bíblia servirá apenas para dividir e dividir as pessoas em nome de Deus, porém sem Deus em nenhuma das divisões, todas feitas em nome de verdades de fariseus; as quais, para Jesus, ainda quando eram verdadeiras, se tornavam mentira, posto que não eram praticadas pela via do amor que fez Deus Se encarnar em Jesus.

 

(um texto de Caio Fábio D´Araújo Filho)

domingo, 30 de março de 2025

167 – O Rei Acaz (2⁰ Crônicas 28)


 

Acaz1(versículo de 2⁰ Crônicas 28) tinha vinte anos de idade quando começou a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém. Ao contrário de Davi, seu predecessor, não fez o que o SENHOR aprova. Ele2 andou nos caminhos dos reis de Israel e fez ídolos de metal I para adorar os baalins. Queimou3 sacrifícios no vale de Ben-Hinom II e chegou até a queimar seus filhos em sacrifício, imitando os costumes detestáveis das nações que o SENHOR havia expulsado de diante dos israelitas. Também4 ofereceu sacrifícios e queimou incenso nos altares idólatras, no alto das colinas e debaixo de toda árvore frondosa.

Por5 isso o SENHOR, o seu Deus, entregou-o nas mãos do rei da Síria. Os arameus o derrotaram, fizeram muitos prisioneiros entre o seu povo e os levaram para Damasco.

Israel também lhe infligiu grande derrota. Os8 israelitas levaram para Samaria duzentos mil prisioneiros dentre os seus parentes, incluindo mulheres, meninos e meninas. Também levaram muitos despojos.

Mas9 um profeta do SENHOR, chamado Odede, estava em Samaria e saiu ao encontro do exército. Ele lhes disse: “Estando irado contra Judá, o SENHOR, o Deus dos seus antepassados, entregou-os nas mãos de vocês. Mas a fúria com que vocês os mataram chegou aos céus. E10 agora ainda pretendem escravizar homens e mulheres de Judá e de Jerusalém! Vocês também não são culpados de pecados contra o SENHOR, o seu Deus? Agora11, ouçam-me! Mandem de volta seus irmãos que vocês fizeram prisioneiros, pois o fogo da ira do SENHOR está sobre vocês”.

Os anciãos de Israel ordenaram aos soldados que obedecessem ao profeta, e os prisioneiros tiveram de volta os seus pertences e permissão para voltar a Judá.

Nessa16 época, o rei Acaz enviou mensageiros ao rei da Assíria para pedir-lhe ajuda. Os17 edomitas tinham voltado a atacar Judá fazendo prisioneiros, e18 os filisteus atacaram cidades na Sefelá e no sul de Judá. Conquistaram e ocuparam Bete-Semes, Aijalom e Gederote, bem como Socó, Timna e Ginzo, com os seus povoados ao redor. O19 SENHOR humilhou Judá por causa de Acaz, por sua conduta desregrada, muito infiel ao SENHOR. Quando20 chegou Tiglate-Pileser, rei da Assíria, causou-lhe problemas em vez de ajudá-lo.

Mesmo22 nessa época em que passou por tantas dificuldades, o rei Acaz tornou-se ainda mais infiel ao SENHOR. Ele23 ofereceu sacrifícios aos deuses de Damasco que o haviam derrotado, pois pensava: “Já que os deuses da Síria os têm ajudado, oferecerei sacrifícios a eles para que me ajudem também”. Mas eles foram a causa da sua ruína e da ruína de todo o Israel.

Acaz24 juntou os utensílios do templo de Deus e os retirou de lá III. Trancou as portas do templo do SENHOR e ergueu altares em todas as esquinas de Jerusalém.

Acaz27 descansou com os seus antepassados e foi sepultado na cidade de Jerusalém, mas não nos túmulos dos reis de Israel.

 

v     Para entender a história

O rei Acaz abandona Deus e idolatra divindades pagãs. O resultado é desastroso para Judá. O fechamento do templo simboliza o seu afastamento de Deus. O fato de Acaz não ter sido sepultado com os reis de Judá indica que as pessoas o julgaram um soberano indigno.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Fez ídolos de metal” – Os artífices das fundições do antigo Oriente Médio eram habilidosos. A primeira liga de metal foi criada por volta de 3500 a.C., uma mistura de cobre e estanho, formando o bronze. Essa liga à prova de ferrugem revolucionou o trabalho com metal.

                                   II.      Vale de Ben-Hinom” – Tratava-se de um vale, em Jerusalém, onde eram erguidos os altares chamados de “lugares altos”, e crianças eram sacrificadas em um poço de fogo ao deus chamado Moloque. Posteriormente, essa área foi usada como depósito de lixo, onde o fogo queimava constantemente. No Novo Testamento, o vale passou a ser conhecido como Gehenna e era associado ao inferno, pelo fato de ali o fogo sempre estar queimando, em virtude do lixo acumulado.

                                III.     “Juntou os utensílios do templo de Deus e os retirou de lá” – Acaz tornou-se vassalo da Assíria e foi forçado a pagar tributo ao rei assírio. Parte dos tesouros do templo foi oferecida como tributo.

 

- Os assírios: Os assírios dominaram o Oriente Médio desde 911 a.C., embora durante muitos anos o império tenha sofrido com disputas internas. As agressivas campanhas de Tiglate-Pileser o levaram a um novo patamar. Arã (Síria) e Israel queriam que Judá se juntasse à sua aliança contra a Assíria; com a recusa de Judá, os dois a atacaram.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.