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domingo, 27 de julho de 2025

De Volta ao Tema Chato


 

2º Coríntios 2:17

Ao contrário de muitos, não negociamos a palavra de Deus visando lucro; antes, em Cristo falamos diante de Deus com sinceridade, como homens enviados por Deus.

 

Volto a falar de algo que está grassando à solta nos dias atuais. Sinceramente, não gostaria de falar nisso, mas eu “tenho” que fazê-lo.

E por que tenho que fazê-lo? Tenho que fazê-lo, pois assim sou ensinado pela Palavra.

Já no Antigo Testamento, o profeta Malaquias fazia esta denúncia, ensinando sobre se ter discernimento entre o que era verdadeiro e o que era falso: “Vocês têm dito palavras duras contra mim”, diz o SENHOR. “Ainda assim perguntam: ‘O que temos falado contra ti?’ Vocês dizem: ‘É inútil servir a Deus. O que ganhamos quando obedecemos aos seus preceitos e ficamos nos lamentando diante do SENHOR dos Exércitos? Por isso, agora consideramos felizes os arrogantes, pois tanto prosperam os que praticam o mal como escapam ilesos os que desafiam a Deus!’” Depois, aqueles que temiam o SENHOR conversaram uns com os outros, e o SENHOR os ouviu com atenção. Foi escrito um livro como memorial na sua presença acerca dos que temiam o SENHOR e honravam o seu nome. “No dia em que eu agir”, diz o SENHOR dos Exércitos, “eles serão o meu tesouro pessoal. Eu terei compaixão deles como um pai tem compaixão do filho que lhe obedece. Então vocês verão novamente a diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não servem (Malaquias 3:13-18).

Jesus também ensinou sobre o discernimento entre o que era bom e o que não era: “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda” (Mateus 7:24-27).

Escrevendo a seu pupilo Timóteo, Paulo outra vez volta ao alerta: Deixem de dar atenção a mitos e genealogias intermináveis, que causam controvérsias em vez de promoverem a obra de Deus, que é pela fé. O objetivo desta instrução é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera. Alguns se desviaram dessas coisas, voltando-se para discussões inúteis, querendo ser mestres da lei, quando não compreendem nem o que dizem nem as coisas acerca das quais fazem afirmações tão categóricas (1º Timóteo 1:4-7).

O assunto chato, mas que a ele tem que se voltar, são os negociantes da fé alheia, os “picaretas” que fundam “igrejas” para enriquecimento às custas dos “incautos” – para não dizer “otários”. Mas prefiro usar “incautos”, pois é o que muitas vezes essas pessoas são: sem cautela. É importante também dizer que, além dos incautos, há também os seguidores gananciosos, aqueles que veem na venda da “teologia da prosperidade” uma oportunidade de também ficarem ricos. Sabemos, entretanto, que ricos mesmo ficam os donos do negócio e alguns dos seus pastores/gerentes.

Fato é que milhares de pessoas jogam seu parco dinheirinho na boca desses lobos devoradores de esperanças e corações ansiosos. Muitas pessoas – além das que vão em busca de suposto ganho fácil – inundadas de problemas e desesperançosas de tudo, caem na armadilha da balela de “bênçãos divinas” mediante dízimos e ofertas abusivas.

Pregadores de benesses materiais usam e abusam deste texto, para justificar o fato de obrigarem o povo a dar dinheiro para suas “igrejas”: “Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos?’ Nos dízimos e nas ofertas. Vocês estão debaixo de grande maldição porque estão me roubando; a nação toda está me roubando. Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova”, diz o SENHOR dos Exércitos, “e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que não terão onde guardá-las. Impedirei que as pragas devorem suas colheitas, e as videiras nos campos não perderão o seu fruto”, diz o SENHOR dos Exércitos. “Então todas as nações os chamarão felizes, porque a terra de vocês será maravilhosa”, diz o SENHOR dos Exércitos (Malaquias 3:8-12).

Primeiro: este texto dirige-se aos israelitas do antigo pacto, e não aos cristãos do novo pacto em Cristo Jesus. Depois: a advertência que se faz quanto ao roubar de Deus era dirigida aos sacerdotes principalmente, e menos ao povo em geral, que deixava de pagar o dízimo por ver as denúncias contra os administradores religiosos. Mas manipular as Escrituras é especialidade dos falsos pregadores, naquele tempo tanto quanto no tempo atual!

Seja como for, e da forma que for e puder ser aplicada, esses pregadores da prosperidade tratam Deus como se Ele fosse um negociador, como se fosse possível fazer barganha com Ele, do tipo “te dou meu dinheiro e o Senhor me dá Suas bênçãos”. Quem negocia assim não é Deus – é o Diabo: Depois, o Diabo o levou a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o seu esplendor. E lhe disse: “Tudo isto te darei, se te prostrares e me adorares (Mateus 4:8-9). Hoje muitos se prostram para terem “esplendor do mundo”, mesmo quando este é “vendido” nas “igrejas”. A esta proposta, a reposta de Jesus foi enfática: Retire-se, Satanás! Pois está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste culto’” (Mateus 4-10).

Agora, em tempos de influencers e youtubers, a moda, além da “teologia da prosperidade”, é a “teologia dos coaches evangélicos”. Basta dar uma borboleteada pelo YouTube para se deparar com eles aos borbotões. E, também às catadupas, eles têm milhares de seguidores – outros “incautos”, para ficar neste adjetivo levinho.

Mas por que tudo isso acontece?

O problema é que há falta de conhecimento da Palavra!

Seja por limitações culturais, seja por preguiça literária mesmo, fato é que as pessoas, em sua grande maioria, não leem a Bíblia – em especial o Novo Testamento.

Desta forma, as pessoas caem nas mais absurdas armações usadas por falsos pregadores, que isolam um ou outro versículo bíblico, tiram-no do contexto e, com base nisso, inventam as mais assombrosas barbaridades, iludindo quem se deixa iludir.

Jesus chamou a atenção para não cairmos na conversa de enganadores: “Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos. Vejam que eu os avisei antecipadamente (Mateus 24:24-25).

O apóstolo Paulo alerta para isso várias vezes – como na Palavra que uso como mote para este texto.

E, também nesta Palavra, ele fala o que muita gente boa e sincera – também em nosso tempo – fala: antes, em Cristo falamos diante de Deus com sinceridade, como homens enviados por Deus.

Por isso que eu disse, lá no início deste texto, que me era imperioso que falasse nisso outra vez, para, quem sabe, abrir os olhos de alguns...

Lembro sempre de uma galerinha que não se deixava enganar, lá nos primórdios da Igreja: Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo (Atos 17:11). Aqui a Bíblia descreve os moradores de Bereia (atual cidade de Veroia, na Grécia), que, ao receberem a pregação de Paulo e Silas, o faziam com grande interesse, examinando as Escrituras diariamente para verificarem se o que ouviam das pregações era realmente assim.

Bem que poderia haver mais gente assim hoje também...

 

Por ora é isso.

Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 20 de julho de 2025

175 – Daniel na Cova dos Leões (Daniel 6)


Dario1(versículo de Daniel 6) achou por bem nomear cento e vinte sátrapas para governarem todo o reino; e2 colocou três supervisores sobre eles, um dos quais era Daniel. Os sátrapas tinham que prestar contas a eles para que o rei não sofresse nenhuma perda. Ora3, Daniel se destacou tanto entre os supervisores e os sátrapas por suas grandes qualidades, que o rei planejava colocá-lo à frente do governo de todo o império. Diante4 disso, os supervisores e os sátrapas procuraram motivos para acusar Daniel em sua administração governamental, mas nada conseguiram. Não puderam achar falta alguma nele, pois ele era fiel; não era desonesto nem negligente. Finalmente5 esses homens disseram: “Jamais encontraremos algum motivo para acusar esse Daniel, a menos que seja algo relacionado com a lei do Deus dele”.

E6 assim os supervisores e os sátrapas, de comum acordo, foram falar com o rei: “Ó rei Dario, vive para sempre! Todos7 os supervisores reais, os prefeitos, os sátrapas, os conselheiros e os governadores concordaram em que o rei deve emitir um decreto ordenando que todo aquele que orar a qualquer deus ou a qualquer homem nos próximos trinta dias, exceto a ti, ó rei, seja atirado na cova dos leões. Agora8, ó rei, emite o decreto e assina-o para que não seja alterado, conforme a lei dos medos e dos persas, que não pode ser revogada”. E9 o rei Dario assinou o decreto.

Quando10 Daniel soube que o decreto tinha sido publicado, foi para casa, para o seu quarto, no andar de cima, onde as janelas davam para Jerusalém I. Três vezes por dia ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu Deus, como costumava fazer. Então11 aqueles homens foram investigar e encontraram Daniel orando, pedindo ajuda a Deus. Assim12 foram falar com o rei acerca do decreto real: “Tu não publicaste um decreto ordenando que nos próximos trinta dias todo aquele que fizesse algum pedido a qualquer deus ou a qualquer homem, exceto a ti, ó rei, seria lançado na cova dos leões?”

O rei respondeu: “O decreto está em vigor, conforme a lei dos medos e dos persas, que não pode ser revogada”.

Então13 disseram ao rei: “Daniel, um dos exilados de Judá, não te dá ouvidos, ó rei, nem ao decreto que assinaste. Ele continua orando três vezes por dia”. Quando14 o rei ouviu isso, ficou muito contrariado, e como estava decidido a salvar Daniel, até o pôr-do-sol fez todo o esforço que pôde para livrá-lo.

Mas15 os homens lhe disseram: “Lembra-te, ó rei, que, conforme a lei dos medos e dos persas, nenhum decreto ou edito do rei pode ser modificado”.

Então16 o rei deu ordens, e eles trouxeram Daniel e o jogaram na cova dos leões. O rei, porém, disse a Daniel: “Que o seu Deus, a quem você serve continuamente, o livre!”

Taparam17 a cova com uma pedra, e o rei a selou com o seu próprio anel-selo e com os anéis dos seus nobres, para que a situação de Daniel não se modificasse. Tendo18 voltado ao palácio, o rei passou a noite sem comer e não aceitou nenhum divertimento em sua presença. Além disso, não conseguiu dormir.

Logo19 ao alvorecer, o rei se levantou e correu para a cova dos leões. Quando20 ia se aproximando da cova, chamou Daniel com voz aflita: “Daniel, servo do Deus vivo, será que o seu Deus, a quem você serve continuamente, pôde livrá-lo dos leões?”

Daniel21 respondeu: “Ó rei, vive para sempre! O22 meu Deus enviou o seu anjo, que fechou a boca dos leões. Eles não me fizeram mal algum, pois fui considerado inocente à vista de Deus. Também contra ti não cometi mal algum, ó rei”.

O23 rei muito se alegrou e ordenou que tirassem Daniel da cova. Quando o tiraram da cova, viram que não havia nele nenhum ferimento, pois ele tinha confiado no seu Deus.

O rei Dario divulgou um decreto em homenagem ao Deus vivo de Daniel, pedindo ao seu povo que o temesse e o reverenciasse.

Assim28 Daniel prosperou durante os reinados de Dario e de Ciro II, o persa.

 

v     Para entender a história

A ascensão de Daniel ao poder não compromete a sua integridade. Humildemente, reconhece que Deus é a fonte de todas as suas bênçãos. Em vez de abandonar a sua fé – mesmo por um curto período –, Daniel dispõe-se a perder a sua posição e enfrentar a morte. Sua fé jamais vacila, pois sabe que pode confiar em Deus para salvá-lo.

 

v     Curiosidades

                                     I.     “As janelas davam para Jerusalém” – Quando Salomão construiu o Templo, parte da sua “oração de inauguração” foi uma súplica especial, para o caso de o povo de Deus ser exilado: “Se lá eles se voltarem para ti de todo o coração e de toda a sua alma, na terra de seu cativeiro para onde foram levados, e orarem voltados para a terra que deste aos seus antepassados, para a cidade que escolheste e para o templo que construí em honra ao teu nome, então, dos céus, lugar da tua habitação, ouve a sua oração e a sua súplica, e defende a sua causa” (2º Crônicas 6:38-39).

                                  II.     “Os reinados de Dario e de Ciro” – Nessa época, Daniel tinha cerca de oitenta anos de idade. Morreu não muito após Ciro iniciar o seu longo reinado. Portanto, o “rei Dario” não pode ser Dario I, que reinou 28 anos após a morte de Ciro. Alguns estudiosos acreditam que Dario era o nome de trono de Ciro, na Babilônia. Outros sugerem que Dario foi um famoso general também chamado Guburu. Ciro nomeou Guburu como governador da maior província da Pérsia, que incluía Babilônia, Síria, Fenícia e Palestina.

 

- O rei dos animais: Uma espécie asiática de leão, já extinta, habitava muitas regiões do antigo Oriente Médio. A caça ao leão era o esporte favorito das classes superiores, principalmente ao longo das margens dos rios Tigre e Eufrates. Nas cidades reais, leões eram mantidos em cativeiro e procriavam. O leão era visto também como um símbolo de realeza e poder. Foi adotado como elemento gráfico pelos babilônios.

- O Império Persa: O Império Persa durou de cerca de 549 a.C. até cerca de 331 a.C., quando caiu diante de Alexandre, o Grande. No seu auge, estendia-se da Grécia, a oeste, até a Índia, no leste. Havia quatro cidades reais: Babilônia, Persépolis, Ecbátana e Susã.

- Sátrapas: Os persas desenvolveram um eficiente sistema para administrar as muitas províncias do império. Baseava-se em uma rede de governadores locais (os sátrapas).

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

 

domingo, 13 de julho de 2025

Há Sentido na Tragédia?


 

Quando ocorre uma tragédia, é comum as pessoas perguntarem: “O que isso significa?” Quando testemunhamos algum desastre ou assassinato em massa, há um sentimento natural de que o que aconteceu não deveria ter acontecido. Esse senso inato de “errado” é uma pista para o significado desses eventos. Quando procuramos encontrar o propósito de uma tragédia, devemos ter a perspectiva correta. Precisamos abordar a questão de uma forma que permita uma resposta coerente, e isso só é possível através de uma cosmovisão cristã. Porque Deus infunde significado em cada momento e evento da História, por meio d’Ele podemos começar a encontrar significado no sofrimento. A natureza deste mundo está suscetível a eventos trágicos. Felizmente, Deus fala conosco, para que possamos encontrar não apenas significado, mas salvação e alívio dos sofrimentos do mundo.

Ao estudar o movimento físico, é crucial entender a perspectiva. Velocidade e aceleração só têm significado em relação a algum outro objeto; este objeto é o ponto de referência. A maneira como o ponto de referência se move afeta a nossa percepção. O mesmo é verdade em nosso senso de certo e errado. Para que os conceitos de bom, ruim, certo, errado ou tragédia sejam significativos, eles precisam estar ancorados em um ponto de referência que não muda ou se move. O único ponto de referência válido para essas questões é Deus. O próprio fato de considerarmos um assassinato em massa como algo errado apoia fortemente a ideia de Deus como o ponto de referência para o nosso senso de bem e mal. Sem Deus, mesmo os eventos que consideramos os mais trágicos não são mais significativos do que qualquer outra coisa. Temos que entender a natureza deste mundo e o nosso relacionamento com Deus para extrair qualquer significado das coisas que vemos.

Deus infunde cada momento e cada evento com significado e nos dá confiança de que Ele entende aquilo pelo que estamos passando. Quando Jesus instituiu a ceia de comunhão, Ele uniu o passado, o presente e o futuro. 1 Coríntios 11:26 diz: “Porque, todas as vezes (o presente) que comerem este pão e beberem o cálice, vocês anunciam a morte do Senhor (o passado), até que ele venha (o futuro)”. O conhecimento de Deus de todos os eventos significa que nada é insignificante para Ele. Se Deus sabe quando um pardal cai, então certamente sabe quando enfrentamos uma tragédia (Mateus 10:29-31). Na verdade, Deus nos garantiu que enfrentaríamos problemas neste mundo (João 16:33) e que experimentou nossas lutas pessoalmente (Hebreus 2:14-18; Hebreus 4:15).

Embora entendamos que Deus tem controle soberano sobre todas as coisas, é importante lembrar que Deus não é a fonte da tragédia. A grande maioria do sofrimento humano é causado pelo pecado, muitas vezes o pecado de outras pessoas. Por exemplo, um assassinato em massa é culpa de o assassino desobedecer à lei moral de Deus (Êxodo 20:13; Romanos 1:18-21). Quando procuramos encontrar significado em tal evento, temos que entender por que este mundo é do jeito que é. As dificuldades deste mundo foram originalmente causadas pelo pecado da humanidade (Romanos 5:12), que é sempre uma questão de escolha (1 Coríntios 10:13). Embora Deus seja perfeitamente capaz de impedir tragédias antes que comecem, às vezes Ele escolhe não o fazer. Embora não saibamos o porquê, sabemos que Ele é perfeito, justo e santo, e assim é a Sua vontade. Além disso, o sofrimento que experimentamos neste mundo faz três coisas: leva-nos a buscar a Deus, desenvolve a nossa força espiritual e aumenta o nosso desejo pelo céu (Romanos 8:18-25; Tiago 1:2-3; Tito 2:13; 1 Pedro 1:7).

Na ilustração do jardim do Éden, Deus falou com Adão e Se comunicou de forma clara e direta, não em conceitos abstratos. Deus fala conosco hoje da mesma maneira. De certa forma, este é o significado mais importante a ser encontrado em qualquer tragédia. Acontecimentos trágicos demonstram muito do seu significado na forma como reagimos a eles. O escritor cristão [e que escreveu Crônicas de Nárnia] C. S. Lewis disse: “Deus sussurra para nós em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas grita em nossas dores. Elas são o Seu megafone para despertar um mundo surdo”. Isso não significa que Deus cause tragédias, mas que usa nossa reação a elas para falar conosco. Eventos trágicos nos lembram não apenas que vivemos em um mundo imperfeito e caído, mas que existe um Deus que nos ama e quer algo melhor para nós do que o mundo tenha a oferecer.

 

Fonte: www.gotquestions.org/portugues

domingo, 6 de julho de 2025

174 – A Inscrição na Parede (Daniel 5)


 

Certa1(versículo de Daniel 5) vez o rei Belsazar deu um grande banquete para mil dos seus nobres, e eles beberam muito vinho. Enquanto2 Belsazar bebia vinho, deu ordens para trazerem as taças de ouro e de prata que o seu predecessor, Nabucodonosor, tinha tomado do templo de Jerusalém, para que o rei e os seus nobres, as suas mulheres e as suas concubinas bebessem nessas taças. Enquanto4 bebiam o vinho, louvaram os deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.

Mas5, de repente, apareceram dedos de mão humana que começaram a escrever no reboco da parede I, da parte mais iluminada do palácio real. O rei observou a mão enquanto ela escrevia.

O rei Belsazar ficou aterrorizado. Nenhum de seus sábios conseguiu ler a inscrição. Depois, mandaram buscar Daniel, que disse ao rei que a inscrição apareceu porque tinham usado as taças sagradas do templo de Jerusalém para louvar deuses pagãos. Daniel disse a Belsazar o que significava a inscrição.

“Esta25 é a inscrição que foi feita: MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM. E26 este é o significado dessas palavras: Mene: Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim. Tequel27: Foste pesado na balança e achado em falta. Parsim28: Teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas”.

Naquela30 mesma noite Belsazar, rei dos babilônios, foi morto II, e31 Dario, o medo, apoderou-se do reino, com a idade de sessenta e dois anos.

 

v     Para entender a história

Deus não permite que os objetos roubados do templo de Jerusalém sejam blasfemados. A inscrição na parede é o modo de Deus estabelecer seu julgamento e sua sentença sobre este ato, como uma profecia que se cumpriu em seguida.

 

v     Curiosidades

                                     I.     “No reboco da parede” – Escavações no sítio do palácio babilônio revelaram um salão que foi construído durante o reinado de Nabucodonosor. Uma parede é decorada com tijolos azuis vitrificados, e as outras paredes são rebocadas com gesso.

                                  II.     “Belsazar, rei dos babilônios, foi morto” – Os historiadores gregos Heródoto e Xenofontes registraram que, em 539 a.C., os persas tomaram a Babilônia, em um ataque-surpresa, enquanto o rei e seus nobres participavam de um banquete.

 

- O rei Belsazar: Outrora ridicularizado como personagem fictício, Belsazar agora foi identificado como filho de Nabonido (556 – 539 a.C.), o último rei da Babilônia. Belsazar atuou como regente na Babilônia, enquanto o seu pai passava os últimos anos de vida na Arábia. Era descendente de Nabucodonosor, como indica o texto, já que, no Antigo Testamento, a palavra “pai” geralmente significa “ancestral”.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.