Pesquisar neste blog

domingo, 26 de outubro de 2025

182 – Palavras de Louvor (Salmos 1, 8, 23, 121)


 

Como1(versículo de Salmo 1) é feliz I aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao2 contrário, sua satisfação está na lei do SENHOR, e nessa lei medita II dia e noite. É3 como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera!

Não4 é o caso dos ímpios! São como palha que o vento leva. Por5 isso os ímpios não resistirão no julgamento, nem os pecadores na comunidade dos justos.

Pois6 o SENHOR aprova o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios leva à destruição!

 

 SENHOR1(versículo de Salmo 8), Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra! Tu, cuja glória é cantada nos céus. Dos2 lábios das crianças e dos recém-nascidos III firmaste o teu nome como fortaleza, por causa dos teus adversários, para silenciar o inimigo que busca vingança.

Quando3 contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto4: Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes?

Tu5 o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glória e de honra. Tu6 o fizeste dominar sobre as obras das tuas mãos; sob os seus pés tudo puseste: Todos7 os rebanhos e manadas, e até os animais selvagens, as8 aves do céu, os peixes do mar e tudo o que percorre as veredas dos mares.

SENHOR9, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra!

 

O1(versículo de Salmo 23) SENHOR é o meu pastor; de nada terei falta. Em2 verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranquilas; restaura-me3 o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

Mesmo4 quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem.

Preparas5 um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo IV e fazendo transbordar o meu cálice. Sei6 que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e voltarei à casa do SENHOR enquanto eu viver.

 

Levanto1(versículo de Salmo 121) os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro? O2 meu socorro vem do SENHOR, que fez os céus e a terra.

Ele3 não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta, sim4, o protetor de Israel não dormirá, ele está sempre alerta!

O5 SENHOR é o seu protetor; como sombra que o protege V, ele está à sua direita. De6 dia o sol não o ferirá, nem a lua, de noite.

O7 SENHOR o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida. O8 SENHOR protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre.

 

Para entender a história

Os Salmos são poesias hebraicas musicadas, compostas por Davi e outros autores, e usados especialmente nas reuniões no Templo e posteriormente nas sinagogas judaicas. Com o advento do cristianismo, muitos deles foram musicados com novos arranjos e adaptados para o louvor na Igreja.

 

v     Curiosidades

                                     I.     Como é feliz” – Esta expressão também aparece traduzida como “bem-aventurado” ou “abençoado é o homem”. Somente os que seguem o caminho do Senhor, em última instância, serão abençoados por Deus.

                                  II.     “Nessa lei medita” – No antigo Israel, a Lei era estudada todos os dias. Um conhecimento íntimo da Lei era o caminho para se aproximar de Deus.

                               III.     “Lábios das crianças e dos recém-nascidos” – Esta frase destaca a relação pai e filho entre os seres humanos e o seu Criador. Deus é a fonte de todo o potencial humano.

                                IV.     “Ungindo a minha cabeça com óleo” – Quando um rei fazia uma aliança com Deus, esta geralmente era selada com um banquete. Durante as comemorações, era costume ungir a cabeça dos convidados com óleo, como sinal de amizade e proteção.

                                   V.     “Como sombra que o protege” – Da mesma forma que uma sobra nunca abandona a pessoa, o Senhor permanece com o seu povo. E, da mesma forma que uma sombra protege as pessoas do excessivo calor do sol, Deus sustenta e protege os que dele dependem.

 

- Salmo 1: Este salmo introdutório fixa temas que serão recorrentes por todo o livro dos Salmos – devoção, agradecimento e fé inabalável em Deus. O autor é desconhecido.

- Salmo 8: Este salmo, escrito pelo rei Davi, celebra o domínio da humanidade sobre a terra. Trata-se de uma reflexão sobre a grandeza de Deus e reconhece a insignificância da humanidade quando comparada à glória da criação de Deus.

- Salmo 23: O salmo de Davi é uma alegre proclamação da providência divina. Quem crê pode viver livre de medo porque, como um bom pastor, Deus estará sempre provendo, protegendo e guiando o seu rebanho.

- Salmo 121: Este é o segundo da coleção de quinze salmos chamados “Salmos de Peregrinação”. A tradição sugere que estes salmos eram entoados durante as peregrinações anuais a Jerusalém. Deus é apresentado como companheiro e guardião de seu povo.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 19 de outubro de 2025

A Física e Suas Implicações


A Física, Newton, Einstein e a natureza espiritual do Universo

 

O “Cosmo cristão” [digo: “Cosmo” como Universo] ainda é segundo a imagem e semelhança de Newton. Ou seja: ainda é uma noção de Universo pré-einsteiniano e, portanto, fixo, uno e estável.

Depois de Einstein o Cosmo passou a ser Cosmos, posto que a Relatividade de Einstein abrisse espaço para muitos universos.

Sim, abriu a tal ponto que o próprio Einstein não suportou a desconstrução que suas duas principais teorias geraram nas suas múltiplas implicações.

Foi em razão das descobertas de Einstein que se abriram outros mundos [...], especialmente o mundo das partículas subatômicas, gerando uma ampla compreensão de outro modo do Universo existir.

Sim, surgiu um modo totalmente diferente de se ver a existência dos mundos, e que é totalmente diferente do Universo na sua manifestação macro, de percepção newtoniana.

Portanto, desde Einstein que o Universo cresceu, sendo percebido não mais como realidade única e fixa, mas, sim, como algo que continha muito mais do que estava disponível à vista e aos sentidos.

Assim, a cada dia, mesmo contra a vontade de Einstein, suas teorias abriram mundos que ele não desejaria que existissem.

Einstein morreu com raiva do que suas teorias haviam aberto como noção [...] no mundo da Física, em razão, sobretudo, do que a Mecânica Quântica havia incorporado como noção revolucionária do sentido e constituição da natureza do Universo.

Hoje, mais e mais, a Física vai se transformando em uma espécie de Teofísica; ou ainda numa espécie de Pneumofísica.

Sim, posto que cada vez mais se discirna que o Universo não é um só; que há muitos universos; que há mundos paralelos; que podemos conviver com dimensões distintas que existem no ambiente invisível à nossa percepção; que a natureza do Universo é feita de elementos que somente se parecem com o conceito de energia espiritual; que existem muitos tempo/espaço; que existem muitas camadas de existência; que existe o mundo invisível para além do que os olhos captem; que pode haver seres e vida justamente a uma membrana dimensional de nós, etc.

Ou seja: a cada dia a Física vai se tornando uma Teologia da Natureza das Coisas!

Ora, é por tal razão que julgo que compreender a Física deste tempo é o melhor dever de casa que alguém possa pretender realizar (depois do estudo da Palavra) a fim de melhor perceber a natureza espiritual do Universo!

Hoje, pela Física, vejo anjos existindo a uma membrana de mim.

Hoje, pela Física, vejo o céu a uma membrana de mim.

Hoje, pela Física, vejo principados, potestades, poderes, rodas [arcos, círculos, como os de Ezequiel no Antigo Testamento], tronos e soberanias — todos existindo a uma membrana de mim.

Hoje, pela Física, vejo o Inferno a uma membrana quântica ou a uma membrana dimensional de distância de mim e de você.

Sim, hoje, pela Física, vejo que o Novo Testamento não apela para a magia espiritual quando determina a existência de muitos mundos, visíveis e invisíveis, os quais existem de modo simultâneo e paralelo à camada de existência na qual eu existo.

Não! A Natureza do Universo não é grega, nem barroca, nem newtoniana, nem einsteiniana, mas, sim, espiritual, visto que espírito é energia, é existência na sua forma mais sutil e essencial.

Assim, anjos, por exemplo, são criaturas de uma outra energia e dimensão, mas existem em universos que se comunicam com o nosso; seja por portais; seja por capacidade de interrelação deles com o nosso mundo.

Ora, entender isso e discernir isso em suas implicações, cria uma percepção do mundo espiritual totalmente diferente.

É nesse sentido que digo que os tais óvnis são apenas interrelações de dimensões, sendo que a sua natureza é “espiritual”; porém, um “espiritual” que tem a ver com as noções que a Física atual nos ajuda a compreender com mais clareza fenomenológica.

Pode ser total coincidência que a Teoria Física das Cordas proponha que existam de 9 a 11 camadas de existência além da nossa [ou seja: de mundos paralelos], — à semelhança do que as antigas teses teológicas sobre o mundo invisível declaravam, ou seja: que existem de 9 a 11 camadas de mundos invisíveis, feitos das camadas existentes de anjos, arcanjos, principados, potestades, poderes, tronos, soberanias, rodas, querubins, serafins, etc.

Portanto, para mim, a Física moderna é um guia de estudo fenomenológico não apenas da existência como a vemos, mas das existências que não vemos. E mais que isto: é um guia de ajuda para a visualização de tais fenômenos como parte agora constatável e semi-observável para nós. Digo semi-observável apenas porque ainda não temos mais que a teoria em avançado processo de demonstração, mas que ajudam imensamente a entender a natureza dos fenômenos por nós designados como de natureza espiritual.

O que a Física nos ajuda hoje a ver mais do que a Teologia, é que a natureza do Universo é essencialmente espiritual!

Esta é a razão de eu dar tanta ênfase a que se busque entender a natureza essencial do Universo, pois será por tais compreensões que nos prepararemos para as invasões espirituais que já estão acontecendo no nosso mundo, e que aumentarão enormemente.

Portanto, simplificando, para mim, por exemplo, os óvnis são manifestações espirituais de uma camada [ou de qualquer delas], sendo “vazadas” para dentro de nossa dimensão.

Chegará a hora em que seremos visivelmente invadidos por tais fenômenos, e quem não estiver preparado cairá em perplexidade assombrosa.

“Coisas espantosas” [...] “Grandes sinais do céu” [...] “Sinais nos céus” [...] “Angústia entre as nações” [...] — são expressões que Jesus usa a fim de designar o ambiente psicológico da humanidade ante a manifestação de fenômenos inusitados e chocantes.

Assim, dou graças a Deus pela Física, por Newton, por Einstein, e pelos que creram nas teses de Einstein mais do que ele mesmo!

Sim, dou graças a Deus pela descoberta científica acerca dos mundos paralelos; e por tudo quanto seja iluminação na verdade acerca da realidade; pois toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm e do alto, descendo do Pai das Luzes; sendo mediada por qualquer um [...], posto que Deus seja livre para revelar-Se, assim como para revelar a natureza das coisas que Ele criou a quem bem desejar.

Pense nisso!

 

(um texto de Caio Fábio D´Araújo Filho)

domingo, 12 de outubro de 2025

181 – Louvor, Sabedoria e Profecias


Os últimos 22 livros do Antigo Testamento estão agrupados como “Poesia e Sabedoria” e “Profecia”. Os 5 primeiros (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos) formam a parte de “Poesia e Sabedoria”. Esta também pode ser dividida em “Palavras de Louvor” e “Palavras de Sabedoria”. Os últimos 17 livros registram a vida e a obra dos mais importantes profetas de Israel.

Os 22 livros variam em conteúdo, mas quase todos têm um elemento em comum: o uso da poesia. Cerca de um terço dos textos do Antigo Testamento foi escrito em forma de poemas. Infelizmente, grande parte de sua sutileza original perdeu-se nas traduções. As características da poesia hebraica incluem ritmo, repetição de frases, semelhanças sonoras e trocadilhos, como nos significados dos nomes. Esses truques literários ajudavam o leitor a memorizar os textos. A poesia hebraica é fértil em imaginação, e os autores bíblicos lançavam mão disso para transmitir os mais profundos sentimentos humanos e expressar o poder da experiência espiritual.

 

Louvor

O livro dos Salmos é uma reunião de 150 poemas e preces. Na literatura hebraica, é chamado de “Livro dos Louvores”, indicando o seu conteúdo. Esses salmos datam da época de Moisés até o período da volta dos judeus do exílio na Babilônia. Outro nome para o livro é “Saltério”, do título grego, que significa “cantos acompanhados pela harpa”. Quase metade deles é atribuída ao rei Davi, um exímio tocador deste instrumento.

Há salmos para o indivíduo e para a comunidade, e expressam as esperanças e os temores do povo de Israel. O livro, portanto, fornece uma melhor compreensão da espiritualidade de Israel durante os altos e baixos de sua acidentada história. Jesus transformou muitos destes salmos em suas próprias preces e costumava citá-los.

 

Salmos no culto judeu

Por tradição, a edição final dos salmos é creditada a Esdras, que remodelou a prática religiosa em Jerusalém após o exílio no século V a.C. O livro dos Salmos divide-se em cinco partes, igual à Torá, os primeiros 5 livros da Bíblia hebraica. A maior parte dos salmos tem um título, que fornece informações sobre o autor ou a dedicatória, a ocasião para a qual foi escrito e instruções para o acompanhamento musical.

Durante as cerimônias religiosas, os salmos costumavam ser cantados ou entoados alternadamente pois dois coros, ou um coro e a congregação.

 

Sabedoria

Os livros de Jó, Provérbios e Eclesiastes são conhecidos como “Livros de Sabedoria”. A literatura de sabedoria era comum no antigo Oriente Médio. Milhares de ditados curtos, em forma de provérbios, circulavam entre o Egito e a Mesopotâmia e terras a leste. Esses ditados eram criados ou colecionados por sábios, que costumavam ser patrocinados por cortes reais.

Esses sábios também escreviam monólogos ou diálogos e respeito de questões humanas específicas, como o significado da existência ou o motivo do sofrimento. O exemplo mais conhecido é o “Instruções de Amenemope”, do primeiro milênio a.C., bastante semelhante ao livro dos Provérbios, na Bíblia. Muitos eruditos israelitas conheciam a literatura de sabedoria de outras culturas. Isso se reflete no fato de, no Antigo Testamento, os Livros de Sabedoria serem mais cosmopolitas.

 

Cântico dos Cânticos

O Cântico dos Cânticos é um poema de amor sobre uma moça do campo que vê o seu amado, um pastor, como um rei destemido. A fértil e sensual fantasia do poema reproduz a vida e a paisagem da Palestina. Considera-se que o poema simboliza o amor de Deus pelo Seu povo. O seu título em hebraico significa “o maior dos cantos”.

A voz do amor é a voz de uma mulher. Tradicionalmente, o poema é atribuído a Salomão, razão pela qual costuma, às vezes, ser chamado de “Canção de Salomão”.

 

O sofrimento de Jó

A livro de Jó trata da fé em Deus e da função do sofrimento. Satanás desafia Deus, afirmando que Jó, um homem honesto, feliz e bem-sucedido, rejeitará Deus, se Ele retirar as Suas bênçãos. Satanás impõe dificuldades cada vez maiores a Jó, que perde a família, os bens e a saúde. Ele não perde a fé em Deus, mas é forçado a questionar a própria honestidade. Jó não entende como Deus pode permitir que o justo e inocente sofra, ao mesmo tempo em que a maldade parece prosperar, e amaldiçoa o dia em que nasceu.

Finalmente, Deus fala com Jó, a quem é dada a percepção da benevolência e da sabedoria infinitas de Deus. Jó percebe que é a sua fé, e não a compreensão, que é importante.

 

Provérbios

O livro dos Provérbios é composto de nove coleções de ditados transmitidos pelos sábios. Essas pessoas desempenhavam um importante papel na sociedade. Aconselhavam os reis e instruíam os jovens a como se comportar sabiamente em todas as circunstâncias, a fim de levar uma vida ética.

O tema fundamental do livro é que o bom será recompensado e o mau será castigado. É dado ênfase à boa relação entre vizinhos e os seus benefícios para toda a comunidade, principalmente no caso de indivíduos necessitados de ajuda.

 

Eclesiastes

O Eclesiastes é um livro que faz reflexões sobre o sentido da vida e a existência humana. Alguns estudiosos atribuem a obra ao rei Salomão. Seu título em hebraico, “O Livro de Koheleth”, sugere que o autor é um pregador. “Eclesiastes” é a palavra grega para “professor” que fala para uma assembleia.

A mensagem do livro é que a vida é efêmera; não tem propósito ou significado se Deus não for o centro dela.

O autor conclui que, em geral, a vida é injusta, mas que deve ser desfrutada e não suportada. Garante-se que Deus é o derradeiro juiz, e os que n’Ele mantêm a fé nada têm a temer.

 

Profecia

Por todo o Antigo Testamento, uma sucessão de pregadores carismáticos, chamados de profetas, vaticinam os propósitos de Deus para o povo de Israel.

Os profetas costumavam prever terríveis consequências quando o povo se afastava de Deus. Nem sempre eram ouvidos e, geralmente, eram perseguidos. Mas os profetas também prometiam a graça derradeira de Deus: a chegada de um salvador, o Messias.

Os profetas têm procedências diversas: Amós era pastor, Ezequiel, um sacerdote, e Isaías tinha um passado aristocrático. Muitos são anônimos. Os profetas que merecem um livro na Bíblia são conhecidos como “profetas escritores”. Em geral, a mensagem que trouxeram foi registrada muito tempo depois de suas épocas.

 

Relação dos profetas:

·  Samuel e Natã(*) (1050 a.C. a 1010 a.C.): Samuel pegou os tempos dos reis Saul e Davi, e Natã os tempos de Davi e Salomão.

·  Elias(*) (870 a.C. a 852 a.C.): pegou os tempos dos reis Acabe e Acazias.

·  Eliseu(*) (855 a.C. a 798 a.C.): pegou os tempos dos reis Jorão, Jeú, Joacaz, Jeoás e Joás.

·  Amós (760 a.C. a 750 a.C.): pegou os tempos do rei Jeroboão II.

·  Jonas (760 a.C. a 750 a.C.): pegou os tempos do rei Jeroboão II.

·  Oséias (760 a.C. a 722 a.C.): pegou os tempos dos reis Jeroboão II e Oséias.

·  Em 722 a.C. ocorreu a queda do reino do norte de Israel.

·  Isaías (740 a.C. a 680 a.C.): pegou os tempos dos reis Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias e Manassés.

·  Miquéias (740 a.C. a 687 a.C.): pegou os tempos dos reis Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias e Manassés.

·  Sofonias (640 a.C. a 610 a.C.): pegou os tempos do rei Josias.

·  Naum (630 a.C a 612 a.C.): pegou os tempos do rei Josias.

·  Jeremias (626 a.C. a 587 a.C.): pegou os tempos dos reis Josias, Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias.

·  Habacuque (600 a.C.): pegou os tempos do rei Jeoaquim.

·  Em 586 a.C. ocorreu a queda do reino de Judá.

·  Daniel (604 a.C. a 535 a.C.): pegou os tempos do exílio.

·  Ezequiel (592 a.C. a 570 a.C.): pegou os tempos do exílio.

·  Obadias (587 a.C.): pegou os tempos do exílio.

·  Ageu (520 a.C.): pegou a reconstrução do segundo Templo.

·  Zacarias (520 a.C.): pegou a reconstrução do segundo Templo.

·  Malaquias (450 a.C.): pegou os tempos do segundo retorno de Neemias à Pérsia.

·  Joel (data desconhecida).

 

(*): Indica que o profeta não tem um livro na Bíblia com o seu nome.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 5 de outubro de 2025

O Ministério Apostólico e a Transição de Liderança na Igreja Primitiva


 

Os apóstolos são apresentados como testemunhas oculares da vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus. Essa condição era essencial para o apostolado: Pedro, ao explicar a substituição de Judas, afirma que o novo apóstolo deveria ser alguém que acompanhou Jesus desde o batismo de João até sua ascensão (Atos 1:21-22). Essa ênfase mostra que o apostolado, nesse primeiro momento, não era apenas um cargo, mas um chamado específico e histórico, impossível de ser replicado posteriormente.

Logo após a descida do Espírito Santo em Atos 2, vemos a emergência de uma liderança espiritual profundamente conectada à autoridade do Cristo ressuscitado. Essa liderança, porém, não permaneceu centralizada nos Doze: à medida que a comunidade se expandia geograficamente, culturalmente e numericamente, a autoridade apostólica começou a ser compartilhada com novos líderes locais — numa transição crucial para a maturidade da Igreja. O primeiro destes líderes é Tiago, irmão de Jesus, que, não sendo um dos Doze, assume um lugar de liderança entre eles. É difícil para nós, de forma assertiva, apresentar para Tiago uma nomenclatura oficial entre os Doze, contudo, é de se entender que a Igreja de Jerusalém estava sob seu cuidado e responsabilidade.

A narrativa de Atos dos Apóstolos apresenta a formação e consolidação da Igreja como um movimento vivo e pulsante que nasce com força no Pentecostes e cresce sob a liderança dos apóstolos, especialmente Pedro, João, Tiago e, mais tarde, Paulo.

Após o Pentecostes, vemos os apóstolos assumindo o protagonismo na pregação do Evangelho (Atos 2:14-36), nos sinais e maravilhas (Atos 2:43; 5:12), na disciplina da comunidade (Atos 5:1-11) e na organização dos primeiros ministérios internos (Atos 6:1-6). Eles não apenas lideravam — fundavam a identidade da Igreja como o novo povo de Deus.

O crescimento da Igreja forçou mais transições. Quando o número de discípulos começou a aumentar (Atos 6:1), surgiram tensões sociais internas. Os apóstolos, percebendo que não podiam se encarregar de todas as funções, tomam a decisão de delegar responsabilidades: escolhem sete homens cheios do Espírito e de sabedoria para o serviço prático da comunidade — os que seriam chamados de “diáconos” mais adiante (Atos 6:3-6). Esse é o primeiro passo na descentralização da liderança.

Mais tarde, vemos outro marco na transição: o surgimento de presbíteros (anciãos) em comunidades locais alcançadas pela pregação do Evangelho. Quando Paulo e Barnabé completam sua primeira viagem missionária, o texto de Atos 14:23 afirma que “em cada igreja designaram presbíteros, depois de orar e jejuar”. Esses líderes locais eram fundamentais para a permanência da fé e da doutrina onde os apóstolos não estariam mais fisicamente presentes.

A autoridade apostólica é irreplicável em sua essência (de testemunhas pessoais de Cristo), mas é transmissível em sua missão: guardar a fé, ensinar a Palavra, cuidar do povo. Por isso, Paulo dirá mais tarde a Tito (Tito 1:5) que ele deve “estabelecer presbíteros em cada cidade” — líderes comprometidos com a doutrina apostólica, íntegros e capazes de pastorear a comunidade.

Atos também mostra que essa liderança não se restringia a Jerusalém ou aos Doze. Em comunidades como Antioquia (Atos 13:1-3), encontramos profetas, mestres e líderes locais reunidos em oração, jejum e escuta do Espírito, enviando missionários e organizando a expansão do Evangelho. Aqui, o Espírito Santo é o verdadeiro “condutor” da Igreja, guiando tanto apóstolos quanto presbíteros e mestres na direção do Reino.

Com o tempo, vemos os termos presbítero (ancião) e epíscopo (supervisor ou bispo) sendo usados de forma intercambiável, como em Atos 20:17-28, onde Paulo convoca os presbíteros de Éfeso e os chama de “bispos” (episkopoi), responsáveis por “pastorear o rebanho de Deus”. Essa liderança era local, pastoral e comprometida com a sã doutrina, sem pretensões imperiais, e em constante serviço sacrificial.

A narrativa de Atos nos mostra que a transição da liderança apostólica para os presbíteros e bispos não foi um projeto institucional burocrático, mas um movimento do Espírito Santo em resposta às demandas da missão e ao crescimento da Igreja.

Os apóstolos lançaram os fundamentos da fé. Os presbíteros, então, passaram a cuidar, ensinar, proteger e perpetuar essa fé no cotidiano das comunidades cristãs. Essa transição foi marcada pela oração, jejum, imposição de mãos e discernimento espiritual — não por cargos políticos ou estruturas hierárquicas rígidas.

A Igreja Primitiva nos ensina que a verdadeira liderança cristã é a que serve, ensina e guarda a comunhão da fé. E sua força não está em sua posição institucional, mas em sua fidelidade à Palavra e à presença constante do Espírito.

 

CSTF

 

Fonte: https://www.facebook.com/groups/A.FE.EM.QUESTAO/posts/2249426092173677/?comment_id=2249429512173335&notif_id=1754559016705497&notif_t=group_comment_mention&locale=pt_BR