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domingo, 21 de setembro de 2025

Humildes, Dóceis e Pacientes


 

Efésios 4:2

Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor.

 

Olhando para esta Palavra que uso como base para este texto, fico pensando: Somos completamente humildes e dóceis? Somos pacientes? Suportamo-nos uns aos outros?

Primeiro, vamos entender o significado de cada um destes termos, para depois voltarmos à reflexão.

Ser humilde não é andar humilhado, mas, sim, saber-se forte e altivo e, assim, tratar a todos como se fossem fortes e altivos. Exemplo: É humilde um presidente de uma megaempresa que trata o porteiro, a senhora do cafezinho e o faxineiro como se fossem seus iguais – porque são! –, e faz isso sem fingimento, mas de coração e com consciência. Simples assim, sem rodeios, um exemplo bem prático. Podemos também dizer que humildade é uma qualidade que faz uma pessoa ser modesta, reconhecendo as suas próprias limitações. Alguém assim não permite que em si habitem a arrogância, e cultiva a habilidade de aceitar os próprios erros e defeitos, assim como aceita os erros e defeitos dos outros. Ainda, alguém que é humilde se coloca diante das circunstâncias abrindo-se para aprender e crescer. E, mais do que isso, o humilde se coloca como um colaborador – aquele que co-labora, isto é, trabalha em conjunto – e se disponibiliza a ajudar. Uma pessoa humilde cria relacionamentos mais saudáveis, ambientes mais produtivos e ações mais justas.

Dócil é aquela pessoa que lida com a vida com doçura de postura e acolhimento, com tom de voz suave, sorriso e receptividade com todos – com todos! Uma pessoa que cultiva a característica da doçura em si mesma, também é alguém com quem é fácil de lidar e conviver, é maleável – e considera a vontade dos outros, não querendo sempre impor a sua própria.

Paciente não é aquele que é passivo, resignado, paralisado, mas é aquele que é ativo e, ao mesmo tempo, sabe dar o tempo necessário ao tempo. Paciente também é aquele que sabe esperar em Deus. Aplicado de forma bem prática no dia a dia da realidade, a paciência envolve autocontrole e passar pelo desenrolar das situações sem ficar irritado, agitado ou ansioso. Gosto da definição de paciência desta forma: paz mais ciência, isto é, estar-se ciente que se deve cultivar a paz em si mesmo.

Aquele que suporta o outro não é aquele que entende que deve suportar os chatos, os inoportunos, os inconvenientes, os incômodos, os que causam percalços, ou, de forma clara, suportar no sentido de sofrer impropérios. Segundo o significado que este termo tem na Palavra do Senhor, suportar é dar suporte, é servir de apoio. Suportar é colocar o ombro embaixo da carga do próximo, ajudá-lo, a fim de que não se sinta sozinho e, assim, também abrir a oportunidade de recebermos suporte quando assim o necessitarmos. O suporte ao próximo visa, sobretudo, edificá-lo no Senhor.

E tudo isso, diz o apóstolo Paulo aos seus irmãos da igreja de Éfeso, deve ser feito em amor! Sem amor, nada faz sentido e nada serve para nada!

Aliás, o amor merece um parágrafo especial neste texto: Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. Assim, permanecem agora estes três: a , a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor (1º Coríntios 13:1-13).

Agora, sabendo dos significados e contextos, podemos olhar novamente para esta Palavra e para nós mesmos, e nos perguntar: E eu? Como ando, se olho para esta Palavra como se olhasse num espelho? Ela se espelha em mim? Meu reflexo está nesta Palavra? Esta Palavra é vista em mim por aqueles que comigo convivem?

Assim, sermos humildes, dóceis e pacientes, definitivamente não é sermos abobalhados, antes, é sermos discípulos do Senhor, buscando crescer na prática dos Seus ensinamentos.

É claro que temos que ser realistas sempre, verdadeiros conosco mesmos. Temos muito ainda a crescer. Mas podemos e devemos crescer. E o crescimento sempre se inicia com o primeiro passo...

 

Por ora é isso.

Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

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