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sábado, 24 de dezembro de 2016

Parabéns, Papai Noel, Feliz Natal!


No dia 25 de dezembro de cada ano já nos acostumamos a comemorar o aniversário de uma figura ilustre: o Papai Noel. Já o comemoramos desde a véspera, no dia 24. Na verdade, já o comemoramos desde muito antes, pois já desde o final de novembro a mídia nos anuncia que está próximo este dia, e nos convida a comprar presentes e gastar nosso décimo terceiro salário no comércio em geral. Aí vem a Globo com sua musiquinha de final de ano, os filminhos natalinos cheios de comédias amorosas e infantis, neve, renas e, claro, o personagem principal do Natal... sim, ele, o Papai Noel.
Papai Noel – em português brasileiro – ou Pai Natal – em português europeu – é uma figura lendária que, em muitas culturas ocidentais, traz presentes aos lares de crianças bem-comportadas na noite da véspera de Natal – ah, sim, “Noël” é Natal em francês.
A lenda pode ter se baseado na figura histórica de São Nicolau, arcebispo de Mira, na Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos “milagres” lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo.
Enquanto São Nicolau era originalmente retratado com trajes de bispo, atualmente Papai Noel é geralmente retratado como um homem rechonchudo, bonachão, alegre e de barba branca, trajando um casaco vermelho com gola e punho de manga brancos, calças vermelhas de bainha branca, e cinto e botas de couro preto. Essa imagem se tornou popular nos EUA e Canadá no século XX devido à influência da Coca-Cola, que lá pelos anos 1930 lançou um comercial do bom velhinho com as vestes vermelhas – a cor símbolo da marca. Essa imagem tem se mantido e reforçado pela mídia, com música, filmes e propagandas.
Conforme a lenda agora vigente, Papai Noel mora no Extremo Norte, numa terra de neve eterna. Na versão americana, ele mora em sua casa no Pólo Norte, enquanto na versão britânica frequentemente se diz que ele reside nas montanhas de Korvatunturi, na Lapônia. Papai Noel vive com sua esposa – a Mamãe Noel –, incontáveis elfos mágicos e oito ou nove renas voadoras.
Outra lenda popular diz que ele faz uma lista de crianças ao redor do mundo, classificando-as de acordo com seu comportamento, e que entrega presentes, como brinquedos ou doces, a todos os garotos e garotas bem-comportados no mundo na véspera de Natal. Papai Noel consegue esse feito anual com o auxílio dos elfos, que fazem os brinquedos na oficina, e das renas que puxam o trenó.
Agora que você já sabe um pouquinho da história desse ilustre personagem – o principal personagem do Natal – já pode fazer sua ceia em família, congratular-se e confraternizar, distribuir e receber presentinhos, e esperar o réveillon – onde deve se vestir de branco e, se puder, pular as sete ondinhas... não sei como vou fazer isso aqui na serra... terei um problema...
É claro que o texto, até aqui, é uma provocação! Já estava me cansando de escrever sobre o verdadeiro significado do Natal, então, resolvi provocar um pouquinho para que pensemos a respeito. E é claro também que nem precisarei mencionar que o centro do Natal é – ou deveria ser – Jesus Cristo, o Seu nascimento como Deus feito homem, para nossa remissão em amor... tudo isso você e eu já sabemos... mas podemos ter esquecido.
Então, lembremos do que significa esta data!
Desejo a todos tempos de paz, amor e união!
Feliz Natal e abençoado 2017!

Grande abraço, saudações e até o ano que vem!

Kurt Hilbert

domingo, 18 de dezembro de 2016

Fazer Discípulos


          Mateus 28:19-20
          “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.

          Esta passagem do Evangelho é conhecida como “a grande comissão”, ou seja, o grande mandamento missionário que Jesus deixou aos Seus discípulos.
          O “vão e façam discípulos” é um mandamento de ação, enviando Seus seguidores a saírem de onde estavam, da sua comodidade fixa, e porem-se no caminho, olhando para as demais pessoas, buscando sempre compartilhar a Palavra que, pela ação do Espírito, pode tocar e converter corações, sempre que estes se mostrem receptivos.
          O “de todas as nações” se cumpre em tempos recentes, pois no tempo dos primeiros seguidores não seria possível alcançar “todas as nações”, coisa possível com os modernos veículos de locomoção e com as modernas mídias de comunicação. Hoje, sim, é possível a Palavra chegar ao mundo inteiro.
          Ele ensinou que se batize em nome da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), demonstrando, assim, a comunhão da Divindade e a comunhão que pode advir entre aqueles que se tornam discípulos de Cristo.
          Há o destaque para que se ensine aos novos discípulos a obedecer aquilo que Cristo ordenou. Não o que eu ordenei, não o que algum ministro eclesiástico ordenou, não aquilo que alguma denominação ordenou – mas o que somente Aquele que tem autoridade “no céu e na terra” ordenou. E isso encontramos no Evangelho, que encontramos na Bíblia. Não se deveria ser enganado por falsos mestres, uma vez que temos acesso literalmente ao que Jesus ensinou. Isso deveria bastar. O problema é que a preguiça espiritual não deixa que se leiam as Escrituras...
          Ao final deste mandamento, Jesus deixa uma promessa que impressiona a quem presta atenção nela: Ele diz que “estará conosco sempre, até o fim dos tempos”. Nem sempre – ou quase nunca – nos damos conta disso, dessa promessa inquebrável do Senhor. Muitas vezes achamos que estamos sozinhos, ou desamparados, ou não vistos, mas não estamos. O Senhor sempre está conosco, nos ampara e nos vê.
          Agora que falamos um pouco mais dessa “grande comissão” de Jesus, desse mandamento que impulsiona a fazermos discípulos, poderíamos nos perguntar: O que significa fazer discípulos de e para Cristo?
          Primeiro, isso: são discípulos de Cristo, não meus ou seus. Hoje se veem muitos “líderes” fazendo discípulos de si mesmos, mas não de Cristo. E muitos embarcam nessa, sem questionar, pela preguiça de buscarem a verdade. De novo: os discípulos não são das pessoas, mas de Cristo!
          Depois: o discipulado deve ser um ato e uma forma de ser livre, sem correntes nos prendendo a que ou quem quer que seja; só devemos estar ligados entre nós, pelo amor que Cristo nos ensina. Somos livres, e é somente na liberdade que o amor e a doação se fazem presentes. E é somente na liberdade que posso reafirmar – diariamente – minha decisão por Cristo!
          Posso falar um pouco de mim, não sendo o que falarei a seguir um dogma para ninguém, ou seja, cada um deve se sentir livre para andar o Caminho – que é Cristo – como julgar melhor, sempre dentro daquilo que tem reconhecido pela Palavra. A referência não sou eu; é sempre Jesus!
          Eu me considero um “livre discípulo de Cristo”. Isso significa que não “pertenço” a nenhuma “igreja” – no sentido de denominação eclesiástica –, ainda que possa frequentar uma ou mais, a convite de amigos e irmãos em Cristo. A “Igreja” somos nós, todos aqueles que fazem dos ensinamentos de Cristo seu modo de vida. Isso independe do nome que está sobre a porta da “igreja”, pois o cerne deve ser sempre Cristo. A totalidade dos seguidores de Cristo formam a Sua “Igreja”.
          Não tenho nenhuma “religião” humanamente criada, posto que as religiões – as mais variadas que há – são tão-somente formas humanas de ir a Deus. Em e por Cristo, no entanto, Deus faz o caminho inverso, vindo Ele a nós. Ainda que chamem “cristianismo” de religião, o Evangelho de Cristo não é religião nesse sentido, mas um ato de graça de Deus a nos atingir em amor.
          Não sou adepto também a nenhuma “filosofia de vida” criada por homens, pois todas tem incompletudes. Posso simpatizar com partes de uma ou outra, mas será só isso: simpatia. Meu único compromisso é com o Evangelho.
          Ser discípulo de Cristo, para mim, tem outra conotação, bem mais ampla: o discipulado que levo é um “modo de vida”. E é por isso que sou “livre”, livre em e por Cristo.
          É para esse discipulado que o Senhor nos chama. E é para esse discipulado que Ele nos chama a fazer-Lhe discípulos.
          É um discipulado que transita entre todos, que inclui e nunca exclui ninguém, portanto inclusivo e não exclusivo, que reforça as concordâncias, que respeita as diferenças, que não julga, mas que estende a mão, que transmite a paz e o amor que Jesus nos trouxe.
          Esse é o discipulado que o Senhor chama para que façamos. E é esse o tipo de discípulo de Cristo que sou e que faço. É um discipulado que busca obedecer aos ensinamentos de Deus e que “sabe” que, em seu caminho, anda sempre na companhia do Senhor, pois o Senhor anda junto com a gente que assim é até o fim.
          Esse é meu convite a quem lê estas linhas: Seja livre, mas seja comprometido com aquilo que Jesus nos ensina que seja vida. Seja livre para andar, mas ande naquilo que o Senhor chama de “caminho, verdade e vida”. Viva. Mas viva como quem vive eternamente, pois isso é ser discípulo do Mestre!

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

domingo, 11 de dezembro de 2016

Em Poucas Palavras


Lucas 6:45
“... porque a sua boca fala do que está cheio o coração”.

Digo em poucas palavras
que pego emprestado
daquilo que fala o Cristo.
Digito poucas palavras
que despegam do meu teclado
daqui o que falo é isto:
          ... porque meus dedos teclam do que está cheio o coração.
                    (por Jesus Cristo e eu)

Kurt Hilbert

domingo, 4 de dezembro de 2016

Caminhos Puros


          Provérbios 16:2
          Todos os caminhos do homem lhe parecem puros, mas o SENHOR avalia o espírito.

          Vivemos num tempo em que há “caminhos espirituais” que ensinam que o que vale é o que sentimos e, se nos sentimos bem em relação a algo, então isso, de alguma forma, “deve” estar certo.
          Discordo disso, pois a Palavra do Senhor diz que “o coração do homem é enganoso” (Jeremias 19:11), ou seja, nosso coração pode estar sinceramente errado. Somos passíveis de engano, somos enganosos e enganáveis, e isso é algo que é assim mesmo, quer gostemos ou não – o não aceitar e admitir isso, por si só, já é auto-engano – o que prova a nossa natureza enganosa.
          Há uma tese na neurolinguística que diz que sempre fazemos o que nos parece, naquele momento, o melhor para nós. Todas as nossas decisões, diz a tese, no momento em que as tomamos, apontam para aquilo que julgamos – mesmo que no nosso nível inconsciente – como sendo a melhor solução naquele momento. Isso se dá especialmente nos momentos de aperto, nas dificuldades mais imediatas e ameaçadoras. Se fugirmos, essa terá sido a melhor solução, segundo o caso; se atacarmos, idem, segundo cada caso. Até mesmo o suicídio! Por que alguém comete esse ato extremo? Porque, naquele momento, a fuga absoluta da vida lhe parece a melhor saída! Situações extremas demandam atos extremos e, de alguma forma, o ato que tomamos nos perece, naquele instante, o melhor possível para aquele momento.
          Isso é uma tese da neurolinguística, como falei, mas com fundamentação na observação do comportamento humano. Podemos concordar ou discordar dela, mas não podemos ignorá-la.
          Bem, pessoalmente tendo a concordar com essa tese, mas com uma ressalva: o que nos “parece” melhor, obviamente, nem sempre “é” o melhor! Somos enganosos e enganáveis, lembremo-nos. E o maior engano á o auto-engano, aquele que cometemos com relação a nós mesmos, ainda quando achamos, de relance, que a atitude que tomamos é a melhor.
          A palavra deste Provérbio usado como base para estes escritos, nos diz que Deus “avalia o espírito” (o nosso e o do caminho que avaliamos em percorrer ou não). Só Deus tem a capacidade de ver o “todo”. Ele sabe, definitivamente, qual é o nosso melhor caminho, por onde andamos mais seguros e a salvos. Ele sabe.
          E, se Ele sabe, por que não perguntamos a Ele? Podemos fazê-lo em nossas orações, e ficarmos atentos à Sua Palavra, por ouvirmos o que nos é dito quando estamos reunidos “em nome d´Ele” – o que pode ser na igreja, ou numa reunião em casa, ou noutro lugar, mas que é feita “em nome de Jesus”. Ele mesmo ensinou que “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles” (Mateus 18:20).
          Voltando ao início: há muitos “caminhos espirituais”. Basearmos as nossas decisões em cima do que “sentimos” com relação a algo fatalmente pode nos levar ao engano. Alguém dirá: Mas quando segui meus sentimentos quanto a este ou aquele assunto, minha decisão mostrou-se acertada. Ok, mas essa não é a regra – as exceções não podem ser catapultadas à condição de regras. Via de regra, quando seguimos intuições ou impulsos, nos enganamos. É assim; tem que ser dito.
          Agora, quando levamos uma vida ativa em comunhão com Deus, através de nossas orações como hábito salutar de vida, através de ouvirmos e dar ouvidos à Sua Palavra, através da leitura da Bíblia em comunhão com o Espírito, a nos revelar a vontade do Pai, aí as coisas mudam de figura. Em outras palavras, quando nosso estado natural de alma, pensamentos e sentimentos estão vinculados aos ensinamentos e ao modo de Cristo, nossos “impulsos” e “insights” passam a ser seguros, pois estamos abertos a este contato com Deus. Mas isso não é magia ou esoterismo! Isso somente é verdadeiro se esses “impulsos” e “insights” correspondam à vontade de Deus – e esta vontade divina a encontramos em Sua Palavra.
          Então, mantenhamos uma vida de oração constante. O Senhor nos responde em Sua Palavra. Isso é um ato de fé, mas que é seguro.
          Não nos aventuremos a seguir simplesmente sensações, intuições ou qualquer coisa que esteja desvinculada de Deus e do Caminho proposto por Cristo.
          Qual o melhor caminho para nós?
          Fica a dica: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14:6).

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

domingo, 27 de novembro de 2016

Canção da Noite

Salmo 42:8
Conceda-me o SENHOR o seu fiel amor de dia; de noite esteja comigo a sua canção. É a minha oração ao Deus que me dá vida.


Sonhos que perturbam
turbam minha alma na minha inconsciência.
Antes disso oro por bom sono
e bons sonhos.
Minha mente visita minha alma
e, sem calma, até a alva do outro dia
sonha rebeldia e perturba meu ser.
Ser envolto por Deus é tudo que quero
enquanto espero o dia amanhecer.
Aí oro outra vez.
E desta vez o sonho de tormento
e o sono turbulento
cedem a vez...
Uma melodia,
até raiar o dia,
envolve meu ser e eu volto a ser
envolto numa aura de paz.
É Deus cantando em meus ouvidos
sonidos angelicais.
Com Sua canção,
em amor, segura minha mão
e não me solta mais.


Kurt Hilbert

sábado, 19 de novembro de 2016

Perfeitos?


          Mateus 5:48
          “Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês”.

          O Mestre faz aqui uma reflexão bastante aguçada. “Sejam perfeitos”, Ele diz, e o diz a Seus discípulos, que eram tão imperfeitos como imperfeitos eram os Seus contemporâneos, e o faz a nós, pessoas do século XXI, cuja imperfeição atravessou eras e chega a todos nós, e em todos nós. É também a nós que Jesus pede que sejamos perfeitos...
          Como seremos perfeitos? Se somos frutos da imperfeição que nos atinge a todos, como seremos perfeitos?
          A resposta a essa pergunta vem na sequência da própria declaração de Jesus: como perfeito é o Pai celestial de vocês”. Ele não diz aqui que o Pai celestial é o d´Ele (somente), mas o de todos nós.
          Ora, se somos filhos de Deus – e é Jesus quem diz que somos –, e se Deus é perfeito, então há em nós um DNA divino que nos capacita à perfeição. Passa, pois, de Pai para filhos.
          Esse DNA divino nos vem pela criação, uma vez que Ele nos criou à Sua imagem e semelhança. Mas perdemos esse vínculo perfeito, uma vez que pecamos. Então, em Jesus e por Jesus, o caminho à reconciliação nos vem, pois, como diz Sua Palavra “Deus reconciliou-se com o mundo por Cristo” (II Coríntios 5:17-19). Então, ao aceitarmos o pastoreio e o senhorio do único Pastor e Senhor – Jesus Cristo –, nos abrimos novamente à filiação divina, tendo restabelecido esse DNA em nosso âmago.
          Em novamente estando em condições filiais com Deus, podemos nos perguntar: Qual a característica mais intrínseca de Deus? João, o apóstolo, numa de suas cartas no Novo Testamento, nos dá a resposta, quando diz que “Deus é amor”. É esse “é” que diz tudo. “É” é a propriedade de “ser”, ou seja, o Ser de Deus tem o dom de “ser” amor. E só o amor é perfeito! Por conseguinte, Deus é perfeito! Por conseguinte ainda, nós, em estando n´Ele por Cristo, o podemos ser!
          Esse amor do ser-divino-que-podemos-ser é descrito pelo apóstolo Paulo em I Coríntios, capítulo 13. Segue aí, na íntegra:
          Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente.
          Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá.
          O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
          O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.
          Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido.
          Assim, permanecem agora estes três: a , a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.
          Ao final, Paulo diz que o maior dom é o amor, e que este permanece para sempre, pois “nunca perece”!
          Então, quando “somos” amor – assim como Deus o é em Sua perfeição –, e o somos em nossas palavras, em nossas atitudes, em nosso modo de viver a vida, então estamos cumprindo esse ensinamento de Jesus, e estamos sendo “perfeitos”, como “perfeito é o nosso Pai”.
          Mas jamais sejamos presunçosos! Somente podemos ser assim se permanecermos em Cristo, pois Ele mesmo ensina: “Sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma” (João 15:5).
          É claro que ainda pecaremos, erraremos, falharemos, pois somos humanos e falhos, mas, se nossa vida for um ato de amor, então a perfeição pedida por Jesus será sempre possível - n´Ele e com Ele.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

domingo, 13 de novembro de 2016

Como Deveria Ser... E Como É

Gênesis 1:22
Então Deus os abençoou , dizendo: “Sejam férteis e multipliquem-se!”


Lá pelo princípio do Gênesis,
Lá pelo versículo vigésimo segundo,
Ao mundo
Deus assim falou,
Aos homens
Deus assim abençoou:
          Férteis fiquem,
          Se multipliquem.
Mas nós começamos a nos dividir...
E nós deixamos de somar...
E passamos a diminuir...


Kurt Hilbert

domingo, 6 de novembro de 2016

Paz e Ciência


          Provérbios 19:11
          A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas.

          Paciência. Podemos fazer a seguinte brincadeira com essa palavra: podemos dividi-la em duas e, assim, dissecá-la a fim de a compreendermos melhor. Assim, ó: paz-ciência.
          A paciência só é paciente quando inicia pela paz. Não necessariamente a paz do ambiente em que nos encontramos fisicamente, mas a paz no ambiente de nossa alma. Quando nossa alma, nosso ser interior, está em paz e pacificado pelo amor de Cristo, então torna-se bem mais fácil sermos pacientes com quem quer que seja.
          A paciência também só é paciente quando contemplada pela ciência, que é o caráter de se saber. Quando temos ciência – quando sabemos – que Deus é paciente conosco, que Ele nos ama e que mostra esse amor personalizado em Cristo, quando sabemos que Ele nos perdoou e que, assim, em Cristo, estamos reconciliados em amor com Ele, então fica muito mais fácil sermos pacientes com quem quer que seja.
          E fica mais fácil tolerarmos a não-paz e o não-saber do próximo.
          Fica infinitamente mais fácil perdoar, porque temos paz e ciência em nós suficientes para sabermos que, muitas vezes, os outros são como são, porque não sabem o que fazem... e perdoamos!
          E seguimos pacificados!
          Isso tudo nos traz sabedoria!
          A sabedoria de saber ser. A sabedoria que vem do alto, da Fonte de toda sabedoria.
          Somente podemos nos sentir ofendidos por alguém, quando não nos conhecemos a nós mesmos. Somente a falta de autoconhecimento pode me fazer aceitar as ofensas.
          Se tenho conhecimento de mim mesmo, e quando sei quem sou em Cristo, nada pode me ofender, pois sei quem sou, e sei que Deus sabe quem eu sou. Isso me traz segurança, e uma segurança tal que me torna impenetrável à ofensa.
          Perguntemo-nos: Quando O ridicularizaram e insultaram, Cristo Se sentiu ofendido? Ele nunca deu o menor sinal disso! E por quê? Porque Ele sabia Quem era. Ele era o Filho de Deus e o Filho do homem, sem que nisso residisse a menor contradição, ao contrário, residia complementariedade, posto que era divino e humano concomitantemente. Apenas Quem sabe bem Quem é pode afirmar de Si isso, como Ele afirmou! E nada que dissessem d´Ele Lhe tiraria a paz.
          Quando me falta conhecimento de mim mesmo, posso me sentir ofendido com algo que digam de mim. Se me xingam de alguma coisa, apenas se não tenho certeza de mim mesmo, eu me ofendo, e necessito me defender, posto que, pelo desconhecimento de quem sou, sinto minha reputação atingida. Mas se me conheço, mantenho-me pacificado, uma vez que sei quem sou – e quem não sou!
          Ainda: quando decido realmente me tornar um seguidor de Cristo, um discípulo d´Ele, já nem dou mais importância às reputações, pois já neguei a mim mesmo – que é uma condição do discipulado e do seguimento. Mas não nego minha essência; nego aquilo que não sou de fato, mas que o mundo rebocou em mim me dizendo que era assim que eu era. É dessa negação que Jesus fala. O nega-te a ti mesmo não tem a ver com nossa essência, mas com os nossos auto-enganos e falsas projeções que os outros e nós mesmos fazemos de nós. Somente quando nego aquilo que não sou – mas que achava que era – é que posso ser eu mesmo em Cristo, naquilo que Deus chama de vida em abundância, ou vida de verdade e na Verdade.
          Isso tudo nos traz força para ignorarmos os insultos, a falta de paz, de ciência e de sabedoria dos outros.
          Isso tudo nos traz paz e ciência – paciência.
          E nos faz orar por todos, sempre, pois isso também é amar.
          E essa é a nossa glória, segundo Deus e Sua Palavra!

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

domingo, 30 de outubro de 2016

O Caminho de Jesus


O normal na trajetória terrena de Jesus de Nazaré, segundo os evangelhos, foi lidar com gente que precisava se ressignificar, se reinventar, se reconectar consigo mesmos, com o próximo e com Deus.
O normal pra Jesus de Nazaré é lidar com gente trincada, gente que não deu certo, gente fracassada, gente excluída, gente que não é vista, gente invisível, gente marginalizada, a escória, os que ninguém querem por perto.
O normal pra Jesus de Nazaré é lidar com hipócritas, cínicos, dissimulados, religiosos, traidores, covardes, canalhas, adúlteros, criminosos, gente da pior qualidade ou sem nenhuma qualidade.
"Vim para os doentes", dizia Ele.
Não vim para os certinhos e santinhos.
Vim para os que não têm nenhum valor.
Vim para os que não se sentem parte da humanidade.
Vim pra resgatar a humanidade no que foi desumanizado.
Este é o trajeto normal pra Jesus de Nazaré.
Bem, se este é o trajeto normal pra Jesus de Nazaré, meu Mestre e Senhor, então também é o meu trajeto.
Sou um dos que Ele encontrou pelo caminho e devolveu-me a humanidade e a vida.
Isto pra mim é o Evangelho, é a Graça distribuída indistintamente.
O Evangelho é o lugar pra onde volto todos os dias e digo ao meu Senhor: "Eis me aqui outra vez".
E Seus braços sempre se abrem e me acolhem, me põem de pé, encorajam-me a tomar minha vida, nunca terceirizá-la, andar, caminhar e voltar pra casa, pra mim mesmo, para meu próximo e para Deus.
Hoje, mais uma vez, fiz este caminho, no Caminho.


Um texto de Carlos Bregantim

domingo, 23 de outubro de 2016

Palavras e Colheitas


          Provérbios 12:14
          Do fruto de sua boca o homem se beneficia, e o trabalho de suas mãos será recompensado.

          Cuidemos sempre com as palavras que proferimos.
          Em culturas orientais, há a crença que as palavras têm poder. Mas isso não é uma crença apenas oriental, ou de culturas religiosa-filosóficas budistas, hinduístas ou similares; é também um ensinamento judaico-cristão, presente em inúmeras citações no Velho Testamento.
          E no Novo Testamento o apóstolo Paulo também ensina sobre os cuidados com os pensamentos – que sempre antecedem as palavras, pois primeiro pensamos, depois falamos. Na carta aos Filipenses, no capítulo 4, versículo 8, ele fala: Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.
          A noção do poder das palavras, entretanto, não é uma ideia mágica ou esotérica. Palavras são vibrações que concretizam aquilo que está em nosso interior. Em outras palavras, nosso ser – corpo e alma – vibra na mesma onda daquilo que verbalizamos.
          Existe, dentro do gênese bíblico, a noção clara que Deus criou tudo pela Palavra – inclusive a nós, seres humanos, qualificados biblicamente como criados à Sua imagem e semelhança. Capacitados por essa imagem e semelhança, também temos a condição de interferirmos na vida – na nossa especialmente – por nossas palavras. Isso é corroborado na Bíblia, tanto nos escritos mais antigos quanto nos escritos evangélicos.
          A Bíblia nos chama a atenção para cuidarmos com nossas palavras, ou – em outra forma de dizer a mesma coisa – com a nossa língua.
          Tiago, o irmão de Jesus, convertido às Boas Novas de Cristo – o Evangelho – apenas depois da morte e ressurreição de Jesus, escreve em sua epístola – a epístola de Tiago no Novo Testamento – que a língua é um pequeno órgão do ser humano, mas muito difícil de ser domada. A língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim! (Tiago 3:8-10). Claro que ele falava da língua como capacidade de falar, como órgão importante para a expressão de mensagens decodificadas em palavras. Era disso que falava. Mas falava com uma propriedade tal, que deixava claro a importância de cuidarmos do que sai da nossa boca.
          Jesus mesmo, em Seu tempo terráqueo, ensinava que pecado não é aquilo que entra pela boca, mas pode ser pecado aquilo que sai dela. “O que entra pela boca não torna o homem ‘impuro’; mas o que sai da boca, isso o torna ‘impuro’” (Mateus 15:11).
          Este Provérbio supracitado, que serve como base para o que aqui escrevo, nos ensina que do fruto da nossa boca, das nossas palavras, nos beneficiamos – ou nos maleficiamos, dependendo daquilo que falamos.
          Com nossas palavras influenciamos diretamente no ambiente em que estamos. Podemos transmitir paz, alegria, amor, harmonia e vida. Ou podemos transmitir tumulto, tristeza, medo, discórdia e morte. É assim, não tem jeito!
          Por nossas palavras guiamos nosso pensar e nosso sentir. De acordo com nossas emoções, regemos também a fisicalidade do nosso ser, o nosso corpo. Pessoas gratas à vida – e que demonstram isso no seu modo de falar – têm mais possibilidades de desfrutar saúde emocional e física. Pessoas pessimistas e descontentes tendem a somatizar doenças psíquicas e físicas. A medicina comprova essa tendência, não é invenção minha.
          Então, é preciso vigiar a nossa língua, e orar para que sejamos capazes de falar apenas o que traz bom proveito a nós e àqueles que nos ouvem.
          Nossas palavras brotam dos nossos pensamentos e sentimentos. O que pensamos, sentimos – ou vice-versa –, e isso falamos. Jesus ensinava que a boca fala daquilo que está cheio o coração! Simples assim, como simples Ele é.  E Ele deixa claro que isso tem relação direta com tudo. Veja isso: “Nenhuma árvore boa dá fruto ruim, nenhuma árvore ruim dá fruto bom. Toda árvore é reconhecida por seus frutos. Ninguém colhe figos de espinheiros, nem uvas de ervas daninhas. O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração (Lucas 6:43-45).
          As palavras definem quem somos, e se refletem em nossas atitudes. É por isso que colheremos dos frutos de nossas mãos aquilo que semeamos pelas palavras da nossa boca.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

domingo, 16 de outubro de 2016

Cada Oração é Uma Flor

João 15:5
“Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma”.
        
  
          Jesus é a videira,
          nós somos os ramos.
Quando firmes estamos
na vida que da videira flui,
cada oração nossa influi
no fruto que o ramo dá.
Quando elevamos uma prece
o ramo que somos floresce
e, naturalmente, Deus vê a flor.
Cada prece que o orador
pronuncia de coração
é ouvida pelo Criador,
que põe a vida em ação
e faz um fruto da flor.
E do fruto desfruta a vida,
espalhando sua semente,
e prolifera a videira,
que dá alimento permanente
do qual o orador se alimenta.
          Jesus é a videira,
          nós somos os ramos.
Sempre que oramos
cada oração é uma flor
que floresce e dá o fruto
puro e impoluto
com lindos gomos de amor.
Ore! Floresça! Frutifique!
Aflore! Permaneça! Fortifique!
Sempre fique... em Jesus!


Kurt Hilbert

domingo, 9 de outubro de 2016

Temor Não é Medo


          Salmo 128:1-2
          Como é feliz quem teme o SENHOR, quem anda em seus caminhos! Você comerá do fruto do seu trabalho, e será feliz e próspero.

          Quando a Bíblia fala em temor a Deus, ela não fala no sentido de medo, mas de reconhecimento, respeito e devoção. Nunca de medo.
          Reconhecer é conhecer de novo, isto é, conhecer a cada dia que se é porque Deus é e nos criou segundo Sua imagem e semelhança. É reconhecer que tudo o que vivenciamos em amor vem d´Ele, e que, por Ele, temos acesso ao amor como Ele é, cheio de graça e abnegado, solícito e puro.
          Respeito é saber-se pequeno e dependente de Deus, sabendo que apenas somos o que e quem somos porque Ele, nalgum momento, decidiu que assim seria, e que, se Ele assim não o quisesse, simplesmente nenhum de nós seria, equivalendo a dizer que nem mesmo existiríamos.
          Ter devoção é devotarmo-nos a Ele e à vida, com e pelo próximo, pelo outro ser humano, seja ele quem seja, pois é apenas através do ser humano que posso devotar-me a Deus, posto que Ele disse, por Jesus, que estaria em todo aquele que conosco estivesse e com quem estivéssemos.
          Aquele que pode reconhecer a Deus como o Criador, como o Salvador de nossa alma-essência de ser, como a Fonte de todo o mais puro amor, este teme a Deus.
          Aquele que manifesta respeito a toda a forma de vida, a toda pessoa, desde a mais destacada à mais humilde em condições, que trata a todos como gostaria de ser tratado, este teme a Deus.
          Aquele que mostra devoção a Deus devotando-se a amar ao próximo como a si mesmo, este teme a Deus.
          Como podemos ver, o temor a Deus é o reconhecimento de que só somos porque Ele é!
          Isso faz com que possamos semear sementes de amor a cada dia, e isso não é apenas uma frase de efeito de autoajuda ou blablabla poético. Não. Isso é vida!
          Assim, iremos colher o que plantamos de bem, desfrutar a alegria de amar ao nosso próximo na certeza de que para tal somos capacitados porque Ele nos amou primeiro.
          Isso fará com que encontremos e reconheçamos a felicidade nas mais pequenas coisas do nosso dia-a-dia, sabendo que a felicidade estará em nossa vida se assim o decidirmos. E seremos prósperos!
          Mas será uma prosperidade compartilhada, fazendo com que sejamos vistos como seres que brilham e compartilham a luz!
          Nunca é uma prosperidade teologicamente vendida como sendo resultado daquilo que supostamente damos a Deus – e do que alguns espertos desfrutam – em troca do que esperamos – e determinamos – que Deus nos dê por causa da nossa atitude de dar. Isso é sem-vergonhice pseudo-evangélica, é barganhar com Deus, é a antítese do que seja o Evangelho!
          Prosperidade, do ponto de vista de Jesus – o único que vale! – é diferente.
          Aos olhos de Jesus, ser próspero é compartilhar aquilo que temos, em especial o amor, a alegria, a paz, a paciência, a amabilidade, a bondade, a serenidade, a fé, a esperança, a vida! E o pão, quando assim se fizer oportuno e necessário.
          Ser próspero, aos olhos de Jesus, é estarmos repletos de vida em amor!
          E nunca precisaremos ter medo, posto que o verdadeiro amor lança fora o medo.
          Como somos felizes quando assim podemos ser!

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
                Kurt Hilbert