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domingo, 25 de maio de 2025

171 – A Queda de Jerusalém (2⁰ Crônicas 36 e 2⁰ Reis 25)

 

O15(versículo de 2⁰ Crônicas 36) SENHOR, o Deus dos seus antepassados, advertiu-os várias vezes por meio de seus mensageiros, pois ele tinha compaixão de seu povo e do lugar de sua habitação. Mas16 eles zombaram dos mensageiros de Deus, desprezaram as palavras dele e expuseram ao ridículo os seus profetas I, até que a ira do SENHOR se levantou contra o seu povo, e já não houve remédio. Ele17 enviou contra eles o rei dos babilônios.

Então1(versículo de 2⁰ Reis 25), no nono ano do reinado de Zedequias, no décimo dia do décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, marchou contra Jerusalém com todo o seu exército. Ele acampou em frente da cidade e construiu rampas de ataque ao redor dela. A2 cidade foi mantida sob cerco até o décimo primeiro ano do reinado de Zedequias. No3 nono dia do quarto mês, a fome na cidade havia se tornado tão severa que não havia nada para o povo comer. Então4 o muro da cidade foi rompido, e todos os soldados fugiram de noite pela porta entre os dois muros próximos ao jardim do rei, embora os babilônios estivessem em torno da cidade. Fugiram na direção da Arabá, mas5 o exército babilônio perseguiu o rei II e o alcançou nas planícies de Jericó. Todos os seus soldados o abandonaram, e6 ele foi capturado. Foi levado até o rei da Babilônia, em Ribla, onde pronunciaram a sentença contra ele. Executaram7 os filhos de Zedequias na sua frente; depois furaram seus olhos, prenderam-no com algemas de bronze e o levaram para a Babilônia.

No8 sétimo dia do quinto mês do décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, comandante da guarda imperial, conselheiro do rei da Babilônia, foi a Jerusalém. Incendiou9 o templo do SENHOR, o palácio real, todas as casas de Jerusalém e todos os edifícios importantes. Todo10 o exército babilônio que acompanhava Nebuzaradã derrubou os muros de Jerusalém. E11 ele levou para o exílio o povo que sobrou na cidade, os que passaram para o lado do rei da Babilônia e o restante da população. Mas12 alguns dos mais pobres do país o comandante deixou para trás, para trabalharem nas vinhas e nos campos.

Os soldados babilônios saquearam o templo e levaram tudo o que havia de valor. Destruíram até mesmo as maciças colunas e levaram o bronze para a Babilônia.

Assim21(versículo de 2⁰ Reis 25), Judá foi para o exílio, para longe de sua terra.

A21(versículo de 2⁰ Crônicas 36) terra desfrutou os seus descansos sabáticos III; descansou durante todo o tempo de sua desolação, até que os setenta anos se completaram, em cumprimento da palavra do SENHOR anunciada por Jeremias.

 

v     Para entender a história

O exílio de Judá e a destruição de Jerusalém e de seu Templo são castigos de Deus para um povo rebelde. Mas, por intermédio do profeta Jeremias, Deus oferece esperança no futuro. O exílio de Judá da “terra prometida” não será permanente. Após setenta anos, Deus trará o seu povo de volta da Babilônia.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Expuseram ao ridículo os seus profetas” – Os profetas incluíam Isaías, Amós, Oséias e Miquéias. Todos eles escreveram livros proféticos, alertando os reis do século VIII a.C. para as consequências de sua falta de fé. Apesar das lições aprendidas com a queda do reino do norte em 722 a.C. e da reforma religiosa levada a efeito por Josias, os últimos reis de Judá retornaram ao culto pagão.

                                   II.      O rei” – Os reis que seguiram a orientação de Jeremias se tornaram vassalos do Egito e, depois, da Babilônia. O rei Zedequias foi colocado no trono de Judá por Nabucodonosor em 597 a.C., após uma rebelião liderada pelo rei Joaquim, sobrinho de Zedequias. Posteriormente, Zedequias ingressou em uma aliança contra os babilônios, juntamente com Edom, Moabe, Amon, Tiro e Sidom. Nabucodonosor revidou, atacando Judá e sitiando Jerusalém.

                                III.     “Desfrutou os seus descansos sabáticos” – Este trecho, com base na Lei de Moisés (Levítico cap. 26), descreve o destino de Israel se o povo ignorar Deus e suas ordens: “A terra ficará deserta deles e guardará os sábados, enquanto permanecer desolada sem eles. Eles pagarão pelos seus pecados, pois rejeitaram minhas leis e abandonaram os meus decretos”.

                                                       

- O império babilônio: O rei caldeu Nabopolassar derrotou a Assíria em 612 a.C. O novo império babilônio atingiu o auge por volta de 600 a.C., com o seu filho Nabucodonosor, e continha a maior parte dos territórios assírios.

- O rei Nabucodonosor: Nabucodonosor (605 – 562 a.C.) foi um soberano cruel, porém habilidoso. Derrotou o Egito e formou uma aliança com a Média, seus dois principais adversários. O profeta Jeremias o viu como um instrumento da ira de Deus e aconselhou os reis de Judá a se submeterem a ele, em vez de enfrentarem a destruição.

- O profeta Jeremias e os últimos reis de Judá: Jeremias foi sacerdote e profeta. Profetizou para os cinco últimos reis de Judá, durante um período de quarenta anos – de 626 a.C. até a queda de Jerusalém (586 a.C.). Ele apoiou Josias na tentativa de reformar e renovar a religião de Judá, mas enfrentou oposição, perseguição e prisão por parte dos sucessores de Josias. Jeremias previu a ruína e as deportações desses reis, como também a queda de Jerusalém e a duração do exílio de Judá na Babilônia.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 18 de maio de 2025

De Moisés a Jesus


 

Josué 22:5

Guardem fielmente o mandamento e a lei que Moisés, servo do SENHOR, lhes deu, que amem o SENHOR, o seu Deus, andem em todos os seus caminhos, obedeçam aos seus mandamentos, apeguem-se a ele e o sirvam de todo o coração e de toda a alma”.

 

Quando entraram na “terra prometida”, depois da saída do Egito e depois de peregrinarem por quarenta anos no deserto, já não era mais Moisés quem conduzia o povo, mas Josué.

Antes de atravessarem o Jordão, no entanto, Moisés dera às tribos de Rúben, de Gade e metade da tribo de Manassés as terras daquele lado do rio, com a condição de que os homens daquelas tribos, capazes de integrarem o exército israelita, atravessassem junto aos seus irmãos das demais tribos, para lutarem juntos pela ocupação das demais terras. Eles assim concordaram e assim fizeram. Depois de o povo todo estar assentado e de as terras pertencentes a cada tribo terem sido definidas, chegava a hora de aqueles guerreiros retornarem à sua parte da terra. Foi nesse momento – e a eles – que Josué disse o que disse na Palavra que uso como mote para este texto.

Mas esta palavra não servia apenas àqueles que retornavam, pois, de um modo amplo, servia para todos os israelitas – e, de certa forma, vale para eles até hoje.

Esta mesma Palavra, sob a luz dos ensinamentos de Jesus, adaptada a esta mais ampla e completa revelação em Cristo, tem validade para nós, cristãos deste século XXI, também. Sempre enfatizo que tudo aquilo que, no Antigo Testamento, se coaduna com Jesus, Seus ensinamentos e Seus exemplos, tem validade eterna.

Pois bem, sob a ótica de Jesus, vamos trabalhar esta Palavra e ver como ela nos fala muito!

Ela inicia dizendo para que seja “guardado” fielmente o mandamento e a lei que Moisés dera. Sabemos, obviamente, que os cristãos não estão sujeitos à lei mosaica, mas ao Evangelho de Jesus Cristo. Assim, nos é dito por esta mesma Palavra que “guardemos” fielmente os mandamentos de Jesus e o Seu Evangelho. “Se vocês me amam, guardarão os meus mandamentos”, diz Ele em João 14:15. Ora, guardar – ou obedecer – os mandamentos do Senhor está intrinsicamente ligado a amar a Deus. “Se vocês me amam”, disse Ele, significando que a demonstração do amor que temos por Ele é dada pelo ato contínuo da obediência às Suas Palavras.

Estando, assim, o guardar/obedecer ligados ao amor, vem a sequência desta Palavra: amem o SENHOR, o seu Deus”. Pelo Evangelho, sabemos que amar a Jesus e ao Pai é a mesma coisa, uma vez que Jesus mesmo diz Ser em unidade absoluta com Deus: Eu e o Pai somos um (João 10:30).

 Além disso, o Senhor nos mostra como este amor se desdobra em amor a Deus, em amor ao próximo e em amor próprio: “‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas (Mateus 22:37-40). Vejamos agora este desdobre: inicia falando que este amor a Deus deve ser integral – não em partes nem apenas nalguns momentos –, pois deve ser “de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento”, mandamento este que vem desde o Antigo Testamento, em Deuteronômio 6:5. Depois, vem o amor ao próximo: “ame o seu próximo”, aludindo a Levítico 19:18, também no Antigo Testamento. E, em seguida, vem o amor próprio, em alusão à mesma passagem levítica: “como a si mesmo”. Sim, pois o amor ao próximo deve ter a mesma qualidade do amor próprio. Não posso me amar, se não amar ao próximo, mas também não posso amar ao próximo como devo, se eu não amar a mim mesmo.

Faço aqui um novo parágrafo para grifar a conclusão do que Jesus diz nesta passagem: Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. Ora, esta parte é pouco citada nas pregações e, muitas vezes, nem mesmo percebida! O que Jesus está dizendo para todos os humanos é que das escolhas, das decisões e das atitudes de amar a Deus e ao próximo como a si mesmo dependem todos os Escritos Sagrados constantes na Bíblia! Tudo o que se coaduna a estes dois mandamentos é Palavra Eterna, e tudo o que não tem a ver com o espírito/sentido/essência destes dois mandamentos – e com o próprio Cristo – é tão-somente informação de contexto!

Segue Josué dizendo que andem em todos os seus caminhos” e, à luz do Novo Testamento, sabemos o que isto quer dizer e qual o caminho pelo qual temos que andar: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6).

Aconselhando ainda que obedeçam aos seus mandamentos”, sabemos que obediência e amor andam de mãos dadas, além de isto se alinhar perfeitamente ao que Jesus dizia aos judeus que haviam crido n’Ele, e que – logicamente e por tabela – diz a todos nós: Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará (João 8:31-32).

Apeguem-se a ele” seguem sendo as palavras de Josué. Em Jesus, este “apegar-se” vai além, pois descreve uma atitude de “estar-se” n’Ele e “permanecer” n’Ele, sendo condição necessária para que façamos qualquer coisa que seja manifestação do Evangelho em nossas vidas: “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma (João 15:5).

Por fim, Josué fala também para você e para mim: “o sirvam de todo o coração e de toda a alma”. Com relação a isto, quero trazer uma Palavra ainda mais excelente de Jesus a respeito da relação d’Ele conosco: Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (João 15:15). Em Jesus, já galgamos um degrau para além da condição de servos: somos Seus amigos! Eu e você, que aqui lê o que escrevo, temos que estar conscientes desta “boa nova”, deste “evangelho”: Somos considerados amigos de Jesus!

Ora, sendo amigos de Jesus, estamos imbuídos agora de amá-Lo e servi-Lo, através do ato de amar e servir ao nosso próximo, seja ele quem for, pois o Senhor escolhe ser amado e servido no nosso próximo: “Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a alguns dos meus menores irmãos, a mim o fizeram (Mateus 25:40). “Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo (Mateus 25:45).

Convido a todos a separarmos um bom tempo para refletirmos sobre isso – talvez seja muito útil e apropriado reler este texto noutros dias também –, no sincero e dedicado propósito de aplicar estes ensinamentos do Senhor em nossas vidas, já a partir de agora!

 

Por ora é isso.

Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 11 de maio de 2025

170 – O Rei Josias (2⁰ Crônicas 34 – 35)


Josias1(versículo de 2⁰ Crônicas 34) tinha oito anos de idade quando começou a reinar, e reinou trinta e um anos em Jerusalém.

No3 oitavo ano do seu reinado, sendo ainda bem jovem, ele começou a buscar o Deus de Davi, seu predecessor. No décimo segundo ano, começou a purificar Judá e Jerusalém dos altares idólatras, dos postes sagrados, das imagens esculpidas e dos ídolos de metal. Sob4 as suas ordens foram derrubados os altares dos baalins; além disso, ele despedaçou os altares de incenso que ficavam acima deles. Também despedaçou e reduziu a pó os postes sagrados, as imagens esculpidas e os ídolos de metal, e os espalhou sobre os túmulos daqueles que lhes haviam oferecido sacrifícios. Depois5 queimou os ossos I dos sacerdotes sobre esses altares, purificando assim Judá e Jerusalém.

No8 décimo oitavo ano do seu reinado, a fim de purificar o país e o templo, ele enviou Safã, filho de Azalias, e Maaséias, governador da cidade, junto com Joá, filho do arquivista real Joacaz, para restaurarem o templo do SENHOR, do seu Deus.

Eles9 foram entregar ao sumo sacerdote Hilquias a prata que havia sido trazida ao templo de Deus e que os porteiros levitas haviam recolhido das ofertas do povo de Manassés e de Efraim, e de todo o remanescente de Israel, e também de todo o povo de Judá e de Benjamim e dos habitantes de Jerusalém. Então10 confiaram a prata aos homens nomeados para supervisionarem a reforma no templo do SENHOR, que pagavam os trabalhadores que faziam os reparos no templo. Também11 deram dessa prata aos carpinteiros e aos construtores para comprarem pedras lavradas, e madeira para as juntas e as vigas dos edifícios que os reis de Judá haviam deixado ficar em ruínas.

Esses12 homens fizeram o trabalho com fidelidade. Eram dirigidos por Jaate e Obadias, levitas descendentes de Merari, e Zacarias e Mesulão, descendentes de Coate. Todos os levitas que sabiam tocar instrumentos musicais estavam13 encarregados dos operários e supervisionavam todos os trabalhadores em todas as funções. Outros levitas eram secretários, oficiais e porteiros.

Enquanto14 recolhiam a prata que tinha sido levada para o templo do SENHOR, o sacerdote Hilquias encontrou o livro da Lei do SENHOR II que havia sido dada por meio de Moisés. Hilquias15 disse ao secretário Safã: “Encontrei o livro da Lei no templo do SENHOR”. E o entregou a Safã.

Então16 Safã levou o livro ao rei e lhe informou: “Teus servos estão fazendo tudo o que lhes foi ordenado”. E18 Safã leu trechos do livro para o rei.

Assim19 que o rei ouviu as palavras da Lei, rasgou suas vestes e20 deu estas ordens a Hilquias, a Aicam, filho de Safã, a Abdom, filho de Mica, ao secretário Safã e ao auxiliar real Asaías: “Vão21 consultar o SENHOR por mim e pelo remanescente de Israel e de Judá acerca do que está escrito neste livro que foi encontrado. A ira do SENHOR contra nós deve ser grande, pois os nossos antepassados não obedeceram à palavra do SENHOR e não agiram de acordo com tudo o que está escrito neste livro”.

Hilquias22 e aqueles que o rei tinha enviado com ele foram falar com a profetisa Hulda, mulher de Salum, responsável pelo guarda-roupa do templo, filho de Tocate e neto de Harás. Ela morava no bairro novo III de Jerusalém.

Ela23 lhes disse: “Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: ‘Digam ao homem que os enviou a mim: Assim24 diz o SENHOR: Eu vou trazer uma desgraça sobre este lugar e sobre seus habitantes; todas as maldições escritas no livro que foi lido na presença do rei de Judá. Porque25 me abandonaram e queimaram incenso a outros deuses, provocando-me a ira por meio de todos os ídolos que as mãos deles têm feito, minha ira arderá contra este lugar e não será apagada’. Digam26 ao rei de Judá, que os enviou para consultar o SENHOR: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, acerca das palavras que você ouviu: ‘Já27 que o seu coração se abriu e você se humilhou diante de Deus quando ouviu o que ele falou contra este lugar e contra os seus habitantes, e você se humilhou diante de mim, rasgou as suas vestes e chorou na minha presença, eu o ouvi’, declara o SENHOR. ‘Portanto28, eu o reunirei aos seus antepassados, e você será sepultado em paz. Seus olhos não verão a desgraça que trarei sobre este lugar e sobre seus habitantes’”.

Então eles levaram a resposta a Josias.

Em29 face disso, o rei convocou todas as autoridades de Judá e de Jerusalém. Depois30 subiu ao templo do SENHOR acompanhado por todos os homens de Judá, todo o povo de Jerusalém, os sacerdotes e os levitas: todo o povo, dos mais simples aos mais importantes. Para todos o rei leu em voz alta todas as palavras do Livro da Aliança, que havia sido encontrado no templo do SENHOR. Ele31 tomou o seu lugar IV e, na presença do SENHOR, fez uma aliança, comprometendo-se a seguir o SENHOR e obedecer de todo o coração e de toda a alma aos seus mandamentos, seus testemunhos e seus decretos, cumprindo as palavras da aliança escritas naquele livro.

Josias1(versículo de 2⁰ Crônicas 35) celebrou a Páscoa do SENHOR em Jerusalém, e o cordeiro da Páscoa foi abatido no dia catorze do primeiro mês.

A18 Páscoa não havia sido celebrada dessa maneira em Israel desde os dias do profeta Samuel; e nenhum dos reis de Israel havia celebrado uma Páscoa como esta, como o fez Josias, com os sacerdotes, os levitas e todo o Judá e Israel que estavam ali com o povo de Jerusalém.

Depois20 de tudo o que Josias fez, e depois de colocar em ordem o templo, Neco, rei do Egito, saiu para lutar em Carquemis, junto ao Eufrates, e Josias marchou para combatê-lo. Neco21, porém, enviou-lhe mensageiros, dizendo: “Não interfiras nisso, ó rei de Judá. Desta vez não estou atacando a ti V, mas a outro reino com o qual estou em guerra. Deus me disse que me apressasse; por isso pára de te opores a Deus, que está comigo; caso contrário ele te destruirá”.

Josias, no entanto, atacou as forças egípcias. Ele foi gravemente ferido na batalha e levado para Jerusalém, onde morreu. Toda Judá e Jerusalém o prantearam.

 

v     Para entender a história

Josias tenta remediar o dano feito a Judá pelo comportamento descrente do seu pai e do seu avô. A descoberta do livro perdido da Lei de Deus torna-se o ponto central de sua reforma religiosa, mas ela não resistirá por muito tempo. Hulda profetiza que Judá acabará seguindo o mesmo destino de Israel.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Queimou os ossos” – Josias queimou os ossos dos sacerdotes que haviam feito sacrifícios nos altares pagãos. Isso fora profetizado três séculos antes, durante o reinado de Jeroboão, o primeiro rei do reino do norte de Israel (1⁰ Reis 13:2).

                                   II.      O livro da Lei do SENHOR– Há uma controvérsia entre estudiosos se esse livro era o Pentateuco completo ou apenas o livro do Deuteronômio. É provável que Manassés e Amon, ambos adoradores de deuses pagãos, tenham tentado destruir todos os textos sagrados de Judá.

                                III.     “No bairro novo” – Hulda era casada com o roupeiro do Templo. Ela vivia numa área recém-construída entre a primeira e a segunda muralha, na parte noroeste da cidade. A segunda muralha, a “muralha larga”, foi, acredita-se, construída pelo rei Ezequias quando Judá estava sob ataque da Assíria. Posteriormente, a muralha foi reconstruída por Manassés (2⁰ Crônicas 33:14).

                                IV.     “Ele tomou o seu lugar” – Há traduções que dizem “o rei colocou-se ao lado de sua coluna”. O rei Salomão havia erigido duas colunas decorativas no pórtico do Templo. Batizou uma de Jaquim (que quer dizer “ele instituiu”), e a outra, Boaz (que quer dizer “nele está a força”). Por tradição, o rei de Judá ficava ao lado de uma das colunas por ocasião de sua unção e quando o povo se reunia diante do Templo, para os discursos reais ou outras ocasiões oficiais.

                                   V.     “Não estou atacando a ti” – O faraó Neco governou o Egito entre 610 e 595 a.C. Uniu forças com a Assíria para fazer frente ao crescente poder da Babilônia. Durante o reinado de Josias, o império assírio estava em declínio. Os babilônios haviam conquistado Nínive em 612 a.C. – uma das várias derrotas que infligiram aos assírios. O enfraquecimento da Assíria permitiu que Judá se expandisse. O temor de um renascimento assírio foi o provável motivo para que Josias atacasse Neco.

 

- Josias: Neto do descrente rei Manassés, Josias subiu ao trono em 640 a.C., após o assassinato de Amon, o seu pai. Da mesma forma que o rei Ezequias, ele deu início a muitas reformas religiosas. Sob a sua administração, Judá desfrutou um período de expansão. O livro dos Reis descreve Josias como o mais eminente monarca de Judá (2⁰ Reis 23:25).

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 4 de maio de 2025

Justiça, Paz e Alegria


 

Romanos 14:17

Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.

 

O Reino de Deus não é algo somente para o além, para a “eternidade”, somente para quando “formos para o céu”, como creem alguns, mas é também para o aqui e agora.

Jesus ensina dizendo que o Reino está no interior da pessoa – “O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: ‘Aqui está ele’, ou ‘Lá está’; porque o Reino de Deus está dentro de vocês (Lucas 17:21) –, significando dizer que é algo objetivamente subjetivo e que habita todo aquele que crê. O Reino de Deus está em nós quando decidimos crer e recebemos por fé aquilo que a graça de Deus nos oferece.

Quando a Palavra nos diz que não é comida nem bebida, fica claro que o Reino de Deus, que está em nós, não prioriza as materialidades.

Infelizmente, o que “falsos profetas” e “falsos pastores” prometem é um “falso Cristo” e um “falso Evangelho” – tudo conforme Jesus já previa: “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos (Mateus 7:15-16). “Naquele tempo muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos (Mateus 24:10-11). “Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos. Vejam que eu os avisei antecipadamente (Mateus 24:24-25). Sim, Jesus nos avisou antecipadamente!

Disso falava também o apóstolo Paulo aos irmãos das igrejas em Corinto e na Galácia: O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo. Pois, se alguém lhes vem pregando um Jesus que não é aquele que pregamos, ou se vocês acolhem um espírito diferente do que acolheram ou um evangelho diferente do que aceitaram, vocês o toleram com facilidade (2º Coríntios 11:3-4). Admiro-me que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo (Gálatas 1:6-7).

Agora, repare se as advertências de Jesus e essas duas reprimendas de Paulo também não se aplicam hoje em dia a tantas e tantas “igrejas” lideradas por quem somente visa o lucro financeiro! Estas palavras de Jesus e do apóstolo se aplicam tanto aos líderes destas instituições quanto àqueles que aderem a elas como membros, buscando não as bênçãos espirituais, mas as promessas materiais, como dinheiro na conta, negócios bem-sucedidos e carros nas garagens de suas lindas casas.

Não preciso nem dizer que isso é ludíbrio para enganar quem quer ser enganado, pois não se dá de graça. Não, são negociatas e pretensas barganhas com Deus, mediante dízimos, ofertas e sacrifícios em falsos púlpitos, que mais são palcos para neles fazerem as suas mágicas.

Fico me perguntando onde fica, para essas pessoas, esta Palavra de Jesus: Vocês receberam de graça; deem também de graça (Mateus 10:8).

Mas não é disso que quero falar hoje!

Quero falar aqui daquilo que o Reino de Deus verdadeiramente é, segundo a Palavra usada como mote para este texto: justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Isto é o Reino de Deus que está em todo aquele que crê, em todo aquele que decide, dia a dia, orientar a sua vida segundo os ensinamentos de Jesus.

Vamos analisar um pouco o significado destas três palavras apresentadas como características do Reino de Deus:

 - Justiça – é a forma como Deus age com relação aos Seus, manifestando a Sua fidelidade e amor. Deus é misericordioso, pois disciplina a quem ama, não dispensando a vara da correção quando necessária, mas perdoando a quem se arrepende e curando as enfermidades da alma. “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho” (Hebreus 12:5-6). Assim como Ele é justo e perdoador conosco, assim também nos ensina a sermos com o próximo: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6:12). A justiça divina é, ainda, uma justiça que nos justifica pela fé: Assim, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo (Gálatas 2:16).

- Paz – o Senhor nos concede a Sua paz: E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus (Filipenses 4:7). “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo (João 14:27). E Ele nos ensina a compartilharmos a Sua paz, uma paz que verdadeiramente pacifica: “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus (Mateus 5:9).

- Alegria – esta alegria é do e pelo Espírito Santo, é um fruto do mesmo: Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei (Gálatas 5:22-23). E sobre esta alegria divina que frutifica em nós, temos o seguinte conselho: Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! (Filipenses 4:4). Esta não é uma alegria abobalhada, mas um estado de alma de quem sabe-se em gratidão eterna com o Senhor e, assim, não tem por que não estar alegre em todo tempo!

Ora, tudo isso não é pouca coisa!

Assim, diante de tantos absurdos praticados no cristianismo midiático tendo Jesus apenas como slogan, bandeira e chamariz, mas que de Jesus não tem nada, fique consciente e pacificado em Deus, sabendo que Ele sabe e que Jesus nos ensinou sobre tudo isso antecipadamente.

Em Cristo, siga justificado, pacificado e irradiando serena alegria!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert