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domingo, 24 de agosto de 2025

Falamos Porque Cremos


 

2º Coríntios 4:13

Está escrito: “Cri, por isso falei”. Com esse mesmo espírito de fé nós também cremos e, por isso, falamos.

 

Na sua segunda carta à igreja em Corinto, o apóstolo Paulo cita o Salmo 116:8-10, que diz: Pois tu me livraste da morte, e livraste os meus olhos das lágrimas e os meus pés de tropeçar, para que eu pudesse andar diante do SENHOR na terra dos viventes. Eu cri, ainda que tenha dito: Estou muito aflito.

Assim como o salmista falava sobre sua fé, também o apóstolo falava abertamente sobre a sua, compartilhando, pregando e divulgando o Evangelho de Jesus Cristo. O apóstolo ensina sobre o que é uma consequência natural da fé, do ato de crer: falar sobre.

Com isto, entendemos que é impossível à pessoa que crê ficar calada diante da invasão que sua alma experimenta por parte do Espírito de Cristo. Quem realmente tem realizado em si o processo da fé – mesmo que ainda esteja em estado inicial – não consegue guardar a experiência para si só. Esta fé extravasa-se para aqueles que cercam a pessoa que agora a descobriu e a percebe em si; extravasa-se para todas aquelas pessoas que com ela têm contato.

No entanto, isso não quer dizer que agora se saia por aí inveteradamente, pregando e testemunhando da conversão – para se usar um termo evangélico –, mas quer dizer que o impacto do Evangelho se faz notar naturalmente por quem entre em contato com aquele que creu.

Aquele que crê no Evangelho agora é crente – que é o adjetivo de quem crê, e não um termo pejorativo para tirar onda de alguém. O termo “crente” caracteriza alguém assim porque este alguém crê, e isso não tem nada a ver com denominações evangélicas – pois mesmo um católico que crê no Evangelho é crente, justamente porque crê. E quem é crente se faz naturalmente perceber como tal.

Uma pessoa assim passa a externar em suas palavras simples, em suas ações cotidianas, em seus ambientes de família, de trabalho ou onde quer que esteja, a sua nova forma de viver a vida, sem alardes e – especialmente – sem ser invasivo ou inconveniente.

E aqui algo importante: Jesus nunca foi invasivo ou inconveniente. Inconveniente Ele era apenas aos hipócritas religiosos e àqueles que se opunham à doutrina do amor a Deus e ao próximo revelada n’Ele. Apenas isso. No mais, Ele era Ele naturalmente, no chão da vida cotidiana e comum. E, sabemos, Jesus é nosso modelo-mor, Aquele que deve viver em nossas vidas por Seu Santo Espírito, que deve reger o nosso modo de ser em tempo integral.

Então, meu mano e minha mana em Cristo, não sejamos chatos! Não entremos numa sanha evangelizadora, doutrinária ou catequista. Não vamos invadir a privacidade e a vontade de ninguém com pregações, testemunhos ou tentativas de conversão. Não sejamos daqueles de quem as pessoas se afastam por sermos chatos ou malas carregadas de jargões bíblicos, com postura de doutrinadores. Não! Sejamos apenas nós, com nossa fé, respeitando a fé dos demais – ou a não-fé, pois cada um tem sua liberdade! Se alguém nos perguntar o por que somos da forma como somos, então falamos.

Veja que conselho legal o apóstolo Pedro nos dá a esse respeito: Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias (1º Pedro 3:15-16).

Seja leve, seja gentil, seja amoroso, seja perdoador, seja amigo, seja alguém presente, ria e sorria, não julgue nem condene, ouça mais e fale menos, responda com tranquilidade, evangelize por suas atitudes – e você verá como você “falará” automaticamente, naturalmente e eficazmente da sua fé, e como isso trará resultados surpreendentes à sua volta!

Desta forma, se torna realmente impossível crer sem comunicar a razão da nossa fé, de modo que a semente do Evangelho vá se espalhando ao nosso redor, e chegue tão longe quanto as pessoas com quem convivemos – presencial ou virtualmente – estejam.

 

Por ora é isso.

Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

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