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domingo, 20 de outubro de 2024

Um Pouco Sobre as Palavras


 

Provérbios 4:24

Afaste da sua boca as palavras perversas; fique longe dos seus lábios a maldade.

 

Jesus disse que seríamos julgados por nossas palavras, e que elas teriam sobre nós influência de absolvição e condenação: “Pois por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados (Mateus 12:37).

 Em diversas passagens bíblicas se chama a atenção para a importância das palavras, daquilo que falamos, daquilo que manifestamos ao nosso próximo e à vida.

Em diversas culturas religiosas e espirituais na terra também há ensinamentos neste sentido, significando dizer que esta é uma verdade universal, que Deus deu um jeitinho de implantar no coração da humanidade de forma geral – e, de forma especial e específica, em Sua Palavra.

Tudo deriva da Sua Palavra, desde a criação do macro-universo até as micro-criações em níveis quânticos: Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que aquilo que se vê não foi feito do que é visível (Hebreus 11:3). Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo surgiu (Salmo 33:9).

No ponto bíblico usado hoje como mote para este texto, novamente se nos chama a atenção sobre o que falamos, dizendo que não haja em nossa boca palavras perversas. Isto nos é dito pelos Provérbios, no Antigo Testamento, e também pelo apóstolo Paulo, no Novo: Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem (Efésios 4:29). Isto não se refere tão-somente à singeleza de não se falar palavras de baixo calão – os populares palavrões –, mas se refere a tudo aquilo que falamos. Muitas vezes um palavrão é só um palavrão, proferido sem má intenção ou para ferir, mas proferido de forma impulsiva, nada mais. Agora, mesmo palavras mais amenas, mas proferidas com tom de voz agressivo ou humilhante, podem ser muito mais perversas, assim como o olhar, a postura, o sentido, e a energia com que se fala.

Assim, que em nosso falar tudo reverbere para a edificação de quem nos ouve – e de nós mesmos, pois nós também ouvimos o que falamos, e isto surte efeito em nós também.

Sobretudo, que haja sempre bondade naquilo que dizemos. O falar amável é árvore de vida, mas o falar enganoso esmaga o espírito (Provérbios 15:5). A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto (Provérbios 18:21). Quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento (Provérbios 21:23). Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo (Tiago 3:2).

Não murmuremos, não fofoquemos, não resmunguemos... Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo, retendo firmemente a palavra da vida (Filipenses 2:14-16).

Mesmo em nosso diálogo interno – aquele em que, por pensamentos, conversamos conosco mesmos – deve haver paz!

Esta paz do Senhor também se manifestará em nossas palavras!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

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