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domingo, 19 de maio de 2019

Um Falar Agradável



Um falar agradável é aquele que tem tom de acolhimento, respeito às diferenças e tranquilidade nas respostas.
 É aquele que não se perturba diante das contrariedades, que argumenta com a alma pacificada, nunca aguerrida pela tentativa de convencimento. Até porque não convencemos a ninguém; é a pessoa que convence a si mesma. E, para sermos justos e meritórios com a Palavra do Senhor, é Jesus, pelo Espírito Santo, Quem convence.
Volta e meia ouço cristãos debatendo pontos bíblicos, supostas incongruências e contrariedades nas Escrituras, pontos conflitantes, páginas difíceis, e por aí vai. Tentam empurrar, a qualquer custo, suas posições e – muitas vezes – opiniões pessoais sobre determinado ponto. Cria-se uma atmosfera conflitante, pesada, de alma tensa e espírito aguerrido. A paz na alma é despida em favor da tensão da razão. Isso é vaidade, como dizia o escritor de Eclesiastes, além de ser perda de tempo e afugentamento das almas, que se distanciam pelo conflito da discussão. Nada disso aproveita! Coloquemos o nosso modo de pensar, sim, não fujamos da argumentação, mas que seja só argumentação. Se o contraste perdurar, deixe-se o de lado a pacifique-se a alma. Também em questões de espiritualidade e fé, é preferível ter paz a ter razão.
Sejamos, pois, agradáveis (mas não bajuladores) no nosso modo de falar.
Mais do que “politicamente corretos”, sejamos respeitosamente verdadeiros. Só assim conquistamos o respeito do outro.
Que o nosso falar seja temperado com sal, isto é, que nossas palavras e nosso tom de voz possam temperar e realçar o sabor daquilo que dizemos. E, assim como o sal, além de realçar o sabor, tinha e tem o atributo de conservar os alimentos, que o nosso falar também tenha o atributo de conservar a fé já implantada no nosso interlocutor, além de conservar a pureza e as características verdadeiras da Palavra que partilhamos.
Que possamos ser sal na terra, como Jesus ensinou, espalhados no chão da vida e da humanidade, e do andar ao lado do próximo.
Que não sejamos sal no saleiro, aquele tipo que se fecha em si mesmo e não se doa nem se compartilha. O sal no saleiro permanece inerte – e insípido – e, mesmo sendo não-perecível, torna-se estragado pelo não-uso.  Quanto mais usados formos em questões de fé, mais viva em si mesma será a nossa própria fé. Em questões de Deus, devemos ser “agitados antes de usar”, ou seja, temos que ter uma vida de fé “em movimento”, num andante andar lado a lado.
Em assim sendo, saberemos sempre responder a cada um segundo a sua demanda. Como escreve o apóstolo Pedro numa de suas cartas no Novo Testamento, que estejamos sempre prontos a responder sobre a nossa fé.
Que em todos os momentos, nossas respostas sejam tranquilas e temperadas com o sal do amor do Senhor, que salga e realça as coisas boas em nossas almas.
Que o nosso falar seja sempre remédio para quem precisa, alegria para quem dela necessita, paz no ambiente em que estivermos, força a erguer quem estiver caído, suporte para quem estiver cambaleante.
Que o nosso falar seja vida!

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,

Kurt Hilbert

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