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domingo, 17 de fevereiro de 2019

O Alicerce



          I Coríntios 3:11
          Ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo.

          Deixei grifado todo o versículo acima em negrito, de propósito, pois é um dos versículos e ensinamentos bíblicos mais aplicáveis e necessários aos nossos tempos, posto que, em nenhum outro tempo da História desde que Jesus de Nazaré andou pessoalmente neste nosso planetinha azul, houve a tentativa, por parte dos homens, de colocarem tantos outros alicerces à fé.
          Jesus Cristo, que é a Palavra encarnada, o Emanuel – Deus conosco! –, que é a chave de interpretação de toda a Escritura, o centro de toda a manifestação divina, e para quem toda a Bíblia aponta, Ele – e só Ele! – deve ser o alicerce da nossa fé, que professamos sermos cristãos.
          Há de se ter uma certa radicalidade para ser cristão. Aqui, neste contexto, ser radical não é o mesmo que ser intolerante – ao contrário! –, significa ser raiz, e não nutela. A palavra radical e radicalidade derivam de raiz. Esta radicalidade que falo é a mesma que Jesus tinha, carregada de compreensão, compaixão, empatia e amor fraternal. É preciso ter muito bom-senso para ser radical ao estilo de Jesus!
          Vivemos num tempo de várias e variadas doutrinas.
          Nesta passagem bíblica, o apóstolo Paulo explica aos coríntios sobre o verdadeiro alicerce da doutrina à qual eles estavam seguindo, ou seja, Jesus Cristo – Ele próprio, mais do que um personagem histórico, representava o ser religioso/espiritual/vívido encarnado como “a” salvação e “o” alicerce!
          Nos dias atuais, muitos usam esse texto bíblico para denegrirem outras formas de crenças religiosas, outras doutrinas ou filosofias espirituais. Isso é um equívoco! Paulo – o apóstolo – não apontava para outras formas religiosas – ele apontava para o seu próprio umbigo: os cristãos!
          Quando Paulo escrevia esta carta, ele alertava aos seus irmãos não sobre o perigo de doutrinas estranhas ao hoje chamado cristianismo, mas ele chamava a atenção sobre as deturpações que estavam sendo feitas dentro da igreja, introduzindo dentro da comunidade alterações de fundamento sobre a própria sã doutrina cristã. Este era o perigo.
          Hoje, o que vemos em muitos núcleos cristãos é exatamente o mesmo que acontecia naquele tempo: a deturpação da verdadeira mensagem do Evangelho.
          Há doutrinas estranhas sendo ensinadas no seio de muitas das assim chamadas igrejas/denominações. Estão colocando outro alicerce, diverso e estranho ao alicerce chamado Jesus Cristo. Usam o nome JESUS, como uma logomarca, uma grife, sob a qual buscam legitimar toda sorte de criações suas em busca de dinheiro e fama – deles próprios.
          Há teologias de prosperidade, promulgação de milagres como demonstração de poder de pseudo-curandeiros evangélicos, testemunhos de pessoas que ontem não tinham bens materiais e hoje os têm, e por aí vai.
          Alguns tentam justificar pregadores de prosperidade e milagres, alegando que eles e suas denominações fazem coisas boas e altruístas também. Em alguns casos, sim, mas, o fato de eu ser bonzinho com você hoje e roubá-lo e enganá-lo amanhã não atenua meu mau-caratismo. É o mesmo que o agafanhador agafanhar o seu automóvel hoje e, amanhã, vendo-o na chuva no meio da rua, lhe oferecer uma carona.
          O alicerce chamado Jesus Cristo nunca teve nada a ver com materialidade, status social, vida vitoriosa no sentido terreno – caramba! – nada disso.
          O verdadeiro alicerce da doutrina de Cristo é o amor, a fraternidade e o altruísmo – e a salvação!
          O resto é resto.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

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