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domingo, 24 de novembro de 2024

159 – O Reino Dividido


Roboão, filho de Salomão, ignorou as tensões existentes entre as doze tribos do norte e as duas do sul de Israel. Sua teimosia e rivalidade com Jeroboão, um ex-funcionário da corte de Salomão, levou as tribos do norte à rebelião, e dois reinos foram instituídos (cerca de 930 a.C.). O reino do norte foi chamado “Israel” e passou a ser governado por Jeroboão; o do sul, “Judá”, ficou sob o controle de Roboão. Israel foi governada por uma sucessão de reis, até ser conquistada pelos assírios (cerca de 722 a.C.). Os reis de Judá, os descendentes de Salomão, governaram em Jerusalém até os babilônios invadirem e exilarem as tribos do sul para a Babilônia (cerca de 586 a.C.).

 

O Livro dos Reis

O período dos reis atravessa cerca de 400 anos, e sua maior parte é registrada em dois livros – 1⁰ e 2⁰ Reis. Eles relatam a morte de Davi (cerca de 970 a.C.), os principais acontecimentos do reinado de Salomão e a história de Israel e Judá.

O autor dos Reis, possivelmente um exilado na Babilônia, descreve os reinados de vários reis de acordo com a atitude deles em relação ao culto a Deus. Não faz um relato de seus reinados políticos. Muitos reis são avaliados em comparação a Jeroboão, que incentivou o culto a deuses pagãos: “Ele praticou o mal diante dos olhos do SENHOR, seguindo o caminho de Jeroboão” (1⁰ Reis 15:34). O rei Davi é tido como um modelo de retidão: “Seu coração não era totalmente devotado ao SENHOR... como o foi o coração do seu antepassado Davi” (1⁰ Reis 15:3).

 

As Crônicas

A história dos reis de Judá também está em 1⁰ e 2⁰ Crônicas. Em geral, esses livros são atribuídos ao escriba Esdras. Foram escritos para os judeus que voltaram para Judá, após o exílio na Babilônia. O principal objetivo do autor era convencer os judeus de que ainda eram o povo escolhido por Deus.

Os Livros das Crônicas contêm informações selecionadas sobre os reis de Judá, apresentando-os sob uma ótica positiva. Falam muito pouco sobre os reis de Israel, descritos como infiéis a Deus. O autor enfatiza o renascimento religioso liderado pelos devotos reis de Judá e sublinha o papel de Jerusalém como a “cidade santa”.

 

Os primeiros reis de Judá e Israel

Jeroboão rebelara-se contra o rei Salomão e fugira para o Egito. Após a morte de Salomão, voltou para Israel e, apoiado pelos anciãos das tribos do norte, desafiou a pretensão de Roboão ao trono. Pediu que Roboão abolisse os trabalhos forçados e os altos impostos criados por Salomão. Diante da recusa de Roboão, as dez tribos do norte aclamaram Jeroboão como o seu rei, e o reino ficou dividido em dois.

 

Datando os reis

Os textos bíblicos oferecem informações detalhadas sobre a duração do reinado de cada rei. É difícil, contudo, datar esses reinados porque Judá e Israel usavam métodos diferentes para calcular o primeiro ano de um rei. Muitos reis governaram em conjunto ou reinaram durante uma parte do reinado de outro, o que causa outro tipo de problema para se estabelecerem as datas.

Vamos fazer uma lista dos reis, assinalando com um asterisco (*) os reinados que se superpõem aos reinados anteriores.

 

Reis de Judá:

·  Roboão (930 a.C. a 913 a.C.)

·  Abias (913 a.C. a 910 a.C.)

·  Asa (910 a.C. a 869 a.C.)

·  Josafá* (872 a.C. a 848 a.C.)

·  Jeorão (848 a.C. a 841 a.C.)

·  Acazias (841 a.C. a 841 a.C.)

·  Atalia (rainha) (841 a.C. a 835 a.C.)

·  Joás (835 a.C. a 796 a.C.)

·  Amazias (796 a.C. a 767 a.C.)

·  Uzias* (792 a.C. a 740 a.C.)

·  Jotão* (750 a.C. a 735 a.C.)

·  Acaz (735 a.C. a 715 a.C.)

·  Ezequias (715 a.C. a 686 a.C.)

·  Manassés* (697 a.C. a 642 a.C.)

·  Amon (642 a.C. a 640 a.C.)

·  Josias (640 a.C. a 609 a.C.)

·  Jeoacaz (609 a.C. a 609 a.C.)

·  Jeoaquim (609 a.C. a 598 a.C.)

·  Joaquim (598 a.C. a 597 a.C.)

·  Zedequias (597 a.C. a 586 a.C.)

 

Reis de Israel:

·  Jeroboão (930 a.C. a 909 a.C.)

·  Nadabe (909 a.C. a 908 a.C.)

·  Baasa (908 a.C. a 886 a.C.)

·  Elá (886 a.C. a 885 a.C.)

·  Zinri (885 a.C. a 885 a.C.)

·  Tibni (885 a.C. a 880 a.C.)

·  Onri* (885 a.C. a 874 a.C.)

·  Acabe (874 a.C. a 853 a.C.)

·  Acazias (853 a.C. a 852 a.C.)

·  Jorão (852 a.C. a 841 a.C.)

·  Joás (841 a.C. a 814 a.C.)

·  Jeoacaz (814 a.C. a 798 a.C.)

·  Jeoás (798 a.C. a 782 a.C.)

·  Jeroboão II* (793 a.C. a 753 a.C.)

·  Zacarias (753 a.C. a 753 a.C.)

·  Salum (753 a.C. a 752 a.C.)

·  Menaém (752 a.C. a 742 a.C.)

·  Pecaías (742 a.C. a 740 a.C.)

·  Peca* (752 a.C. a 732 a.C.)

·  Oséias (732 a.C. a 722 a.C.)

 

A queda de Israel

Com frequência, a sucessão de reis, no reino do norte, era o resultado de rixas internas e assassinatos. Apesar da localização vantajosa sobre Judá, com boas rotas de comércio e economia próspera, Israel não conseguiu manter um reino estável. No século VIII a.C., o império assírio (com Tiglate-Pileser III) foi gradualmente assumindo o controle do Oriente Médio, e Israel foi forçado a pagar tributo. Salmanaser V e Sargão II, finalmente, destruíram Samaria, a capital de Israel, por volta de 722 a.C., e enviaram os seus habitantes para o cativeiro.

De acordo com a Bíblia, a queda de Israel foi a consequência direta do desrespeito de seu povo pela aliança de Deus. Conduzidos por Jeroboão e outros reis sem fé, os israelitas abandonaram Deus e adoraram ídolos pagãos.

 

A queda de Judá

Judá conseguiu resistir a invasões estrangeiras durante quase 130 anos, até os babilônios assumirem o poder e tornar Judá um estado vassalo. O rei Nabucodonosor desferiu vários ataques contra Jerusalém, a capital de Judá, e deportou parte de seus habitantes. Finalmente, a cidade caiu em 586 a.C., quando os babilônios destruíram o Templo, saquearam os seus tesouros e enviaram o que restou da população para o cativeiro.

O Livro das Crônicas descreve a queda de Judá como um castigo divino. Apesar do alerta de profetas contra a desobediência a Deus, o povo de Judá continuou a desrespeitar as leis da aliança e, por isso, sofreu a cólera de Deus (2⁰ Crônicas 36:17).

 

Os exílios de Israel e Judá

Em seguida às deportações realizadas no reino do norte, a Assíria repovoou as cidades de Israel com habitantes não-israelitas. Muitos dos israelitas dispersados não voltaram à terra natal, e os que haviam permanecido perderam a sua identidade, contraíram casamentos mistos e passaram a viver de acordo com os costumes do povo ocupante.

Após o exílio babilônio, a terra de Judá foi deixada despovoada e destruída. Alguns exilados retornaram à terra-mãe, cerca de setenta anos após os primeiros prisioneiros terem sido levados embora, e outros os seguiram posteriormente. Mas a maioria ficou dispersa por todo o império persa. Eles mantiveram a sua identidade nacional e realizavam cultos coletivos em sinagogas. Daniel, um dos profetas, tornou-se um importante chefe na Babilônia.

Foi a partir dessa época que o povo exilado de Judá passou a ser conhecido como “judeus” (palavra derivada de “Judá”). Longe de Jerusalém e sem uma liderança israelita apropriada, os judeus meditaram sobre a sua história, seus erros e sobre as leis de Deus. Isso levou ao renascimento religioso que fez surgir o chamado “judaísmo”. A Mesopotâmia tornou-se o segundo centro mais importante do judaísmo fora da Palestina. Ao final de seu cativeiro, os judeus falavam em aramaico (a língua do antigo Oriente Médio), em vez de hebraico.

 

O retorno à “terra prometida”

O rei persa Ciro II conquistou o império babilônio por volta de 539 a.C. e estendeu mais além as fronteiras, ao assumir o controle do Egito e da área da Turquia atual. Ciro fez uma política inversa à dos babilônios, e permitiu que a maioria das tribos e nações sob o controle persa voltasse às suas terras. Alguns judeus voltaram para Judá, e os que ficaram tiveram permissão para praticar os costumes judaicos. Ciro ajudou os judeus a reconstruírem o Templo em Jerusalém e devolveu grande parte do que Nabucodonosor havia saqueado. O Livro de Isaías descreve Ciro como “ungido” por Deus e salvador dos judeus (Isaías 45:1).

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS. 

 

domingo, 17 de novembro de 2024

Ficar Atento a Deus


 

Miquéias 7:7

Mas, quanto a mim, ficarei atento ao SENHOR, esperando em Deus, o meu Salvador, pois o meu Deus me ouvirá.

 

Não é nem uma nem duas vezes que estamos diante de situações na vida em que precisamos tomar decisões, fazer escolhas e nos posicionarmos. Muitas vezes são coisas comezinhas, fáceis de resolver, ou são tecnicidades do trabalho, coisas que dominamos com um pé nas costas... Mas há momentos em que decisões e escolhas influem direta e pesadamente em nossa vida – e na vida dos outros.

Aí, quando as decisões são profundas e impactantes, não é fácil nos decidirmos! Ficamos angustiados, nos sentimos limitados ou impotentes no sentido das certezas, nos sentimos pisando em ovos, inseguros e periclitantes. Afinal, são decisões perenes... E agora, como agimos?

A melhor ação a tomarmos é colocar tudo nas mãos de Deus, encomendando a Ele, em nossas orações, a orientação sobre como proceder. Quando falamos em colocar nas mãos de Deus, não é um ato passivo nosso, nem um ato de nos eximirmos de agir, mas, antes, é um ato de confiança e entrega!

É necessário que tiremos um tempo para falarmos com Ele, abrirmos nosso coração, expormos nossas dúvidas e as circunstâncias que se nos apresentam.

Um exemplo: Jesus, antes de escolher os Seus apóstolos, passou uma noite inteira em oração, buscando no Pai a melhor escolha. Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou apóstolos (Lucas 6:12-13). O exemplo d’Ele deve ser considerado!

Depois de colocarmos em oração o que nos aflige e toca, é importante ficarmos atentos à resposta de Deus. Ouçam, meus filhos, a instrução de um pai; estejam atentos, e obterão discernimento (Provérbios 4:1). Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração (Efésios 6:18). Eu clamo a ti, ó Deus, pois tu me respondes; inclina para mim os teus ouvidos e ouve a minha oração (Salmo 17:6). Busquei o SENHOR, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores (Salmo 34:4).

A resposta divina vem em e por Sua Palavra. A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho (Salmo 119:105). A verdade é a essência da tua palavra, e todas as tuas justas ordenanças são eternas (Salmo 119:160).

O que nos traz segurança é que na Sua Palavra podemos confiar. Mas eu, quando estiver com medo, confiarei em ti. Em Deus, cuja palavra eu louvo, em Deus eu confio, e não temerei (Salmo 56:3-4). Que o teu amor alcance-me, SENHOR, e a tua salvação, segundo a tua promessa; então responderei aos que me afrontam, pois confio na tua palavra (Salmo 119:41-42).

Outra coisa muito importante: Deus nos fará saber que a resposta é Sua. Basta que fiquemos atentos e receptivos. “Assim diz o SENHOR que fez a terra, o SENHOR que a formou e a firmou; seu nome é SENHOR: Clame a mim e eu responderei e lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece (Jeremias 33:2-3). Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus (Filipenses 4:4-7). A resposta é de Deus quando alegria e paz se fizerem presentes pela resposta que recebemos. Aí não há dúvida: a resposta é divina!

Que saibamos sempre que podemos e devemos esperar em Deus, pois Ele nos ouve e nos responde!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 10 de novembro de 2024

158 – As Esposas de Salomão (1º Reis 10 – 11)


 

O14(versículo de 1º Reis 10) peso do ouro que Salomão recebia anualmente era de vinte e três toneladas e trezentos quilos I, fora15 os impostos pagos por mercadores e comerciantes e por todos os reis da Arábia e pelos governadores do país.

O22 rei tinha no mar uma frota de navios mercantes junto com os navios de Hirão. Cada três anos a frota voltava, trazendo ouro, prata, marfim, macacos e pavões.

Salomão26 juntou carros e cavalos II; possuía mil e quatrocentos carros e doze mil cavalos, dos quais mantinha uma parte nas guarnições de algumas cidades e a outra perto dele, em Jerusalém. O27 rei tornou a prata tão comum em Jerusalém quanto as pedras, e o cedro tão numeroso quanto as figueiras bravas.

O1(versículo de 1º Reis 11) rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha do faraó. Eram mulheres moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hititas. Elas2 eram das nações sobre as quais o SENHOR tinha dito aos israelitas: “Vocês não poderão tomar mulheres dentre essas nações, porque elas os farão desviar-se para seguir os seus deuses”. No entanto, Salomão apegou-se amorosamente a elas. Casou3 com setecentas princesas III e trezentas concubinas, e as suas mulheres o levaram a desviar-se. À4 medida que Salomão foi envelhecendo, suas mulheres o induziram a voltar-se para outros deuses, e o seu coração já não era totalmente dedicado ao SENHOR, o seu Deus, como fora o coração do seu pai Davi.

No7 monte que fica a leste de Jerusalém, Salomão construiu um altar para Camos, o repugnante deus de Moabe, e para Moloque, o repugnante deus dos amonitas. Também8 fez altares para os deuses de todas as suas outras mulheres estrangeiras, que queimavam incenso e ofereciam sacrifícios a eles.

O9 SENHOR irou-se contra Salomão por ter-se desviado do SENHOR, o Deus de Israel, que lhe havia aparecido duas vezes. Então11 o SENHOR disse a Salomão: “Já que essa é a sua atitude e você não obedeceu à minha aliança e aos meus decretos, os quais lhe ordenei, certamente lhe tirarei o reino e o darei a um dos seus servos. No12 entanto, por amor a Davi, seu pai, não farei isso enquanto você viver. Eu o tirarei da mão do seu filho.

Muitos homens se sublevaram contra Salomão, mas nenhum conseguiu derrubá-lo. Certo dia, Jeroboão, um funcionário da corte, foi informado pelo profeta Aías de que governaria parte do reino de Salomão.

Naquela29 ocasião, Jeroboão saiu de Jerusalém, e Aías, o profeta de Siló, que estava usando uma capa nova, encontrou-se com ele no caminho. Os dois estavam sozinhos no campo, e30 Aías segurou firmemente a capa que estava usando e a rasgou em doze pedaços. Então31 disse a Jeroboão: “Apanhe dez pedaços para você, pois assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: ‘Saiba que vou tirar o reino das mãos de Salomão e dar a você dez tribos. Darei36 uma tribo ao seu filho a fim de que o meu servo Davi sempre tenha diante de mim um descendente no trono em Jerusalém, a cidade onde eu quis pôr o meu nome’”.

Salomão40 tentou matar Jeroboão, mas ele fugiu para o Egito, para o rei Sisaque IV, e lá permaneceu até a morte de Salomão.

Salomão42 reinou quarenta anos em Jerusalém sobre todo o Israel. Então43 descansou com os seus antepassados e foi sepultado na cidade de Davi, seu pai. E o seu filho Roboão foi o seu sucessor.

 

v     Para entender a história

Salomão, que construiu o Templo para Deus, agora ergue altares para divindades estrangeiras. Despreza as leis da aliança de Deus e abusa das dádivas que tem recebido. A desobediência de Salomão leva à divisão de Israel. Seu filho governará parte da herança de Salomão.

 

v     Curiosidades

                                      I.     O peso do ouro que Salomão recebia anualmente era de vinte e três toneladas e trezentos quilos – Há traduções eruditas que traduzem o peso em talentos, falando em 666 talentos. De qualquer modo, Salomão infringiu a Lei de Moisés, ao acumular uma riqueza tão grande (Deuteronômio 17:17). O número 666 talvez tenha um significado simbólico. Trata-se do sinal da “besta” (Apocalipse 13:18). Também é um número associado à “imperfeição”, pois o seis não chega a sete, e o sete simbolizava a perfeição.

                                   II.     Salomão juntou carros e cavalos– Novamente, Salomão desobedece a Lei, que proíbe reis de possuírem um grande número de cavalos para uso pessoal (Deuteronômio 17:16).

                                III.     “Casou com setecentas princesas” – Além de novamente ser uma desobediência à Lei (Deuteronômio 17:17), Salomão selou muitos acordos comerciais com reis estrangeiros, através de casamentos entre famílias reais. Casamentos diplomáticos eram comuns no antigo Oriente Médio.

                                IV.     “Rei Sisaque” – Sisaque é o primeiro faraó a ter o nome citado na Bíblia. Era conhecido como Chechong I e fundou a vigésima segunda dinastia do Egito (cerca de 945 – 715 a.C.). Após a morte de Salomão, Sisaque invadiu o reino do sul de Judá e capturou muitas cidades fortificadas (1⁰ Reis 14:25).

 

- Navios mercantes: Salomão montou uma grande rede de comércio marítimo. Construiu um enorme porto em Asiongaber, no Golfo de Ácaba, onde ficava baseada uma frota conjunta de navios israelitas e fenícios.

- A profecia de Aías: Os dez pedaços do manto de Aías representam as dez tribos que formarão o reino do norte de Israel. O texto diz que apenas “uma tribo” seria dada ao filho de Salomão. Trata-se de uma referência às tribos de Judá e Benjamim que, juntas, formarão o reino do sul. Pode ser que, nessa época, Judá e Benjamim fossem tão intimamente identificadas, que apenas uma tribo é mencionada no texto.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 3 de novembro de 2024

A Fé Tem Que Ser Maior Que a Informação!



Abraão ouviu um dia a voz de Deus: “Sai de tua casa...”, e ele obedeceu e foi sem saber para onde ia.

No curso dos anos de peregrinação – e foram décadas – ele conheceu Deus. Muitas vezes Deus falou com ele em sonho. A leitura do Gênesis nos mostra que, na maioria das vezes, a voz de Deus se fez ouvir sem anjos ou aparições objetivamente gloriosas. O que se lê é: “Apareceu o Senhor...” “Falou o Senhor...” “Disse o Senhor a Abraão...” Há, obviamente, a visita dos três anjos e a manifestação do Anjo do Senhor. Essa manifestação teve características de fisicalidade e objetividade. Os circunstantes participaram e de comida e bebida foram servidos. Mas, na noite mais escura e na hora mais dramática, nada se diz além de um “disse o Senhor a Abraão...”; e a recomendação era para que imolasse o seu filho em sacrifício a Deus.

Abraão, antes de tudo, dissera: “Eis-me aqui Senhor...” Quando caminhava com Isaque na direção de Moriá, o garoto, suspeitando que algo horrível estava para acontecer, lhe diz: “Meu pai” – insinuando que desejava falar. A resposta de Abraão é a mesma: “Eis-me aqui, meu filho...” Abraão já conhecia tanto a Deus que sua fé prescindia de explicações. Ele se tornara um homem livre da necessidade de informação para seguir. “Onde está o cordeiro para o holocausto?” – indagava o aflito Isaque. “No monte do Senhor há visão” – é o que diz o texto no original. Ele, literalmente, não andava pelo que via e nem pelo que sabia. Abraão andava porque conhecia a Deus, mesmo que nada soubesse de Seus Caminhos.

Existe a fé que quer saber o caminho para decidir se segue. Mas a verdadeira fé não tem perguntas a fazer. Sabe de Deus. Por isso, discerne duas coisas:

1. Quem conhece a Deus não precisa de explicações.

2. Quem conhece a Deus sabe que, mesmo não tendo a “visão” das coisas, em Deus há visão. Deus sabe por mim. Deus vê por mim. Abraão creu e isto lhe foi imputado como justiça! Eu quero aprender a confiar e crer assim também.

Isto certamente não torna a existência mais fácil, mas, com certeza, conduz ao lugar onde “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. Afinal, eu não sei, mas Ele sabe por mim; eu não vejo, mas Ele vê por mim. E eu só enxergo o invisível pela fé. E minha fé é que Deus sabe e vê por mim e por você.

De minha parte, só tenho que dizer: “Eis-me aqui, Senhor!”

 

(um texto de Caio Fábio D´Araújo Filho)