domingo, 13 de julho de 2025

Há Sentido na Tragédia?


 

Quando ocorre uma tragédia, é comum as pessoas perguntarem: “O que isso significa?” Quando testemunhamos algum desastre ou assassinato em massa, há um sentimento natural de que o que aconteceu não deveria ter acontecido. Esse senso inato de “errado” é uma pista para o significado desses eventos. Quando procuramos encontrar o propósito de uma tragédia, devemos ter a perspectiva correta. Precisamos abordar a questão de uma forma que permita uma resposta coerente, e isso só é possível através de uma cosmovisão cristã. Porque Deus infunde significado em cada momento e evento da História, por meio d’Ele podemos começar a encontrar significado no sofrimento. A natureza deste mundo está suscetível a eventos trágicos. Felizmente, Deus fala conosco, para que possamos encontrar não apenas significado, mas salvação e alívio dos sofrimentos do mundo.

Ao estudar o movimento físico, é crucial entender a perspectiva. Velocidade e aceleração só têm significado em relação a algum outro objeto; este objeto é o ponto de referência. A maneira como o ponto de referência se move afeta a nossa percepção. O mesmo é verdade em nosso senso de certo e errado. Para que os conceitos de bom, ruim, certo, errado ou tragédia sejam significativos, eles precisam estar ancorados em um ponto de referência que não muda ou se move. O único ponto de referência válido para essas questões é Deus. O próprio fato de considerarmos um assassinato em massa como algo errado apoia fortemente a ideia de Deus como o ponto de referência para o nosso senso de bem e mal. Sem Deus, mesmo os eventos que consideramos os mais trágicos não são mais significativos do que qualquer outra coisa. Temos que entender a natureza deste mundo e o nosso relacionamento com Deus para extrair qualquer significado das coisas que vemos.

Deus infunde cada momento e cada evento com significado e nos dá confiança de que Ele entende aquilo pelo que estamos passando. Quando Jesus instituiu a ceia de comunhão, Ele uniu o passado, o presente e o futuro. 1 Coríntios 11:26 diz: “Porque, todas as vezes (o presente) que comerem este pão e beberem o cálice, vocês anunciam a morte do Senhor (o passado), até que ele venha (o futuro)”. O conhecimento de Deus de todos os eventos significa que nada é insignificante para Ele. Se Deus sabe quando um pardal cai, então certamente sabe quando enfrentamos uma tragédia (Mateus 10:29-31). Na verdade, Deus nos garantiu que enfrentaríamos problemas neste mundo (João 16:33) e que experimentou nossas lutas pessoalmente (Hebreus 2:14-18; Hebreus 4:15).

Embora entendamos que Deus tem controle soberano sobre todas as coisas, é importante lembrar que Deus não é a fonte da tragédia. A grande maioria do sofrimento humano é causado pelo pecado, muitas vezes o pecado de outras pessoas. Por exemplo, um assassinato em massa é culpa de o assassino desobedecer à lei moral de Deus (Êxodo 20:13; Romanos 1:18-21). Quando procuramos encontrar significado em tal evento, temos que entender por que este mundo é do jeito que é. As dificuldades deste mundo foram originalmente causadas pelo pecado da humanidade (Romanos 5:12), que é sempre uma questão de escolha (1 Coríntios 10:13). Embora Deus seja perfeitamente capaz de impedir tragédias antes que comecem, às vezes Ele escolhe não o fazer. Embora não saibamos o porquê, sabemos que Ele é perfeito, justo e santo, e assim é a Sua vontade. Além disso, o sofrimento que experimentamos neste mundo faz três coisas: leva-nos a buscar a Deus, desenvolve a nossa força espiritual e aumenta o nosso desejo pelo céu (Romanos 8:18-25; Tiago 1:2-3; Tito 2:13; 1 Pedro 1:7).

Na ilustração do jardim do Éden, Deus falou com Adão e Se comunicou de forma clara e direta, não em conceitos abstratos. Deus fala conosco hoje da mesma maneira. De certa forma, este é o significado mais importante a ser encontrado em qualquer tragédia. Acontecimentos trágicos demonstram muito do seu significado na forma como reagimos a eles. O escritor cristão [e que escreveu Crônicas de Nárnia] C. S. Lewis disse: “Deus sussurra para nós em nossos prazeres, fala em nossa consciência, mas grita em nossas dores. Elas são o Seu megafone para despertar um mundo surdo”. Isso não significa que Deus cause tragédias, mas que usa nossa reação a elas para falar conosco. Eventos trágicos nos lembram não apenas que vivemos em um mundo imperfeito e caído, mas que existe um Deus que nos ama e quer algo melhor para nós do que o mundo tenha a oferecer.

 

Fonte: www.gotquestions.org/portugues

domingo, 6 de julho de 2025

174 – A Inscrição na Parede (Daniel 5)


 

Certa1(versículo de Daniel 5) vez o rei Belsazar deu um grande banquete para mil dos seus nobres, e eles beberam muito vinho. Enquanto2 Belsazar bebia vinho, deu ordens para trazerem as taças de ouro e de prata que o seu predecessor, Nabucodonosor, tinha tomado do templo de Jerusalém, para que o rei e os seus nobres, as suas mulheres e as suas concubinas bebessem nessas taças. Enquanto4 bebiam o vinho, louvaram os deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.

Mas5, de repente, apareceram dedos de mão humana que começaram a escrever no reboco da parede I, da parte mais iluminada do palácio real. O rei observou a mão enquanto ela escrevia.

O rei Belsazar ficou aterrorizado. Nenhum de seus sábios conseguiu ler a inscrição. Depois, mandaram buscar Daniel, que disse ao rei que a inscrição apareceu porque tinham usado as taças sagradas do templo de Jerusalém para louvar deuses pagãos. Daniel disse a Belsazar o que significava a inscrição.

“Esta25 é a inscrição que foi feita: MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM. E26 este é o significado dessas palavras: Mene: Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim. Tequel27: Foste pesado na balança e achado em falta. Parsim28: Teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas”.

Naquela30 mesma noite Belsazar, rei dos babilônios, foi morto II, e31 Dario, o medo, apoderou-se do reino, com a idade de sessenta e dois anos.

 

v     Para entender a história

Deus não permite que os objetos roubados do templo de Jerusalém sejam blasfemados. A inscrição na parede é o modo de Deus estabelecer seu julgamento e sua sentença sobre este ato, como uma profecia que se cumpriu em seguida.

 

v     Curiosidades

                                     I.     “No reboco da parede” – Escavações no sítio do palácio babilônio revelaram um salão que foi construído durante o reinado de Nabucodonosor. Uma parede é decorada com tijolos azuis vitrificados, e as outras paredes são rebocadas com gesso.

                                  II.     “Belsazar, rei dos babilônios, foi morto” – Os historiadores gregos Heródoto e Xenofontes registraram que, em 539 a.C., os persas tomaram a Babilônia, em um ataque-surpresa, enquanto o rei e seus nobres participavam de um banquete.

 

- O rei Belsazar: Outrora ridicularizado como personagem fictício, Belsazar agora foi identificado como filho de Nabonido (556 – 539 a.C.), o último rei da Babilônia. Belsazar atuou como regente na Babilônia, enquanto o seu pai passava os últimos anos de vida na Arábia. Era descendente de Nabucodonosor, como indica o texto, já que, no Antigo Testamento, a palavra “pai” geralmente significa “ancestral”.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.