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domingo, 30 de novembro de 2025

A Necessidade de Pregar


 

1º Coríntios 9:16

Contudo, quando prego o evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não pregar o evangelho!

 

Por um bocado de tempo eu não consegui entender esta afirmação do apóstolo Paulo, quando ele diz que lhe é imposta a necessidade de pregar. Mais tarde, porém, entendi – e me lembrei de Jesus dizendo a Pedro, sobre a momentânea incompreensão de algo: “Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá (João 13:7). Sim, chega uma hora em que entenderemos o que temos que entender, e foi assim comigo em relação a esta declaração de Paulo.

O apóstolo falava que não podia se orgulhar de pregar o Evangelho, como se esta obra fosse sua, como se fosse simples escolha sua, como se fosse pela sua capacidade oratória e de persuasão que o fazia, trazendo após si centenas de novos discípulos convertidos a Cristo. Em não se orgulhando do que fazia, confessava-se, por si só, impotente para este serviço.

Ainda, este afazer agora lhe era imposto, por impulsionamento do Espírito em sua pessoa, e também, de certa forma, em reposta ao amor de Cristo que o encontrara naquele fatídico caminho em direção a Damasco. Paulo agora sabia o que de si era esperado: que ele fosse um compartilhador daquilo que o Senhor lhe dera, a saber, a revelação de Jesus Cristo! Paulo não se considerava alguém digno de elogio, apenas alguém que tinha o privilégio de cumprir um dever que o Senhor lhe dera!

Paulo sabe que Deus o impulsionou a pregar o Evangelho. Este agora era um dever divinamente outorgado – por isso diz que me é imposta a necessidade de pregar.

Paulo sabe, também, que não há glória pessoal nisso. Ele não é digno de receber nenhum elogio por este trabalho, posto que o mesmo é inspirado e revelado pelo Espírito. Ele teria mérito se tudo isso partisse dele, mas, como sabe que de si nada partiu, atribui toda a glória ao Senhor! E se sente grato por Deus lhe ter atribuído essa tarefa.

E agora, algo muito peculiar nisso tudo: Paulo sabe que pode sofrer punição se não o fizer! Sim, e trato de esclarecer esse ponto da melhor forma que posso, a fim de deixar bem compreendido e não passível de má interpretação.

O parágrafo anterior se começa a entender quando olhamos com discernimento e sabedoria para esta declaração: Ai de mim se não pregar o evangelho!

“Ai de mim” pressupõe castigo, penalização, consequências... e é isso mesmo!

Mas, ao contrário do que possa parecer quando olhado de forma rápida e superficial, esta declaração não teme um castigo divino, mas, sim, uma consequência autoprovocada em caso de esta tarefa ser negligenciada. E aqui está o ponto alto desta compreensão: a de que o descumprimento de um mandamento sempre provoca ao descumpridor uma consequência autoimposta.

É como se o apóstolo compreendesse – acertadamente – que o principal prejudicado seria ele mesmo, uma vez que compreende que o primeiro beneficiado pelo anúncio do Evangelho é ele próprio.

Sim, por isso que anunciar o Evangelho é um privilégio! Quem o anuncia é o primeiro a comer do seu fruto!

Lá no início do texto eu disse que por muito tempo não eu compreendera esta declaração paulina. Agora, decorridos estes poucos parágrafos, creio que você compreenda por que passo a compreendê-la.

Por aproximadamente quinze anos eu exerci um cargo – voluntário e não remunerado – em uma denominação eclesiástica. Entre outras atribuições que tinha, a de pregar era uma. Depois do meu desligamento deste cargo pensei em largar de mão tudo isso. Deparei-me, no entanto, com esta declaração da Palavra: Os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis (Romanos 11:29). E ainda: Faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério (2º Timóteo 4:5). Ora, tudo isso dizia respeito a mim, eu sabia! Mas claudiquei bastante até conscientizar-me disso plenamente.

Sim, cambaleei um bocado por aí, tateando na Verdade entre uma queda e outra, entre um levantar e outro... até que caiu a ficha, deu-se a conexão, e a revelação me pareceu clara!

Os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis e a obra de um evangelista é atender a este chamado, saber que os dons são de Deus emprestados a mim e, assim, torna-se irrevogável também a mim a necessidade de pregar o Evangelho!

Pegando emprestado outro discernimento do apóstolo Paulo, não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê [...] porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé (Romanos 1:16-17), e sei que tudo isso diz respeito a mim e ao que eu faço – e não quero deixar de fazê-lo!

Sim, entendo perfeitamente o que diz o apóstolo Paulo quando diz o que diz...

Espero que você, que aqui me dá a honra de ler estas linhas, também entenda...

Quem sabe você não faz parte deste time também?

Seja como for, saiba que o Senhor tem algo único para você, para cada um de nós!

Os planos do SENHOR permanecem para sempre, os propósitos do seu coração, por todas as gerações (Salmo 33:11).

 

Por ora é isso.

Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 23 de novembro de 2025

O Espelho e a Inveja


Quando o brilho do outro revela a sombra em nós.

 

A inveja é o amor que adoeceu. É a admiração que se recusou a aprender e preferiu atacar. Quando o outro prospera, não é o sucesso dele que nos fere, é o reflexo daquilo que poderíamos ser, mas não tivemos coragem de nos tornar. Santo Agostinho já advertia: “O orgulho não é grandeza, mas inchaço; e o que está inchado parece grande, mas não é sadio”. A alma invejosa é uma alma inchada, vive de comparações, não de vocações.

Nietzsche via na inveja um sintoma da “moral dos escravos”, aquela que condena o êxito alheio porque teme a própria liberdade. Freud, por sua vez, chamava isso de narcisismo das pequenas diferenças, o incômodo que surge quando o outro, tão semelhante, alcança algo que julgávamos inalcançável. Kierkegaard dizia que “o desespero é a doença mortal”, e talvez o desespero moderno seja perceber que o vizinho floresceu no mesmo solo onde eu estagnei.

Na psicologia, Winnicott lembra que a maturidade é suportar o sucesso do outro sem perder o próprio valor. O imaturo não suporta o brilho alheio porque vive da comparação, não da autenticidade. Carl Jung completaria: “Tudo o que nos irrita nos outros pode nos levar a compreender a nós mesmos”. O que chamamos de crítica moral muitas vezes é apenas uma confissão pública de inferioridade disfarçada de virtude.

Han observa que a sociedade do cansaço transformou a inveja em ressentimento crônico: o sujeito contemporâneo não suporta a felicidade alheia porque perdeu o sentido da própria. Hannah Arendt chamaria isso de banalidade da inveja, a incapacidade de pensar por si e a fuga da responsabilidade de agir. Viktor Frankl, sobrevivente do absurdo, ensinou que a vida sempre tem sentido, inclusive no fracasso; mas só encontra sentido quem decide se levantar.

Do ponto de vista da neurociência, Antonio Damásio mostra que emoções como a inveja ativam áreas do cérebro ligadas à dor física; invejar é, literalmente, sofrer. Já a psiquiatria clássica, em nomes como Karl Jaspers, identifica na inveja a cisão entre o eu real e o eu ideal: quanto maior o abismo entre quem sou e quem gostaria de ser, maior o ódio projetado em quem conseguiu.

O Evangelho, sempre atual, desvela o mesmo mistério: Caim mata Abel não por maldade pura, mas porque não suportou ver a oferta do irmão aceita. Jesus, o maior dos psicólogos da alma, advertiu que “é de dentro do coração humano que saem as más intenções” (Marcos 7:21). O problema nunca está no outro, mas no espelho que ele se torna.

É tempo de curar a inveja, essa lepra da alma. A cura começa quando aplaudimos quem venceu e nos comprometemos a crescer também. Prosperar não é pecado. Pecado é escolher a arquibancada e cuspir naqueles que ousaram correr.

 

(um texto do Pe. Prof. Ddo. André Varisa)

domingo, 16 de novembro de 2025

Orar Até Ser Atendido ou Até Entender o Que Deve Ser Entendido


 

Lucas 18:1

Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar.

 

A oração é fantástica! Orar é maravilhoso!

Podemos olhar para a oração e para o ato de orar sob muitos prismas. Hoje, neste texto, quero trazer dois prismas, duas formas de entendermos a oração.

Primeiro, como relacionamento e comunhão com Deus.

Depois, como processo e mecanismo.

Através da oração nos comunicamos com Deus. Amo o conceito de que Deus nos fala por Sua Palavra, e nós Lhe falamos pela nossa oração! Este conceito ensina o diálogo divino/humano e humano/divino. É como a própria Bíblia, que é uma construção divina/humana e humana/divina.

Em nos comunicando com Deus através da oração, criamos este diálogo humano/divino que falei acima, e criamos também – a quatro mãos – um relacionamento, uma intimidade e uma comunhão. Como humanos, somos seres relacionais, e Deus ama Se relacionar conosco. Se assim não fosse, Ele não teria vindo ao nosso encontro humanamente em e por Jesus de Nazaré, o Seu Cristo! “Eu e o Pai somos um”, Jesus falou em João 10:30.

Então, pela oração abrimos conversas com Deus, e Lhe podemos falar tudo – tudo mesmo! Podemos falar dos nossos agradecimentos, das nossas alegrias, das nossas conquistas, das nossas certezas em fé, e também podemos falar das nossas carências, das nossas tristezas, das nossas perdas, das nossas dúvidas... Enfim, de tudo!

E, nestas conversas, podemos ter a certeza em fé de que Ele nos responde. Primeiramente, nos responde em Sua Palavra, se temos o hábito da leitura bíblica. E Ele nos responde também nalguma pregação do Evangelho, nalgum diálogo com um irmão ou irmã que compartilha a mesma fé, ou mesmo nalguma circunstância qualquer, mas na qual “sabemos” que há ali uma resposta d’Ele. Para isso, temos que pedir por sabedoria e discernimento – para “sabermos” quando Quem nos fala é Deus e quando não é.

Então, primeiramente, a oração nos traz este relacionamento pessoal com Deus.

Depois, a oração abre caminho como um processo e um mecanismo que coloca a existência em movimento.

Esta segunda abordagem merece muito cuidado. Cuidado da minha parte, que em palavras aqui procuro descrevê-la, consciente das minhas limitações e das limitações das próprias palavras; e cuidado da sua parte, que aqui lê, para que o faça com boa vontade de compreensão e me perdoe pelas limitações. Vamos lá...

O ato de orar sempre será um ato relacional com Deus, mas, concomitantemente, também será uma declaração da parte de quem ora sobre o que crê e espera.

Pela oração, dizemos a Deus e à existência que Ele criou/cria/criará sobre o que cremos e como cremos. Quando dizemos das nossas carências, dizemos que temos consciência delas, sabemos o que nos falta, e o pedimos a Deus, para que a existência por Ele criada nos traga as petições. Assim, dizemos que sabemos que Deus traz à existência o que ainda não existe, conforme Romanos 4:17 – ... e chama à existência coisas que não existem, como se existissem. Da mesma forma, quando dizemos não das nossas carências, mas daquilo que sabemos que temos por fé, agradecemos antecipadamente por tudo – pelo que já temos e pelo que ainda está por vir, na fé da obtenção. Veja que interessante a declaração do que é fé: A fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos (Hebreus 11:1). Ora, em a fé sendo a certeza daquilo que esperamos, então podemos ter certeza sobre o que pedimos em oração, esperando que o Senhor o traga à existência, ainda que naquele momento não o vejamos. E, em assim sendo, a fé se torna a própria prova daquilo que ainda não é, mas que já é em fé e na certeza de que Deus sabe do que necessitamos!

Assim, pela oração, “colocamos em movimento” a existência! Os pensadores da espiritualidade moderna diriam que “dizemos ao universo e o universo nos responde” – mas esta é uma colocação pobre e simplista, reducionista demais! Não é ao universo que dizemos, mas a Deus, e não é o universo quem nos responde, mas Deus, uma vez que Deus É Tudo o Que É!

Sim, Deus É Tudo o Que É! Assim Ele o declarou em tempos antiquíssimos: Disse Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês” (Êxodo 3:14). E assim Jesus o declara em oração: “Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste (João 17:20-23). Assim está dito por Paulo, falando aos atenienses sobre Deus Ser a própria Criação em Si mesmo: Pois nele vivemos, nos movemos e existimos (Atos 17:28). E assim também está dito na doutrina dos apóstolos: Porque ele “tudo sujeitou debaixo de seus pés”. Ora, quando se diz que “tudo” lhe foi sujeito, fica claro que isso não inclui o próprio Deus, que tudo submeteu a Cristo. Quando, porém, tudo lhe estiver sujeito, então o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, a fim de que Deus seja tudo em todos (1º Coríntios 15:27-28).

Caso preciso seja, releia as declarações do parágrafo acima, dadas pela Palavra do Senhor, pedindo a Deus a sabedoria para a compreensão delas como elas são.

Seguindo, portanto, sabemos agora que a oração traz em si este processo e este mecanismo do pedir em fé, esperar em fé, e alcançar por fé, segundo a vontade de Deus. Sim, isso é importante: como a oração é este caminho paralelo de relacionamento/processo, Deus nos concede o que Ele sabe que seja o melhor. Veja só: Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam (Romanos 8:28), significando dizer que Deus traz à existência, em reposta à oração, aquilo que nos faz bem! Por isso do apóstolo João nos dizer tão claramente: Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos (1º João 5:14-15). E é também por isso que Tiago nos desperta para a realidade da oração quanto aos seus resultados: Entre vocês há alguém que está sofrendo? Que ele ore. [...] A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado. Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz. Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e os céus enviaram chuva, e a terra produziu os seus frutos (Tiago 5:13-18).

E agora, para finalizar, quero lembrar da parábola que Jesus contou em Lucas 18:1-8, que foi mencionada lá no início do texto, como base para o que escrevo:

Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha me importunar’”. E o Senhor continuou: “Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?”

“Encontrará fé na terra?”, é a pergunta retórica, que deve nos ser um alerta! Temos tido fé para “orar sempre e nunca desanimar”? Seguindo o exemplo desta mulher que “se dirigia continuamente a ele”, também nos dirigimos continuamente a Deus em nossas orações?

Continuidade e perseverança, sempre e sem desanimar...

Eu preciso entender que a oração é relacionamento e tem este poder/processo de colocar a existência em movimento.

E a existência em movimento nem sempre me trará o que espero/oro, mas, por vezes e conquanto seja melhor para mim, não trará o orado, mas me fará entender o que devo entender/aprender.

Eu preciso entender, de uma vez por todas, que devo orar até ser atendido ou até entender o que deve ser entendido!

E, em fé e confiança pacificada, devo saber que será sempre feita a vontade de Deus!

Graças a Deus por assim ser!

Quero encerrar este texto, porém, com dois exemplos práticos pelo que orar.

Primeiro, há os casos pontuais que podem/devem ser objetos da nossa oração: uma situação pessoal, uma situação com algum familiar, com um amigo, com um conhecido. Uma vez orado e alcançado o pedido da oração, o tema se encerra em si mesmo. Agradece-se e ponto. Há o início do processo e sua conclusão.

Você imagina quanto a existência pode ser movimentada pela oração de uma pessoa, ou de cinco, ou de dez?!

E há, também os casos contínuos, que podem/devem ser objetos da nossa oração: a pobreza extrema, situações de guerra e conflitos que tolhem vidas, a fome que mata crianças na África, mortes nos conflitos do Oriente Médio, doentes em hospitais, pessoas em situação de rua. Acontecem com pessoas que nem conhecemos e são situações aparentemente sem solução, pelo menos sem solução dada por nós, humanos. Nestes casos, os pedidos da oração são alcançados diariamente, mas, assim como milhares podem ser ajudados hoje, há novos milhares necessitando de nova ajuda amanhã, e depois, e mês que vem, e ano que vem. Este é um belo exemplo do orai sem cessar, que a Bíblia nos aconselha.

Você imagina o quanto a existência pode ser movimentada pela oração de uma pessoa, ou de mil, ou de um milhão, ou de dez milhões?!

Eu entendo assim: Deus está sempre disponível a ajudar, e o faz por conta própria, quando quer, onde quer, como quer e com quem quer. Mas Deus deixou na mão humana uma parte desta ação – pela oração – como privilégio de contribuir em amor para que mais seja movido em direção ao próximo. Eu entendo que Deus nos propõe uma ação em parceria, uma ação conjunta.

Eu o convido: ore, ore sempre, ore simples, ore grato – e saiba que o milagre já está acontecendo!

 

Por ora é isso.

Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 9 de novembro de 2025

183 – Palavras de Sabedoria (Provérbios 3, 9, 10, 11, 15, 17, 25, 26, 27, 30)

 

Benefícios da Sabedoria

Meu1(versículo de Provérbios 3) filho, não se esqueça da minha lei, mas guarde no coração os meus mandamentos, pois2 eles prolongarão a sua vida por muitos anos e lhe darão prosperidade e paz.

Que3 o amor e a fidelidade jamais o abandonem; prenda-os ao redor do seu pescoço, escreva-os na tábua do seu coração. Então4 você terá o favor de Deus e dos homens, e boa reputação.

Como13 é feliz o homem que acha a sabedoria, o homem que obtém entendimento, pois14 a sabedoria é mais proveitosa do que a prata e rende mais do que o ouro. É15 mais preciosa do que rubis; nada do que você possa desejar se compara a ela. Na16 mão direita, a sabedoria lhe garante vida longa; na mão esquerda, riquezas e honra. Os17 caminhos da sabedoria são caminhos agradáveis, e todas as suas veredas são paz. A18 sabedoria é árvore que dá vida I a quem a abraça; quem a ela se apega será abençoado.

O10(versículo de Provérbios 9) temor do SENHOR é o princípio da sabedoria II, e o conhecimento do Santo é entendimento”.

 

Os Provérbios de Salomão

A11(versículo de Provérbios 10) boca do justo é fonte de vida, mas a boca dos ímpios abriga a violência. O12 ódio provoca dissensão, mas o amor cobre todos os pecados.

O1(versículo de Provérbios 11) SENHOR repudia balanças desonestas, mas os pesos exatos lhe dão prazer.

Quando2 vem o orgulho, chega a desgraça, mas a sabedoria está com os humildes.

Como22 anel de ouro em focinho de porco, assim é a mulher bonita, mas indiscreta.

Quem27 procura o bem será respeitado; já o mal vai de encontro a quem o busca.

É17(versículo de Provérbios 15) melhor ter verduras na refeição onde há amor do que um boi gordo acompanhado de ódio.

Melhor12(versículo de Provérbios 17) é encontrar uma ursa da qual roubaram os filhotes do que um tolo em sua insensatez.

Se21(versículo de Provérbios 25) o seu inimigo tiver fome III, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo22 isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele, e o SENHOR recompensará você.

Como28 a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se.

Como11(versículo de Provérbios 26) o cão volta ao seu vômito, assim o insensato repete a sua insensatez.

O13 preguiçoso diz: “Lá está um leão no caminho, um leão feroz rugindo nas ruas!”

As22 palavras do caluniador são como petiscos deliciosos; descem saborosos até o íntimo.

Assim19(versículo de Provérbios 27) como a água reflete o rosto, o coração reflete quem somos nós.

 

Palavras de Agur

“Os17(versículo de Provérbios 30) olhos de quem zomba do pai, e, zombando, nega obediência à mãe, serão arrancados pelos corvos do vale, e serão devorados pelos filhotes do abutre”.

“Quatro24 seres da terra são pequenos, e, no entanto, muito sábios: as25 formigas, criaturas de pouca força, contudo, armazenam sua comida no verão; os26 coelhos, criaturas sem nenhum poder, contudo, habitam nos penhascos; os27 gafanhotos, que não têm rei, contudo, avançam juntos em fileiras; a28 lagartixa, que se pode apanhar com as mãos, contudo, encontra-se nos palácios dos reis”.

 

Para entender a história

O Livro dos Provérbios utiliza uma filosofia prática, em geral transmitida de forma bem humorada, para dar às pessoas conselhos úteis para uma vida digna. Os provérbios sugerem que a religião e a vida são inseparáveis. A sabedoria só pode levar à felicidade se tiver como base a reverência a Deus e aos seus ensinamentos.

 

v     Curiosidades

                                     I.     “A sabedoria é árvore que dá vida” – A sabedoria é uma fonte de dádiva vital, pois leva as pessoas em direção ao relacionamento apropriado com Deus. Na literatura do antigo Oriente Médio, uma árvore exuberante era a metáfora comum para bênçãos contínuas. Esta citação também é uma referência à “árvore da vida” do Gênesis.

                                  II.     O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria” – Os sábios de Israel acreditavam que a base da verdadeira sabedoria era “temer a Deus”, o que significava reverência e não medo. As pessoas deviam prestar culto a Deus e levar a vida de acordo com a sua Lei. Sem esse “temor”, a sabedoria seria incapaz de aproximar as pessoas do seu Criador.

                               III.     “Se o seu inimigo tiver fome” – Muitos provérbios reforçam a importância de ser um bom vizinho. Isso se aplica até mesmo aos que são hostis. Se as pessoas retribuem inimizade com atos de bondade, evitam-se tensões e brigas na comunidade.

 

- Os provérbios de Salomão: O rei Salomão era famoso por sua sabedoria, e a sua corte tornou-se um centro internacional de aprendizado. Grande parte da literatura de sabedoria tem sido atribuída a ele.

- Os ditados de Agur: Agur aprendeu a humildade observando as maravilhas da natureza. Era, provavelmente, um ismaelita da Arábia, e os seus ditados refletem a sabedoria do Oriente. O povo de Israel somente reconhecia como palavras de sabedoria, fosse qual fosse a sua fonte, se a essência delas estivesse de acordo com a Lei de Deus.

- O uso das palavras: Os provérbios lançam mão de frases de efeito curtas e perspicazes. As palavras são usadas de maneira econômica, nos moldes de “quanto menos, melhor”. Também há uma grande força nas palavras, tanto escritas quanto faladas. As palavras podem ser usadas igualmente para o bem e para o mal, e o efeito delas não deve ser subestimado. O principal tema do Livro dos Provérbios é que escutar leva à sabedoria, e que conversa fiada e fofoca são para os tolos.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 2 de novembro de 2025

Homens Brotam do Chão e Mulheres do Inconsciente


 

Os nomes que na Bíblia são postos por Deus ou por Ele trocados — como Jesus também fez com alguns de Seus discípulos —, sempre atribuem significados aos seus possuidores. E isto vem desde o início de tudo.

Por exemplo:

Adão – (hebraico) – Adham, homem de terra vermelha.

Eva – (hebraico) – Chavva, viver ou vida.

Assim, Adão é terra vermelha, talvez uma alusão ao pó da Mesopotâmia. Se fosse em Brasília ou no Paraná a vermelhidão do chão também chamaria atenção. Porém, Adão é mais do que terra vermelha, ele é matéria simples, é filho de onde pisa. Assim, ele é um ser mais deste mundo de coisas básicas e instintuais. Em outras palavras: o homem é mais simples em seu ser; e mais: sua alma tem ligações com os fundamentos, e nem tanto com os tetos abstratos e subjetivos da existência.

Eva, entretanto, não é terra, ela é viver ou vida. Afinal, ela é bem mais complexa, visto não vir direto do chão, mas do chão-já-feito-humano. E é da costela, do lado do homem feito, que em meio ao sono, ele sonhou com a projeção dela como sua própria alma: ânima.

Então a mulher sai de dentro dele pelas mãos de Deus. E sai de dentro dele mesmo, do mais profundo de seu inconsciente, pois “o Senhor fez cair profundo sono sobre o homem”.

Eva vem muito mais do Inconsciente do que da Costela!

Sem o “profundo sono-sonho” nenhuma Eva jamais apareceria, e jamais, em surgindo, geraria do homem o grito que somente dão aqueles que encontram o que há muito buscavam: “Até que enfim!” Ou: “Esta afinal é...!”

É por esta razão que “a mulher é a glória do homem”, segundo Paulo. Pois se a mulher foi tirada do homem, o homem nasce da mulher; para que haja interdependência.

“Glória”, todavia, é aquilo que coroa e que aponta para algo superior. Assim, a mulher é a “coroa” do homem. Desse modo, pode-se dizer que a mulher é um ser mais ligado ao que é humanamente superior, enquanto o homem é mais ligado ao que é chão e terra.

É obvio que a antropologia psicológica tem uma boa explicação para tal fato, aludindo aos milênios de experiência do homem como um caçador ou agricultor; tendo, portanto, suas raízes bem vinculadas pela cultura a tudo aquilo que é de natureza prática e pragmática. Ou seja: com a simplicidade da terra. Além disso, enquanto uma mulher só pode ter um filho por ano, um homem, no mesmo período, caso deseje, tem potencial para gerar centenas de filhos; o que dá a ele uma prole genética, mas que não lhe garante evolução emocional e afetiva; a qual, é sempre resultado de alguma forma de vínculo que se ligue ao cuidado de alguém; no caso da mulher: ao filho(a).

A mulher, entretanto, pelas mesmas razões acima mencionadas, é aquela que ficou em casa, que desenvolveu habilidades sutis e, sobretudo, aplicou sua alma ao discernimento do interior do homem e dos filhos. Assim, a relação da mulher é desde sempre com o viver ou com a vida; e isso tendo na vida o objeto de seu interesse explícito: o marido e os filhos.

A maternidade, por seu turno, coloca a mulher num ambiente no qual, dentro dela, surge um outro ambiente, com o qual ela se relaciona de modo silencioso: o filho no ventre. Além disso, por tal vínculo, cresce nela uma intuição que em muito sobrepuja a do homem, de um modo geral.

Desse modo, pode-se dizer que a mulher é, quase sempre, um ser muito mais psíquico do que o homem; o qual é menos intuitivo e mais instintual.

Assim, a bondade da mulher é quase sempre mais profunda que a do homem, visto que a dedicação ao marido e suas coisas, bem como para com os filhos no dia a dia da criação, a põe numa escala de afetividade que raramente os homens conhecem.

Do mesmo modo, caso uma mulher se torne má e perversa, deve-se saber que na mesma medida em que pode ser boa, tornar-se-á mais perversa que a maioria dos homens. Isto porque a bondade e a maldade da ânima feminina são mais profundas e sofisticadas do que o ânimus masculino.

Daí os ódios masculinos geraram brigas e desavenças estúpidas e braçais, o que é ridicularizado pelas mulheres. Todavia, quando “calha” de uma mulher se tornar vingativa e maldosa, nenhum homem terá o poder paciente de sua sutil e contínua perseverança na causa do ódio. Além do que, a maioria dos ódios masculinos têm profunda ligação ou com a disputa pela mulher, ou, outras vezes, se alimenta do ódio dela como “honra”.

Ora, digo estas poucas coisas apenas para lembrar que Adão e Eva são nomes de natureza simbólica e que bem expressam as naturezas de seus possuidores.

Paulo diz que o sentimento materno é a salvação da mulher. E é mesmo! Já o Gênesis diz que “o desejo da mulher é para o seu marido”; que foi a inclinação instintual que Deus colocou na alma da mulher a fim de salvá-la também como ser da vida. Do contrário, não teríamos mais a menor chance de traçar uma “genealogia” humana caso as mulheres variassem de parceiros sexuais e de procriação como por milênios fizeram os machos humanos.

Abraão só podia dizer que Isaque era seu filho porque na vida de Sara não houve um Hagar-macho.

Para mim o mais estranho de tudo é a identificação explícita que Jesus faz de Deus com a imagem do Pai.

Honestamente, eu já tentei sentir o lado feminino de Deus; mas, para mim, não me foi possível até hoje. Aliás, toda a tentativa que os teólogos da “cultura do politicamente correto” fazem, me soa não apenas tola, como também não encontra um único eco ou ressonância em minha alma. Até porque todas as supostas qualidades maternas de Deus, as quais aparecem aqui ou ali nas Escrituras, aparecem quase sempre de modo figurativo, enquanto a declaração da paternidade de Deus é chocantemente explícita.

Na minha maneira de ver, a sugestão de Paulo em I Coríntios acerca da “interdependência” que há entre homem e mulher, não apenas estabelece o que declara estabelecer; mas, muito além disso, coloca o homem num caminho de desenvolvimento de sua ânima, na busca de encontro com sua mulher-alma-glória.

Resumindo, diríamos que o homem é um ser do chão e de suas praticidades mais simples, enquanto a mulher já nasce com ambições de natureza emocional e afetiva que raramente os homens conseguem compreender; visto que, na maioria dos casos, eles interpretam tal busca e interesse femininos como carência e fraqueza; quando, de fato, significam elevação e evolução humanas. Ora, isto quando a semente feminina não apodrece; pois, em tal caso, não há homem que possa vencer a persistência do ódio, da amargura ou do espírito de vingança de uma mulher.

Pense nisso! Pois é só para pensar!

Escrevo tudo isso n’Ele, em Quem homem e mulher caminham para ser um-sempre, tendo a Cristo como Cabeça de ambos.

 

(um texto de Caio Fábio D´Araújo Filho)

domingo, 26 de outubro de 2025

182 – Palavras de Louvor (Salmos 1, 8, 23, 121)


 

Como1(versículo de Salmo 1) é feliz I aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao2 contrário, sua satisfação está na lei do SENHOR, e nessa lei medita II dia e noite. É3 como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera!

Não4 é o caso dos ímpios! São como palha que o vento leva. Por5 isso os ímpios não resistirão no julgamento, nem os pecadores na comunidade dos justos.

Pois6 o SENHOR aprova o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios leva à destruição!

 

 SENHOR1(versículo de Salmo 8), Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra! Tu, cuja glória é cantada nos céus. Dos2 lábios das crianças e dos recém-nascidos III firmaste o teu nome como fortaleza, por causa dos teus adversários, para silenciar o inimigo que busca vingança.

Quando3 contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto4: Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes?

Tu5 o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glória e de honra. Tu6 o fizeste dominar sobre as obras das tuas mãos; sob os seus pés tudo puseste: Todos7 os rebanhos e manadas, e até os animais selvagens, as8 aves do céu, os peixes do mar e tudo o que percorre as veredas dos mares.

SENHOR9, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra!

 

O1(versículo de Salmo 23) SENHOR é o meu pastor; de nada terei falta. Em2 verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranquilas; restaura-me3 o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

Mesmo4 quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem.

Preparas5 um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo IV e fazendo transbordar o meu cálice. Sei6 que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e voltarei à casa do SENHOR enquanto eu viver.

 

Levanto1(versículo de Salmo 121) os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro? O2 meu socorro vem do SENHOR, que fez os céus e a terra.

Ele3 não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta, sim4, o protetor de Israel não dormirá, ele está sempre alerta!

O5 SENHOR é o seu protetor; como sombra que o protege V, ele está à sua direita. De6 dia o sol não o ferirá, nem a lua, de noite.

O7 SENHOR o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida. O8 SENHOR protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre.

 

Para entender a história

Os Salmos são poesias hebraicas musicadas, compostas por Davi e outros autores, e usados especialmente nas reuniões no Templo e posteriormente nas sinagogas judaicas. Com o advento do cristianismo, muitos deles foram musicados com novos arranjos e adaptados para o louvor na Igreja.

 

v     Curiosidades

                                     I.     Como é feliz” – Esta expressão também aparece traduzida como “bem-aventurado” ou “abençoado é o homem”. Somente os que seguem o caminho do Senhor, em última instância, serão abençoados por Deus.

                                  II.     “Nessa lei medita” – No antigo Israel, a Lei era estudada todos os dias. Um conhecimento íntimo da Lei era o caminho para se aproximar de Deus.

                               III.     “Lábios das crianças e dos recém-nascidos” – Esta frase destaca a relação pai e filho entre os seres humanos e o seu Criador. Deus é a fonte de todo o potencial humano.

                                IV.     “Ungindo a minha cabeça com óleo” – Quando um rei fazia uma aliança com Deus, esta geralmente era selada com um banquete. Durante as comemorações, era costume ungir a cabeça dos convidados com óleo, como sinal de amizade e proteção.

                                   V.     “Como sombra que o protege” – Da mesma forma que uma sobra nunca abandona a pessoa, o Senhor permanece com o seu povo. E, da mesma forma que uma sombra protege as pessoas do excessivo calor do sol, Deus sustenta e protege os que dele dependem.

 

- Salmo 1: Este salmo introdutório fixa temas que serão recorrentes por todo o livro dos Salmos – devoção, agradecimento e fé inabalável em Deus. O autor é desconhecido.

- Salmo 8: Este salmo, escrito pelo rei Davi, celebra o domínio da humanidade sobre a terra. Trata-se de uma reflexão sobre a grandeza de Deus e reconhece a insignificância da humanidade quando comparada à glória da criação de Deus.

- Salmo 23: O salmo de Davi é uma alegre proclamação da providência divina. Quem crê pode viver livre de medo porque, como um bom pastor, Deus estará sempre provendo, protegendo e guiando o seu rebanho.

- Salmo 121: Este é o segundo da coleção de quinze salmos chamados “Salmos de Peregrinação”. A tradição sugere que estes salmos eram entoados durante as peregrinações anuais a Jerusalém. Deus é apresentado como companheiro e guardião de seu povo.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.