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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

1 – O Novo Testamento



O Novo Testamento é uma coletânea de escritos dos apóstolos que presenciaram o nascimento do cristianismo há cerca de 2.000 anos. Jesus não deixou escritos, mas alguns dos discípulos que O seguiram em Sua pregação, ou escutaram testemunhos após Sua morte, fizeram um registro de Sua vida e da difusão do cristianismo. O Novo Testamento contém 27 livros de seus escritos. Alguns deles apenas no século IV seriam oficialmente reconhecidos pela Igreja.
Os principais fatos da vida e do ministério de Jesus tiveram lugar na Palestina, pela Galileia e Judeia. As viagens missionárias dos apóstolos se estenderam pela região do Mediterrâneo.

Estrutura do Novo Testamento
O conjunto de livros se divide em três partes: os Evangelhos, os Atos e as Epístolas. Os Evangelhos relatam a vida e ensinamentos de Jesus, os Atos descrevem a origem da Igreja e as Epístolas apresentam os primeiros ensinamentos cristãos.

Os Evangelhos
A palavra Evangelho vem do grego euangelion, que significa “boa nova”. Os Evangelhos anunciavam a boa nova de que Jesus era o Messias tão esperado. Eles foram escritos num período de cerca de cinquenta anos. Os quatro Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João foram reunidos pela Igreja nascente e divulgados pelo final do século I. Cada um deles mostra a vida de Jesus de um ângulo diferente.

Os Atos
Lucas também escreveu uma continuação do seu Evangelho, os Atos dos Apóstolos. Eles registram os primeiros trinta anos da Igreja e cobrem o período desde a ascensão de Cristo até a pregação de Paulo em Roma. Os Atos descrevem o trabalho missionário dos apóstolos e outros discípulos e relatam os problemas enfrentados pela Igreja primitiva.

As Epístolas
O Novo Testamento contém 22 cartas. Algumas são endereçadas a comunidades, outras a indivíduos e outras são cartas universais. Acredita-se que treze tenham sido escritas por Paulo. Oito são dos apóstolos João, Judas Tadeu, Tiago e Pedro, e uma ficou anônima. As Epístolas dão instruções e encorajamento aos primeiros cristãos. São elas: Romanos, 1º e 2º Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1º e 2º Tessalonicenses, 1º e 2º Timóteo, Tito, Filemon, Hebreus, Tiago, 1º e 2º Pedro, 1º, 2º e 3º João, Judas e Apocalipse.

O culto judaico no tempo de Jesus
Após o exílio na Babilônia (c. 586 a.C.) e a destruição do Templo, os judeus passaram a prestar o culto em santuários. Estes ficaram conhecidos como “sinagogas” (do grego synagoge, “assembléia” ou “reunião”). O povo judeu (israelitas) se reunia nas sinagogas para rezar e escutar a leitura das Escrituras.
Por volta de 537 a.C., os persas derrubaram o Império Babilônio e os judeus puderam voltar para Judá. Muitos, porém, não retornaram e se dispersaram pelas áreas dominadas pelos persas. Isso levou à construção de sinagogas por todo o Mediterrâneo e Oriente Médio.
Nos dias de Jesus, o Templo já fora reconstruído duas vezes. Ele ainda servia de lugar de oração e de celebração das principais festas judaicas, como a Páscoa. O povo hebreu restaurara o sacerdócio e retomara a prática de oferecer sacrifícios.

Sinagogas
No tempo do Novo Testamento, as sinagogas consistiam em duas salas principais, separadas por um vestíbulo: o paço e a basílica. Numa parede havia uma ábside (nicho semicircular) contendo uma arca, onde se guardavam os rolos da Lei. As reuniões na sinagoga eram dirigidas pelos mais velhos. Um desses anciãos, o oficiante principal, supervisionava os cultos e ensinava as crianças a ler. Durante o culto, homens e mulheres se sentavam separados.

Mais sobre os Evangelhos
Os três primeiros Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas) contêm muitas informações similares e são conhecidos como os Evangelhos “sinóticos”. Eles descrevem a pregação de Jesus na Galileia e em seguida a Sua viagem para Jerusalém. Já o Evangelho de João tem pouco em comum com os outros três: apresenta uma pregação mais longa na Judeia e realça os aspectos espirituais dos ensinamentos de Jesus.
Os Evangelhos não pretendem ser uma história completa da vida de Jesus, mas proporcionar um entendimento claro da Sua pregação. Cada Evangelho sublinha aspectos distintos da obra de Jesus, e às vezes os eventos são colocados em diferentes ordens cronológicas, como a purificação do Templo (João 2:13-22). Provavelmente, o Evangelho de Marcos foi escrito primeiro (c. ano 60-70), os de Mateus e Lucas vieram 15 a 20 anos depois. Admite-se que o de João foi escrito pelo final do século I.

Mateus
Acredita-se que o autor deste Evangelho foi o apóstolo Mateus, que fora coletor de impostos em Cafarnaum (Mateus 9:9). Ele usa frequentemente a terminologia judaica e retrata Jesus como a realização das profecias do Velho Testamento. Mas Mateus também ataca fortemente os líderes judeus (em especial os fariseus). O relato contém pouca narrativa, pois seu maior propósito é ensinar.

Marcos
O Evangelho de Marcos é o mais curto. O autor tem sido identificado como João Marcos (Atos 12:12), que trabalhou com Paulo, Barnabé e Pedro. Foi escrito para um público não-judeu e explica muitos costumes e palavras judaicas. Há um forte teor narrativo, com menções às experiências de Pedro, Tiago e João, que haviam estado presentes em grande parte da pregação de Jesus.

Lucas
Médico, Lucas era o companheiro de Paulo (Colossenses 4:14). O seu relato é apresentado na forma de uma biografia das relações de Jesus com as pessoas. É o mais longo dos quatro relatos e conta, com algum detalhe, o caminho de Jesus desde a Galileia a Jerusalém. Lucas registra os ensinamentos e curas de Jesus e salienta a Sua compaixão pelos pobres e necessitados.

João
Tradicionalmente se crê que João era o apóstolo “a quem Jesus amava”. Centrado na divindade de Jesus, este Evangelho não contém parábolas. Para ilustrar sua mensagem, frequentemente usa contrastes simbólicos, como luz e trevas. Segundo João, a pregação de Jesus dura três anos, pois são mencionadas três festas de Páscoa.

Festas cristãs
Após a morte de Jesus, seus discípulos continuaram a seguir os dias santificados judaicos. Houve, porém, um gradual afastamento dessas celebrações. Para os apóstolos, não havia mais necessidade da lei israelita, dos seus ritos e festas. Paulo declara isso na sua carta aos Colossenses (2:16-17). Mas já desde o começo da Igreja os cristãos comemoravam os eventos que levaram ao nascimento da cristandade.

Datas cristãs
·                        Domingo: Para os cristãos, o domingo é um dia sagrado de repouso. Ele comemora o dia em que Cristo ressuscitou, assinalado nos Evangelhos como o primeiro da semana. Também é chamado “Dia do SENHOR”.
·                        Epifania: A maioria dos cristãos celebra a Epifania em 6 de janeiro, relembrando o nascimento de Jesus e a visita dos Magos.
·                        Quaresma: A Quaresma é um período de 40 dias de penitência que termina no Domingo de Páscoa. É um tempo de preparação para a Páscoa e recorda os 40 dias de Jesus no deserto. Na Quaresma, alguns cristãos observam jejum.
·                        Semana Santa: A Semana Santa comemora os eventos que levaram à morte e ressurreição de Jesus.
·                        Domingo de Ramos: É o primeiro dia da Semana Santa. Lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, quando o povo forrou as ruas com ramos.
·                        Quinta-Feira Santa: Relembra a última ceia de Jesus com os discípulos e a Sua prisão.
·                        Sexta-Feira Santa: Recorda a crucificação de Jesus.
·                        Domingo de Páscoa: Celebra a ressurreição de Jesus. É o domingo seguinte à primeira lua cheia do outono. As igrejas ortodoxas têm outra data.
·                        Pentecostes: Comemora a recepção do Espírito Santo pelos apóstolos e o nascimento da Igreja.
·                        Natal: Festejado a 25 de dezembro, o dia de Natal comemora o nascimento de Jesus.

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.


domingo, 26 de janeiro de 2020

Ensinamentos nas Palavras da Palavra


Deuteronômio 11:18-20
“Gravem estas minhas palavras no coração e na mente; amarrem-nas como sinal nas mãos e prendam-nas na testa. Ensinem-nas a seus filhos, conversando a respeito delas quando estiverem sentados em casa e quando estiverem andando pelo caminho, quando se deitarem e quando se levantarem. Escrevam-nas nos batentes das portas de suas casas, e nos seus portões”.

Quero, de início, re-destacar as palavras do título deste texto, assim: ensinamentos nas palavras da Palavra.
Por que isso? Porque, nas entrelinhas e nas entre-palavras da Palavra, há muitos ensinamentos.
Nesta em especial, que uso aqui como mote para este texto, encontramos muitas orientações que apontam para nosso cotidiano e para a nossa vida como um todo.
Quero lembrar sempre que procuro ler a Bíblia toda tendo Jesus como chave hermenêutica, ou seja, interpretando tudo o que leio à luz das palavras e atos de Jesus. Tudo aquilo que, nas Escrituras, se coaduna com o modo de ser de Jesus, tem plena e eterna validade; aquilo que destoa ou não se coaduna, serve como informação de contexto, de geografia, de usos e costumes de época. Por exemplo, se o Antigo Testamento declara algo que Jesus não declararia – lendo os Evangelhos sabemos o que Jesus falou e o que calou – o tomo apenas como informação.
Mas voltemos ao texto de Deuteronômio acima:
Gravem estas minhas palavras, inicia. Gravar é um ato de fixar de modo que deixe marcas. Uma tinta, por exemplo, pode ser apagada, mas algo gravado – em baixo ou alto-relevo – deixa marcas táteis e visíveis. Algo marcado pode ser visto com os olhos e sentido com o tato. Usando alto e baixo-relevo como metáforas, poder-se-ia dizer que aquilo que em nós está gravado em baixo-relevo, está gravado para dentro, na profundidade da nossa alma, em nós e para nós, e que só nós percebemos. Aquilo que está gravado em alto-relevo, está gravado para fora, ou seja, é visível do nosso lado de fora por nossas atitudes.
As impressões que as Palavras do Senhor causam em nós devem ser visíveis e táteis. Devemos ser, segundo o apóstolo Paulo, “cartas vivas” de Cristo: Vocês mesmos são a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos. Vocês demonstram que são uma carta de Cristo, resultado do nosso ministério, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de corações humanos (II Coríntios 3:2-3). A antiga Lei foi escrita em pedras; a graça de Deus pelo Evangelho é escrita em corações.
Assim, a Palavra fala para gravarmos estas Suas palavras no coração e na mente, significando dizer que a Palavra do Senhor deve “falar” aos nossos sentimentos, às nossas emoções e sensações psicológica/espirituais, e também deve “falar” à nossa mente, ao nosso raciocínio, pois fé é, antes de tudo, uma decisão de uma mente impregnada do significado do Evangelho: a fé não é em si um “sentir”, mas um “decidir”. Posso, num primeiro momento, não sentir a fé; mas posso – e devo – num primeiro e num segundo e num terceiro momentos, decidir-me a ter fé. E a fé, como sabemos, vem por ouvir – e darmos ouvidos – à Palavra, fechando-se o circuito: Consequentemente, a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo (Romanos 10:17).
Amarrem-nas como sinal nas mãos e prendam-nas na testa, segue falando em Deuteronômio. Trasladando este costume judeu de “amarras e filactérios” para nós hoje, no século XXI, significa dizer que as Palavras do Senhor devem impactar em nossas mãos – naquilo que fazemos, nas nossas obras – e na nossa testa – naquilo que pensamos e nas decisões que tomamos. A Palavra do Evangelho deve ser um sinal claro dos nossos pensamentos, das nossas palavras e das nossas ações. E isso não é pouco!
Ensinem-nas a seus filhos, segue. Bem, isso é simples e direto. Fico me perguntando: hoje em dia, em quantos lares a Palavra é ensinada aos filhos e aos demais membros da família? Cada um responda segundo o costume que tem na sua casa. Mas a instrução é, de novo, clara!
Segue dizendo que Suas Palavras devem ser nosso assunto, conversando a respeito delas quando estiverem sentados em casa e quando estiverem andando pelo caminho, quando se deitarem e quando se levantarem. Em casa, na família. Andando no caminho, significando dizer que sobre a Palavra falemos andando nos nossos lugares e afazeres, como a escola, o trabalho, a sociedade, enfim, você entendeu. Que a Palavra do Senhor possa ser o assunto primevo e principal. Eu sei, não é fácil. Mas possível é.
Escrevam-nas nos batentes das portas de suas casas, e nos seus portões, conclui-se. A batente da porta foi onde os israelitas marcaram com o sangue do cordeiro, pouco antes da fuga do Egito, evitando, assim, que seus primogênitos morressem. Portanto, o batente da porta tem um significado importante na interpretação bíblica, pois aponta, desde aqueles remotos tempos, para o sacrifício de Jesus centenas de anos depois, sacrifício este que nos deu a possibilidade de salvação de toda a “casa” do nosso ser. Portanto, que a Palavra do Senhor seja um marco visível na nossa casa/coração/alma/ser, e também em nossa casa/empreendimentos, naquilo que chamamos de “nosso”. Que a Palavra nos oriente naquilo que temos como abrigo e refúgio – simbolizado pelas casas – e também nos nossos limites de atuação, naquilo que fazemos ou deixamos de fazer, naquilo para “onde” vamos em nossa vida, por onde saímos e entramos – simbolizado pelos portões. Tudo aquilo que fazemos em nossa vida deve estar respaldado pela Palavra, por aquilo que é vida segundo Jesus.
Dito isso que eu disse acima, penso que ficou claro o significado amplo dessa pequena passagem de Deuteronômio, e o quanto pode impactar na nossa existência. Vamos ler de novo, com os grifos de destaque?
Gravem estas minhas palavras no coração e na mente; amarrem-nas como sinal nas mãos e prendam-nas na testa. Ensinem-nas a seus filhos, conversando a respeito delas quando estiverem sentados em casa e quando estiverem andando pelo caminho, quando se deitarem e quando se levantarem. Escrevam-nas nos batentes das portas de suas casas, e nos seus portões”.

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Apocalipse



A chave deste livro encontra-se no versículo inicial: “Revelação de Jesus Cristo”.
O propósito principal consiste em revelar o Senhor Jesus Cristo como o Redentor do mundo e Conquistador do mal, e apresentar de forma simbólica o programa mediante o qual Ele desempenhará Seu trabalho.
A conclusão do livro é um convite à devoção. Se Cristo vai retornar, a santidade e o trabalho são obrigatórios no que respeita ao Seu povo. A oração no final deve expressar o desejo de todo crente: “Amém. Vem, Senhor Jesus!” (22:20).
Enquanto Gênesis é o livro das origens, Apocalipse é o livro das consumações.
Gênesis relata a origens dos céus, da terra, do mar, da noite, do sol, da lua, da morte, da dor e da maldição.
Apocalipse relata que haverá novos céus e nova terra, que não haverá mais mar, nem noite, que não haverá necessidade de sol nem de lua, que não haverá mais morte, nem dor, nem maldição.
Ao autor do livro de Apocalipse dá-se simplesmente o nome de João. Estava na ilha de Patmos, onde se achava exilado por causa de sua fé cristã (1:4-9; 22:8). Era bem conhecido entre as igrejas da Ásia, e considerado “profeta” (22:9). Justino Mártir (cerca do ano 135 d.C.) e Irineu (cerca do ano 180 d.C.), citaram verbalmente este livro, atribuindo-o a João, apóstolo de Cristo. Dado que sua linguagem é tão diferente do evangelho segundo João, alguns intérpretes da Bíblia pensam que não foi escrito pela mesma pessoa. Contudo, o pensamento conservador atribui a João, filho de Zebedeu, a escritura deste livro, por volta do ano 95 d.C., durante o governo de Domiciano.

Merrill C. Tenney

domingo, 19 de janeiro de 2020

Conselhos Bíblicos Para um Novo Hoje a Cada Dia


Não sou muito fã dessas coisas como “10 atitudes positivas”, “5 passos para o sucesso”, “como ser feliz em 7 etapas”, e assim sucessivamente.
Mas hoje abro uma exceção, pois aqui creio que há ensinamentos e bases bíblicas bem legais envolvidos, e que vale à pena tomar em conta.
São conselhos práticos para o dia a dia, para serem revisitados de quando em quando, para serem avaliados no sentido de vermos se os estamos seguindo, enfim, creio serem úteis a todos nós.
Então, vamos lá:
1 – Não prometa o que não vai cumprir: “Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno” (Mateus 5:37).
2 – Organize o seu tempo: Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu (Eclesiastes 3:1).
3 – Seja gentil e educado: “Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele”. Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem (Romanos 12:20-21).
4 – Controle suas palavras: Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem (Efésios 4:29).
5 – Valorize o seu dinheiro, não gastando mais do que ganha e nem desperdiçando: Durante os sete anos de fartura a terra teve grande produção. José recolheu todo o excedente dos sete anos de fartura no Egito e o armazenou nas cidades. Em cada cidade ele armazenava o trigo colhido nas lavouras das redondezas. Assim José estocou muito trigo, como a areia do mar. Tal era a quantidade que ele parou de anotar, porque ia além de toda medida (Gênesis 41:47-49). Assim chegaram ao fim os sete anos de fartura no Egito, e começaram os sete anos de fome, como José tinha predito. Houve fome em todas as terras, mas em todo o Egito havia alimento. Quando todo o Egito começou a sofrer com a fome, o povo clamou ao faraó por comida, e este respondeu a todos os egípcios: “Dirijam-se a José e façam o que ele disser”. Quando a fome já se havia espalhado por toda a terra, José mandou abrir os locais de armazenamento e começou a vender trigo aos egípcios, pois a fome se agravava em todo o Egito. E de toda a terra vinha gente ao Egito para comprar trigo de José, porquanto a fome se agravava em toda parte (Gênesis 41:53-57).
6 – Encontre alguém para ajudar: Atire o seu pão sobre as águas, e depois de muitos dias você tornará a encontrá-lo. Reparta o que você tem com sete, até mesmo com oito, pois você não sabe que desgraça poderá cair sobre a terra (Eclesiastes 11:1-2).
7 – Honre e respeite sua família: José instalou seu pai e seus irmãos e deu-lhes propriedade na melhor parte das terras do Egito, na região de Ramessés, conforme a ordem do faraó. Providenciou também sustento para seu pai, para seus irmãos e para toda a sua família, de acordo com o número de filhos de cada um (Gênesis 47:11-12).
8 – Persevere e não abandone os projetos pela metade: “Quanto a você, siga o seu caminho até o fim. Você descansará, e então, no final dos dias, você se levantará para receber a herança que lhe cabe” (Daniel 12:13).
9 – Seja otimista, veja o lado bom da vida e tire lições dos desafios: “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16:33).
10 – Assuma um verdadeiro compromisso com Deus: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas” (Mateus 6:33).
Que esta nova década, este novo ano – e cada mês, semana e dia – iniciem na companhia divina e que possamos ser uma divina companhia àqueles a quem temos o privilégio de acompanhar nos caminhos da vida!

Kurt Hilbert

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Judas



A epístola de Judas foi escrita como advertência contra certos cristãos nominais que ameaçavam solapar e destruir a comunhão dos crentes, mediante seu caráter e conduta imorais. Os que seguiam seus passos receberiam o justo castigo de Deus. Em realidade, o Antigo Testamento dá testemunho de cinco juízos de Deus contra tais pecados praticados por estas pessoas (vers. 5-11). Como se quisesse acentuar o fato de que tais pessoas estavam prestes a sofrer a ira de Deus, Judas acrescenta uma descrição de doze pontos acerca de sua culpa (vers. 12-16).
Em contraste com a atitude mundana e destruidora dos falsos mestres, o crente deve demonstrar amor espiritual e construtivo. Lembrando a misericórdia de Cristo para com eles, devem também demonstrar misericórdia para com os que estão afundados nestes males. Talvez sejam, desse modo, salvos (vers. 12-23).
A formosa louvação (vers. 24-25) é especialmente apropriada para os que estão passando por grandes tentações.
Além do uso que faz do Antigo Testamento, Judas demonstra conhecer a atual tradição judaica (referências em 9 e 14, embora não se encontrem no Antigo Testamento, acham-se em outros escritos judeus da época). A epístola guarda relação particularmente íntima com a segunda epístola de Pedro, e é provável que ambas as cartas fossem dirigidas ao mesmo grupo de crentes. Muito embora alguns exegetas creiam que a segunda epístola de Pedro tenha empregado material de Judas, é mais provável que a segunda epístola de Pedro fosse a mais antiga das duas. Os males que II Pedro (2:1; 3:3) prediz são descritos em Judas (vers. 4, 8, 19) como se houvessem ocorrido de acordo com a profecia apostólica a esse respeito.
Segunda a tradição, Judas é o irmão de Jesus (Mateus 13:55) que se tornou crente só depois da ressurreição (João 7:5; Atos 1:14), e cujo irmão, Tiago, foi o primeiro personagem dirigente da igreja primitiva (Atos 15:13; Gálatas 1:19). Isto concorda com a referência que Judas faz de Tiago (vers. 1), como se este fosse amplamente conhecido. Em face de tudo isto, poder-se-ia sugerir uma data que oscilaria entre os anos 70 e 80 d.C. para a escritura desta carta.

E. Earle Ellis

domingo, 12 de janeiro de 2020

Devemos Adestrar Nossos Filhos?


Existe hoje uma dificuldade enorme da parte de pais jovens em saber como educar seus filhos para poder levá-los a qualquer lugar sem que o mundo venha abaixo. Todos nós já presenciamos espetáculos dados por crianças que mais pareciam feras selvagens envergonhando os pais em lugares públicos. Muito disso tem a ver com a moderna psicologia de educação das crianças numa sociedade humanista que se acha mais sábia que Deus.
Muitos pais cristãos ainda não entenderam que crianças devem ser educadas para poderem ser levadas a qualquer lugar sem dispararem alarmes e causarem abalos sísmicos. Isto significa que devem ser treinadas, amansadas, adestradas, desde a mais tenra idade da maneira como devem se comportar nas reuniões da igreja.
Alguém menos versado na língua portuguesa poderá achar uma afronta dizer que crianças precisas de adestramento, mas isso é por não conhecer que o termo significa treinar alguém para algo útil. O dicionário ensina que o verbo adestrar é sinônimo de explicar, lecionar, amestrar, doutrinar, educar, ensinar, formar, instruir. O termo adestramento ficou mais popular por ser usado para cães, mas por que não para humanos? Ou você queria ir a um restaurante e ser atendido por um garçom que não recebeu adestramento em servir? Ou a um espetáculo em que o músico não foi adestrado para tocar seu instrumento com perfeição?
Ora, se adestramos cães e cavalos para nos serem úteis, por que achar que filhos já venham de fábrica amansados? Não vêm. O ser humano no seu estado natural é selvagem, rebelde e voluntarioso. A história de Mogli, o menino lobo, pode ser muito bonita e romântica, mas você não iria querer que seu filho se comportasse como um antes de ter sido adestrado por animais selvagens. Infelizmente hoje vemos crianças que fariam Mogli parecer o educado Alfred, o mordomo de Bruce Wayne, identidade secreta do Batman.
A tarefa de educar a criança que nasce ainda na condição de um Mogli que não foi adotado por lobos cabe aos seus domadores, os pais. Sim, eu falei domadores para dar a você a dimensão exata da imagem que um filho deve ter de seus pais desde pequeno: aqueles que têm autoridade, domínio e poder sobre eles. São as crianças que devem se sujeitar aos pais, não pais aos caprichos pueris de quem veio ao mundo na condição de um pecador rebelde e inimigo de Deus. Ou será que você obedeceria seu filho de dois anos se ele quisesse atravessar sozinho uma avenida movimentada sem segurar em sua mão?
Desde cedo as crianças devem aprender que, quando estão em lugar público, como a escola, um shopping ou numa praça, estão ali sob o comando de seus pais. A coisa fica ainda mais solene quando estão na presença do Senhor nas reuniões da igreja, onde além e acima da autoridade paterna e materna existe a autoridade do Senhor e o temor que se deve ao seu Nome e presença.
É como quando entramos no fórum para falar com o juiz. Não podemos entrar de qualquer jeito, não podemos tomar a palavra como quisermos, até o cruzar das pernas pode ser interpretado pelo juiz como desrespeito. Você conseguiria imaginar uma cena em um tribunal com crianças descontroladas, correndo, gritando e atirando brinquedos umas nas outras? O juiz imediatamente interromperia a reunião e ordenaria que os pais fossem retirados dali com seus pequenos e lendários Goblins desordeiros, mais conhecidos como os Gremlins do filme de Steven Spielberg.
Uma pesquisa apontava que uma fatia considerável da audiência desses programas de adestramento de cães seria formada por pais e mães em busca de dicas para o adestramento de filhos que se comportam como cães selvagens. Esta pode ser a razão de um canal de TV britânico ter lançado o programa “Train your baby like a dog” (“Treine seu bebê como um cão”), estrelado por uma treinadora de cães e seu filhinho. Milhares de pessoas protestaram pedindo que o programa fosse cancelado.
Não sei quais os métodos que a mulher utiliza, mas o fato de existir tal coisa é consequência de os modernos métodos de “adestramento” infantil não estarem funcionando num Ocidente em que uma mãe pode ser presa se der uma chinelada em um filho que se comporta como uma fera selvagem. Mas se a mãe apanhar do filho menor, como também é o caso de muitos professores e professoras, isso já é considerado normal. Outro dia no aeroporto vi um filho dar um tapa no rosto da mãe e ficar por isso mesmo. Minha mãe jamais permitiria uma coisa assim, e muito menos em lugar público. Comentando a “Lei da Palmada” uma mãe cristã disse: “Prefiro eu ir para a cadeia do que deixar que meu filho vá quando for grande”.
Voltando ao ponto das reuniões cristãs, em muitas religiões as crianças são tiradas das reuniões e levadas para um lugar à parte para praticarem atividades lúdicas sob os olhares de corajosas monitoras. A desculpa é que as crianças devem ser mantidas separadas dos pais durante as reuniões por fazerem barulho e não se comportarem. Mas isso só expõe a falta de disciplina em casa, pois se os pais as disciplinassem corretamente em casa elas saberiam como se comportar nas reuniões, na escola, nas praças ou em qualquer lugar.
A ordem da autoridade é invertida quando os pais ficam à mercê dos filhos pequenos e não conseguem controlá-los em um ambiente público. Quando eu era pequeno e íamos a algum lugar público, meus pais não precisavam nem dizer ou fazer algo, bastava um olhar, como Deus faz com seus filhos obedientes, deixando claro que animais são os que não foram devidamente adestrados com restrições morais e precisam de restrições físicas.
“Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos. Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti.” (Salmo 32:8-9).
Quando nossos filhos eram pequenos nós os disciplinávamos à maneira bíblica, com amor e um instrumento punitivo. Não era uma vara, mas apenas uma reguinha flexível que devidamente aplicada ao glúteo não causava qualquer dano. Lembro-me de ter aprendido com um irmão ancião que a nádega da criança é o caminho mais curto para o cérebro. Não usávamos as mãos, pois as mãos são feitas para acariciar, não para espancar. Hoje posso dar graças a Deus pelo resultado daquela criação que os lacradores de plantão considerariam inumana.
A criança precisa de limites cedo porque ela irá encontrar esses limites quando sair de casa, e se não tiver sido devidamente treinada será limitada pelas barras de alguma cela ou pela sala acolchoada de alguma clínica. Nunca castigávamos nossos filhos por infantilidades ou acidentes, como quebrar algo sem querer. Crianças não podem deixar de ser crianças e fazerem criancices. Eram disciplinadas quando desafiavam a autoridade, ao serem avisadas de algo que não deviam fazer e faziam do mesmo jeito. Então a régua entrava em cena.
Obediência a uma autoridade superior é um ingrediente que faz parte da vida de um cristão. Ora, se o próprio Filho de Deus, sendo Deus e Homem, precisou aprender a obedecer quando se fez carne e veio a mundo, quanto mais nossos filhos precisam também aprender obediência e submissão. E olhe que a vontade do Senhor Jesus era perfeita, e mesmo assim ele não fazia sua própria vontade, mas a do Pai.
“Ainda que era Filho, aprendeu a obediência.” (Hebreus 5:8).
“Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou... Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou... Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.” (João 5:30; João 6:38; Lucas 22:42).
Falando de um modo geral e cultural, a minha geração deve ter sido a última de filhos que eram devidamente treinados de como se comportar em lugares onde se exige silêncio e comedimento, como edifícios públicos, lojas, salas de aula, igrejas, visitas a amigos, etc. Quando vejo em aeroportos e outros lugares crianças gritando, se debatendo no chão ou dando pontapés na canela da mãe minha vontade é de ir lá, mas é claro que não vou. Não, eu não seria enquadrado na “Lei da Palmada”, mas na lei “Maria da Penha”, pois quem precisa de umas boas palmadas é a mãe.
Meus pais, embora treinados e treinados à moda antiga, também nunca fariam tal coisa, mas bem que vontade tinham. Ainda lembro do que meu pai dizia quando recebíamos visitas à nossa casa acompanhadas de filhos bárbaros. Chamando-me à parte, ele dizia: “Marinho, vá lá no quintal e convide esse garoto para brincar de faroeste. Diga que você é o índio, amarre o pestinha numa árvore e fique dançando em volta cantando U-u-u-u...”. Nunca tentei fazer isso, então não sei se funcionaria.
Infelizmente a disciplina amorosa, saudável e bíblica dos filhos, que às vezes deve ser firme e severa, é hoje vista como bullying ou violência verbal, psicológica e física que irá tolher a liberdade da criança e causar problemas psicológicos quando for adulta. Sei. Hoje pais cristãos são vistos como criminosos quando precisam aplicar a disciplina que Deus ensinou em sua Palavra. Ao agirem assim os homens se consideram mais sábios que Deus e não é preciso muito para ver o resultado disso nos lares, escolas, clínicas de reabilitação e prisões.
“Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno... A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe.” (Provérbios 23:13-14; 29:15).


Um texto de Mario Persona

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

I, II e III João



A primeira epístola de João foi escrita a uma coletividade cristã que tinha de enfrentar a heresia gnóstica do primeiro século. João procurava animar seus membros a viver uma vida consequente com a comunhão com Deus e com Cristo. Ventila assuntos tão vitais como a justiça, o amor, a verdade e o conhecimento. O autor não considera estes assuntos simplesmente como requisitos éticos, mas como realidades fundamentadas na revelação cristã de Deus e de Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Portanto, a doutrina cristã é parte integrante do livro e sentimos, às vezes, a tentação de pensar nele como uma exposição doutrinal da realidade da encarnação de Deus em Cristo. Contudo, se quisermos seguir o pensamento do escritor, devemos evitar esta tentação, visto que o apóstolo João está interessado principalmente na qualidade da vida cristã de seus leitores.
A segunda epístola foi escrita para advertir uma mulher cristã contra a comunhão indiscriminada com os incrédulos. As ideias principais da epístola são o amor, a verdade e a obediência, que, em parte, se complementam entre si. A obediência sem amor é servil; o amor sem obediência é irreal; nenhum dos dois elementos pode florescer fora do ambiente da verdade. Ao que parece, a epístola é uma carta pessoal a uma mulher cristã que João conhece, talvez uma viúva, e o motivo foi o encontro com alguns de seus filhos aos quais ele achou fieis na fé em Cristo (vers. 4). A carta é dirigida à “senhora eleita” e este é, provavelmente, seu significado, embora muitos interpretem como expressão figurativa que designa a uma igreja.
O propósito da terceira epístola é elogiar a Gaio, irmão leal e ativo que tinha consideráveis bens, por sua hospitalidade cristã, dando acolhida a pregadores que viajavam de uma cidade para outra, e ajudando-os no caminho, participando, assim, em sua obra missionária. A carta refere-se também à determinada circunstância interna da igreja, que envolve Gaio e Diótrefes.
As provas disponíveis indicam que João, o apóstolo, foi o autor não somente do evangelho do mesmo nome, mas também destas três epístolas. Estas cartas foram escritas, segundo se supõe, entre os anos 85 e 100 d.C.

Fred L. Fisher

domingo, 5 de janeiro de 2020

De Todo o Coração


Na Bíblia – e nas expressões populares em geral – o “coração” é usado como metáfora, como figura de linguagem, para representar nossos pensamentos/sentimentos/emoções.
Dedicar-se a algo de todo o coração significa dedicar-se integralmente, sem divisões, sem mudanças de posicionamento e de ideia, não sendo “sim” e “não”, mas somente “sim” (ou não).
 “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá” (Mateus 12:25).
Pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas têm em Cristo o “sim”. Por isso, por meio dele, o “Amém” é pronunciado por nós para a glória de Deus ( Coríntios 1:20).
Para com Deus – e para com a vida como um todo deveria ser assim também – não há como dedicar-se “mais ou menos”; tem que ser de todo o coração. Ele não Se dedica a nós “mais ou menos”, mas por inteiro, em Sua integralidade, posto que com Ele não poderia ser diferente.
As Escrituras nos trazem muitas citações abordando o conceito “de todo o coração”. Abaixo quero citar algumas – há muitas mais, além destas –, para que nos sirvam de impulso a vivermos nossa vida em Cristo da mesma forma.

“Portanto, se vocês obedecerem fielmente aos mandamentos que hoje lhes dou, amando o SENHOR, o seu Deus, e servindo-o de todo o coração e de toda a alma, então, no devido tempo, enviarei chuva de outono e de primavera, para que vocês recolham o seu cereal, e tenham vinho novo e azeite. Ela dará pasto nos campos para os seus rebanhos, e quanto a vocês, terão o que comer e ficarão satisfeitos” (Deuteronômio 11:13-15).
“Se aparecer entre vocês um profeta ou alguém que faz predições por meio de sonhos e lhes anunciar um sinal miraculoso ou um prodígio, e se o sinal ou prodígio de que ele falou acontecer, e ele disser: ‘Vamos seguir outros deuses que vocês não conhecem e vamos adorá-los’, não deem ouvidos às palavras daquele profeta ou sonhador. O SENHOR, o seu Deus, está pondo vocês à prova para ver se o amam de todo o coração e de toda a alma. Sigam somente o SENHOR, o seu Deus, e temam a ele somente. Cumpram os seus mandamentos e obedeçam-lhe; sirvam-no e apeguem-se a ele” (Deuteronômio 13:1-4).
“Quando todas essas bênçãos e maldições que coloquei diante de vocês lhes sobrevierem, e elas os atingirem onde quer que o SENHOR, o seu Deus, os dispersar entra as nações, e quando vocês e os seus filhos voltarem para o SENHOR, o seu Deus, e lhe obedecerem de todo o coração e de toda a alma, de acordo com tudo o que hoje lhes ordeno, então o SENHOR, o seu Deus, lhes trará restauração, terá compaixão de vocês e os reunirá novamente de todas as nações por onde os tiver espalhado” (Deuteronômio 30:1-3).
“O SENHOR, o seu Deus, dará um coração fiel a vocês e aos seus descendentes, para que o amem de todo o coração e de toda a alma e vivam (Deuteronômio 30:6).
“Mas guardem fielmente o mandamento e a lei que Moisés, servo do SENHOR, lhes deu, que amem o SENHOR, o seu Deus, andem em todos os seus caminhos, obedeçam aos seus mandamentos, apeguem-se a ele e o sirvam de todo o coração e de toda a alma” (Josué 22:5).
“Obedeça ao que o SENHOR, o seu Deus, exige: ande nos seus caminhos e obedeça aos seus decretos, aos seus mandamentos, às suas ordenanças e aos seus testemunhos, conforme se acham escritos na Lei de Moisés; assim você prosperará em tudo o que fizer e por onde quer que for, e o SENHOR manterá a promessa que me fez: ‘Se os seus descendentes cuidarem de sua conduta, e se me seguirem fielmente de todo o coração e de toda a alma, você jamais ficará sem descendente no trono de Israel’” (1º Reis 2:3-4).
“SENHOR, Deus de Israel, não há Deus como tu em cima nos céus nem embaixo na terra! Tu que guardas a tua aliança de amor com os teus servos que, de todo o coração, andam segundo a tua vontade” (1º Reis 8:23).
Depois disso, o rei convocou todas as autoridades de Judá e de Jerusalém. Em seguida o rei subiu ao templo do SENHOR acompanhado por todos os homens de Judá, todo o povo de Jerusalém, os sacerdotes e os profetas; todo o povo, dos mais simples aos mais importantes. Para todos o rei leu em alta voz todas as palavras do Livro da Aliança que havia sido encontrado no templo do SENHOR. O rei colocou-se junto à coluna real e, na presença do SENHOR, fez uma aliança, comprometendo-se a seguir o SENHOR e a obedecer de todo o coração e de toda a alma aos seus mandamentos, aos seus preceitos e aos seus decretos, confirmando assim as palavras da aliança escritas naquele livro. Então todo o povo se comprometeu com a aliança (2º Reis 23:1-3).
Nem antes nem depois de Josias houve um rei como ele, que se voltou para o SENHOR de todo o coração, de toda a alma e de todas as suas forças, de acordo com toda a Lei de Moisés (2º Reis 23:25).
“E você, meu filho Salomão, reconheça o Deus de seu pai, e sirva-o de todo o coração e espontaneamente, pois o SENHOR sonda todos os corações e conhece a motivação dos pensamentos. Se você o buscar, o encontrará, mas, se você o abandonar, ele o rejeitará para sempre. Veja que o SENHOR o escolheu para construir um templo que sirva de santuário. Seja forte e mãos ao trabalho!” (1º Crônicas 28:9-10).
“SENHOR, Deus de Israel, não há Deus como tu nos céus e na terra! Tu que guardas a tua aliança de amor com os teus servos que, de todo o coração, andam segundo a tua vontade!” (2º Crônicas 6:14).
Todo o povo de Judá alegrou-se com o juramento, pois o havia feito de todo o coração. Eles buscaram a Deus com a melhor disposição; ele deixou que o encontrassem e lhes concedeu paz em suas fronteiras (2º Crônicas 15:15).
Foi isso que Ezequias fez em todo o reino de Judá. Ele fez o que era bom e certo, e em tudo foi fiel diante do SENHOR, do seu Deus. Em tudo o que ele empreendeu no serviço do templo de Deus e na obediência à lei e aos mandamentos, ele buscou o seu Deus e trabalhou de todo o coração; e por isso prosperou (2º Crônicas 31:20-21).
SENHOR, quero dar-te graças de todo o coração e falar de todas as tuas maravilhas. Em ti quero alegrar-me e exultar, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo (Salmo 9:1-2).
Aleluia! Darei graças ao SENHOR de todo o coração na reunião da congregação dos justos (Salmo 111:1).
Como são felizes os que andam em caminhos irrepreensíveis, que vivem conforme a lei do SENHOR! Como são felizes os que obedecem aos seus estatutos e de todo o coração o buscam! (Salmo 119:1-2).
De todo o coração suplico a tua graça; tem misericórdia de mim, conforme a tua promessa (Salmo 119:58).
“Eu lhes darei um coração capaz de conhecer-me e de saber que eu sou o SENHOR. Serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, pois eles se voltarão para mim de todo o coração (Jeremias 24:7).
“Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês”, diz o SENHOR, “planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar danos, planos de dar-lhes esperança e um futuro. Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vocês”, declara o SENHOR, “e restaurarei a sorte de vocês” (Jeremias 29:11-14).
“Agora, porém”, declara o SENHOR, “voltem-se para mim de todo o coração, com jejum, lamento e pranto” (Joel 2:12).
“Muito bem, mestre”, disse o homem. “Estás certo ao dizeres que Deus é único e não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de todo o entendimento e de todas as forças, e amar ao próximo como a si mesmo é mais importante do que todos os sacrifícios e ofertas”. Vendo que ele tinha respondido sabiamente, Jesus lhe disse: “Você não está longe do Reino de Deus” (Marcos 12:32-34).
Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo (Colossenses 3:23-24).
Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros de todo o coração. Vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente. Pois “toda a humanidade é como a relva, e toda a sua glória, como a flor da relva; a relva murcha e cai a sua flor, mas a palavra do Senhor permanece para sempre”. Esta é a palavra que lhes foi anunciada (1º Pedro 1:22-25).

Podemos ver que, desde a Lei e os Profetas, as promessas para o povo de Israel, até a plenitude dos tempos onde Jesus Se revelou como Deus entre nós e a toda a humanidade, e agora, no tempo da graça e da misericórdia divina em que vivemos, viver e fazer as coisas com verdade e integralidade – portanto, de todo o coração – sempre foi o que mais contou e conta.
Não haja mais em nós, portanto, divisões e constantes mudanças de idéias com relação à fé e à espiritualidade, mas continuidade, perseverança e fidelidade a Cristo e Sua Palavra, para que possamos ser íntegros e integrais perante Deus e perante a vida, andando e vivendo de todo o coração!

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert