(João 19:31)
O núcleo
é: Jesus vive e está com eles. Recuperam Jesus cheio de vida. Pedro chora ao
vê-Lo: Já não sabe se O ama mais que os outros. Maria Madalena abre seu coração
a Quem a seduziu para sempre. Os pobres, as prostitutas, os indesejáveis, O
sentem de perto. Já não será mais como na Galileia. Terão que aprender a viver
a fé, encher-se do seu Espírito. Todos experimentam uma paz profunda e uma
alegria que não se pode conter. Esta experiência é tão central, que desta paz e
alegria nasceu a força evangelizadora dos seguidores de Jesus.
Onde está
hoje essa alegria numa Igreja às vezes cansada, tão séria, tão pouco dada ao
sorriso, com tão pouco humor e humildade para reconhecer seus problemas, seus
erros e limitações? Onde está essa paz numa Igreja cheia de medos? Até quando
vamos poder continuar defendendo nossas doutrinas de maneira monótona e
aborrecida se não experimentamos a alegria de “viver em Cristo”? A atual crise
da Igreja, seus medos e sua falta de vigor espiritual têm sua origem num nível
profundo. A ideia de ressurreição de Jesus e de Sua presença no meio de nós é
mais uma doutrina pensada e pregada do que uma experiência vivida. Cristo
Ressuscitado está no centro da Igreja.
Depois de
vinte séculos de cristianismo, Jesus não é conhecido e compreendido em Sua
originalidade. O Evangelho de João descreve com traços obscuros a situação da
comunidade cristã quando em seu centro falta Cristo Ressuscitado.
1. Sem Sua
presença a Igreja se converte numa casa com as portas fechadas.
2. Não se
pode ouvir o que acontece lá fora e nem captar a ação do Espírito no mundo.
3. Não
abrem espaços de encontro e diálogo com ninguém, apagam-se a confiança no ser
humano de encontro e diálogo com ninguém.
4. Uma
Igreja sem capacidade de dialogar torna-se uma tragédia.
5. O medo
paralisa a evangelização e bloqueia as melhores energias. O medo nos leva a
rejeitar e condenar.
6. Se
vivemos com as portas fechadas jamais trazemos de volta os excluídos, pecadores
e tantos que se afastaram de Deus.
É bom pensar!