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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Coluna de Nuvens e de Fogo

          Êxodo 13:21-22
          Durante o dia o SENHOR ia adiante deles, numa coluna de nuvem, para guiá-los no caminho e, de noite, numa coluna de fogo, para iluminá-los e, assim, podiam caminhar de dia e de noite. A coluna de nuvem não se afastava do povo de dia, nem a coluna de fogo de noite.
 
          Esta passagem se dá enquanto o povo hebreu caminhava pelo deserto rumo à terra prometida, depois de sua saída do Egito.
Num tempo de mapas precaríssimos, onde o GPS não era nem um sonho longínquo, deslocar-se em pleno deserto, sem estradas demarcadas, de um lugar para outro – e ainda distante –, era uma tarefa hercúlea. Ainda mais quando se tratava de um povo inteiro, seguramente com mais de um milhão de pessoas. E, ainda, para piorar, guiados por um homem – Moisés – que não tinha nenhuma experiência de guia geográfico, nenhuma experiência de viagens ou excursões e incursões. Estava, aquele povo, à deriva em pleno deserto. Não havia placa de sinalização do tipo “para a terra prometida, ande cinqüenta quilômetros e vire à direita”. Depois, “siga até o monte Horebe, contorne à esquerda e ande mais setenta e quatro quilômetros”. Ao povo simplesmente restava seguir em frente e confiar. Tão-somente confiar em alguém. Confiavam – até certo ponto, é preciso dizer – em Moisés. Mas necessitavam confiar em alguém maior. E aí entrava Deus.
          Na passagem bíblica acima, podemos ver que Deus agia de modo claramente perceptível a todos. Ele seguia adiante do povo. Isso quer dizer que o povo não precisava quebrar a cabeça tentando criar ou imaginar um caminho. Bastava seguir o caminho que se descortinava após o “andar” de Deus. E este caminho estava claramente sinalizado. Não havia como se perder. É meio difícil não ver uma coluna de nuvens durante o dia. Ou uma coluna de fogo durante a noite. Assim, no stress, bastava seguir.
          O povo podia ver os sinais, ver o caminho, ver o Senhor em ação. O povo era guiado. Hoje nós também podemos ver isso: ver os sinais de Deus, ver o caminho de Deus, ver Deus em ação, ser guiados. O problema é que estamos tão submersos nas coisinhas do dia-a-dia, em nossos próprios mapas filosóficos de pseudo-conhecimento, em nossos GPS, em nossa própria cabeça de guia, que nos esquecemos de olhar para cima e para frente. Sim, pois para os hebreus verem o agir de Deus, para verem a coluna, tinham que olhar para cima e para frente, uma vez que a coluna ia adiante deles e estava a considerável altura do nível do chão. Eles olhavam para cima e para frente. Nós, muitas vezes, olhamos para baixo, para o nosso próprio umbigo, para nossos próprios pés, para os poucos metros de caminho que se descortina à nossa frente, que nos esquecemos de olhar para cima. Ainda, ao invés de seguirmos olhando para frente, seguidamente teimamos em olhar para trás, para “como era bom aquele tempo passado”, ou para as mágoas passadas, para os remorsos e frustrações. Simplesmente não olhamos para frente. E não conseguimos ver Deus, em sua “coluna de nuvens e fogo”. Que coisa! Não é? 
          A Palavra segue dizendo que essa coluna iluminava o povo. Vejamos: não iluminava e sinalizava apenas o caminho, mas também os caminhantes. Deus não ilumina com a luz da Sua Palavra somente os nossos caminhos, mas ilumina a nós mesmos, como caminhantes. E, quando somos iluminados, muitas vezes podemos servir de sinais iluminados para os nossos semelhantes. Isso não é fantástico?
          Ainda diz que o povo podia caminhar de dia e de noite. Isso não quer dizer que Deus era severo e fazia a turma caminhar sem parar, sem parada para descanso, como poderia parecer numa primeira corrida de olhos sobre essas palavras. Não. Isso quer dizer que nossos caminhos cruzam épocas de “dia”, onde há claridade natural, por si só, onde podemos andar e ver tranquilamente, e épocas de “noite”, onde falta a luz natural, onde há situações ocultas nas sombras, perigos que não vemos. Mas, quando seguimos a Deus, podemos seguir adiante, caminhar, por assim dizer, também e mesmo em épocas negras. Seguiremos vendo a “coluna de Deus” à nossa frente, se não nos desviarmos para a direita ou para a esquerda, deixando de “olhar” para Ele.
          E, para encerrar, sabemos que nós podemos naturalmente nos afastar do caminho do Senhor. Temos que ser realistas quanto a isso, saber que nós podemos, sim, quando nos descuidamos, nos afastar do caminho indicado por Deus. Quantas vezes já fizemos isso? Quando voltamos ao caminho, ótimo; mas poderíamos não voltar... Ou, ainda, sabemos que muitos nem mesmo enxergamos o caminho do Senhor, seus sinais em “colunas de nuvens e de fogo”, para ficarmos nessa figuração pictórica do agir de Deus. Mas podemos ficar certos de uma coisa: quer nos afastemos do caminho, quer nem nunca o vejamos, por estarmos mergulhados em nossas idiossincrasias, Ele nunca se afasta de nós, como diz a Palavra: A coluna de nuvem não se afastava do povo de dia, nem a coluna de fogo de noite. Isso é reconfortante!
          Agora, quero convidar a você que lê esta crônica, que pare e veja a “coluna” à sua frente. Olhe para frente e para o alto. Olhe para o futuro e para a Palavra do Senhor. Busque o futuro e a Palavra do Senhor. Não fique preso ao passado, nem simplesmente às concepções humanas da vida. Busque as concepções divinas! E como um povo que somos, pois todos somos “povo de Deus” neste século XXI – basta que queiramos ser –, caminhemos juntos. Juntos, temos mais força e segurança. Juntos, nos apoiamos mutuamente. Juntos, quando um tropeça e faz menção de cair, o outro lhe serve de apoio e escora, ou de mão para ajudar a levantar, caso caia. Juntos, eu ajudo você. E você me ajuda. Juntos, conseguiremos sempre ter a presença de Deus à vista!
 
          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,
Kurt Hilbert

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Queimando

Lucas 24:32
          Perguntaram-se um ao outro: “Não estava queimando o nosso coração, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?”

                                               
Um dos quatro elementos.
Junte combustível e oxigênio, faísque e...
Voilà!
Penso no meu tataratataratataratataravô,
quando, atônito, se deparou
com o Fogo!
Como queima, como consome, como aquece!
Combustão e, então, calor e luz!
Mas não deixe se apagar,
ou esfria e escurece!
Mete lenha, não esquece!
Oxigênio, está no ar...
Corpo aquecido, iluminado,
alimento preparado,
mas não use errado,
ele pode queimar!
Ah! Fogo amigo!
Aquece até a alma...
A alma? Não. Precisa de outro fogo...
Qual?
Um sem igual!
Lembra de Emaús?
(desculpe, essa rima pode parecer piegas, mas vem tão forte...)
Lembra de Jesus?
          Combustível, a Escritura;
          Oxigênio, a Oração;
          Faísca, nossa ação...
          Eis o Fogo da alma!
Mas não deixe se apagar...


Kurt Hilbert

sexta-feira, 3 de maio de 2013

É Tudo uma Questão de Acreditar

               Marcos 5:36
          “Não tenha medo; tão-somente creia”.

          Acreditar. Uma palavra que expressa a condição que atribuímos a algo com o qual estamos de acordo, que nos inspira confiança. Acreditar é dar crédito, é crer. É ter como verdadeiro, é aceitar. É depositar confiança, é confiar em algo que se refere como certo no futuro, seja este futuro bem próximo ou mais distante. Acreditar é ainda aceitar como verdadeiras as palavras de alguém. Acreditar é ter fé. É confiar, é receber-se algo como garantido. Estas são algumas definições sobre crer, sobre acreditar.
          Eu queria escrever sobre isso já há algum tempo, pois foi essa questão que encontrei em minhas viagens “visitando” diversos “lugares e situações” nas minhas leituras bíblicas. A Bíblia é uma coletânea de livros nos quais podemos viajar, colocar-nos presentes em épocas e situações, no lugar de pessoas e personagens. Como regra, isso vale também para outros livros que lemos. Mas, na leitura bíblica, essa regra tem uma exceção, ou uma adição: além de viajarmos, temos um “companheiro de viagem”, o Espírito Santo do Senhor, como uma espécie de guia turístico, nos esclarecendo e revelando mais sobre as coisas que lemos. E a questão que encontrei, como falei no início do parágrafo, é esta: é tudo uma questão de acreditar. Explico.
          Em todas as situações bíblicas, as pessoas envolvidas nos mais diversos acontecimentos, desde o Gênesis até o Apocalipse, e que foram bem-sucedidas em seus propósitos, tinham uma coisa em comum: elas acreditavam. E as que não foram assim tão bem-sucedidas em seus propósitos, desacreditavam. Essa afirmação pode parecer um tanto generalizada – e é –, mas é real. Algumas vezes, um mesmo personagem bíblico passou pelas duas situações: num momento cria, noutro descria. Quando cria, as coisas andavam bem. Quando descria, as coisas desandavam. O próprio povo hebreu, como um todo, passou por essas experiências de crer e descrer, de confiar e desconfiar, de fé e incredulidade, de fidelidade e infidelidade, de obediência e desobediência, de segurança e insegurança. E as conseqüências de todos esses momentos eram sentidas quase que imediatamente. Podemos citar personagens isolados também, como Moisés, Sansão, Davi, os próprios apóstolos de Cristo, entre outros. Não quero me aprofundar aqui em descrever exemplos, antes convido você a viajar pelas Escrituras e ver in loco do que estou falando – talvez você até já o tenha feito, e pode concordar ou não com o que digo.
          Mas é isso que encontrei: é tudo uma questão de acreditar. Jesus ressaltava isso, pois inúmeras vezes defrontava-se com pessoas que O buscavam com tamanha resolução de crédito n’Ele, que O impressionavam pela sua fé. E ele dizia: “Tua fé te salvou”. Acreditar e ter fé não são exatamente a mesma coisa. Fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos (Hebreus 11:1). Acreditar, é colocar a fé em ação. Fé é um dom do Espírito Santo (I Coríntios 12:9). Acreditar é o movimento da fé, é esperar o que ainda não vemos, como se já o víssemos em nosso presente, é agir como se já tivéssemos recebido o que pedimos. Não é à toa que o Mestre ensinava: “Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá” (Marcos 11:24). Essa é uma das mais sublimes lições da Bíblia!
          É tudo uma questão de acreditar. Peça por fé. E aja como se já tivesse a fé que você pediu. E você a terá. Comporte-se como se aquilo que você anseia em seu coração, aquilo que você manifestou a Deus, já estivesse em sua posse. Deleite-se em Deus: Deleite-se no SENHOR, e ele atenderá os desejos do seu coração (Salmo 37:4). Desfrute da Sua companhia, creia que Ele está com você sempre: E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28:20). 
          É tudo uma questão de acreditar. Acredite em Deus, acredite em Jesus Cristo: “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim” (João 14:1). Acredite também em você mesmo. Você pode e deve crer em si mesmo, pois Deus crê em você. Se Ele não cresse, não perderia Seu tempo investindo em você e em mim. Se Ele não cresse na humanidade, não teria existido o Cristo na terra: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
          Acredite em você mesmo, pois Deus acredita. Mas esteja sempre ligado a Ele, se não de nada adianta crer em Deus e em si mesmo, pois nada podemos fazer de verdade sem Ele: “... pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (João 15:5).
          É tudo uma questão de acreditar. Sempre é.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

               Saudações,
          Kurt Hilbert

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Um Convite Especial

A salvação não é recebida como fruto do merecimento, mas como resultado da graça mediante a fé.
A salvação não é dada àqueles que se julgam santos, nem àqueles que praticam boas obras com o propósito de alcançarem o favor de Deus.
A salvação é oferecida gratuitamente àqueles que creem em Cristo. Jesus é o caminho para Deus, a porta do céu, o único mediador que pode nos conduzir ao Pai.
A salvação não é resultado do que fazemos para Deus, mas do que Deus fez por nós.
Deus não nos amou por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos.
A causa do amor de Deus não está em nós, mas nele mesmo. 

Você quer fazer a Obra de Deus?
Jesus respondeu: "A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou". (João 6:29)

Não tenha dúvida, é simples assim...
Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. (Marcos 16:16)

Porém, seja verdadeiro...
Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. (Romanos 10:9)

Se isto está vivo em você, vai se espalhar...
Eles responderam: "Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa". (Atos 16:31)

O que você está esperando, abra sua boca...
porque "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". (Romanos 10:13)

Pare de bater na porta errada...
Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem. (João 10:9)

Pare de buscar outros mediadores...
Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos. (1 Timóteo 2:5-6)

Não tenha medo das consequências...
Todos odiarão vocês por minha causa; mas aquele que perseverar até o fim será salvo. (Marcos 13:13)

Pois vale a pena...
Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada (Hebreus 10:35)

Não ligue para o que os outros falam...
Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido. (Romanos 10:11)

Vamos lá, chegou a tua hora de confessar...
Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. (Mateus 10:32)

Oração:

Amado Deus, eu reconheço Jesus como meu Senhor e Salvador, agradeço profundamente pela salvação que Jesus conquistou na cruz, me arrependo das obras da carne, e peço perdão por todos meus pecados, me arrependo profundamente e declaro vida nova no caminho do Senhor.

Eu oro em nome de Jesus – Amém!

Parabéns, esta boa notícia é para você...
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome. (João 1:12)

Você deu um grande passo...
E agora por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor. (Atos 22:16)

Espero que você tenha entendido...
E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. (Atos 19:5)

Este foi um convite especial, para conhecer Àquele que está esperando por você e deseja escrever teu nome no Livro da Vida.
Que Deus abençoe a todos os que decidiram aceitar o Senhor Jesus.

Lembre sempre...
Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo. (Colossenses 2:8)

Caleri

sexta-feira, 19 de abril de 2013

No Caminho de Emaús


Lucas 24:13-16
          Naquele mesmo dia, dois deles estavam indo para um povoado chamado Emaús, a onze quilômetros de Jerusalém. No caminho, conversavam a respeito de tudo o que havia acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles; mas os olhos deles foram impedidos de reconhecê-lo.

                                             
Éramos dois,
estávamos sós,
falávamos sobre o evento da cruz.
Os demais, escondidos,
não se juntaram a nós.
Éramos dois destemidos
no caminho de Emaús.
Destemidos? Não, na verdade, não.
Entristecidos!
Mas, juntos nós íamos,
de fato, não podíamos
ficar reclusos em Jerusalém.
Éramos dois, entristecidos e, num momento,
          éramos três!
          Achegou-se a nosso lado,
          logo fomos indagados:
                    Sobre o que falam vocês?
          Contamos que, nesses dias,
          perdêramos nosso Messias,
          que o Ungido fora embora.
          Abriu-nos as Escrituras,
          falava-nos de loucuras,
          que voltaria sem demora...
Loucuras?
Dependendo do que procuras,
é o que a Palavra pode parecer.
          Nosso coração ardia,
          estávamos em alegria,
          e O pudemos reconhecer
          enquanto partia o pão.
          Não esperávamos por isto:
          diante de nós, o Cristo!
E, já, já, não estava mais...
Já não éramos mais três.

Aconteceu outro dia:
caminhando com enfastia
num caminho estava só.
Sentei, logo ali, no chão,
meti a mão no meu pão,
com uma fome de dar dó.
Sobreveio uma lembrança,
peito cheio de esperança,
lembrei-me de Jesus.
E, antes de comer,
juntei as mãos para agradecer
pelo encontro em Emaús.
De repente, eu senti:
          eu já não estava só!
          Alguém mais estava comigo no caminho.
          Éramos dois.
 

Kurt Hilbert
UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Dialogando com o Pecado

               Gênesis 3:1
          Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o SENHOR Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: “Foi isso mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’?”
 
         A palavra pecado, segundo o Aurélio, significa transgressão de preceitos religiosos; falta; culpa. Pecar é toda ação que tomamos que seja contrária a essência do nosso bom relacionamento com Deus. E relacionamento com Deus abarca também o nosso relacionamento com o próximo. Pecar é, então, falhar, romper a harmonia do nosso relacionamento. Pecar não é só desobedecer a um mandamento ou preceito divino, é permitir que qualquer coisa se interponha entre nós e Deus, entre nós e o próximo, entre a unidade perfeita que o amor divino é.
          Trata-se sempre de relacionamento. Por um lado, está nosso relacionamento com Deus, que se dá através de nossas orações, quando lemos a Sua Palavra na Bíblia, quando ouvimos Sua Palavra na pregação na Igreja, quando interagimos com as outras pessoas e o fazemos baseados nos ensinamentos de Cristo. Quando cuidamos de agir no atuar do Espírito Santo, em comunhão com o Filho e com o Pai, então nos relacionamos com tudo o que há em harmonia. E isso agrada a Deus, isso edifica e faz bem, isso nos conduz no caminho rumo à eternidade com Ele. Por outro lado – visto que se trata sempre de relacionamento –, está tudo o que é destoante desta harmonia divina, está tudo o que pode causar falha, pane no bom relacionamento divino. Neste lado, está o pecado.
          Provavelmente você já ouviu falar de diálogo interno. Em neuro-lingüística, diálogo interno é a conversa que mantemos conosco mesmos, é como nós nos relacionamos com nossos pensamentos e sentimentos. Quando dizemos que temos que parar um pouco para pensar sobre um assunto, na verdade estamos nos dando a oportunidade de conversar conosco mesmos e, quando tomamos alguma decisão, esta foi resultado dos argumentos pessoais que nos fizeram decidir por isso ou aquilo. Diálogo interno é também como nós nos relacionamos conosco mesmos.
          Percebemos, assim, que sempre se trata de relacionamento. Há o relacionamento com Deus, o relacionamento com o próximo e o relacionamento conosco mesmos. E há, ainda, o relacionamento com “tudo o que não é de Deus”, por assim dizer, que é o relacionamento com o pecado. Esse é o ponto ao qual quero chegar.
          Em Mateus 22:37-39, Jesus nos fala sobre esses relacionamentos. O relacionamento com Deus: Ame o SENHOR, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento”. O relacionamento com o próximo: Ame o seu próximo como a si mesmo”. E o nosso relacionamento conosco mesmos está na mesma sentença, só que com ênfase em nós mesmos: “Ame o seu próximo como a si mesmo. E há ainda o relacionamento com tudo o que não é esse relacionamento divino que o Mestre ensinava e que Tiago sintetizava na seguinte frase: Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês (Tiago 4:7). Aqui, na frase de Tiago, aquilo que rompe nosso relacionamento harmonioso com Deus, ou seja, o pecado, está simbolizado figurativamente no Diabo; em Gênesis, está simbolizado na serpente.
          O perigo é: mantermos relacionamento com o pecado. E o relacionamento nasce quando nos permitimos dialogar. Quando dialogamos com Deus – em nossas orações – e Ele dialoga conosco – em Sua Palavra –, há relacionamento. Quando dialogamos com o nosso semelhante, há relacionamento. Quando dialogamos com o pecado – ou seja, quando permitimos a aproximação de tudo o que não é de Deus – também criamos um relacionamento, só que este não é bom.
          E foi isso o que Eva fez: ela se permitiu criar um relacionamento com o pecado; ela se permitiu dialogar com o pecado. Sem trocadilhos, ela dialogou com o perigo. Resistam, disse Tiago, e ele fugirá de vocês. Não pense que você pode lidar bem com o pecado, pois o inimigo da fé é ardiloso e é mais esperto que você. E ele é mais esperto que você – e que eu também –, porque é mais experiente que nós. Uma vez ouvi uma frase muito interessante, que não é bíblica, mas que revela muita coisa: “O Diabo não é esperto por ser Diabo; ele é esperto por ser velho (experiente)”. E não é que é mesmo?
          Voltando ao ponto principal do texto, vejamos a pergunta que ele fez à Eva: ele não perguntou “é verdade que vocês não podem comer da árvore que está no meio do jardim?”. Ele perguntou foi isso mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’?”. Dá para perceber a malandragem? Se ele tivesse feito a primeira pergunta, o assunto morreria ali mesmo, pois Eva poderia ter respondido simplesmente: “É verdade. Passe bem, tchau pra ti!”. Mas quando ele fez a segunda pergunta – foi isso mesmo que Deus disse?” –, ele plantou uma dúvida que exigia uma resposta argumentada, ou seja, dava início a um diálogo. E, quando Eva embarcou na conversa dele, ela dançou.
          Quando ela começou a argumentar com o Mal, ela permitiu que ele implantasse nela falsas percepções, percepções até agradáveis num primeiro momento, mas que levavam ao rompimento com Deus. Quando Eva caiu naquela conversinha, ela foi enovelada sem se dar conta e, quando viu, não só tinha sido enrolada, como agiu em cima desse rolo e, quando agiu, ela pecou.
          Por isso, nunca dialogue com o pecado. Se ele vier, encerre a conversa antes que ela comece. Se você der confiança ao pecado e à tentação, você dança.
          Fique sempre com o que Deus nos ensina em Sua Palavra. É seguro e verdadeiro.
 
          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,
Kurt Hilbert
UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

sábado, 6 de abril de 2013

Vaidades e Rotinas

Eclesiastes 1:2-11
          “Que grande inutilidade!”, diz o mestre. “Que grande inutilidade! Nada faz sentido!” O que o homem ganha com todo o seu trabalho em que tanto se esforça debaixo do sol? Gerações vem e gerações vão, mas a terra permanece para sempre. O sol se levanta e o sol se põe, e depressa volta ao lugar de onde se levanta. O vento sopra para o sul e vira para o norte; dá voltas e voltas, seguindo sempre o seu curso. Todos os rios vão para o mar, contudo, o mar nunca se enche; ainda que sempre corram para lá, para lá voltam a correr. Todas as coisas trazem canseira. O homem não é capaz de descrevê-las; os olhos nunca se saciam de ver, nem os ouvidos de ouvir. O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada de novo debaixo do sol. Haverá algo de que se possa dizer: “Veja! Isto é novo!”? Não! Já existiu há muito tempo, bem antes da nossa época. Ninguém se lembra dos que viveram na antiguidade, e aqueles que ainda virão tampouco serão lembrados pelos que vierem depois. 

 
Vaidades, vaidades, tudo são vaidades!
Rotinas, rotinas, tudo são rotinas!
Tudo tão inútil!
Tudo tão sem sentido!
Afadigo-me sob e sol, e daí?
Vai geração, vem geração, tudo está aí!
... E fica!
Levantou-se o sol, pôs-se o sol... ontem!
Levanta-se o sol, põe-se o sol... hoje!
Levantar-se-á o sol, por-se-á o sol... amanhã!
... E sempre!
O vento vai para o sul!
O vento vai para o norte!
O vento, para onde irá?
Seu curso terá!
Eu, para o sul vou!
Eu, para o norte vou!
Eu, para onde irei?
Meu curso terei?
Para o mar vai o rio.
O mar, do rio não se enche.
Sempre volta e volta e volta o rio ao mar...
Para onde vou eu?
Da rotina já me enchi!
Sempre volto e volto e volto... e voltas e voltas e voltas...
A vida tem enfastias tais...
Que ninguém as pode exprimir.
O olho, não se farta de ver!
O ouvido, não se farta de ouvir!
O que foi, tornará a ser!
O que se fez, tornar-se-á a fazer!
Haverá algo de que se possa dizer:
“Veja! Isto é novo!”?
Não!
Nos séculos já foi, hora é, nos séculos será...
Dos que foram, ninguém se lembra!
Os que virão, esquecidos serão!
E de mim, lembrar-se-ão?
Acho que não!
Com licença, vou à rotina...
Resta-me a vaidade.


Kurt Hilbert
UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

quinta-feira, 28 de março de 2013

Mais Que Peixes, Coelhos e Ovos

          Ouço comentários sobre onde conseguir o melhor peixe para amanhã, ouço sobre os preços cobrados pelo quilo e outras quimeras tal. Normal, afinal, hoje, enquanto escrevo, é véspera de sexta-feira santa. Neste dia comer-se-ão, seguindo a tradição, quilos e quilos desses simpáticos e suculentos serzinhos dotados de escamas, nadadeiras e guelras, nas suas mais variadas espécies.
          Ouço comentários, também, sobre a corrida para garantir as guloseimas para o domingo, em suas variações em formatos de ovos e coelhinhos, afinal, domingo é domingo de Páscoa, e os pequerruchos – e os grandinhos também – fartar-se-ão degustando essas simpáticas e suculentas figurinhas achocolatadas.
          Ok, penso cá comigo, não há mal nenhum nesses costumes. Mas e o motivo máster, onde fica? Onde fica o real motivo da celebração da sexta-feira santa? Onde fica o real motivo de se comemorar o domingo de Páscoa?
          Lembramo-nos, na sexta-feira santa, que Jesus morreu na cruz em prol de todos nós, bípedes humanos deste terceiro planeta do sistema solar, para cobrir as nossas falhas? E lembramo-nos, também, que no domingo de Páscoa comemoramos a ressurreição do mesmo Jesus, o Cristo, onde está caracterizada a Sua vitória sobre a morte e a conseqüente abertura do caminho para que nós, humanos, pudéssemos ter a ampla possibilidade da relação com Deus, uma relação de filhos com seu Pai?
          Pois é! Lembramo-nos dos peixes, dos coelhinhos e ovos de chocolate, e esquecemo-nos do que realmente importa. Mas é bom que nos lembremos.
          Que na sexta-feira santa, lembrando que Jesus morreu na cruz, possamos fazer morrer em nós as diferenças, as invejas, os ódios, as inimizades, as agruras e amarguras da vida, os desamores, as dores, as tristezas...
          Que no domingo de Páscoa, comemorando a ressurreição do Cristo, possamos fazer ressuscitar em nós o amor, a paz, a paciência, a amabilidade, a bondade, a fraternidade, o carinho, o sorriso, o beijo, o abraço, a alegria...
          Que possamos celebrar tudo isso não só num dia, mas em todos! Utopia? Não. Esperança. A esperança que o amor divino, que o Cristo nos ensinou, possa perpetrar todos nós!
          Como vemos, esses dias são muito mais que peixes, coelhos e ovos.

          Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
              
               Kurt Hilbert
               UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

sexta-feira, 22 de março de 2013

Mais Que Vencedores

          Seguidamente tenho ouvido o que diz no título deste texto: “Somos mais que vencedores!” Algumas vezes, em idos tempos, me parecia uma expressão meio retórica, uma espécie de frase de efeito, bonita em si e em sua sonoridade, mas pouco pragmática quanto à sua eficácia; parecia-me apenas uma espécie de mantra repetido por alguns cristãos mais, digamos, fervorosos. Como disse, isso foi em idos tempos.
          Surge a questão: se somos vencedores, somos vencedores em relação a algo ou alguém. Então, o que ou quem devemos vencer? A resposta que acredito que mais se enquadre neste caso é: temos que vencer a tudo que nos separa de Deus. O que pode nos separar de Deus? Leia a passagem bíblica mais abaixo e você descobrirá.
          Agora, algo que pode intrigar-nos: o que é ser mais que vencedor? Vencedor é aquele que alcançou uma vitória, mas pode vir a ter a necessidade de vencer a mesma coisa novamente. Num Gre-Nal, por exemplo, o Grêmio pode vencer o Internacional num jogo emocionante, mas, logo ali adiante, haverá outro embate e, desta vez, pode ser que o resultado seja outro.
          Contudo, para quem é mais que vencedor, no caso espiritual e, mais especificamente, cristão, a questão é diferente: quer dizer que Cristo já venceu por nós, como Ele diz: “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo (João 16:33). O que necessitamos é nos manter unidos a Ele“... para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. (João 17:21-23) –, pois aí estaremos capacitados, ad infinitum, a manter essa vitória de Cristo em nossa vida. A vitória dos homens é passageira – como na metáfora futebolística que citei acima –, mas a vitória de Cristo é definitiva! Isso é que é ser mais que vencedor.
          Gostaria de convidá-lo a dar uma espiadinha na passagem bíblica onde este conceito de “mais que vencedores” está inserido. Só depois de visitar essa passagem, entendê-la e perceber a sua amplitude, é que pude compreender a profundidade dessa afirmação.  E não só compreendê-la, pude experimentá-la.
          Essa passagem se dá em Romanos 8:28-39. Mas, como sei da possibilidade de agora, enquanto você lê esse texto que lhe escrevo, você não ter uma Bíblia ao alcance da mão e, mais tarde, talvez não encontre motivação para lançar mão dela, reproduzo o texto sagrado na sua íntegra, para nossa apreciação. Medite nele e permita que ele seja inscrito em seu coração e em sua mente. Ei-lo:
          Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam(*), dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou.
          Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: “Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinados ao matadouro (Salmo 44:22)”.
          Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.
          Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
 
          (*) Algumas traduções dizem: Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem dos que amam a Deus. Ou então: Sabemos que em todas as coisas Deus coopera juntamente com aqueles que o amam.
 
          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

          Saudações,
        
       Kurt Hilbert
                         UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

quarta-feira, 13 de março de 2013

Lei da Atração


Provérbios 10:24
          O que o ímpio teme lhe acontecerá; o que os justos desejam lhes será concedido.

                                                
Novidade para alguns,
sempre houve para Deus.
O temor, agora ínfimo,
o medo como antítese,
do amor, que é síntese
do divino o mais íntimo.
O que temo, atraio,
cai tal qual um raio,
caso seja eu perverso.
Uma lei do universo,
mas quem foi que o criou?
Alguém já se perguntou?
E aquilo que anelo,
do complexo ao singelo,
quando, com amor, demando,
como que ao meu comando,
o deparo na porta aberta.
Uau! Que descoberta!
Em prece Lhe agradeço,
porque, desde o começo,
afirmou no firmamento
a lei do agradecimento.
Hoje a ciência descobriu
e, como inédito, anuncia
o que o divino lhe encobriu,
o que o justo já sabia.

 

Kurt Hilbert
UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO