Pesquisar neste blog

domingo, 6 de agosto de 2017

O Que é Salvar o Perdido?


          Lucas 19:10
          “Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido”.

          Jesus chamava a Si mesmo de “o Filho do homem”, para elucidar que, mesmo Ele sendo Deus em forma humana, Sua humanidade era igual a de qualquer outro que era genuinamente humano. Ele sentia fome, sede, sono, cansaço, por vezes até um pouco de impaciência. Ele também tinha momentos de alegria com Seus discípulos e com aquelas pessoas que, muitas vezes, não eram bem vistas pela sociedade hipócrita, como cobradores de impostos e até mesmo mulheres de não boa fama.
          Jesus nunca negou Sua humanidade, tendo forças e fraquezas, com todas as características fisiológicas inerentes a cada homo sapiens.
          Ele dizia que “veio buscar”, ensinando, com isso, o caráter acolhedor da Sua visita ao planeta Terra, e ensinando que, através d´Ele, não era o ser humano que buscava ir ao encontro de Deus, mas era Deus vindo ao encontro do ser humano, em Sua humanidade como Filho do homem e Filho de Deus. O apóstolo Paulo, em suas cartas, deixa isso várias vezes enfatizado quando destaca a graça de Deus – um amor imerecido –, que sobrepujava o julgamento.
          Ele veio “nos buscar”, ensinando que a única maneira que havia de nos “salvar” era através do amor. Afinal, Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16). Um amor inclusivo, que ama e respeita cada um, que serve como parâmetro de conduta e comportamento entre todos nós. E é mesmo um amor inclusivo, pois João escreve que Deus amou o mundo... e não alguns privilegiados.
          O Mestre mostrou que os hipócritas e os que julgavam os outros estavam “perdidos” porquanto não sabiam amar, não sabiam colocar-se misericordiosamente no lugar do outro, quando se julgavam superiores àqueles que não tinham um “bom comportamento” – segundo os seus próprios critérios do que fosse isso.
          Ele ensinava isso contando parábolas, como a do “bom samaritano”, que era considerado um pária pelos judeus, mas que parou na estrada para ajudar seu próximo desconhecido, enquanto um sacerdote e um levita – religiosos de carteirinha – passaram ao longe e o deixaram ali caído. Ou então com a do “fariseu e do publicano”, quando o primeiro gabava-se em oração de como era bom, agradecendo por não ser um “pecador” como aquele publicano cobrador de impostos. O publicano, por sua vez, apenas batia no peito em sinal de contrição, pedindo que Deus tivesse misericórdia dele, não se achando nem digno de levantar os olhos enquanto orava. Jesus disse que este segundo fora justificado diante de Deus, e o que se gabava, mesmo sendo religioso, não.
          Jesus ensinava que sempre “estamos perdidos” enquanto não encontramos esse amor de Deus que amou o mundo, aquele amor que decide amar, que decide doar-se ao próximo, que não espera estar com vontade de amar para fazer o que é bom, mas decide fazer o bem porque Deus já nos fez esse bem, vindo ao nosso encontro por e em Jesus de Nazaré, o Cristo.
          Estamos “perdidos” enquanto não aprendermos a perdoar, quando Deus nos perdoou do imperdoável.
          E assim, com muitas outras historinhas simples, Ele exemplificou como é no Reino de Deus, como é estar em constante estado de “salvação”.
          Só assim Jesus nos “salva”, quando nos decidimos por seguir Seus ensinamentos que estão, todos eles, embebidos no amor divino.
          Quem crê e vive assim “está salvo”, pois nada nem ninguém pode arrancá-lo de Cristo. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão” (João 10:27-28).
          O amor de Deus é uma atitude de vida, é um optar por sermos semelhantes a Ele em cada dia novamente.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
                Kurt Hilbert

Nenhum comentário:

Postar um comentário