2º
Coríntios 4:13
Está
escrito: “Cri, por isso falei”. Com esse mesmo espírito de fé nós também cremos e, por isso, falamos.
Na sua segunda carta à
igreja em Corinto, o apóstolo Paulo cita o Salmo 116:8-10, que diz: Pois tu me livraste da morte, e livraste os
meus olhos das lágrimas e os meus pés de tropeçar, para que eu pudesse andar
diante do SENHOR na terra dos viventes. Eu cri, ainda que
tenha dito: Estou muito aflito.
Assim como o salmista
falava sobre sua fé, também o apóstolo falava abertamente sobre a sua,
compartilhando, pregando e divulgando o Evangelho de Jesus Cristo. O apóstolo
ensina sobre o que é uma consequência natural da fé, do ato de crer: falar
sobre.
Com isto, entendemos que
é impossível à pessoa que crê ficar calada diante da invasão que sua alma experimenta
por parte do Espírito de Cristo. Quem realmente tem realizado em si o processo
da fé – mesmo que ainda esteja em estado inicial – não consegue guardar a
experiência para si só. Esta fé extravasa-se para aqueles que cercam a pessoa
que agora a descobriu e a percebe em si; extravasa-se para todas aquelas
pessoas que com ela têm contato.
No entanto, isso não
quer dizer que agora se saia por aí inveteradamente, pregando e testemunhando
da conversão – para se usar um termo evangélico –, mas quer dizer que o impacto
do Evangelho se faz notar naturalmente por quem entre em contato com aquele que
creu.
Aquele que crê no Evangelho
agora é crente – que é o adjetivo de quem crê, e não um termo pejorativo para
tirar onda de alguém. O termo “crente” caracteriza alguém assim porque este
alguém crê, e isso não tem nada a ver com denominações evangélicas – pois mesmo
um católico que crê no Evangelho é crente, justamente porque crê. E quem é
crente se faz naturalmente perceber como tal.
Uma pessoa assim passa a
externar em suas palavras simples, em suas ações cotidianas, em seus ambientes
de família, de trabalho ou onde quer que esteja, a sua nova forma de viver a
vida, sem alardes e – especialmente – sem ser invasivo ou inconveniente.
E aqui algo importante:
Jesus nunca foi invasivo ou inconveniente. Inconveniente Ele era apenas aos
hipócritas religiosos e àqueles que se opunham à doutrina do amor a Deus e ao
próximo revelada n’Ele. Apenas isso. No mais, Ele era Ele naturalmente, no chão
da vida cotidiana e comum. E, sabemos, Jesus é nosso modelo-mor, Aquele que
deve viver em nossas vidas por Seu Santo Espírito, que deve reger o nosso modo
de ser em tempo integral.
Então, meu mano e minha
mana em Cristo, não sejamos chatos! Não entremos numa sanha evangelizadora,
doutrinária ou catequista. Não vamos invadir a privacidade e a vontade de
ninguém com pregações, testemunhos ou tentativas de conversão. Não sejamos
daqueles de quem as pessoas se afastam por sermos chatos ou malas carregadas de
jargões bíblicos, com postura de doutrinadores. Não! Sejamos apenas nós, com
nossa fé, respeitando a fé dos demais – ou a não-fé, pois cada um tem sua
liberdade! Se alguém nos perguntar o por que somos da forma como somos, então
falamos.
Veja que conselho legal
o apóstolo Pedro nos dá a esse respeito: Antes,
santifiquem Cristo como Senhor em
seu coração. Estejam sempre preparados
para responder a qualquer pessoa que
lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa
consciência, de forma que os que falam
maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias (1º
Pedro 3:15-16).
Seja leve, seja gentil,
seja amoroso, seja perdoador, seja amigo, seja alguém presente, ria e sorria,
não julgue nem condene, ouça mais e fale menos, responda com tranquilidade,
evangelize por suas atitudes – e você verá como você “falará” automaticamente,
naturalmente e eficazmente da sua fé, e como isso trará resultados
surpreendentes à sua volta!
Desta forma, se torna
realmente impossível crer sem comunicar a razão da nossa fé, de modo que a
semente do Evangelho vá se espalhando ao nosso redor, e chegue tão longe quanto
as pessoas com quem convivemos – presencial ou virtualmente – estejam.
Por ora é isso.
Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!
Saudações,
Kurt Hilbert
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