No1(versículo de Esdras 1) primeiro ano do reinado de Ciro I, rei da Pérsia, a fim
de que se cumprisse a palavra do SENHOR falada por Jeremias II, o SENHOR despertou o coração de Ciro para
redigir uma proclamação e divulgá-la em todo o seu reino, nestes termos:
“Assim2 diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, o Deus dos céus, deu-me todos
os reinos da terra e designou-me para construir um templo para ele em Jerusalém
de Judá. Qualquer3 do seu povo que esteja entre vocês, que o seu
Deus esteja com ele, e que vá a Jerusalém de Judá reconstruir o templo do SENHOR”.
Então5 os líderes das famílias de Judá e
de Benjamim, como também os sacerdotes e os levitas, todos aqueles cujo coração
Deus despertou, dispuseram-se a ir para Jerusalém e a construir o templo do SENHOR. Todos6 os seus
vizinhos os ajudaram, trazendo-lhes utensílios de prata e ouro, bens, animais,
e presentes valiosos, além de todas as ofertas voluntárias que fizeram. Além7
disso, o rei Ciro mandou tirar os
utensílios pertencentes ao templo III do SENHOR, os quais Nabucodonosor tinha
levado de Jerusalém.
Quando1(versículo de Esdras 3) chegou o sétimo mês e os
israelitas já estavam em suas cidades IV,
o povo se reuniu como um só homem em Jerusalém. Então2 Jesua, filho
de Jozadaque, seus colegas, os sacerdotes, e Zorobabel, filho de Sealtiel, e
seus companheiros, começaram a construir o altar do Deus de Israel.
Quando10 os construtores lançaram os
alicerces do templo do SENHOR, os sacerdotes, com suas vestes e suas trombetas,
e os levitas, filhos de Asafe, com címbalos, tomaram seus lugares para louvar o
SENHOR,
conforme prescrito por Davi, rei de Israel. Com11 louvor e ações de
graças, cantaram responsivamente ao SENHOR:
“Ele é bom; seu amor a Israel dura para sempre”.
E todo o povo louvou ao SENHOR em alta voz, pois haviam sido
lançados os alicerces do templo do SENHOR. Mas12 muitos dos
sacerdotes, dos levitas e dos líderes de família mais velhos, que tinham visto
o antigo templo, choraram em voz alta quando viram o lançamento dos alicerces
desse templo.
Então4(versículo de Esdras 4) a gente da região começou a
desanimar o povo de Judá e a atemorizá-lo, para que não continuassem a
construção. Pagaram5 alguns funcionários para que se opusessem a
eles e frustrassem o plano deles. E fizeram isso durante todo o reinado de Ciro
até o reinado de Dario, reis da Pérsia.
O rei Dario divulgou um decreto
ordenando aos inimigos dos judeus que permitissem a reconstrução. Todos os
fundos necessários foram fornecidos pelo tesouro real.
Dessa14(versículo de Esdras 6) maneira, os líderes dos judeus
continuaram a construir e a prosperar, encorajados pela pregação dos profetas
Ageu e Zacarias, descendente de Ido. O15 templo foi concluído no
terceiro dia do mês de adar, no sexto ano do reinado do rei Dario.
Então16 o povo de Israel, sacerdotes,
levitas e o restante dos exilados, celebraram com alegria a dedicação do templo
de Deus.
v
Para
entender a história
A volta dos
exilados da Babilônia lembra o Êxodo. Seu retorno é um novo começo na “terra
prometida”. O povo judeu teve tempo para meditar sobre os erros do passado, e
tem agora uma nova chance de reconstruir o seu relacionamento com Deus. A
restauração de um lugar de culto é muito importante para eles.
v
Curiosidades
I. “No primeiro ano do reinado de Ciro” – Ciro governou a
Pérsia entre 558 a 530 a.C. e foi o fundador do maior império que o mundo
antigo já vira até então, começando com a conquista da Média, em 549 a.C. Este
foi o primeiro ano do reinado de Ciro na Babilônia, que caiu em 539 a.C.
II. “A palavra do SENHOR falada por Jeremias” – Essas palavras estavam em uma carta que o
profeta Jeremias enviou de Jerusalém aos exilados. Os primeiros exilados foram
levados para a Babilônia por Nabucodonosor em 605 a.C. Jeremias escreveu: “Assim
diz o SENHOR: ‘Quando se completarem
os setenta anos da Babilônia, eu cumprirei a minha promessa em favor de vocês,
de trazê-los de volta para este lugar’” (Jeremias 29:10).
III. “Os utensílios pertencentes ao templo” – Nabucodonosor destruiu o templo em 586 a.C. e
levou os seus tesouros para a Babilônia, mas não há registro do que aconteceu à
“arca da aliança”. Antes disso, Jeremias profetizara que a arca desapareceria
(Jeremias 3:16-17).
IV. “Já estavam em suas cidades” – A volta do exílio, iniciada em 537 a.C.,
continuou durante mais de cem anos, em várias etapas. Mais de 42 mil pessoas
deixaram a Babilônia durante o primeiro retorno. Mas os judeus que permaneceram
no exílio foram mais numerosos do que aqueles que voltaram à terra de Judá.
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Zorobabel: Zorobabel, cujo nome significa “nascido na
Babilônia”, nasceu, justamente, no cativeiro. Era descendente direto do rei
Davi, e neto de Joaquim, feito prisioneiro por Nabucodonosor, em 605 a.C., e
substituído por um rei fantoche. Zorobabel foi nomeado por Ciro governador de
Judá e tornou-se o líder espiritual e político dos judeus. Ele os liderou na
saída do exílio na Babilônia, em semelhança ao que Moisés fizera ao tirar os
israelitas do Egito.
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O cilindro de Ciro: Encontrado por escavações arqueológicas,
um cilindro de argila, gravado com escrita cuneiforme, registra a política de
repatriação de Ciro. Os judeus estavam entre os vários povos levados para o
cativeiro pelos babilônios. Ciro permitiu que essas nações voltassem à sua
terra natal, afirmando que os deuses destes povos o haviam orientado. Isso fez
com que o rei ganhasse a lealdade das nações subjugadas, impedindo levantes, e
permitiu-lhe montar um eficiente sistema administrativo.
Publicada
inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta
Street, London WC2E 8PS.