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terça-feira, 29 de maio de 2012

Judeu Para Judeus, Grego Para Gregos

1º Coríntios 9:20-23
Tornei-me judeu para os judeus, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da Lei, tornei-me como se estivesse sujeito à Lei (embora eu mesmo não esteja debaixo da Lei), a fim de ganhar os que estão debaixo da Lei. Para os que estão sem lei, tornei-me como que sem lei (embora não esteja livre da lei de Deus, e sim sob a lei de Cristo), a fim de ganhar os que não têm a Lei. Para os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me tudo para com todos, para de alguma forma salvar alguns. Faço tudo isso por causa do evangelho, para ser co-participante dele.

Dia desses, li um relato de uma pessoa que, nos corredores da faculdade onde estudava, via sempre alguém pregando o evangelho incansavelmente. Chamava-lhe a atenção a forma como este pregador pregava, com entusiasmo, de forma efusiva, apaixonada, incansável. Depois de muitos meses deparando-se com a constância dessas pregações, não resistiu e foi perguntar a esse homem: “Quantos você já conseguiu converter com as suas pregações?” “Ninguém”, respondeu o homem. E concluiu: “Mas isso não importa; importa é que estou fazendo a minha parte”.
Aquele pregador estava seguro de que estava fazendo a sua parte; saber disso lhe bastava. Certamente o fazia com dedicação e com sincera devoção. Mas ele se esqueceu da coisa mais importante: a “mensagem” não chegava a nenhum destinatário. E a sua pregação, ainda que sincera e devota, era inútil. Mas como, se todos, inclusive o relator do caso, o viam, o ouviam e podiam perceber sua incansável tarefa? Como a mensagem não chegava? A resposta é simples: a mensagem não chegava, pois o pregador não tinha a menor idéia com quem ele falava. E, como ele não sabia quem era o receptor da mensagem, ele não tinha como adequar a mensagem para que ela chegasse.
Para que uma palavra seja ouvida, não basta apenas falá-la, pois todo aquele que não é deficiente auditivo é capaz de escutar a vibração das moléculas do ar provocando o som, pela vibração das cordas vocais de alguém; se o código da mensagem, ou seja, as palavras, forem no seu idioma, então não há dúvida de que ele escutou a mensagem, certo? Aí é que está: nem sempre. O receptor pode ter escutado a palavra, mas para que ele “dê ouvidos” a ela, ela deve fazer algum sentido, deve despertar o interesse, deve dizer-lhe algo com o que ele se identifica. O emissor de uma mensagem só terá êxito, se tiver ciência de que a mensagem faz sentido ou promove identificação com o receptor. Aí deixará de ser uma palavra codificada e passará a ser verdadeiramente uma mensagem. Aí a mensagem chegou e foi recebida.
O apóstolo Paulo sabia disso. Na passagem citada no início deste texto, ele fala exatamente disso. Paulo tratava primeiro de identificar-se com as pessoas a quem ele desejava pregar. Ele como que se tornava uma delas, criava empatia, procurava saber o que elas entendiam e como entendiam.
Jesus fazia isso também. Mas Ele tinha uma vantagem sobre Paulo e sobre todos nós, demais mortais: Jesus tinha o dom de perceber, de saber o que as pessoas pensavam e sabiam. Como Ele fazia isso? Não sei ao certo; muito provavelmente, penso, era um dom divino despertado pelo Santo Espírito. Mas sei que funcionava. Cristo era capaz de desnudar os corações, de perceber, de revelar sentimentos e pensamentos: “... de modo que o pensamento de muitos corações será revelado...” (Lucas 2:35). Assim, Ele sabia o que dizer e como dizer, pois sabia como estava a alma do receptor da Sua mensagem.
Mas como nem Paulo, nem você e nem eu temos esse dom do Cristo, como podemos fazer? O que fazer para que possamos saber o que e como dizer? É simples de novo: perguntando. Antes de simplesmente sairmos a pregar e pregar, como o rapaz do corredor da universidade, é preciso fazer algumas perguntas. É preciso que conheçamos as pessoas a quem desejamos transmitir uma mensagem da doutrina de Cristo. Primeiro, é preciso termos certeza de que a pessoa quer ouvir, se ela permite que lhe falemos. Uma vez conseguida essa permissão, precisamos descobrir no que ela acredita – se é que acredita – e como ela entende, por sua experiência de vida, a Palavra de Deus. Em outras palavras, precisamos descobrir em que nível ela está, para colocarmos uma palavra que faça sentido. Usando um exemplo simples: não adianta querer falar de “quantas” e de “dobras temporais” a uma criança de dez anos, que acha que Física Quântica quer dizer quanta física ela deve fazer nas aulas de Educação Física que a professora Eunice dá. Assim como não adianta querermos ensinar “tabela periódica dos elementos” a alguém que já está fazendo pós-graduação em Química, pois disso ele já sabe. Saberemos em que nível está a pessoa, perguntando. Não tem outro jeito. Agindo assim, de certa forma estamos nos tornando como a outra pessoa, criando empatia e abrindo as portas. Estamos sendo judeus para judeus, gregos para gregos, para que, juntos, possamos ser cristãos para cristãos.
É isso que Paulo nos ensina quando diz: Tornei-me judeu para os judeus... Para os que estão sem lei, tornei-me como que sem lei... Para os fracos tornei-me fraco... Tornei-me tudo para com todos”. Fazendo isso, ele lhes pregava de acordo com a base que eles já tinham – ou não tinham. Ele conseguia, assim, fazer com que a mensagem do evangelho fosse recebida e entendida.
Ainda: é sempre importante que, antes de falarmos a alguém sobre a Palavra do Senhor, oremos para pedirmos que Ele abençoe nosso ativar.
Muito obrigado pelo privilégio que você me concede de poder compartilhar a Palavra!

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

3 comentários:

  1. Sr.só a palavra de Deus por si só faz a obra o rapaz está certo em pregar a palavra pois é pra quem crê,mais ela tem que ser pregada oque está errado é que aqui no Brasil o povo tem medo até de chegar perto dos pregadores pelos maus interese dos pregadores pois eles acham que são donos das ovelhas e querem sacrificalas para os seus deleites e o povo já não quer mais nem a Cristo pois acha que tudo é mentira.

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