Lucas 19:10
“Pois o
Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido”.
Jesus chamava a Si mesmo de “o Filho do homem”, para elucidar
que, mesmo Ele sendo Deus em forma humana, Sua humanidade era igual a de
qualquer outro que era genuinamente humano. Ele sentia fome, sede, sono,
cansaço, por vezes até um pouco de impaciência. Ele também tinha momentos de
alegria com Seus discípulos e com aquelas pessoas que, muitas vezes, não eram
bem vistas pela sociedade hipócrita, como cobradores de impostos e até mesmo
mulheres de não boa fama.
Jesus nunca negou Sua humanidade, tendo forças e fraquezas, com
todas as características fisiológicas inerentes a cada homo sapiens.
Ele dizia que “veio buscar”, ensinando, com isso, o caráter
acolhedor da Sua visita ao planeta Terra, e ensinando que, através d´Ele, não
era o ser humano que buscava ir ao encontro de Deus, mas era Deus vindo ao
encontro do ser humano, em Sua humanidade como Filho do homem e Filho de Deus.
O apóstolo Paulo, em suas cartas, deixa isso várias vezes enfatizado quando
destaca a graça de Deus – um amor imerecido –, que sobrepujava o julgamento.
Ele veio “nos buscar”, ensinando que a única maneira que havia
de nos “salvar” era através do amor. Afinal, Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que
todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16).
Um amor inclusivo, que ama e respeita cada um, que serve como parâmetro de
conduta e comportamento entre todos nós. E é mesmo um amor inclusivo, pois João escreve que Deus amou o mundo... e não alguns privilegiados.
O Mestre mostrou que os hipócritas e os que julgavam os outros
estavam “perdidos” porquanto não sabiam amar, não sabiam colocar-se
misericordiosamente no lugar do outro, quando se julgavam superiores àqueles
que não tinham um “bom comportamento” – segundo os seus próprios critérios do
que fosse isso.
Ele ensinava isso contando parábolas, como a do “bom
samaritano”, que era considerado um pária pelos judeus, mas que parou na
estrada para ajudar seu próximo desconhecido, enquanto um sacerdote e um levita
– religiosos de carteirinha – passaram ao longe e o deixaram ali caído. Ou
então com a do “fariseu e do publicano”, quando o primeiro gabava-se em oração
de como era bom, agradecendo por não ser um “pecador” como aquele publicano
cobrador de impostos. O publicano, por sua vez, apenas batia no peito em sinal
de contrição, pedindo que Deus tivesse misericórdia dele, não se achando nem
digno de levantar os olhos enquanto orava. Jesus disse que este segundo fora
justificado diante de Deus, e o que se gabava, mesmo sendo religioso, não.
Jesus ensinava que sempre “estamos perdidos” enquanto não
encontramos esse amor de Deus que amou o
mundo, aquele amor que decide amar, que decide doar-se ao próximo, que não
espera estar com vontade de amar para fazer o que é bom, mas decide fazer o bem
porque Deus já nos fez esse bem, vindo ao nosso encontro por e em Jesus de
Nazaré, o Cristo.
Estamos “perdidos” enquanto não aprendermos a perdoar, quando
Deus nos perdoou do imperdoável.
E assim, com muitas outras historinhas simples, Ele exemplificou
como é no Reino de Deus, como é estar em constante estado de “salvação”.
Só assim Jesus nos “salva”, quando nos decidimos por seguir Seus
ensinamentos que estão, todos eles, embebidos no amor divino.
Quem crê e vive assim “está salvo”, pois nada nem ninguém pode
arrancá-lo de Cristo. “As minhas ovelhas
ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna,
e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão” (João
10:27-28).
O amor de Deus é uma atitude de vida, é um optar por sermos
semelhantes a Ele em cada dia novamente.
Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos
acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
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