O
SENHOR respondeu a Moisés: “Estará
limitado o poder do SENHOR? Agora você verá se a minha
palavra se cumprirá ou não”.
Esta passagem se dá no momento de
uma das tantas murmurações do povo hebreu enquanto peregrinava do Egito em
direção à terra de Canaã – a terra que lhes tinha sido prometida. Eta povinho
resmungão, esse!
Vamos nos situar um pouco dentro
do contexto histórico. Moisés havia conduzido o seu povo para fora da escravidão
a que era submetido no Egito. Essa saída – ou êxodo – não foi moleza. Foi uma
pedreira Moisés convencer o rei egípcio – o faraó – a libertar esse povo.
Compreensível, pois, como escravos que eram, os hebreus serviam de “pau para
toda obra” no Egito, fazendo de um tudo, inclusive fabricando tijolos para a
construção civil – é notório o uso escravo de que os egípcios dispunham,
especialmente na construção das pirâmides. Foi-se lá Moisés, por instrução
divina, vindicar a liberdade do seu povo. E, óbvio, o faraó não iria liberá-los
assim no más. Depois de dez pragas
que assolaram a pátria egípcia, a última delas, enfim, fez com que o faraó
capitulasse na sua teimosia. Depois da morte de todos os primogênitos egípcios,
finalmente, o êxodo foi liberado. Logo de saída, o arrependimento do faraó por
sua atitude abolicionista o fez ir com sua força armada atrás de mais de um
milhão de hebreus. Encurralados entre o exército do faraó e o Mar Vermelho,
este foi aberto pelo cajado mosaico e o povo atravessou o mar que, logo depois,
cobriu e afogou a armada perseguidora. Depois, indo pelo deserto, o povo teve
fome e sede. De um golpe numa rocha, Moisés fez brotar água para a turma toda,
saciando a sede; caindo do céu durante a noite, Deus enviava o maná para
alimentar o povo, saciando-lhe a fome. Tudo isso e otras cositas mas o povo hebreu via brotar à sua frente, mas, mesmo
assim, consistentemente reclamava de Deus e de Moisés. “Temos saudades das
cebolas e dos pepinos do Egito”, diziam. “Não agüentamos mais comer esse maná”,
choramingavam – de barriga cheia, diga-se de passagem. Eta povinho resmungão,
esse!
Devo dizer, minha consciência me
força a isso, que nós mesmos, em tempos de século XXI, muitas vezes resmungamos
de barriga cheia também, sentindo saudades de cebolas e pepinos de saudosos idos tempos, achando que o passado
era melhor; ou ainda, assim como o povo hebreu, tememos o futuro e não
confiamos na condução divina. Nós deste tempo aqui na nossa terrinha brasilis e os hebreus em seu
tempo a caminho da terra em que manava
leite e mel, não somos tão diferentes assim – muito antes pelo contrário. É
por essas e outras que digo que a história do povo hebreu é um reflexo e um
exemplo de todos os povos, em todas os locais e épocas neste nosso planetinha
azul. Parágrafo aparte este, voltemos ao fio da meada sobre a qual falávamos.
Diante da reclamação popular –
eles diziam que não agüentavam mais comer o maná, queriam porque queriam comer
carne –, Moisés ficou um tanto quanto temeroso com relação ao futuro. Ele falou
disso com Deus e Deus lhe apontou uma saída: disse que o povo, para aprender a
não reclamar de barriga cheia, se fartaria de comer carne de forma que lhes
saísse carne até pelo nariz! Duvida? Veja só: “Vocês não comerão carne apenas um dia, ou dois, ou cinco, ou dez ou
vinte, mas um mês inteiro, até que lhes saia carne pelo nariz e vocês tenham
nojo dela, porque rejeitaram o SENHOR, que está no meio de vocês, e se
queixaram a ele, dizendo: ‘Por que saímos do Egito?’”
(Números 11:19-20). Diante dessa resposta sui
generis, cheia de um ácido humor divino – quem disse que Deus não tem senso
de humor? – Moisés ficou ainda mais preocupado, pois dizia a Deus que, mesmo
que muitas manadas de ruminantes fosse abatida ou mesmo que todos os peixes
fossem pescados, não se teria carne suficiente para alimentar tanta gente.
Humanamente falando, a preocupação mosaica procedia, mas Deus não está limitado
à capacidade de raciocínio ou ação de um ser humano, muito antes pelo
contrário. Daí a resposta acima, no cabeçalho deste texto: “Estará limitado o poder do SENHOR?
Agora você verá se a minha palavra se cumprirá ou não”.
Seguindo-se a história, a Bíblia
nos conta que Deus enviou uma imensa quantidade de codornizes, que caíam às
pencas e aos borbotões, acumulando-se em volta dos sequiosos hebreus com
desejos carnívoros, a ponto de cada um deles juntar dezenas de quilos. E, como
era de se esperar, comeram até se fartarem, e até não agüentarem mais ver tanta
codorniz à sua frente. Há estudos biológicos que nos mostram que, mesmo naquela
época, haviam revoadas desses penosos bichinhos nas proximidades do Mar
Vermelho – o que mostra que o “milagre” divino teve bases naturais. O que não
foi “natural”, digamos assim, foi a quantidade. Tal qual como Jesus que,
centenas de anos depois, multiplicou pães e peixes, Deus fizera naquele
momento, promovendo uma verdadeira multiplicação de codornizes. Cumpriu-se,
assim, a palavra do SENHOR!
E aí entra o ponto central desse
texto: a ilimitação do poder divino e o
cumprimento de Sua Palavra. Mesmo quando as condições a nosso redor não
sejam nem um pouco propícias para que esperemos a atuação divina em nossa vida
– assim como naquele caso particular na vida de Moisés –, Deus dá um jeitinho
de fazer cumprir a Sua Palavra, as Suas promessas, o Seu amor. Tomara que Ele
não nos encontre choramingosos com as situações da nossa vida – como no caso do
povo hebreu naquele momento – mas nos encontre confiantes n’Ele e desejosos,
isso sim, de vivermos a concretização da Sua Palavra em nossa vida e a
experimentarmos o Seu ilimitado poder.
Para isso, é necessário que
vivamos a Sua Palavra. É necessário que
nos portemos e nos conduzamos segundo os Seus conselhos. Para isso, meu
irmãozinho e minha irmãzinha, é necessário ler e estudar a Sua Palavra. Não tem
jeito, essa é a nossa tarefa. E esta é uma tarefa boa, basta que demos o
pontapé inicial. E poderemos comprovar, in
loco, o cumprimento do que Ele disse: “Estará
limitado o poder do SENHOR? Agora você verá se a minha
palavra se cumprirá ou não”.
Por hora é isso, pessoal. Que a
liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
UM
LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO
GOSTEI MUITO
ResponderExcluirFalou e disse!
ResponderExcluirNão há outro poder no CEO e na terra capaz de ser superior ao Deus de Israel!
ResponderExcluirEstudo maravilhoso. Glória a Deus!
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