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domingo, 27 de outubro de 2024

157 – A Rainha de Sabá (1º Reis 4 – 10)


 

O20(versículo de 1º Reis 4) povo de Judá e Israel I eram tão numerosos como a areia da praia; eles comiam, bebiam e eram felizes. E21 Salomão governava todos os reinos, desde o Eufrates até a terra dos filisteus, chegando até a fronteira do Egito. Esses reinos traziam tributos e foram submissos a Salomão durante toda a sua vida.

Deus29 deu a Salomão sabedoria, discernimento extraordinário e uma abrangência de conhecimento tão imensurável quanto a areia do mar. A30 sabedoria de Salomão era maior do que a de todos os homens do oriente, bem como de toda a sabedoria do Egito. Ele31 era mais sábio do que qualquer outro homem, mais do que o ezraíta Etã; mais sábio do que Hemã, Calcol e Darda, filhos de Maol. E a sua fama espalhou-se por todas as nações em redor. Ele32 compôs três mil provérbios II, e os seus cânticos chegaram a mil e cinco. Descreveu33 as plantas, desde o cedro do Líbano até o hissopo que brota nos muros. Também discorreu sobre os quadrúpedes, as aves, os animais que se movem rente ao chão e os peixes. Homens34 de todas as nações vinham ouvir a sabedoria de Salomão. Eram enviados por todos os reis que tinham ouvido falar de sua sabedoria.

A1(versículo de 1º Reis 10) rainha de Sabá III soube da fama que Salomão tinha alcançado, graças ao nome do SENHOR, e foi a Jerusalém para pô-lo à prova com perguntas difíceis. Quando2 chegou, acompanhada de uma enorme caravana, com camelos carregados de especiarias, grande quantidade de ouro e pedras preciosas, foi até Salomão e lhe fez todas as perguntas que tinha em mente. Salomão3 respondeu a todas; nenhuma lhe foi tão difícil que não pudesse responder. Vendo4 toda a sabedoria de Salomão, bem como o palácio que ele havia construído, o5 que era servido em sua mesa, o lugar de seus oficiais, os criados e copeiros, todos uniformizados, e os holocaustos que ele fazia no templo do SENHOR, ela ficou impressionada.

Disse6 ela então ao rei: “Tudo o que ouvi em meu país acerca de tuas realizações e de tua sabedoria era verdade. Mas7 eu não acreditava no que diziam, até ver com os meus próprios olhos. Na realidade, não me contaram nem a metade; tu ultrapassas em muito o que ouvi, tanto em sabedoria como em riqueza. Como8 devem ser felizes os homens da tua corte, que continuamente estão diante de ti e ouvem a tua sabedoria! Bendito9 seja o SENHOR, o teu Deus, que se agradou de ti e te colocou no trono de Israel. Por causa do amor eterno do SENHOR para com Israel, ele te fez rei, para manter a justiça e a retidão”.

E10 ela deu ao rei quatro toneladas e duzentos quilos de ouro e grande quantidade de especiarias e pedras preciosas IV. E nunca mais foram trazidas tantas especiarias quanto as que a rainha de Sabá deu ao rei Salomão.

O13 rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo o que ela desejou e pediu, além do que já lhe tinha dado por sua generosidade real. Então ela e os seus servos voltaram para o seu país.

 

v     Para entender a história

A fama de Salomão se propagou tanto, que a rainha de um país distante ouve falar nele. Ela visita Salomão na época em que sua riqueza a sabedoria estavam no auge. As palavras de Salomão e a suntuosidade de sua corte a impressionam enormemente, e ela reconhece que ele foi abençoado por Deus.

 

v     Curiosidades

                                      I.     O povo de Judá e Israel” – Embora Salomão fosse rei de Judá e Israel, ele os administrava separadamente. Dividiu Israel em doze distritos e indicou governadores para coletar os impostos para ele. Judá, a sua própria tribo, era isenta de impostos. O reino de Salomão se estendia do rio Eufrates, ao norte, até o Egito, no sul. Suas fronteiras eram as mesmas que Deus havia prometido a Abraão (Gênesis 15:18).

                                   II.      “Três mil provérbios” – Os provérbios e máximas atribuídos a Salomão estão contidos no livro dos Provérbios. Foram escritos durante o seu reinado e estão divididos em três partes. São poemas de sabedoria, que aconselham a como levar uma vida correta e digna, de acordo com a vontade de Deus. Muitos são baseados em antigos provérbios da Mesopotâmia e do Egito.

                                III.     “A rainha de Sabá” – Sabá localizava-se no sudoeste da Arábia, o atual Iêmen. Esse reino comercializava produtos de luxo, tais como joias, olíbano e ouro. O transporte se fazia por terra, da Índia e da África, para as cidades de Damasco e Gaza, onde eram vendidos.

                                IV.     “Ela deu ao rei quatro toneladas e duzentos quilos de ouro e grande quantidade de especiarias e pedras preciosas” – Os presentes da rainha de Sabá foram, provavelmente, parte de um acordo comercial. Salomão controlava as rotas de comércio ao norte da Península Arábica, e a rainha precisou negociar direitos de passagem pelo seu reino.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 20 de outubro de 2024

Um Pouco Sobre as Palavras


 

Provérbios 4:24

Afaste da sua boca as palavras perversas; fique longe dos seus lábios a maldade.

 

Jesus disse que seríamos julgados por nossas palavras, e que elas teriam sobre nós influência de absolvição e condenação: “Pois por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados (Mateus 12:37).

 Em diversas passagens bíblicas se chama a atenção para a importância das palavras, daquilo que falamos, daquilo que manifestamos ao nosso próximo e à vida.

Em diversas culturas religiosas e espirituais na terra também há ensinamentos neste sentido, significando dizer que esta é uma verdade universal, que Deus deu um jeitinho de implantar no coração da humanidade de forma geral – e, de forma especial e específica, em Sua Palavra.

Tudo deriva da Sua Palavra, desde a criação do macro-universo até as micro-criações em níveis quânticos: Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que aquilo que se vê não foi feito do que é visível (Hebreus 11:3). Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo surgiu (Salmo 33:9).

No ponto bíblico usado hoje como mote para este texto, novamente se nos chama a atenção sobre o que falamos, dizendo que não haja em nossa boca palavras perversas. Isto nos é dito pelos Provérbios, no Antigo Testamento, e também pelo apóstolo Paulo, no Novo: Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem (Efésios 4:29). Isto não se refere tão-somente à singeleza de não se falar palavras de baixo calão – os populares palavrões –, mas se refere a tudo aquilo que falamos. Muitas vezes um palavrão é só um palavrão, proferido sem má intenção ou para ferir, mas proferido de forma impulsiva, nada mais. Agora, mesmo palavras mais amenas, mas proferidas com tom de voz agressivo ou humilhante, podem ser muito mais perversas, assim como o olhar, a postura, o sentido, e a energia com que se fala.

Assim, que em nosso falar tudo reverbere para a edificação de quem nos ouve – e de nós mesmos, pois nós também ouvimos o que falamos, e isto surte efeito em nós também.

Sobretudo, que haja sempre bondade naquilo que dizemos. O falar amável é árvore de vida, mas o falar enganoso esmaga o espírito (Provérbios 15:5). A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto (Provérbios 18:21). Quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento (Provérbios 21:23). Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo (Tiago 3:2).

Não murmuremos, não fofoquemos, não resmunguemos... Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo, retendo firmemente a palavra da vida (Filipenses 2:14-16).

Mesmo em nosso diálogo interno – aquele em que, por pensamentos, conversamos conosco mesmos – deve haver paz!

Esta paz do Senhor também se manifestará em nossas palavras!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 13 de outubro de 2024

156 – A Construção do Templo (1º Reis 5 – 8)


 

Quando1(versículo de 1º Reis 5) Hirão, rei de Tiro I, soube que Salomão tinha sido ungido rei, mandou seus conselheiros a Salomão, pois sempre tinha sido amigo leal de Davi. Salomão2 enviou esta mensagem a Hirão:

“Tu3 bem sabes que foi por causa das guerras travadas de todos os lados contra meu pai Davi que ele não pôde construir um Templo II em honra do nome do SENHOR, o seu Deus, até que o SENHOR pusesse os seus inimigos debaixo dos seus pés. Mas4 agora o SENHOR, o meu Deus, concedeu-me paz em todas as fronteiras, e não tenho que enfrentar nem inimigos nem calamidades. Pretendo5, por isso, construir um Templo em honra do nome do SENHOR, o meu Deus, conforme o SENHOR disse a meu pai Davi: ‘O seu filho, a quem colocarei no trono em seu lugar, construirá o Templo em honra do meu nome’. Agora6 te peço que ordenes que cortem para mim cedros do Líbano. Os meus servos trabalharão com os teus, e eu pagarei a teus servos o salário que determinares. Sabes que não há entre nós ninguém tão hábil em cortar árvores quanto os sidônios”.

Hirão ficou contente ao tomar conhecimento da mensagem e concordou em fornecer tudo o que Salomão pedisse. Em troca, Salomão abasteceria a casa real de Hirão com trigo e azeite de oliva, ano após ano.

Salomão15 tinha setenta mil carregadores e oitenta mil cortadores de pedra nas colinas, bem16 como três mil e trezentos capatazes que supervisionavam o trabalho e comandavam os operários. Por17 ordem do rei retiravam da pedreira III grandes blocos de pedra de ótima qualidade para servirem de alicerce de pedras lavradas para o Templo. Os18 construtores de Salomão e de Hirão cortavam e preparavam a madeira e as pedras para a construção do Templo.

O2(versículo de 1º Reis 6) Templo que o rei Salomão construiu para o SENHOR media vinte e sete metros de comprimento, nove metros de largura e treze metros e meio de altura.

E14 assim Salomão concluiu a construção do Templo.

Preparou19 também o santuário interno no Templo para ali colocar a arca da aliança do SENHOR.

Salomão21 cobriu o interior do Templo de ouro puro.

Nas29 paredes ao redor do Templo, tanto na parte interna como na externa, ele esculpiu querubins, tamareiras e flores abertas.

O38 Templo foi terminado em todos os seus detalhes, de acordo com as suas especificações. Salomão levou sete anos para construí-lo.

Os6(versículo de 1º Reis 8) sacerdotes levaram a arca da aliança do SENHOR para o seu lugar no santuário interno do Templo, isto é, no Lugar Santíssimo.

Quando10 os sacerdotes se retiraram do Lugar Santo, uma nuvem encheu o Templo IV do SENHOR.

Então Salomão fez uma oração de dedicação a Deus e ofereceu sacrifícios.

 

v     Para entender a história

Salomão constrói o Templo a fim de dar uma morada permanente a Deus entre o seu povo. Sua planta e consagração lembram o Tabernáculo, que ele substitui. O Templo levou sete anos para ser construído, simbolizando a perfeição de sua elaboração e a excelência de sua execução.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Hirão, rei de Tiro” – Hirão governou Tiro de cerca de 978 a 944 a.C. Localizada ao norte de Israel, era um importante porto marítimo fenício. Com Hirão, Tiro começou a colonizar áreas na costa do Mediterrâneo e tornou-se o centro de um grande império comercial.

                                   II.      Davi não pôde construir um Templo” – O rei Davi pretendia ele mesmo construir o Templo e tinha projetado uma planta detalhada para a sua construção. Deus disse que Davi não poderia realizar a tarefa, pois era um guerreiro e tinha derramado sangue. Em vez disso, ele seria construído por seu filho. Então, Davi entregou a planta a Salomão (1⁰ Crônicas 28:1-19).

                                III.     “Retiravam da pedreira” – Os cortadores enfiavam cunhas de madeira em fendas de pedra. A madeira das cunhas era molhada, até se dilatar, fazendo com que a pedra rachasse.

                                IV.     “Uma nuvem encheu o Templo” – Isto simbolizou a presença e a aprovação de Deus. O mesmo evento ocorreu quando Moisés instalou o Tabernáculo pela primeira vez (Êxodo 40:34-35). O Templo foi construído para substituir o Tabernáculo, e o seu esquema era bastante semelhante. Dividiam-se em três setores: um átrio, um santuário e um santuário interno.

 

- O Templo do Senhor: A Bíblia nunca usa a expressão “Templo de Salomão”, mas sempre usa a expressão “Templo do Senhor”.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 6 de outubro de 2024

Olhar Para Cristo


A imagem acima é parte de um quadro do período medieval que se encontra na Biblioteca Bodleiana de Oxford, na Inglaterra.

O quadro representa a passagem bíblica em Números 21:9 que diz: “Fez, pois, Moisés uma serpente de bronze, e pô-la sobre uma haste; e sucedia que, tendo uma serpente mordido a alguém, quando esse olhava para a serpente de bronze, vivia”.

É interessante pararmos um pouco para analisar o que o artista quis expressar.

Você pode reparar que a haste, ou espécie de cruz sobre a qual a serpente está erguida, fica no centro da cena e divide o quadro em duas partes ou posições. Enquanto de um lado se vê muitas serpentes, no outro não há nenhuma.

Por detrás de Moisés, vê-se um homem de pé, cobrindo o peito com os braços em cruz e olhando para a serpente de bronze. Representa um israelita que, depois de ter sido mordido, recebeu a salvação e a vida ao olhar para a serpente de bronze. No outro lado, nota-se representadas quatro classes de pessoas que não fazem o mesmo que aquele homem que fora sarado havia feito para se ver livre do efeito da mordedura.

Em primeiro plano, vê-se um homem ajoelhado diante da cruz ou haste, mas olhando para Moisés e não para a serpente de bronze, como se reconhecesse em Moisés o líder de alguma religião.

Por detrás desse está outro, deitado, como se descansasse seguro, embora em perigo evidente, pois pode-se ver uma serpente muito próxima de seu ouvido, como se lhe sussurrasse ao ouvido: “Paz, paz! Quando não há paz” (Jeremias 6:14).

Um pouco mais atrás da cruz ou haste, aparece um indivíduo com o rosto compungido e a praticar uma obra de misericórdia, atando as feridas de um pobre doente, sem se aperceber que corre o mesmo perigo que o companheiro.

Por detrás deste, já ao fundo, pode-se ver um homem lutando corajosamente contra as serpentes que o atacam.

Todavia nenhuma dessas pessoas olha para a serpente de bronze conforme lhes tinha sido ordenado.

O mesmo acontece na vida da maioria das pessoas.

Existe um caminho de salvação claramente assinalado, mas, em vez de aceitá-lo, as pessoas seguem por outros caminhos que de nada lhes valem. Olham para líderes religiosos esperando deles a salvação; ou descansam neste mundo achando que estão seguros do juízo; ou praticam obras de caridade confiando em seus méritos; ou, ainda, tentam lutar contra o pecado confiando em suas próprias forças. Porém nenhum desses métodos é eficaz.

Este quadro é o testemunho silencioso de um artista anônimo do princípio do século XV, que viveu retirado em algum monastério em uma época de ignorância e superstição, mas que demonstra haver recebido a luz do Evangelho. Seu quadro é prova disso.

Quando não estamos deitados, com uma sensação de falsa segurança, estamos lutando contra as serpentes, combatendo o pecado, o que é o mesmo que apoiar-se nas próprias forças. Tentamos vencê-las confiando em nossos méritos. Tentamos praticar boas obras, esperando com isso receber a anulação de nossos pecados. Isso também não passa de confiança própria. Ou nos apoiamos na religião e seus líderes, pensando estar nisso a salvação.

Apesar de todos os esforços, homem algum pode salvar-se a si próprio.

É preciso aceitar o caminho que Deus determinou.

É preciso achegar-se a Cristo reconhecendo-se um pecador perdido e olhar para Ele, o crucificado, para se receber a salvação.

Assim como Moisés apontava para a serpente de bronze pendurada no madeiro, Deus aponta hoje para Aquele que morreu no lugar do pecador.

Foi o próprio Senhor Quem revelou a analogia existente entre o episódio da serpente de bronze e a Sua Pessoa: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado; para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:14-15).

Se você está sentindo os efeitos da picada da serpente, do pecado, se você sente os efeitos de seu veneno, volte-se para Cristo.

Olhe para Ele, por fé, morrendo por você na cruz, e Ele lhe dará o perdão e a vida eterna.

 

(um texto compartilhado por Mario Persona via Facebook)