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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Coluna de Nuvens e de Fogo

          Êxodo 13:21-22
          Durante o dia o SENHOR ia adiante deles, numa coluna de nuvem, para guiá-los no caminho e, de noite, numa coluna de fogo, para iluminá-los e, assim, podiam caminhar de dia e de noite. A coluna de nuvem não se afastava do povo de dia, nem a coluna de fogo de noite.
 
          Esta passagem se dá enquanto o povo hebreu caminhava pelo deserto rumo à terra prometida, depois de sua saída do Egito.
Num tempo de mapas precaríssimos, onde o GPS não era nem um sonho longínquo, deslocar-se em pleno deserto, sem estradas demarcadas, de um lugar para outro – e ainda distante –, era uma tarefa hercúlea. Ainda mais quando se tratava de um povo inteiro, seguramente com mais de um milhão de pessoas. E, ainda, para piorar, guiados por um homem – Moisés – que não tinha nenhuma experiência de guia geográfico, nenhuma experiência de viagens ou excursões e incursões. Estava, aquele povo, à deriva em pleno deserto. Não havia placa de sinalização do tipo “para a terra prometida, ande cinqüenta quilômetros e vire à direita”. Depois, “siga até o monte Horebe, contorne à esquerda e ande mais setenta e quatro quilômetros”. Ao povo simplesmente restava seguir em frente e confiar. Tão-somente confiar em alguém. Confiavam – até certo ponto, é preciso dizer – em Moisés. Mas necessitavam confiar em alguém maior. E aí entrava Deus.
          Na passagem bíblica acima, podemos ver que Deus agia de modo claramente perceptível a todos. Ele seguia adiante do povo. Isso quer dizer que o povo não precisava quebrar a cabeça tentando criar ou imaginar um caminho. Bastava seguir o caminho que se descortinava após o “andar” de Deus. E este caminho estava claramente sinalizado. Não havia como se perder. É meio difícil não ver uma coluna de nuvens durante o dia. Ou uma coluna de fogo durante a noite. Assim, no stress, bastava seguir.
          O povo podia ver os sinais, ver o caminho, ver o Senhor em ação. O povo era guiado. Hoje nós também podemos ver isso: ver os sinais de Deus, ver o caminho de Deus, ver Deus em ação, ser guiados. O problema é que estamos tão submersos nas coisinhas do dia-a-dia, em nossos próprios mapas filosóficos de pseudo-conhecimento, em nossos GPS, em nossa própria cabeça de guia, que nos esquecemos de olhar para cima e para frente. Sim, pois para os hebreus verem o agir de Deus, para verem a coluna, tinham que olhar para cima e para frente, uma vez que a coluna ia adiante deles e estava a considerável altura do nível do chão. Eles olhavam para cima e para frente. Nós, muitas vezes, olhamos para baixo, para o nosso próprio umbigo, para nossos próprios pés, para os poucos metros de caminho que se descortina à nossa frente, que nos esquecemos de olhar para cima. Ainda, ao invés de seguirmos olhando para frente, seguidamente teimamos em olhar para trás, para “como era bom aquele tempo passado”, ou para as mágoas passadas, para os remorsos e frustrações. Simplesmente não olhamos para frente. E não conseguimos ver Deus, em sua “coluna de nuvens e fogo”. Que coisa! Não é? 
          A Palavra segue dizendo que essa coluna iluminava o povo. Vejamos: não iluminava e sinalizava apenas o caminho, mas também os caminhantes. Deus não ilumina com a luz da Sua Palavra somente os nossos caminhos, mas ilumina a nós mesmos, como caminhantes. E, quando somos iluminados, muitas vezes podemos servir de sinais iluminados para os nossos semelhantes. Isso não é fantástico?
          Ainda diz que o povo podia caminhar de dia e de noite. Isso não quer dizer que Deus era severo e fazia a turma caminhar sem parar, sem parada para descanso, como poderia parecer numa primeira corrida de olhos sobre essas palavras. Não. Isso quer dizer que nossos caminhos cruzam épocas de “dia”, onde há claridade natural, por si só, onde podemos andar e ver tranquilamente, e épocas de “noite”, onde falta a luz natural, onde há situações ocultas nas sombras, perigos que não vemos. Mas, quando seguimos a Deus, podemos seguir adiante, caminhar, por assim dizer, também e mesmo em épocas negras. Seguiremos vendo a “coluna de Deus” à nossa frente, se não nos desviarmos para a direita ou para a esquerda, deixando de “olhar” para Ele.
          E, para encerrar, sabemos que nós podemos naturalmente nos afastar do caminho do Senhor. Temos que ser realistas quanto a isso, saber que nós podemos, sim, quando nos descuidamos, nos afastar do caminho indicado por Deus. Quantas vezes já fizemos isso? Quando voltamos ao caminho, ótimo; mas poderíamos não voltar... Ou, ainda, sabemos que muitos nem mesmo enxergamos o caminho do Senhor, seus sinais em “colunas de nuvens e de fogo”, para ficarmos nessa figuração pictórica do agir de Deus. Mas podemos ficar certos de uma coisa: quer nos afastemos do caminho, quer nem nunca o vejamos, por estarmos mergulhados em nossas idiossincrasias, Ele nunca se afasta de nós, como diz a Palavra: A coluna de nuvem não se afastava do povo de dia, nem a coluna de fogo de noite. Isso é reconfortante!
          Agora, quero convidar a você que lê esta crônica, que pare e veja a “coluna” à sua frente. Olhe para frente e para o alto. Olhe para o futuro e para a Palavra do Senhor. Busque o futuro e a Palavra do Senhor. Não fique preso ao passado, nem simplesmente às concepções humanas da vida. Busque as concepções divinas! E como um povo que somos, pois todos somos “povo de Deus” neste século XXI – basta que queiramos ser –, caminhemos juntos. Juntos, temos mais força e segurança. Juntos, nos apoiamos mutuamente. Juntos, quando um tropeça e faz menção de cair, o outro lhe serve de apoio e escora, ou de mão para ajudar a levantar, caso caia. Juntos, eu ajudo você. E você me ajuda. Juntos, conseguiremos sempre ter a presença de Deus à vista!
 
          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,
Kurt Hilbert

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