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domingo, 8 de janeiro de 2017

Dez Princípios Para Uma Vida Bem-Sucedida


É claro que poderiam ser nove ou onze. São elencados dez princípios, pois fecham uma dezena completa. E todos eles encontram respaldo no Evangelho; assim, não são invencionices, mas trazem uma base bem constituída. Se puder – e quiser – leia até o fim, pois ser bem-sucedido não é bem aquilo que se vende com este rótulo por aí, não.
Vamos a eles, resumidamente:
          1Espiritualidade – Creia na essência da sua espiritualidade. Não faça que seu sucesso material seja um “anti-sucesso” espiritual. Creia que sua vida cumpre um propósito de Deus na Terra. Mais forte do que as determinações genéticas ou do que os condicionamentos do meio em que se vive é o seu chamado para “ser” espiritual. É por isso que muito mais do que ter sua própria condição humana, é você ter consciência de si como um ser maior.
          2Oração – Creia que seu dia ganha força e energia espiritual quando você ora; é quando você dá um passo após o outro, submetendo seus pensamentos a Deus. Seu processo de pensar passa a ser um processo de orar, seus pensamentos viajam em Deus, e deixam de ser uma calamidade entre fazer o bem ou o mal, entre ganhar e perder, entre as condições às quais somos sujeitos no dia-a-dia. Seja específico no que pede – e no que agradece – dizendo em oração a Ele aquilo que deseja. Mas, ao final, peça a Deus que se faça a Sua vontade em relação à sua vida, sempre.
          3Inteligência – Creia na sua inteligência e utilize a sua inteligência. A maior inteligência que Deus lhe deu não é a inteligência intelectual (razão) e nem a emocional (intuitiva, interpessoal e intrapessoal). Estas são fundamentais, mas ainda não são essenciais. A verdadeira inteligência está nas essências do espírito. Dê atenção aos seus sentimentos perceptivos, intuitivos, que levam à bondade e à sabedoria. Olhe para dentro e busque o Caminho, a Verdade e a Vida, sempre.
          4Amor e Respeito – Creia que quando alguém ama a Deus e ao próximo e respeita a vida, tudo ganha sincronismo e conectividade. Antes de fazer qualquer coisa deve haver ponderação em relação a si mesmo, ao mundo e ao que é bom. Você não precisará correr alucinadamente atrás de nada. As coisas verdadeiras virão. “Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam”, conforme Romanos 8:28.
          5 Boa Palavra – Creia que a leitura bíblica feita com os “olhos do coração” ilumina a alma e os caminhos da gente na Terra. A leitura do Antigo Testamento deve ser feita a partir do Novo Testamento, e este, por sua vez, a partir de Jesus Cristo, que é a chave de interpretação para tudo na Bíblia – e deveria ser na vida. Estas coisas permanecem vivas e lhe darão consciência de procedimentos em todos os ambientes, lhe darão sentido, propósito e direção para lhe fortalecer espiritualmente.
          6 Pensamento Positivo – Creia que a atitude mental positiva é resultando de uma espiritualidade sadia e pavimenta o caminho do ser humano bem-sucedido. A atitude mental positiva é fundamentada na fé, no amor e na confiança. Qualquer ser humano bem-sucedido terá que trilhar esta vereda, do contrário pode se ter tudo materialmente, mas se continuará sendo mal- sucedido.
          7 Solidariedade – Creia que generosidade e dadivosidade são forças espirituais poderosas que atraem para quem as pratica as melhores oportunidades e possibilidades da vida. Quem é generoso não perde nada, ao contrário, atrai tudo. Quem é dadivoso é perseguido pela bondade e pela misericórdia todos os dias da vida. É muito importante dar, contribuir para com as pessoas ou causas. É importante andar de olhos abertos para socorrer aos mais necessitados. É absolutamente essencial dividir o que se tem com outros. Quem pratica essas coisas não está se empobrecendo; ao contrário, torna-se bem-sucedido porque atrai bondade, força espiritual e é perseguido pela generosidade todos os dias.
          8 Atitude – Creia que a diferença entre o fazer e o não fazer é apenas uma decisão seguida de gestos simples. Quem faz levanta e anda; quem não faz apenas fala e nada acontece. Ao invés de ficar o ano inteiro elaborando metas a começarem a ser cumpridas no amanhã, levante e comece agora. Nunca adie o início de qualquer coisa que você acredita que é boa.
          9Simplicidade e Prudência – Creia que a melhor imagem exterior e virtude interior é aquela que combina a simplicidade com a prudência. Seja astuto por dentro e simples por fora. Isto sempre dá certo e protege a vida.
          10 Consciência – Creia que a maior bênção de possuir uma consciência é poder usá-la para examinar a si mesmo – e não aos outros – todos os dias. A consciência que é usada apenas para julgar os outros não o deixa conhecer a si mesmo. Quem se autoanalisa resiste melhor às críticas e se utiliza delas para diminuir seus próprios equívocos, tornando-o imune às críticas negativas por saber que se está fazendo algo que é certo. Viva para o que é real.
          Não se poderia finalizar sem uma pergunta: O que é realmente ser bem-sucedido? Do ponto de vista de Jesus, é algo diferente daquele apregoado segundo o ponto de vista do mundo – e segundo o ponto de vista de muitos pregadores religiosos adeptos da “teologia da prosperidade”.
          E qual é o ponto de vista de Jesus? Ora, leia os Evangelhos, com oração e com coração; só assim poderá conhecer como Jesus falava e agia, como tratava as pessoas, quem era e como era. Eu só posso responder por mim; não posso responder por você.


          Baseado num vídeo de Caio Fábio D´Araújo Filho, com este mesmo título, no Youtube.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Pescar Sem Medo


          Lucas 5:10
          Jesus disse a Simão: “Não tenha medo; de agora em diante você será pescador de homens”.

          Este é o mesmo Simão a quem o Senhor chamou posteriormente de Pedro, dizendo que sobre o reconhecimento dele – o reconhecimento é a “pedra” de Pedro – e de qualquer um que tenha também esse reconhecimento – Ele construiria a Sua Igreja. Assim, a Igreja não está construída em cima de um homem – nem a um homem foi dada a liderança dela – mas está construída em cima de um reconhecimento, reconhecimento este manifestado primeiramente por Pedro quando disse: “Tu és o Filho do Deus vivo”. Quando Pedro reconheceu isso, ouviu de Jesus que isso “não lhe fora dado a conhecer por carne ou sangue – significando algo de origem humana e física – mas que fora uma revelação do Pai”. Este reconhecimento é a base da Igreja, cujo fundamento e pedra angular é Jesus mesmo.
          A este Simão Jesus constituiu “pescador de homens”, dizendo que pela sua pregação das Boas Novas do Reino de Deus, o assim chamado Evangelho, ele iria pescar homens para “o caminho, a verdade e a vida” – que é como Jesus também Se define.
          “De agora em diante”, Ele disse, mostrando com isso que, a partir do envio de Jesus – e não de um curso teológico ou do envio de pessoas supostamente “autorizadas” – Simão Pedro se tornaria apto a ensinar o que estava aprendendo.
          Da mesma forma acontece conosco: com nossas palavras, atitudes e modo de vida, também estamos aptos a ensinar enquanto aprendemos. Quanto mais pregamos e compartilhamos sobre a Palavra, mais nos é dado a conhecer e mais nos é revelado.
          Não precisamos nos preocupar com o que dizer, pois, no momento oportuno, o Espírito Santo que está em cada um que se decide por Cristo, dará o que há de ser dito e como ser dito. Claro: toda palavra que dizemos neste sentido deve estar corroborada pela Palavra, caso contrário será invencionice nossa e não Palavra do Senhor. Mas a experiência nos mostrará isso, se é que nos permitimos ter experiências nesse sentido, se é que aproveitamos as oportunidades que aparecem para falar da Palavra de Deus...
          Para Simão Pedro Jesus dava uma palavra muito significativa: “Não tenha medo”.
          A nós, a cada dia, Ele dá a mesma palavra: “Não tenhamos medo”.
          Quando andamos firmes na Sua Palavra, em Seu caminho, calçados com a fé, a esperança e o amor, não temos que ter medo. O apóstolo João, numa de suas cartas, diz que “o perfeito amor lança fora o medo”.
          Podemos estar com medo circunstancialmente, o que é normal, mas não podemos estar com medo permanentemente; isso é anormal.
          Não devemos ter medo – e nem vergonha – de compartilharmos a nossa fé, a Palavra do Senhor, e tudo o que está ligado a isso.
          Quando andamos na confiança e no desassombro e sabedores que Deus tudo fará por nós – pois de nós mesmos não podemos fazer coisa alguma, como nos ensina o Senhor – então pregar e compartilhar se tornará uma atitude natural, quase que impossível de segurar.
          Minha oração é que eu possa andar sem medo, lançando a rede da Palavra sobre cada coração com o qual me encontrar na vida, para, quem sabe, também pescá-lo para o Evangelho do Senhor.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

sábado, 24 de dezembro de 2016

Parabéns, Papai Noel, Feliz Natal!


No dia 25 de dezembro de cada ano já nos acostumamos a comemorar o aniversário de uma figura ilustre: o Papai Noel. Já o comemoramos desde a véspera, no dia 24. Na verdade, já o comemoramos desde muito antes, pois já desde o final de novembro a mídia nos anuncia que está próximo este dia, e nos convida a comprar presentes e gastar nosso décimo terceiro salário no comércio em geral. Aí vem a Globo com sua musiquinha de final de ano, os filminhos natalinos cheios de comédias amorosas e infantis, neve, renas e, claro, o personagem principal do Natal... sim, ele, o Papai Noel.
Papai Noel – em português brasileiro – ou Pai Natal – em português europeu – é uma figura lendária que, em muitas culturas ocidentais, traz presentes aos lares de crianças bem-comportadas na noite da véspera de Natal – ah, sim, “Noël” é Natal em francês.
A lenda pode ter se baseado na figura histórica de São Nicolau, arcebispo de Mira, na Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos “milagres” lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo.
Enquanto São Nicolau era originalmente retratado com trajes de bispo, atualmente Papai Noel é geralmente retratado como um homem rechonchudo, bonachão, alegre e de barba branca, trajando um casaco vermelho com gola e punho de manga brancos, calças vermelhas de bainha branca, e cinto e botas de couro preto. Essa imagem se tornou popular nos EUA e Canadá no século XX devido à influência da Coca-Cola, que lá pelos anos 1930 lançou um comercial do bom velhinho com as vestes vermelhas – a cor símbolo da marca. Essa imagem tem se mantido e reforçado pela mídia, com música, filmes e propagandas.
Conforme a lenda agora vigente, Papai Noel mora no Extremo Norte, numa terra de neve eterna. Na versão americana, ele mora em sua casa no Pólo Norte, enquanto na versão britânica frequentemente se diz que ele reside nas montanhas de Korvatunturi, na Lapônia. Papai Noel vive com sua esposa – a Mamãe Noel –, incontáveis elfos mágicos e oito ou nove renas voadoras.
Outra lenda popular diz que ele faz uma lista de crianças ao redor do mundo, classificando-as de acordo com seu comportamento, e que entrega presentes, como brinquedos ou doces, a todos os garotos e garotas bem-comportados no mundo na véspera de Natal. Papai Noel consegue esse feito anual com o auxílio dos elfos, que fazem os brinquedos na oficina, e das renas que puxam o trenó.
Agora que você já sabe um pouquinho da história desse ilustre personagem – o principal personagem do Natal – já pode fazer sua ceia em família, congratular-se e confraternizar, distribuir e receber presentinhos, e esperar o réveillon – onde deve se vestir de branco e, se puder, pular as sete ondinhas... não sei como vou fazer isso aqui na serra... terei um problema...
É claro que o texto, até aqui, é uma provocação! Já estava me cansando de escrever sobre o verdadeiro significado do Natal, então, resolvi provocar um pouquinho para que pensemos a respeito. E é claro também que nem precisarei mencionar que o centro do Natal é – ou deveria ser – Jesus Cristo, o Seu nascimento como Deus feito homem, para nossa remissão em amor... tudo isso você e eu já sabemos... mas podemos ter esquecido.
Então, lembremos do que significa esta data!
Desejo a todos tempos de paz, amor e união!
Feliz Natal e abençoado 2017!

Grande abraço, saudações e até o ano que vem!

Kurt Hilbert

domingo, 18 de dezembro de 2016

Fazer Discípulos


          Mateus 28:19-20
          “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.

          Esta passagem do Evangelho é conhecida como “a grande comissão”, ou seja, o grande mandamento missionário que Jesus deixou aos Seus discípulos.
          O “vão e façam discípulos” é um mandamento de ação, enviando Seus seguidores a saírem de onde estavam, da sua comodidade fixa, e porem-se no caminho, olhando para as demais pessoas, buscando sempre compartilhar a Palavra que, pela ação do Espírito, pode tocar e converter corações, sempre que estes se mostrem receptivos.
          O “de todas as nações” se cumpre em tempos recentes, pois no tempo dos primeiros seguidores não seria possível alcançar “todas as nações”, coisa possível com os modernos veículos de locomoção e com as modernas mídias de comunicação. Hoje, sim, é possível a Palavra chegar ao mundo inteiro.
          Ele ensinou que se batize em nome da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), demonstrando, assim, a comunhão da Divindade e a comunhão que pode advir entre aqueles que se tornam discípulos de Cristo.
          Há o destaque para que se ensine aos novos discípulos a obedecer aquilo que Cristo ordenou. Não o que eu ordenei, não o que algum ministro eclesiástico ordenou, não aquilo que alguma denominação ordenou – mas o que somente Aquele que tem autoridade “no céu e na terra” ordenou. E isso encontramos no Evangelho, que encontramos na Bíblia. Não se deveria ser enganado por falsos mestres, uma vez que temos acesso literalmente ao que Jesus ensinou. Isso deveria bastar. O problema é que a preguiça espiritual não deixa que se leiam as Escrituras...
          Ao final deste mandamento, Jesus deixa uma promessa que impressiona a quem presta atenção nela: Ele diz que “estará conosco sempre, até o fim dos tempos”. Nem sempre – ou quase nunca – nos damos conta disso, dessa promessa inquebrável do Senhor. Muitas vezes achamos que estamos sozinhos, ou desamparados, ou não vistos, mas não estamos. O Senhor sempre está conosco, nos ampara e nos vê.
          Agora que falamos um pouco mais dessa “grande comissão” de Jesus, desse mandamento que impulsiona a fazermos discípulos, poderíamos nos perguntar: O que significa fazer discípulos de e para Cristo?
          Primeiro, isso: são discípulos de Cristo, não meus ou seus. Hoje se veem muitos “líderes” fazendo discípulos de si mesmos, mas não de Cristo. E muitos embarcam nessa, sem questionar, pela preguiça de buscarem a verdade. De novo: os discípulos não são das pessoas, mas de Cristo!
          Depois: o discipulado deve ser um ato e uma forma de ser livre, sem correntes nos prendendo a que ou quem quer que seja; só devemos estar ligados entre nós, pelo amor que Cristo nos ensina. Somos livres, e é somente na liberdade que o amor e a doação se fazem presentes. E é somente na liberdade que posso reafirmar – diariamente – minha decisão por Cristo!
          Posso falar um pouco de mim, não sendo o que falarei a seguir um dogma para ninguém, ou seja, cada um deve se sentir livre para andar o Caminho – que é Cristo – como julgar melhor, sempre dentro daquilo que tem reconhecido pela Palavra. A referência não sou eu; é sempre Jesus!
          Eu me considero um “livre discípulo de Cristo”. Isso significa que não “pertenço” a nenhuma “igreja” – no sentido de denominação eclesiástica –, ainda que possa frequentar uma ou mais, a convite de amigos e irmãos em Cristo. A “Igreja” somos nós, todos aqueles que fazem dos ensinamentos de Cristo seu modo de vida. Isso independe do nome que está sobre a porta da “igreja”, pois o cerne deve ser sempre Cristo. A totalidade dos seguidores de Cristo formam a Sua “Igreja”.
          Não tenho nenhuma “religião” humanamente criada, posto que as religiões – as mais variadas que há – são tão-somente formas humanas de ir a Deus. Em e por Cristo, no entanto, Deus faz o caminho inverso, vindo Ele a nós. Ainda que chamem “cristianismo” de religião, o Evangelho de Cristo não é religião nesse sentido, mas um ato de graça de Deus a nos atingir em amor.
          Não sou adepto também a nenhuma “filosofia de vida” criada por homens, pois todas tem incompletudes. Posso simpatizar com partes de uma ou outra, mas será só isso: simpatia. Meu único compromisso é com o Evangelho.
          Ser discípulo de Cristo, para mim, tem outra conotação, bem mais ampla: o discipulado que levo é um “modo de vida”. E é por isso que sou “livre”, livre em e por Cristo.
          É para esse discipulado que o Senhor nos chama. E é para esse discipulado que Ele nos chama a fazer-Lhe discípulos.
          É um discipulado que transita entre todos, que inclui e nunca exclui ninguém, portanto inclusivo e não exclusivo, que reforça as concordâncias, que respeita as diferenças, que não julga, mas que estende a mão, que transmite a paz e o amor que Jesus nos trouxe.
          Esse é o discipulado que o Senhor chama para que façamos. E é esse o tipo de discípulo de Cristo que sou e que faço. É um discipulado que busca obedecer aos ensinamentos de Deus e que “sabe” que, em seu caminho, anda sempre na companhia do Senhor, pois o Senhor anda junto com a gente que assim é até o fim.
          Esse é meu convite a quem lê estas linhas: Seja livre, mas seja comprometido com aquilo que Jesus nos ensina que seja vida. Seja livre para andar, mas ande naquilo que o Senhor chama de “caminho, verdade e vida”. Viva. Mas viva como quem vive eternamente, pois isso é ser discípulo do Mestre!

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

domingo, 11 de dezembro de 2016

Em Poucas Palavras


Lucas 6:45
“... porque a sua boca fala do que está cheio o coração”.

Digo em poucas palavras
que pego emprestado
daquilo que fala o Cristo.
Digito poucas palavras
que despegam do meu teclado
daqui o que falo é isto:
          ... porque meus dedos teclam do que está cheio o coração.
                    (por Jesus Cristo e eu)

Kurt Hilbert

domingo, 4 de dezembro de 2016

Caminhos Puros


          Provérbios 16:2
          Todos os caminhos do homem lhe parecem puros, mas o SENHOR avalia o espírito.

          Vivemos num tempo em que há “caminhos espirituais” que ensinam que o que vale é o que sentimos e, se nos sentimos bem em relação a algo, então isso, de alguma forma, “deve” estar certo.
          Discordo disso, pois a Palavra do Senhor diz que “o coração do homem é enganoso” (Jeremias 19:11), ou seja, nosso coração pode estar sinceramente errado. Somos passíveis de engano, somos enganosos e enganáveis, e isso é algo que é assim mesmo, quer gostemos ou não – o não aceitar e admitir isso, por si só, já é auto-engano – o que prova a nossa natureza enganosa.
          Há uma tese na neurolinguística que diz que sempre fazemos o que nos parece, naquele momento, o melhor para nós. Todas as nossas decisões, diz a tese, no momento em que as tomamos, apontam para aquilo que julgamos – mesmo que no nosso nível inconsciente – como sendo a melhor solução naquele momento. Isso se dá especialmente nos momentos de aperto, nas dificuldades mais imediatas e ameaçadoras. Se fugirmos, essa terá sido a melhor solução, segundo o caso; se atacarmos, idem, segundo cada caso. Até mesmo o suicídio! Por que alguém comete esse ato extremo? Porque, naquele momento, a fuga absoluta da vida lhe parece a melhor saída! Situações extremas demandam atos extremos e, de alguma forma, o ato que tomamos nos perece, naquele instante, o melhor possível para aquele momento.
          Isso é uma tese da neurolinguística, como falei, mas com fundamentação na observação do comportamento humano. Podemos concordar ou discordar dela, mas não podemos ignorá-la.
          Bem, pessoalmente tendo a concordar com essa tese, mas com uma ressalva: o que nos “parece” melhor, obviamente, nem sempre “é” o melhor! Somos enganosos e enganáveis, lembremo-nos. E o maior engano á o auto-engano, aquele que cometemos com relação a nós mesmos, ainda quando achamos, de relance, que a atitude que tomamos é a melhor.
          A palavra deste Provérbio usado como base para estes escritos, nos diz que Deus “avalia o espírito” (o nosso e o do caminho que avaliamos em percorrer ou não). Só Deus tem a capacidade de ver o “todo”. Ele sabe, definitivamente, qual é o nosso melhor caminho, por onde andamos mais seguros e a salvos. Ele sabe.
          E, se Ele sabe, por que não perguntamos a Ele? Podemos fazê-lo em nossas orações, e ficarmos atentos à Sua Palavra, por ouvirmos o que nos é dito quando estamos reunidos “em nome d´Ele” – o que pode ser na igreja, ou numa reunião em casa, ou noutro lugar, mas que é feita “em nome de Jesus”. Ele mesmo ensinou que “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles” (Mateus 18:20).
          Voltando ao início: há muitos “caminhos espirituais”. Basearmos as nossas decisões em cima do que “sentimos” com relação a algo fatalmente pode nos levar ao engano. Alguém dirá: Mas quando segui meus sentimentos quanto a este ou aquele assunto, minha decisão mostrou-se acertada. Ok, mas essa não é a regra – as exceções não podem ser catapultadas à condição de regras. Via de regra, quando seguimos intuições ou impulsos, nos enganamos. É assim; tem que ser dito.
          Agora, quando levamos uma vida ativa em comunhão com Deus, através de nossas orações como hábito salutar de vida, através de ouvirmos e dar ouvidos à Sua Palavra, através da leitura da Bíblia em comunhão com o Espírito, a nos revelar a vontade do Pai, aí as coisas mudam de figura. Em outras palavras, quando nosso estado natural de alma, pensamentos e sentimentos estão vinculados aos ensinamentos e ao modo de Cristo, nossos “impulsos” e “insights” passam a ser seguros, pois estamos abertos a este contato com Deus. Mas isso não é magia ou esoterismo! Isso somente é verdadeiro se esses “impulsos” e “insights” correspondam à vontade de Deus – e esta vontade divina a encontramos em Sua Palavra.
          Então, mantenhamos uma vida de oração constante. O Senhor nos responde em Sua Palavra. Isso é um ato de fé, mas que é seguro.
          Não nos aventuremos a seguir simplesmente sensações, intuições ou qualquer coisa que esteja desvinculada de Deus e do Caminho proposto por Cristo.
          Qual o melhor caminho para nós?
          Fica a dica: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14:6).

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

domingo, 27 de novembro de 2016

Canção da Noite

Salmo 42:8
Conceda-me o SENHOR o seu fiel amor de dia; de noite esteja comigo a sua canção. É a minha oração ao Deus que me dá vida.


Sonhos que perturbam
turbam minha alma na minha inconsciência.
Antes disso oro por bom sono
e bons sonhos.
Minha mente visita minha alma
e, sem calma, até a alva do outro dia
sonha rebeldia e perturba meu ser.
Ser envolto por Deus é tudo que quero
enquanto espero o dia amanhecer.
Aí oro outra vez.
E desta vez o sonho de tormento
e o sono turbulento
cedem a vez...
Uma melodia,
até raiar o dia,
envolve meu ser e eu volto a ser
envolto numa aura de paz.
É Deus cantando em meus ouvidos
sonidos angelicais.
Com Sua canção,
em amor, segura minha mão
e não me solta mais.


Kurt Hilbert

sábado, 19 de novembro de 2016

Perfeitos?


          Mateus 5:48
          “Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês”.

          O Mestre faz aqui uma reflexão bastante aguçada. “Sejam perfeitos”, Ele diz, e o diz a Seus discípulos, que eram tão imperfeitos como imperfeitos eram os Seus contemporâneos, e o faz a nós, pessoas do século XXI, cuja imperfeição atravessou eras e chega a todos nós, e em todos nós. É também a nós que Jesus pede que sejamos perfeitos...
          Como seremos perfeitos? Se somos frutos da imperfeição que nos atinge a todos, como seremos perfeitos?
          A resposta a essa pergunta vem na sequência da própria declaração de Jesus: como perfeito é o Pai celestial de vocês”. Ele não diz aqui que o Pai celestial é o d´Ele (somente), mas o de todos nós.
          Ora, se somos filhos de Deus – e é Jesus quem diz que somos –, e se Deus é perfeito, então há em nós um DNA divino que nos capacita à perfeição. Passa, pois, de Pai para filhos.
          Esse DNA divino nos vem pela criação, uma vez que Ele nos criou à Sua imagem e semelhança. Mas perdemos esse vínculo perfeito, uma vez que pecamos. Então, em Jesus e por Jesus, o caminho à reconciliação nos vem, pois, como diz Sua Palavra “Deus reconciliou-se com o mundo por Cristo” (II Coríntios 5:17-19). Então, ao aceitarmos o pastoreio e o senhorio do único Pastor e Senhor – Jesus Cristo –, nos abrimos novamente à filiação divina, tendo restabelecido esse DNA em nosso âmago.
          Em novamente estando em condições filiais com Deus, podemos nos perguntar: Qual a característica mais intrínseca de Deus? João, o apóstolo, numa de suas cartas no Novo Testamento, nos dá a resposta, quando diz que “Deus é amor”. É esse “é” que diz tudo. “É” é a propriedade de “ser”, ou seja, o Ser de Deus tem o dom de “ser” amor. E só o amor é perfeito! Por conseguinte, Deus é perfeito! Por conseguinte ainda, nós, em estando n´Ele por Cristo, o podemos ser!
          Esse amor do ser-divino-que-podemos-ser é descrito pelo apóstolo Paulo em I Coríntios, capítulo 13. Segue aí, na íntegra:
          Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente.
          Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá.
          O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
          O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.
          Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido.
          Assim, permanecem agora estes três: a , a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.
          Ao final, Paulo diz que o maior dom é o amor, e que este permanece para sempre, pois “nunca perece”!
          Então, quando “somos” amor – assim como Deus o é em Sua perfeição –, e o somos em nossas palavras, em nossas atitudes, em nosso modo de viver a vida, então estamos cumprindo esse ensinamento de Jesus, e estamos sendo “perfeitos”, como “perfeito é o nosso Pai”.
          Mas jamais sejamos presunçosos! Somente podemos ser assim se permanecermos em Cristo, pois Ele mesmo ensina: “Sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma” (João 15:5).
          É claro que ainda pecaremos, erraremos, falharemos, pois somos humanos e falhos, mas, se nossa vida for um ato de amor, então a perfeição pedida por Jesus será sempre possível - n´Ele e com Ele.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

domingo, 13 de novembro de 2016

Como Deveria Ser... E Como É

Gênesis 1:22
Então Deus os abençoou , dizendo: “Sejam férteis e multipliquem-se!”


Lá pelo princípio do Gênesis,
Lá pelo versículo vigésimo segundo,
Ao mundo
Deus assim falou,
Aos homens
Deus assim abençoou:
          Férteis fiquem,
          Se multipliquem.
Mas nós começamos a nos dividir...
E nós deixamos de somar...
E passamos a diminuir...


Kurt Hilbert

domingo, 6 de novembro de 2016

Paz e Ciência


          Provérbios 19:11
          A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas.

          Paciência. Podemos fazer a seguinte brincadeira com essa palavra: podemos dividi-la em duas e, assim, dissecá-la a fim de a compreendermos melhor. Assim, ó: paz-ciência.
          A paciência só é paciente quando inicia pela paz. Não necessariamente a paz do ambiente em que nos encontramos fisicamente, mas a paz no ambiente de nossa alma. Quando nossa alma, nosso ser interior, está em paz e pacificado pelo amor de Cristo, então torna-se bem mais fácil sermos pacientes com quem quer que seja.
          A paciência também só é paciente quando contemplada pela ciência, que é o caráter de se saber. Quando temos ciência – quando sabemos – que Deus é paciente conosco, que Ele nos ama e que mostra esse amor personalizado em Cristo, quando sabemos que Ele nos perdoou e que, assim, em Cristo, estamos reconciliados em amor com Ele, então fica muito mais fácil sermos pacientes com quem quer que seja.
          E fica mais fácil tolerarmos a não-paz e o não-saber do próximo.
          Fica infinitamente mais fácil perdoar, porque temos paz e ciência em nós suficientes para sabermos que, muitas vezes, os outros são como são, porque não sabem o que fazem... e perdoamos!
          E seguimos pacificados!
          Isso tudo nos traz sabedoria!
          A sabedoria de saber ser. A sabedoria que vem do alto, da Fonte de toda sabedoria.
          Somente podemos nos sentir ofendidos por alguém, quando não nos conhecemos a nós mesmos. Somente a falta de autoconhecimento pode me fazer aceitar as ofensas.
          Se tenho conhecimento de mim mesmo, e quando sei quem sou em Cristo, nada pode me ofender, pois sei quem sou, e sei que Deus sabe quem eu sou. Isso me traz segurança, e uma segurança tal que me torna impenetrável à ofensa.
          Perguntemo-nos: Quando O ridicularizaram e insultaram, Cristo Se sentiu ofendido? Ele nunca deu o menor sinal disso! E por quê? Porque Ele sabia Quem era. Ele era o Filho de Deus e o Filho do homem, sem que nisso residisse a menor contradição, ao contrário, residia complementariedade, posto que era divino e humano concomitantemente. Apenas Quem sabe bem Quem é pode afirmar de Si isso, como Ele afirmou! E nada que dissessem d´Ele Lhe tiraria a paz.
          Quando me falta conhecimento de mim mesmo, posso me sentir ofendido com algo que digam de mim. Se me xingam de alguma coisa, apenas se não tenho certeza de mim mesmo, eu me ofendo, e necessito me defender, posto que, pelo desconhecimento de quem sou, sinto minha reputação atingida. Mas se me conheço, mantenho-me pacificado, uma vez que sei quem sou – e quem não sou!
          Ainda: quando decido realmente me tornar um seguidor de Cristo, um discípulo d´Ele, já nem dou mais importância às reputações, pois já neguei a mim mesmo – que é uma condição do discipulado e do seguimento. Mas não nego minha essência; nego aquilo que não sou de fato, mas que o mundo rebocou em mim me dizendo que era assim que eu era. É dessa negação que Jesus fala. O nega-te a ti mesmo não tem a ver com nossa essência, mas com os nossos auto-enganos e falsas projeções que os outros e nós mesmos fazemos de nós. Somente quando nego aquilo que não sou – mas que achava que era – é que posso ser eu mesmo em Cristo, naquilo que Deus chama de vida em abundância, ou vida de verdade e na Verdade.
          Isso tudo nos traz força para ignorarmos os insultos, a falta de paz, de ciência e de sabedoria dos outros.
          Isso tudo nos traz paz e ciência – paciência.
          E nos faz orar por todos, sempre, pois isso também é amar.
          E essa é a nossa glória, segundo Deus e Sua Palavra!

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert